Cap 34
S/n em perigo, a morte se aproxima?¬
Baji: Hã? Isso não é preciso, eu posso muito bem fazer a missão e voltar pro QG almoçar. - balançou as mãos em negação - Eu não sou mais uma criança senpai, não precisa mais ficar se preocupando comigo. - coçou a nuca dando um sorriso amarelo, em um movimento rápido virou o corpo em direção ao lado de fora se preparando pra pular.
Andei até ela a segurando pelo colarinho do uniforme ANBU, a fazendo olhar pra mim por cima do ombro.
Tobirama: Escuta, eu não tô com saco pra draminha. - disse ríspido - Agora vê se desce lá pra cozinha e almoça. Não quero você caindo pelos cantos. - que coisa! Até parece que é idiota, depois que falha em uma missão vem se chorar pra mim.
Baji: Tá bom, eu vou. - suspirou derrotada, a larguei e caminhei em direção ao andar de baixo com a Hyuga me seguindo. Chegamos a cozinha e ela se sentou à mesa enquanto eu esquentava a comida do almoço.
Fui até o armário e peguei um prato, em seguida coloquei a comida e servi a menor, que encarava o prato com os olhos brilhando. Sorri sem mostrar os dentes balançando a cabeça de um lado para o outro em negação, como pode ainda parecer uma criança.
Ela olhou pra mim como se pediçe permissão pra comer - Vai logo, pode comer! - disse me escorando no balcão vendo ela retirar a máscara pondo-a em cima da mesa em seguida juntando as mãos.
Baji: Itadakimasu! - avançou no prato de comida, meu Rikudo, até parece que não vê comida a uma semana.
Que eu me lembre ela fazia igualzinho quando era criança, bom agora ela tem 22, não é mais uma criança. Mas parece.
Tobirama: A Hatake vai ficar muito puta quando descobrir que você fica tirando essa máscara por ai. - alertei me lembrando do temperamento hostil da chefe da ANBU em relação as identidades amostra dos ninjas da organização.
Baji: Por incrível que pareça ela não me viu saindo da base. - afirmou tomando um gole de suco.
Autora on
O Senju se desencostou do balcão e caminhou até uma das gavetas da cozinha, a abrindo em seguida, dentro da mesma uma kunai marcada com o hiraishin. Seu semblante era sério vários pensamentos rondavam sua mente se aquilo que faria a seguir seria realmente o certo.
Baji o acompanhava com os olhos, sabia que seu mestre tinha um problema que não dividiria com ela a menos que ela insistisse muito.
O mais velho se teletransportou para um cómodo da casa usado apenas por ele deixando a Hyuga sozinha na cozinha, tal lugar era um tipo de laboratório/escritorio, situado nos fundos da residência Senju. Tobirama o usava para fazer seus experimentos e aperfeiçoamentos em novos jutsus.
Em uma das mesas espalhadas pelo cómodo, encontrava-se vários frascos com substâncias variadas e misturadas. O platinado caminho até suas mãos irem ao encontro de um recipiente de vidro médio que possuía um liquido roxo, parecia pegajoso e exalava um cheiro suave.
Mesmo seu cheiro sendo 'agradavel' o liquido escondia um terrível destino para aqueles que encostasse.
Veneno.. Uma substancia desde sempre usada pelos ninjas, Tobirama modificou alguns tipos de veneno resultando neste, mais forte e violento, o cheiro suave era uma forma de distrair o faro apurados dos Inuzukas e de seus cães. Nunca imaginariam que algo com o cheiro tão inocente poderia trazer um efeito irreversível como a morte.
Sem pensar duas vezes mergulhou a kunai no veneno, e a ergueu na altura dos olhos vendo o liquido roxo escorrer pela lâmina. Com sua feição fria, pensava em qual seria o momento certo de atacar. Pois sabia que S/n não seria tão tola ao ponto de não perceber seus planos, ele deveria ser cuidadoso.
Perdido em deus devaneios quase não notou a presença de Baji que parou se escorando no batente da porta.
Baji: Pretende usar em quem isto? - perguntou se referindo a kunai banhada no veneno, sua feição era de desgosto pois sabia a resposta mas não queria acreditar. Poucas vezes em sua vida pode ver de perto uma kunoichi com tanto potencial e talento como a filha de Madara, seria uma pena que tanta grandeza seria desperdiçada.
Tobirama: Não faça perguntas na qual já sabe a resposta. - respondeu grosso, não muito diferente da morena Tobirama secretamente admirava a Uchiha, ela era pouco mais nova que a Baji e tinha quase ou mais força que ele mesmo. Mas também sabia que ela é um perigo para a vila. Um perigo por ser jinchuuriki, um perigo por ser Uchiha, um perigo por ser ela. Isso o assustava - Eu já lutei com ela três vezes, - disse baixo, repousado a kunai na mesa - ela é como um Yūrei,* aparece e desaparece em um redemoinho, a percepção dela é mais aguçada que muitos sensoriais eu sinceramente creio que se um ninja de baixo escalão cruzar o caminho dela o recomendado seria fugir. - se virou para a garota que o ouvia com atenção.
