Cap 37
Noivo pra S/n¬
Pov's Madara
|2h depois do ocorrido.
Aqui estamos sobre o telhado de uma das casas do Distrito Uchiha. Procurando... Ah meu Rikudo me dá ânsia de pensar que estamos procurando um noivo pra S/n. Bom foi ideia dela primeiramente.
|Flashback 1h e meia trás
— Entaaaãoo eu preciso de um noivo até o final do mês? — perguntou um tanto quanto confusa.
— Infelizmente sim querida, mas se– S/n bateu a bainha da katana no chão.
— Tá bom, vamos procurar um noivo pra mim! bora papi.. — Me arrastou pra fora de casa com o kamui.
|Atualmente
— Sabe que não precisa fazer isso, não é? — olhei pra ela que observava atentamente cada jovem Uchiha com idade entre 20 a 32 anos, seu sharingan se moviam rapidamente dentro da íris — Pode ir com calma e sei lá, conhecer alguém de maneira certa. E não escolhendo como se fosse um bolo numa vitrine. — Apoiei a mão no rosto olhando pra rua, eu tô de saco cheio já.
— É meu dever, todos o que vieram antes de mim tiveram que carregar esse fardo, por que comigo seria diferente? — colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, desviei o olhar dela e voltei a procurar algum que agradasse aos olhos. — Além do mais, quanto antes eu me livrar disso melhor vai ser.
— O que quer insinuar com isso? — que cansaço, acho que eu tô ficando velho, me levantei alongando os braços e ela fez o mesmo.
— A regra diz que todo herdeiro do clã Uchiha precisa ter ao menos um filho puro sangue pra manter a linhagem, mas não diz que necessariamente precisa ficar com o pai ou mãe da criança. — pulou para o próximo telhado e eu a acompanhei. Essa lógica realmente faz sentido.
— Veja por esse lado, o senhor não ficou com a sua esposa pois ela morreu no parto, vai que numa dessas meu marido morra por ter sido esmagado por uma pedra. Nunca se sabe né. — olhei contraditório pra ela, agora ela quer matar o marido que nem tem ainda!
— Sua mente me asusta certas vezes. — Murmurei, ela fez uma cara de bunda mostrando a língua pra mim, revirei os olhos soltando um bocejo.
— Nada muito diferente do que o senhor faria. — sorriu de lado, paramos uns 20 metros do ponto inicial — O que acha daquele ali? — Apontou com o dedo pra um velho cego de um olho, minha ânsia voltou na hora, olhei pra ela desacreditado.
— Ficou cega S/n!? — Gritei com ela — Santo Rikudo, está tão desesperada assim?! — Eu sabia que o véio era meio rico, mas agora uma garota de 20 anos com um de 86 ahhh me poupe — Ele é praticamente caduco minha filha! Feio que é uma desgraça! — Susurei, ela conteve uma risada colocando os dedos sobre os lábios.
— Pai, acho que quem está cego é o senhor, — conteve uma risada — Olhe um pouco pra trás daquele senhor. — olhei novamente nas condições que me disse e, nossa!
— Não é tão feio. — cruzei os braços observando o garoto, carregando um pergaminho grande nas costas, sempre foi sério ao que me lembro dele seu semblante exaltava essa ideia. O nome era.. Era.. Ah, esqueci.
Em algum momento ele reparou nossos olhares sobre ele, que voltou sua face pra nossa direção, seus olhos se arregalaram um pouco se tocando de quem se tratava, em seguida fez uma breve reverencia na qual foi confirmada com um aceno de cabeça, continuando o seu caminho em algum momento eu o perdi de vista no meio da multidão, tem cara de ter uns 23 ou menos. Eu realmente não me lembro desses detalhes.
— Ele pode ser uma opção, que tal? — a fitei sem graça a mesma continha um olhar alegre.
— Talvez. — soltei um suspiro — Vamos continuar a "procurar". — pulei uns três telhados a frente com ela me acompanhando.
— Otousan, eu tenho uma coisa pra te perguntar — citou desgostosa, respondi com um 'hum' instigando-a a continuar — O motivo que o senhor e a Kuina-san não terem casado a 22 anos atrás tem haver com a cicatriz que ela tem não é?.
