Fantasmas parte 7
Lee Wax e Saviñón sentam-se frente a frente. Uckermann está encostado na parede.
Lee: Homicídio? - Pergunta quase sem acreditar. - Vocês estão loucos? - Pergunta a ela.
Saviñón: Tenho uma testemunha que te viu no hotel onde o corpo de Cynthia foi encontrado. - Diz a ela.
Uckermann: Você tinha motivo, meios e oportunidade. - Ela senta uma risada ao ouvir o que ele disse.
Lee: Por favor. - Fala como se aquilo fosse uma grande loucura. - Só um romancista poderia inventar uma reviravolta tão absurda. - Comenta.
Uckermann: Não é tão absurdo quanto matar uma mulher para salvar sua história. - Uckermann vai até a mesa e se senta ao lado de Saviñón. - Afogá-la em óleo de motor deu a você exatamente o final que você precisava. - Comenta pondo aos mãos sobre a mesa.
Lee: Eu escrevo sobre crimes reais, eunão tenho seu talento para a ficção. - Alfineta Uckermann, Saviñón se inclina sobre a mesa.
Saviñón: Sabemos que seu editor desejava cancelar seu contrato. - Diz a ela o que havia descoberto.
Lee: Porque eu disse a eles que achava que Cynthia estava mentindo. - Explica.
Saviñón: Então, você não acreditou que o remorso dela era genuíno? - Questiona..
Lee: Quando Cynthia chorava, era por ela mesma. - Dizia. - Ela queria ganhar dinheiro e se manter fora da prisão, só isso. - Revela.
Saviñón: Bem, ela deve ter sentido alguma responsabilidade pelo que aconteceu. - Diz a ela. - Afinal, ela enviava dinheiro aos Pikes ano após ano. - Revela a ela e uma expressão confusa tomou conta do rosto dela.
Lee: Que dinheiro? - Pergunta confusa.
Uckermann: Todos os meses desde o bombardeio, os Pikes têm recebido dinheiro, cortesia de Cynthia Dern. - Revela. - Apenas, não há nada sobre isso em suas anotações. - Ele sorri irônico.
Lee: Porque ela nunca me contou. - Revela. - Você tem certeza? - Pergunta achando aquilo estranho.
Saviñón: Temos certeza. - Confirma.
Lee: Olha, na terça-feira em que Cynthia foi morta, saí para jantar com meu editor até depois da meia noite, então, eu não poderia ter matado ela. - Revela.
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Saviñón está em seu computador enquanto Uckermann está por perto, estudando a placa do crime repleta de anotações, recortes e fotos de Cynthia Dern.
Uckermann: Me lembre se eu decidir escrever um livro de memórias, nunca me deixe fazer isso. - Pede.
Saviñón: OK. - Um longo momento enquanto espera que ela pergunte: "Por que não?" Saviñón suspira e cede. - Por que não? - Pergunta finalmente.
Uckermann: Porque as memórias são sobre a verdade, e eu não sou uma pessoa muito sincera, eu mentiria para ficar bem na fita. - Confessa.
Saviñón: Pode ser mais difícil do que você pensa. - Argumenta.
Uckermann: Talvez. - Diz a ela. - Mas eu certamente começaria com a coisa mais generosa que já fiz. - Revela e Saviñón entende o que ele quer dizer.
Saviñón: Quer dizer, como você anonimamente enviava dinheiro para suas vítimas, porque se sentia muito culpado pelo que tinha feito? - Sugere.
Uckermann: O objetivo das memórias de Cynthia era ganhar simpatia, o que poderia ser mais simpático do que enviar dinheiro da culpa aos Pikes por vinte anos? - Questiona..
Saviñón: Não faz sentido que Cynthia não tenha contado a Lee Wax. - Comenta.
Uckermann: A menos que o dinheiro não tenha vindo de Cynthia. - Sugere.
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Sentados do topo da mesa no sentido horário: Uckermann, Saviñón, o prefeito, o capitão Montes e o juiz Markway, todos jogando pôquer.
Montes: Tinha que ser da Cynthia, Swanstrom estava na prisão e Susan Mailer estava morta. - Comenta.
Markway: Eu cubro... - Joga suas fichas. - E você tem certeza de que ninguém mais estava envolvido? - Questiona voltando ao caso.
Uckermann: Não, apenas os três, se acreditarmos no FBI. - Joga fichas. - Eu pago. - Saviñón também paga.
Saviñón: Sabe, não precisamos realmente falar sobre isso. - Comenta.
Markway: Qualquer coisa para impedir o prfeito de falar sobre suas verbas tá valendo. - Comenta e eles riem.
Prefeito: Oh, certo, juiz. - Diz a ele. - Quem foi que o nomeou novamente? - Questiona em tom de brincadeira e ele ri.
