Fantasmas parte 6

Uckermann com Marie e Isabela.  Uckermann está lendo o manuscrito de Lee Wax.

Marie: Pelo menos um deles assumiu a responsabilidade pelo que aconteceu naquela noite. - Comenta pondo bebida em uma taça.

Uckermann: Sim. - Concorda e olha para a mãe. - Talvez mais responsabilidade do que devia. - Isabela o olha.

Isabela: Você não acredita na história de Jared Swanstrom? - Pergunta se aproximando do pai.

Uckermann: Essa história não é dele, é a da Cynthia. - Reforça para a filha, Marie aparece ao lado da neta e se apoia no balcão.

Marie: Você quer explicar melhor para aqueles de nós que já beberam uma taça de vinho? - Ela ergue a taça que está bebendo e Isabela ri.

Uckermann: Cynthia disse a Lee Wax que ela e Susan Mailer discutiram se deviam ou não detonar a bomba, uma vez que souberam que o capitão estava a bordo. - Sua mãe arregala os olhos. - Cynthia deu para trás. - Marie balança a  cabeça para cima e para baixo querendo mostrar que estava entendendo. - Susan começou a detonar a bomba sozinha e... "Boom".

Marie: Huh. - Faz uma expressão de dor.

Isabela: Mas hoje, Jared Swanstrom disse que Cynthia disse a ele que havia algo errado com o cronômetro, ela nunca disse nada sobre uma discussão. - Diz a avô

Marie: Oh. - Diz ao entender o que ambos disseram. - Bem, essa é uma omissão deslumbrante. - Comenta.

Uckermann: Sabe, quando estou escrevendo, eu analiso todas as opções. - Revela. - O que colocar, o que deixar de fora, quando revelar alguma informação, quando esconder algo... - Diz as opções. - Mas quando se escreve sobre a vida de outra pessoa, você só sabe o que eles querem que você saiba.

Isabela: Mas Lee Wax não é mais o ghostwriter da Cynthia, certo? - Questiona. - Agora que ela está morta, não é mais um livro de memórias, é uma verdadeira história de crime e  parece que a história verdadeira é muito mais interessante do que as mentiras de Cynthia. - Diz ao pai.
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Saviñón entra com seu café da manhã e encontra Uckermann em sua mesa. O manuscrito de Lee Wax está aberto à sua frente e ele também está segurando várias folhas de papel nas mãos. Ele estava tão concentrado que nem notou a presença dela.

Saviñón: Bom dia. - Ele da um pulo na mesa.

Uckermann: Oh! - Ele a olha. - Ei. - Ele pega manuscrito. - Desculpe. - Se desculpa. - Eu só ... - Ele se levanta da cadeira dela e puxa outra para si.  - ... eu fiquei relendo as anotações da entrevista de Lee Wax. - Ele se senta na cadeira ao lado. - Quando ela falou com Jared Swanstrom, ele disse a ela a mesma coisa que ele nos disse Cynthia disse que a bomba explodiu cedo.  Mas ela deixou essa versão de fora do livro. - Revela.

Saviñón: Porque isso contrariava a versão da Cynthia de que as meninas discutiram quando descobriram que o capitão Pike ainda estava a bordo e que Susan colocou a bomba sozinha. - Explica porque.

Uckermann: De acordo com o editor, Cynthia tem total aprovação sobre tudo o que Lee Wax escreveu. - Revela. - Era o jeito dela ou não tinha livro. - Revela.

Saviñón: Você falou com a editora? - Pergunta com o olhar desconfiado.

Uckermann: Sou um pouco conhecido nessa área. - Diz com cautela. - De qualquer forma, eles não gostaram. - Revela. - Eles estavam procurando por uma verdadeira revelação de um crime, e o que estavam conseguindo era uma mulher cheia de remorso e eles estavam se preparando para cancelar. - Saviñón fica curiosa.

Saviñón: E agora? - Questiona.

Uckermann: Bem, agora que o assassinato de Cynthia está em toda a mídia, eles concordaram em publicar, desde que o livro tenha um ângulo mais sensacionalista. - Diz a ela. - Kaboom! - Brinca. - A verdadeira história de um terrorista doméstico que se tornou dona de casa suburbana e o crime que chocou a América. - Fala como se já visse o nome do livro.

Saviñón: Cativante. - Entra na brincadeira..

Uckermann: Obrigado. - Agradece com um sorriso.

Saviñón: Então, com Cynthia fora do caminho, Lee Wax tem nas mãos um possível best-seller. - Diz entendendo o que ele queria dizer.

