O frio que corre nas veias parte 9
Wyler se sentado na mesa, na sala de interrogatório desanimado. Saviñón se senta em frente a ele, enquanto Uckermann se inclina na parede oposta.
Saviñón: Podemos rastrear o aluguel do caminhão de entrega até você, Sr. Wyler. Se quiser, posso trazer a senhora em quem entregou o freezer para identificá-lo.
Wyler: Olha, eu não tive nada a ver com o que aconteceu com Melanie. - Diz a eles.
Uckermann: Você mentiu sobre todo o resto, por que não sobre isso? - Diz a ela.
Wyler: Eu nunca quis machucar a Melanie.
Saviñón: Mas Samuel sim, não é? - Questiona. - Quer dizer, ela sempre voltava para o ex-namorado, um cara não suporta isso.
Wyler: Ele me ligou naquela noite. - Revela. - Ele disse que precisava que eu fosse imediatamente, quando cheguei lá, as crianças estavam dormindo e Melanie estava na banheira, em uma bolsa de roupas. - Revela e ambos veem que estavam certos na teoria. - Ele me disse que ela ooatacou, e ele simplesmente explodiu.
Saviñón: Aqui tem uma dúvida minha. - Se senta ao lado de Saviñón. - Em vez de matá-la, por que não pedir o divórcio?
Wyler: Você não acha que eu sei o quanto isso foi errado? - Pergunta a ele.
Uckermann: Por que você correu o risco? Por que você moveu aquele corpo? - Questiona.
Wyler: Porque ele cometeu um erro muito grave, e ele tinha as crianças? A mãe delas está morta, se ele for para a prisão ...
Saviñón: Então, você providenciou o caminhão. - Diz a ele.
Wyler: Ele disse que nunca descobriram, por isso mandamos o freezer para aquela senhora, é por isso que aluguei o depósito, porque sabíamos que os policiais iriam olhar para Samuel. - Confessa.
Saviñón: Você fez os pagamentos? - Questiona.
Wyler: Samuel não podia correr nenhum risco e ele me dava o dinheiro e eu passava duas vezes por ano.
Uckermann: Por cinco anos? - Pergunta.
Wyler: Pareceu muito mais fácil do que tirar ela do apartamento.
Saviñón: Por que você parou de pagar? - Questiona.
Wyler: Olha, eu realmente sinto muito pelo que aconteceu com Melanie. - Diz a ela. - Mas o que eu deveria fazer? Continuar pagando pelo resto da minha vida?
Saviñón: O promotor e eu garantiremos isso, senhor Wyler.
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Saviñón, Uckermann, na mesa dela com o capitão Montes. Uckermann está lendo um arquivo.
Montes: O corpo dela foi desovado porque esse Wyler não pagou uma conta? Isso é...
Uckermann: Pode falar, muita frieza. O irônico que tal ato egoísta finalmente revelou a verdade. - Diz a eles.
Saviñón: Havia pessoas que sempre sabiam a verdade. - Diz a ele. - Eles simplesmente escolheram não fazer nada.
Montes: Mesmo assim, o carma volta e colocou bala no marido dela, então está tudo bem no mundo. - Ele vai embora. Saviñón olha para o relógio, vê que é tarde. Ela se vira para Uckermann, que está enfiado em uma pasta.
Saviñón: Vou falar com os pais de Melanie e dizer a eles que o caso está encerrado. Você quer vir? - Questiona.
Uckermann: A mulher que ia receber o freezer nos contou que conversou com um policial.
Saviñón: Sim. - Confirma. - Sloan.
Uckermann: Só que ele não incluiu o nome dela em seu relatório. - Diz a ela.
Saviñón: Ele não achava que fosse importante, afinal, ele não acreditava que estava olhando para um assassinato.
Uckermann: Ok. Então, se você não está investigando um assassinato, por que falaria com a vizinha sobre uma entrega no freezer? - Questiona.
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Deloris, ainda apenas na fresta da porta, conversa com Saviñón e Uckermann.
Deloris: Deve ser um freezer especial.
Saviñón: Você mencionou um policial, senhora Marsh, eu sei que já se passaram cinco anos, mas a senhora...
Deloris: Eu nunca disse que foi há cinco anos. - Interrompe ela.