Meu olhar se perdeu no horizonte de Konoha, me recordando da grande cicatriz que Kuina tinha no abdômen. Me calei por alguns instantes pensando o que responder, puxei o ar com certo pesar o soltando em seguida.
— Sim.. — engoli a seco me recompondo — Numa das batalhas que tivemos contra o clã Senju, quanto éramos mais jovens, fomos encurralados eu e ela não tínhamos tanta força e habilidades como agora, meu pai estava junto. — olhei pra ela que me olhava atenciosa. — Bustuma pai do Senju de merda, tentou um ataque desprevenido pelas costas contra o seu avó, Kuina se meteu na frente do ataque parando a katana com uma kunai, porém ele obviamente tinha mais força que ela... — apertei a mão com força ao lembrar da cena que por anos foi o motivo dos meus pesadelos — Ele.. Ele deslizou a katana pra baixo e enfiou no abdômen dela, depois puxou pra cima rasgando a carne de fora a fora. — Respirei pesadamente, mentalizando a imagem dela quase morrendo, fechei os olhos com força mordendo a parte interna da minha bochecha. — Eu não consegui me mover com aquilo, a última coisa que escutei depois de ver ela caída toda ensanguentado no chão, foi meu pai dizendo pra mim que era pra levar ela ao acampamento o mais rápido possível.
Pov's S/n
Ele fechou os olhos apertando os lábios contra os dentes, Kuina sempre evitou contar o passado dela em relação as batalhas, eram comum nós duas tomarmos banho juntas nas termais e a cicatriz que ela tinha de baixo da última costela do lado direito até a virilha era bem marcante por sinal. Uma vez que perguntei sobre aquela infame marca ela só respirou fundo e docemente me disse que era o motivo de ela não ser a minha mãe de sangue, nunca intendi isso afinal.
Madara olhou pras mãos enluvadas com o olhar caído parecendo se recordar do restante da história e continuou a falar.
— Os ninjas médicos demoraram praticamente uma semana pra conseguirem salvar a vida dela, mas nem por isso o conflito entre os clãs nos deu trégua, então eu mais uma vez fui mandado pra um campo de batalha porém convenci meu pai a ao menos deixar alguém de confiança tomando contada dela, quando retornei Izuna me trouxe a ótima notícia que ela já estava a salvo e que não corria mais riscos. — ele deu um sorriso de canto, olhando pro céu, que saudade do tio Izuna-kun... acho que o otousan sente o mesmo. — Eu fui até a tenda onde ela estava se recuperando, mas quando eu entrei lá, Kuina tinha uma uma expressão vazia no rosto e sem nem ao menos me olhar nos olhos me expulsou dali aos berros.
— Por que ela fez isso?? — me inclinei pra mais perto dele curiosa com o desfecho dessa história
— Me perguntei a mesma coisa naquele dia, e bom.. — senti o clima ficar pesado derepente, parecia que uma nuvem negra pairava sobre nós naquele instante, engoli a seco ajeitando atrás da orelha uma mecha de cabelo que insistia em incomodar minha visão. — O motivo foi o horrível tanto pra mim quanto pra ela... O corte foi tão fundo que tiveram que retirar o útero dela, pra tentar resguardar sua vida. — pronunciou em tom baixo, quase um sussurro que quando tocou meus ouvidos me deixou em choque, não esperava por isso, um nó se fez na minha barriga ao imaginar a dor da cena, meu estômago se embrulhou querendo subir pela garganta.
— Ela ia se casar comigo, — riu nervoso — comigo S/n! — uma expressão triste tomou o seu rosto. — Mas a vagabunda daquela velha desgraçada mal soube da notícia e me obrigou a casar com a sua mãe. — franzi o cenho.
— Não é.
— Não é o que? — perguntou confuso e um tanto irado.
— Sua falecida esposa não é a minha mãe, ela me abandonou nesse mundo quando eu nasci, então nunca vai ser alguém que eu vá chamar de mamãe. — disse com firmeza, não era mentira eu não a odeio, mas também não sinto nada por ela. — Sou grata por ela ter me gerado mas nada além disso. — ele me fitou com surpresa.