Uckermann: As pessoas morreram por muito menos.  - O telefone de Saviñón toca e ela atende.

Saviñón: Saviñón. - Se identifica. - Certo, traga ele pra cá. -  Pede e saviñón desliga.

Uckermann: O quê foi? - Questiona confuso.

Saviñón: O álibi de Adam Pike caiu por terra. - Diz a ele. - Ele estava mentindo sobre estar no trabalho na terça à noite. - Conta.
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Adam Pike está à mesa, sem todas as suas bravatas anteriores. Saviñón se senta em frente a ele.  Uckermann na sala de de observação.

Adam: Eu não a matei. - Diz a ela. - Eu nem sabia onde ela estava. - Mente.

Saviñón: Não vamos chegar a lugar nenhum se você continuar mentindo para mim. - Diz a ele. - Eu sei que você foi para Westchester. - Pega ele no pulo. -  Falei com o marido da Cynthia, ele se lembra de ter visto um cara como você do lado de fora de sua casa algumas semanas antes de ela ser assassinada. - Revela o que descobriu. - Ele fica mudo. - Você quer ir a reconhecimento? - Questiona tentando fazer com que ele fale.

Adam: Eu só ... - Hesita. - Queria falar com ela. - Confessa.

Saviñón: Como você a encontrou? - Questiona.

Adam: Aquela escritora. - Se refere a Lee Wax. - A maneira como ela continuou falando sobre o que aconteceu com meu pai, ela sabia de coisas que apenas alguém que estava  naquele navio no dia da explosão  poderia saber. - Explica. - Então, comecei a segui-la e eventualmente, ela me levou a Cynthia Dern. - Revela.

Saviñón: E por que você não chamou a polícia? - Questiona.

Adam: Porque eu queria olhar nos olhos dela. - Confessa. - Eu queria dizer a ela que nada disso importava, seu dinheiro sujo dela não compraria nosso perdão.  - Uckermann na sala de observação franze o cenho.

Uckermann: Que dinheiro? - Questiona confuso.

Saviñón: O que você quer dizer com "dinheiro sujo"?  - Adam desvia o olhar, relutante e então ele balança a cabeça.

Adam: Depois que descobri onde Cynthia morava, fui e contei para minha mãe, eu não sabia se devíamos chamar os federais ou o quê. - Confessa. - Ela começou a chorar e ela me disse que recebíamos dinheiro todos os meses desde o a explosão do navio a quantidades variava às vezes mais, às vezes menos, mas todo mês chegava. - Revela.

Saviñón: E ela achou que o dinheiro vinha de Cynthia Dern? - Questiona.

Adam: O primeiro envelope tinha uma nota: "Por favor, me perdoe.", bom Susan Mailer estava morta, Swanstrom estava na prisão, não havia mais ninguém além dela. - Diz a ele.

Saviñón: Você sabe, com esse tipo de evidência, Cynthia teria sido pega anos atrás. - Revela.

Adam: Mamãe disse que sem aquele dinheiro, não teríamos sobrevivido, ela imaginou que, enquanto Cynthia estivesse livre, o dinheiro continuaria chegando. - Explica porque não chamaram a polícia.

Saviñón: Então, por que você mentiu para mim sobre onde estava na terça-feira passada?  - Adam desvia o olhar e pesa suas opções, mas percebe que não tem nenhuma.

Adam: Porque eu estava lá. - Confessa e a Saviñón fica confusa. - No hotel. - Diz por fim. - Eu a segui, mas eu só ia falar com ela, eu fiquei uma hora subindo e descendo aquele corredor, tentando ter coragem de ir bater naquela porta, sabe? - Questiona. - Eu ia fazer isso. - Revela. - Mas então alguém saiu do elevador e bateu em sua porta. - Saviñón se inclina.

Saviñón: Você viu o assassino dela? - Questiona.

Adam: Não olhei direito, mas os ouvi conversando, e posso te dizer uma coisa. - Diz a ela.

Saviñón: O quê? - Questiona curiosa.

Adam: Foi uma mulher. - Ainda assistindo na sala de observação, Uckermann percebe que estava certo.

Uckermann: Lee Wax.  - Uckermann começa a bater no vidro duplo.  - Saviñón! - Grita chamando a atenção dela. - Foi Lee Wax! - Saviñón Franzi os cenhos. - Saviñón! - Chama ela de novo. - Lee Wax.  Lee ... - Na sala de interrogatório, Adam Pike reage à estranha batida e aos gritos abafados de Uckermann.  Saviñón não está satisfeita.  Ela se vira e sinaliza para Uckermann parar e assim ele faz, e volta a olhar sem graça para Adam.

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