Baji e Tobirama se conheciam de anos, portanto ambos sabiam quando algo os incomodava ou assustava, ela percebia que o platinado sentia algo parecido pela portadora dos olhos de sangue.
Mas a relação entre o Senju e a Uchiha era algo mais profundo, algo relacionado ao passado de ambos, a perolada fez as contas mentalmente percebendo que os dois tinham 13 anos de diferença e também que o irmão de Madara entrava em confronto direto com Tobirama.
Não era segredo para a maior parte das pessoas que Tobirama atingiu gravemente Izuna o levando a morte a nove anos atrás. Talvez esse seja o elo entre S/n e Tobirama.
Baji: Senpai, o senhor não está com medo da garota descobrir que o assassino do tio dela seja o senhor? - perguntou receosa, juntando suas mãos a frente do peito.
Tobirama: Não estou com medo dela descobrir o que eu fiz, estou com medo de se ela já esteja sabendo e estiver me manipulando.- apertou a borda da mesa com força.
"Estou com medo" uma frase que Baji nunca imaginaria ouvir da boca de Tobirama.
Baji: Não acha que está sendo precipitado demais? As vezes as coisas não são o que aparentam.
Tobirama: Na verdade as coisas são exatamente como aparentam! - e mais uma vez o aperto no peito se fez presente.
Pov's S/n
Por incrível que pareça a tosse não me incomodou durante o almoço, só depois, dei uma desculpa esfarrapada e fui até o banheiro cuspir sangue.
S/n: Mas que porcaria. Isso é pior que estar menstruada. - enchaguei a boca com água após escovar os dentes. Sai do banheiro e fui pro quarto escrever os ocorridos de hoje. Tá, eu sei isso parece coisa das garotinhas da academia ninja mas, na verdade, e que quando eu tinha 18 anos eu resolvi começar a escrever as coisas que aconteçam no decorrer dos dias, como lutas, treinos, conhecer pessoas novas ou simplesmente não ter feito nada. É como se eu estivesse escrevendo um livro sobre mim mesma.
Peguei tinta e o pincel e levei a folha em branco, não sabia ao certo o que escrever tantas coisas aconteceram. Decidi que começaria pelo meu encontro com o Hyuga, a corrida pelos telhados dos Yamanakas, eu ter ganhado uma bandana e oficialmente ser uma ninja da vila da folha, nossa breve discussão com o Senju, o alvoroço com os jounins.
Confeço que fiquei bem admirada com Myamura-san, ele me agrada. Mas, sinceramente, eu ganho fácil dele.
Descrevi o meu time e minha opinião sobre cada um deles, anotei também as sensações estranhas que senti pelo Senju de merda. Terminei de escrever e folheei algumas páginas, notei que em pelo menos oito delas falavam sobre o Tobirama.
Santo Rikudo... Preciso fazer outros amigos.
Fechei o caderno o deixando em cima da escrivaninha, levantei e fui até a cama onde me joguei de bruços sentindo minha cabeça arder de novo.
Que Ó-DI-O!
Peguei um travesseiro e coloquei por cima da minha cabeça, afundando ainda mais meu rosto no colchão quando senti meu peito queimar, soltei um gemido de insatisfação. Saco! Quanto tempo ainda falta pra amanhã chegar?
|Flashback dois meses atrás •
Kuina-San pegou o frasco que continha o 'kotaro' e colocou na seringa, eu balançava as pernas na marca enquanto esperava o procedimento terminar, Ashura-sensei se mantinha em pé ao meu lado com uma das mãos na cintura.
Kuina: tsk, - a encaramos em duvida, a mesma se virou com a seringa quase completa e o frasco vazio - faltou 3ml. - sua feição era séria.
Ashura: Coloca de outro frasco. - disse simplista.
Kuina: Não dá, ele falou que era pra usar o conteúdo de um frasco por vez, se eu pegar de outro vai misturar e acabar estragando o remédio inteiro.
Ashura: Vai aplicar só isso então? - só isso, não é tu que leva 160ml de kotaro a cada dois meses.
Kuina: "Só isso" - imitou sua voz - eu vou te enfiar essa seringa aonde o sol não bate Ashura! - esbravejou, enquanto sensei mostrava a língua pra ela. - Se ao menos o Madara-sama estivesse aqui.. - olhou de relance pro chão.
Ashura: Isso se ele já não esqueceu que a gente existe - se sentou na marca também, Kuina lançou um olhar amedrontador para o Uchiha ao meu lado que sorriu amarelo.
Fechei os olhos lentamente e os abri no exato momento em que senti o vento ser cortado e algo prender na parede.
Kuina: Não diga nunca mais uma besteira dessas seu verme maldito. - seu tom era áspero e raivoso, ela tinha jogado uma kunai afiada na direção do sensei a lamina fez um corte superficial na bochecha do mesmo e ficou cravada na parede.