Uckermann: Quando ele falou com a senhora?
Deloris: No ano passado. Lembro-me de ter pensado: "Por que esse policial está me fazendo perguntas sobre um freezer que nunca pedi?" - Questiona.
Saviñón: Você se lembra de alguma coisa sobre o homem que veio ver você?
Deloris: Uh, ele era mais velho. - Diz a ela.
Saviñón: De uniforme?
Deloris: Não. - Diz a ela. - Roupas simples como vocês, ele tinha cabelos grisalhos e mancava. - Saviñón se volta para Uckerman.
Uckermann: Ben Davidson. - Fala se dando conta de quem era.
Saviñón: O pai de Melanie.
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Saviñón e Uckermann em frente à casa de Davidson. Há uma nuvem dentro de seu espaço minúsculo. Os dois estão olhando pela grande janela da sala de jantar.
Uckermann: Você poderia simplesmente deixar assim, Samuel está morto, o capitão está feliz, essas crianças parecem muito felizes. - Diz a ela.
Saviñón: Essa é a diferença entre um romance e o mundo real, Uckermann. Um policial não pode decidir como a história termina. - Ela sai do carro. Uckermann a observa caminhar até a porta. Ela hesita antes de finalmente bater. Ben abre a porta.
Ben: Detetive Saviñón.
Uckermann: Senhor, vou ter que levá-lo comigo até o distrito. - Nada mais precisa ser dito. Ben não quebra seu olhar. Segundos depois, Julie aparece.
Julie: Quem é, querido? - Julie vê Saviñón. - O que foi, Ben? - Saviñón vê as meninas ao longe.
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Ben se senta à mesa de interrogatório. Saviñón e Uckermann estão com ele.
Ben: Então, estou aqui porque questionei uma senhorasobre um freezer? - Pergunta.
Uckermann: Não é qualquer freezer, senhor Davidson, era o freezer em que o corpo da sua filha estava. - Diz a ele.
Ben: Por enquanto, vamos ... - Ele para. - Vamos supor que o que você diz é verdade. - Diz a ele. - Qual é a acusação?
Saviñón: Se a resposta da senhora Marsh levasse à morte de Samumel, a acusação seria assassinato.
Ben: Continuva constantemente repassando tudo que o Samuel disse, tudo que ele alegou ter acontecido naquela noite, até que cheguei à mesma conclusão que vocês dois aparentemente chegaram. - Diz a ela. - Que Melanie nunca deixou seu apartamento viva e as respostas da Sra. Marsh apenas confirmaram o que eu já sabia.
Saviñón: Que seu genro era um assassino? - Questiona.
Uckermann: Se você descobriu o que Samuel fez, por que não foi simplesmente à polícia? - Questiona. - Ele teria ido para a prisão pelo resto de sua vida.
Ben: Se ele tivesse sido condenado. - Contesta. - Eles não tinham corpo na época, lembra? - Lembra ela. - Seus advogados teriam levado Melanie a julgamento, não ele. - Diz a ele.
Saviñón: Então você resolveu fazer justiça com suas próprias mãos? - Questamente.
Ben: Bem, você certamente pode entender como um pai pode querer. - Pior que Saviñón sabia disso. - Como ele poderia seguir o assassino de sua filha em uma noite escura, quando ele tinha certeza de que nenhuma outra pessoa estaria por perto. Como ele poderia confrontá-lo com uma arma que ele trouxe da guerra, pode até prometer perdão em troca daverdade e, ao ouvir sua admissão, seja dominado pela raiva. - Diz emocionado. - Cada vez que ele trazia as meninas para nos ver, eu via um pedacinho de minha esposa morrer, a visita de seus netos deve ser motivo de felicidade, não um lembrete de como sua única filha foi assassinada. - Diz bravo.
Saviñón: Matá-lo não era a resposta. - Diz sabendo do que estava dizendo.
Ben: Eu nunca disse que o matei. - Diz a ela. - Eu disse que um pai pode ter justificativa. - Diz a ela. - A polícia me disse que Samuel foi baleado em um assalto e que sem evidências, haveria poucas chances de seu assassino ser levado à justiça. - Diz a eles. - Acho que vamos descobrir se isso é verdade. - Revela. - Gostaria de ver um advogado, se pudesse. - Pede.
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