O frio que corre nas veias parte 4
Uma noite lenta para um café da manhã comum. Saviñón e Uckermann sentam-se em frente ao xerife Clay Sloan, o primeiro detetive que pegou o caso de Melanie. Ele tem um corte limpo, cabelos prateados, focado em si mesmo.
Xerife Slonan: Melanie Cavanaugh. - Diz o nome da mulher. - Então, ela finalmente foi encontrada depois de todos esses anos, hein? - Fala imprecionado.
Saviñón: Ela não foi encontrada, mas o seu corpo dela sim, diz a ele.
Xerife Slonan: Oh. - Faz uma expressão surpresa. - Lamento ouvir isso. - Diz chateado. - Confesso que, a partir do momento em que peguei esse caso, eu sabia que ia acabar mal, no fundo eu sabia.
Saviñón: Os pais dela nos informaram que acreditam que você tinha certeza absoluta de que a Melanie havia fugido.
Xerife Slonan: Ela ser encontrada morta após fugir, é de se esperar, ainda mais com o passado que ela tinha não é?
Uckermann: Os pais dela também acreditam que sua investigação só considerou o passado dela.
Xerife Slonan: Eu estava investigando um desaparecimento e não um assassinato. - Justifica. - Você tem um cadáver e tudo o que eu tinha era uma mulher viciada em drogas com um histórico de desaparecimentos.
Saviñón: E um marido que só denunciou o desaparecimento dela um dia depois dela sumir. - Diz a ele.
Xerife Slonan: Não adianta ficar criticando meu trabalho. - Diz a ela. - Olha, querida, ele cooperou. - Revela. - Ele voluntariamente permitiu que a perícia examinasse o apartamento deles e tudo o que eu pedi, exatamente tudo ele fez.
Uckermann: Você sabia que ele também foi assassinado? - O olhar de Sloan diz que não.
Saviñón: Ele foi baleado na rua há mais de um ano, em uma tentativa de assalto que não deu certo.
Xerife Slonan: Olha, afinal o que vocês querem de mim? - Questiona. - Tivemos relatos de que ela foi vista na Filadélfia com um ex-namorado viciado em drogas.
Saviñón: Mas você não foi até lá investigar se aquilo era realmente verdade.
Xerife Slonan: Não precisava, eu tinha as informações.
Saviñón: Ah tá. - Olhando o arquivo do caso. - E só porque você tinha essas informações elas eram verdadeiras? - Questiona brava. - Afinal de contas quem te deu essa informação não foi o melhor amigo de seu marido, Charles Wyler?
Xerife Slonan: Sim, mas e daí?
Uckermann: Ele não é exatamente um observador imparcial. - Diz a ele.
Xerife Slonan: O cara era dono de seu próprio negócio, ele tinha uma família, ele era um veterinário de guerra e eu não vi razão para duvidar de sua palavra.
Saviñón: Você pensou na possibilidade do marido ter matado ela e fazer parecer que ela fugiu? - Questiona e ele fica calado. - Certamente que não.
Uckermann: Além disso, a Philadelphia fica muito longe.
Xerife Slonan: Ela só estava desaparecida naquela época. - Diz a ele.
Saviñón: Não, xerife. - Diz a ele. - Ela já estava morta, você apenas não sabia disso ainda. - Se levanta e sai acompanhanda de Uckermann
---------------------------------------------
Saviñón acelera pelas ruas e Uckermann lê o arquivo dela.
Uckermann: Se um dia eu desaparecer não deixa esse xerife investigar o meu caso. - Pede a ela.
Saviñón: Odeio policiais como ele. - Confessa. - Para caras como ele, as coisas só fazem sentido se as coisas forem evidentes. - Diz. - Assim, eles fica tranquilo e os assassinos ficam livres por aí.
Uckermann: Foi isso que aconteceu com seu pai? - Questiona.
Saviñón: O meu pai? - Pergunta confusa.
Uckermann: Reparei no seu relógio. - Saviñón olha para o pulso dela. - É muito grande, é para pulso masculino. - Justifica. - É do seu pai né? Usa por isso? - O telefone dela toca e ela o usa como uma saída para não responder essa pergunta dele.
Saviñón: Saviñón. - Diz atendendo e um silêncio e ela olha para Uckermann.
----------------------------------------------
O depósito é um antigo armazém de impressão ao longo da Rodovia Westside, perto do rio. Saviñón e Uckermann saem de seu carro e se aproximam de Herrera e Chávez.
Saviñón: Vocês encontraram uma testemunha?
Herrera: Sim. - Confirma. - Um sem teto, tive que dar alguns dólares estimularam a memória dele.
Chávez: Ele me disse que viu um caminhão amarelo estacionar no local. - Diz a ele. - Um cara grande puxa uma bolsa grande da parte de trás, entra na obra e quando ele sai, ele não está mais com a bolsa. Nas mãos.
Saviñón: Como vocês entrarram esse lugar? - Questiona.
Herrera: O mendigo também se lembrou da palavra "deposito" escrita na lateral do caminhão.
Chávez: Revistamos todos os depósitos do West Side, descobrimos que este aqui usa caminhões amarelos.
Herrera: Mm-hmm. - Concorda.
Saviñón: Então, quem é o dono dos caminhões? - Questiona.
Chávez: Estão em nome de. - Verifica suas anotações. - Albert Bolland.
-----------------------------------------------------------
Albert Bolland, 40 anos, conjunto pesado, sabe que está em apuros.
Albert: Que corpo? - Diz saindo por uma porta e Uckermann e Saviñón atrás dele. - Eu não sei do que você está falando. - Ele se vira de frente pata ele.
Saviñón: Uma testemunha viu alguém dirigindo um de seus caminhões amarelos e jogando o corpo fora. - Diz a eles.
Albert: Você está mentindo, ninguém viu.
Uckermann: Ai. Uau. Talvez você devesse ter tentado negar primeiro. - Diz a ele.
Saviñón: Deixe-me ajudar você. Melanie Cavanaugh, mãe de dois filhos, esposa de Sam Cavanaugh.
Albert: Ok, olhe, eu deixei ela lá, mas eu juro que eu....
Saviñón: Você não a matou ela certo?
Albert: Está certo, na verdade eu a encontrei.
Saviñón: Uh huh.
Albert: Mas eu nem sabia que ela estava lá.
Saviñón: Como assim estava lá?
Albert: Sexto andar. - Começa a falar. - O aluguel estava atrasado, normalmente esperamos três meses, depois abrimos e vendemos os pertences. Só que desta vez, tudo que encontro é um freezer conectado a uma tomada de luz - o que, aliás, é totalmente ilegal.
Saviñón: Você não achou que era ilegal armazenar um cadáver em um freezer? - Pergunta irônica.
Albert: Você acha que eu sabia? - Questiona. - Quando abri, quase tive um ataque cardíaco. - Diz a ele.
Saviñón: Você poderia ter chamado a polícia. - Diz a ele.
Albert: Para que eu pudesse sair na primeira página dos jornais? Sim, isso é bom para os negócios. E se for uma coisa da máfia? Quer dizer, eu tenho uma família.
Saviñón: Ela também. - Diz brava..
Uckermann: Então, você a encontra e o próximo passo mais lógico, é jogá-la em um canteiro de obras?
Albert: Eu conheço um cara que trabalha lá. Então, quando encontrei o corpo, achei que era o local, ideal.
Saviñón: Mostre-nos onde você a encontrou. - Pede.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top