Cruzei os braços os encarando, ignorei a pequena discussão e foquei no problema inicial, se completarem com o liquido de outro frasco vai acabar o estragando, se não usarem é possível que os efeitos acabem antes. Kuina-san soltou um suspiro olhando docemente pra mim. - S/n-chan, a decisão é sua. Mas, você sabe o que pode ocorrer.
S/n: Aplique mesmo faltando, as dores nem devem ser tão fortes, e mesmo que forem vão durara apenas algumas horas. - coçei a bochecha com o indicador fazendo pouco causo.
Ashura: Certeza? - balancei a cabeça em concordância. Kuina se aproximou colocando a agulha rente ao meu pescoço, em seguida aplicando diretamente na minha corrente sanguinea.
O kotaro não tira 100% da dor, mas alivia boa parte, grandes poderes, como o Mangkyou, exigem de mais do corpo do usuário, principalmente quando é usado indevidamente.
Poderiam ter me avisado antes.
|Atualmente•
Eu achei que iria ficar deitada o resto do dia, mas para minha infelicidade, aqueles dois exigiram a minha presença na sala.
E eu fui, me arrastando, mas fui. Tentei ao máximo deixar meu chakra estável para que o otousan não percebesse nada de 'errado' em mim.
Cheguei na sala e sentei no sofá maior, jogando a cabeça pra trás olhando o teto. Os dois pareciam estranhos, ambos ficaram numa rodinha cochichando algo no qual eu não entendi nada.
Kuina: Você acha que a gente deveria contar pra ela?
Mandara: Sim, além do mais não acho que ela já não tenha percebido.
Kuina: Tá bom, você tá pronto?
Mandara: Eu já nasci pronto! - ouvi os passos deles vindo até mim, ainda com a cabeça jogada meus olhos desceram até o encontro de ambos. Madara possuía a postura rotineira e o semblante normal mas vez ou outra um sorriso de canto surgia. Ao seu lado esquerdo, Kuina tinha as mãos juntas atrás de si, e um sorriso radiante no rosto.
Uouu, acho que eu nunca vi ela sorrindo assim geralmente o semblante dela é sério ou calmo, (ou demoniaco também).
Kuina: Nós, - deu uma pausa olhando pro otousan - nós temos uma notícia pra te contar! - falava alegrinha, estranho. Será que ela finalmente conseguiu pegar a gunbai?
Puxei meu peso para frente, agora os olhando com interesse, cruzei as pernas apoiando meu cotovelo em minha coxa e meu rosto na mão, aguardei atentamente o que estava por vir.
Madara/Kuina: Nós estamos namorando! - arregalei os olhos em surpresa, e me joguei para trás novamente, por que aquelas malditas dores voltaram. Sorri enquanto sentia o meu peito se degolar sozinho.
Madara: Hã? Você não gostou? - perguntou estranhando minha ação.
S/n: É-é cla-aro que eu g-gostei! - sorri com dificuldade sentindo o ar faltar, envolvi minas mãos sobre minha barriga, senti algo começar a subir pela garganta, quando chegou a minha boca, sem ter outra opção engoli de volta sentindo queimar a cada segundo que descia.
Madara: S/n? - me olhou com certo desespero segurando meu rosto entre suas mãos aveludada pelas luvas que usava. Senti meus olhos marejarem pela incesavel dor. - Oe, me responde!
Respirava pesadamente com dificuldade, que droga! Eu não queria que ele me visse desse jeito, fraca. Não conseguia o responder doía muito tentar falar.
Kuina: Mais que droga, eu te falei que não ia prestar só 157ml - subiu no sofá ficando sentada sob suas próprias pernas ao meu lado, ela estendeu a mão até meu pulso medindo meus batimentos, que por sinal estavam fracos.
S/n: N-não falou não - susurei dando um sorriso ladino, senti meus olhos começarem a pesar. Ela me olhou com o cenho franzido.
Kuina: Não brinque em um momento sério destes! - me repreendeu, eu não queria estragar o momento dos dois, por que eu sempre os afasto? Por minha culpa eles não ficaram juntos no passado e agora de novo.
Madara: Seu crakra está fraco, não deveria estar assim você tendo a Kyubi. - sério me encarava, ele tirou suas mãos de mim olhando pra Kuina que possuia um olhar triste fez um gesto em concordância, em seguida puxou uma kunai do bolso. Talvez eles queiram tirar meus olhos e me matar em seguida, não seria nada surpreendente em nosso clã.
Seria ruim, eu não fiz nada de extraordinário na minha vida, não salvei ninguém, não beijei ninguém, talvez até agora eu esteja sendo um estorvo pra ele. Mas por um lado positivo eu vou ver o tio Izuna de volta, isso é bom.
Não importa o que eu faça, me sinto totalmente invalida, o meu peito parece que vai rasgar a qualquer momento, minha cabeça lateja enquanto meus olhos querem fechar incessantemente.
Que fim mais patético..
N/t: Yurei significa fantasma.
E continua nos próximos capítulos 💟
Não esqueça e da estrelinha minha kunoichi ✨
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