— Não deveria falar assim da Zu.. — Fechei o semblante mais ainda.
— Não precisa me dizer o nome dela, eu não quero saber! — Reafirmei, nunca me disseram qual era o nome dela até hoje, então algum motivo deve ter, e sinceramente eu não ligo.
— Se prefere assim, — deu de ombros — eu não ligo. — Um sorriso sem dentes brotou na sua face. — Kuina foi a única mulher que eu já amei na vida. Eu iria casar com a Kuina de uma forma ou de outra, ela podendo me dar filhos ou não porque eu a amava, e ainda amo! — seu rosto se iluminou olhando pra mim, no momento que diserniu as próprias palavras desviou o olhar com um rubror no rosto acalmando seus ânimos — Daquele dia em diante ela se isolou do clã e ficou um bom tempo sem dar as caras, nós nos só reencontramos uns três anos depois. — olhou pro céu, eu imitei o ato percebendo que a nuvem negra tinha ido embora, igual a parte das suas magoas.
— Só quando a contrataram pra cuidar de mim não é? — ele confirmou com um aceno de cabeça, soltei um riso fraco — Kuina-San é a única mulher que eu chamo de mãe! — sorri constatando o fato, otousan franziu a testa tornando seu olhar ao meu — Que foi? — levantei um sombrancelha não compreendendo o motivo daquela careta dele.
— Se você a chama de mãe, por que diz o nome dela tão formalmente? —
Eu.. Eu nunca pensei nisso, na verdade, eu a chamo de kasan mas ao mesmo tempo me refiro ao seu nome como Kuina-san, como se ela não fosse de alguma forma íntima. Talvez seja apenas costume. Oooouu, eu simplesmente juntei as palavras "Kuina" e "San"
— Não sei, costume talvez. — Cocei a nuca com um pouco de nervosismo.
— Caramba — gargalhou pondo as mãos na cintura balançando a cabeça de leve — quando vocês se conheceram você era uma chorona medrosa — franzi o cenho com tal lembrança, sentindo minhas orelhas esquentarem.
— Eeeii! Não precisa jogar na minha cara! — fechei os punhos com força e ele continuou rindo da minha situação.
— Que é? Não estou contando nenhuma mentira, — disse simplista — como era mesmo? Ah sim, você vivia agarrada atrás da minha hakama ou da do Izuna. Quando a Kuina chegou só faltou você enfiar a cabeça num buraco de medo dela. — e começou a rir outra vez.
— Foi só aquela vez. — virei o rosto pro lado não querendo admitir aquilo, mas realmente eu era muito medrosa quando criança.
— Foi nada! Toda pessoa que você não conhecia você se escondia atrás de mim. Francamente! Ainda bem que perdeu esse medo.
— Eu não podia ser uma fracote pra vida toda! — cruzei os braços nervosa, com o kamui "fugi" do assunto me transportando pra um telhado afastado, quase beirando o fim do distrito.
[...]
Pov's Madara
Ficamos quase a tarde inteira julgando os jovens Uchiha's que passavam nas ruas, os que eu achava o mínimo decente S/n não gostava ou achava feio, e os que ela apontava eu os achava muito velhos ou cabeça de vento.
No final da tarde já estávamos cansados demais pra fazer qualquer coisa então retornemos para casa. S/n me contou sobre ter encontrado um cachorro preto, achei estranho pois não era comum vira-latas andarem por esse distrito já que, bom, Uchiha's não são muito fãs de cachorros isso explica a quantia considerável de gatos por aqui.
Chegamos em casa retirando as sandálias com Kuina nos recebendo, sem animo algum me joguei no sofá fechando os olhos que aos poucos iam pesando, eu escutei bem lá no fundo Kuina dizer pra S/n não fazer alguma coisa quando senti um peso sobre o meu peito.
Eu simplesmente adormeci sentindo aquele peso quentinho me envolver.
E continua nos próximos capítulos 💟
Não se esquece da estrelinha minha kunoichi ✨✨
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top