Markway: Agora, no FBI eu acredito. - Comenta. - Mas por que acreditar na palavra de Cynthia Dern para qualquer coisa que aconteceu na noite da explosão, quando sua própria escritora nem mesmo confiava nela? - Questiona confuso..
Prefeito: O juiz está certo. - Diz concordando com ele. -O que realmente sabemos sobre o que aconteceu? - Saviñón, que estava suspirando e desejando que eles discutissem algo além do seu caso, está de olho nela.
Saviñón: Não muita coisa. - Suspira. - De acordo com as anotações de Lee Wax, o capitão Pike ouviu duas mulheres discutindo pouco antes da explosão, Cynthia afirma que ela estava tentando mudar a opinião de Susan. - Revela a ele.
Montes: Mas,se assumirmos que Cynthia estava mentindo ... - Ele não termina.
Prefeito: Então talvez fosse Susan que queria salvar Pike e Cynthia que queria fugir. - Termina o raciocínio de Montes. - Aumento pra vinte. - Joga as fichas.
Uckermann: Certo! - Diz pensativo. - Mas a bomba já estava armada, então o cronômetro de três minutos já está funcionando. - Deduz..
Markway: As meninas acabaram perdendo segundos preciosos - Saviñón começa a sorrir. Ela não pode deixar de se divertir com o quão completamente envolvidos os caras estão neste jogo de especulação.
Prefeito: Susan corre em direção à bomba-relógio para tentar desarmar ela. - Sugere.
Montes: Enquanto Cynthia corre para se proteger. - Diz segue a linha de raciocínio do prefeito.
Uckermann: Certo. - Concorda com eles. - Susan chega perto da bomba, mas já tarde demais. - Diz.
Prefeito: Boom. - Faz barulho de explosão.
Uckermann: O que significa que Susan Mailer não morreu tentando colocar a bomba. - Deduz.
Markway: Ela morreu tentando salvar a vida de um homem inocente. - Completa. - Passo. - Saviñón se ajeita na cadeira.
Saviñón: Ainda não explica de onde veio o dinheiro. - O prefeito verifica seus cartões.
Prefeito: Passo. - Diz pondo suas cartas na mesa. - Bem, então me diz, Uckermann? - Uckermann o olha. - Você que é bom com mistérios, de onde veio o dinheiro? - Questiona.
Uckermann: Estou pensando. - Diz a ele.
Saviñón: Sim, bem, você pode querer apostar algumas fichas na mesa, porque parece que sobramos só você e eu. - Os caras riem. Uckermann olha para Saviñón.
Uckermann: Tudo bem, Detetive Saviñón. - Diz pegando todas suas fichas. - Aposto tudo. - Qual é o problema? Você tem medo de um pouco de ação? - Questiona, eles riem.
Markway: Oh, nos faça um favor, detetive, arranca tudo. - Pede.
Uckermann: Sim, por favor, tire tudo de mim. - Ele concorda.
Montes: Saviñón, faça bonito..
Markway: Faça ele chorar como uma menina. - Pede.
Saviñón: Tudo bem. - Saviñón olha suas cartas, olha suas fichas. Ela sabe que vai ganhar dele e ela olha para ele com o rosto impassível e então ...
Saviñón: Desculpe, pessoal. - Pede. Não é apenas minha noite. - Ela deixa ele vencer e todos gemem quando Uckermann pega suas fichas.
Uckermann: Quem é um bom menino? Quem é um bom menino? Tu es. E você é. E você é. - Diz clima de comemoração.
Markway: Você nunca se cansa do vencer, Uckermann? - Pergunta visivelmente irritado.
Uckermann: Pode esperar sentado, nunca. - Diz ajeitando suas fichas..
Prefeito: Bem, pra mim já deu. - Diz a eles. - Detetive, foi um prazer. - Saviñón o olha.
Saviñón: O prazer foi meu. - Sorri para ele.
Markway: Pena, não conseguimos resolver seu caso. - Diz desanimado.
Saviñón: E sinto muito por não ter feito ele chorar como uma garotinha. - Ele da de ombros
Prefeito: Bem, não é sua culpa, detetive. - Diz a ela. - Não importa o quão baixo ele desça, ele sempre consegue se levantar dos mortos. - Ela ri e Uckermann ergue os olhos.
Uckermann: Oh, isso seria uma reviravolta. - Diz percebendo algo.
Montes: O quê? - Questiona.
Uckermann: O dinheiro tinha que vir de Cynthia porque Swanstrom estava na prisão e Susan Mailer estava morta, certo? - Questiona.
Markway: Certo. - Confirma.
Uckermann: Mas e se Susan Mailer não morreu naquela explosão? - Sugere. - E se ela ainda estiver viva? - Pergunta animado.
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