Cap 32

Um passado que causa lágrimas e sangue¬

Kuina: Longa história, qual eu não tô afim de contar. - dizia entrando logo atrás de mim.

Madara: Que malvada. - dizia manhoso repousado seu queixo no ombro que Kuina, que havia parado de andar, ri com o ato. Parando pra reparar... Eles estão bem acabadinhos.

S/n: Não querendo insinuar nada e tals, mas vocês estão horríveis. - os dois me olharam com cara de tédio - É sério! - os dois se entreolharam.

Kuina: É.. Você realmente está feio. Deveria ter batido mais forte.. - ele a olhou com uma cara assustada enquanto se afastava dela.

Madara: Eu vou tomar banho..

Kuina: Eu também. Depois eu começo o almoço - ambos passaram por mim bagunçando meu cabelo, kasan pulou mas costas do otousama o mesmo passou a carrega-la sumindo no corredor. Acho que algo interessante aconteceu por aqui.

Ri de meus pensamentos indo até meu quarto trocar de roupa. Larguei a katana e o chapéu em cima da cama. Passei de relance no espelho e vi minha figura, diferente de mais cedo, agora pendurado no pescoço a bandana de konohagagure, sorri.

Agora eu tenho um lar a qual proteger.

Sai de meus devaneios e tirei a hakama, a dobrando em seguida, fui até o guarda-roupa peguei um short e uma camiseta azul com o emblema Uchiha. Passei pelo espelho vendo o resultado.

S/n: É, bem mais fresquinho. - me dirigi até a gaveta da escrivaninha colocar as fixas de meus pupilos que havia deixado no kamui. Peguei o chapéu para deixa-lo pendurado em algum canto. Fiquei me enrolando uns 30 minutos até decidir dar as caras.

Sai em direção a cozinha, Kuina-san falou que iria começar o almoço, acho que devo ajudar. Ou pelo menos tentar. .

Cheguei na cozinha e algo estranho, muito estranho estava acontecendo, ambos Uchihas estavam preparando o almoço, os dois de cabelos amarrados em rabo de cavalo alto e de avental, tinham alguns curativos e ataduras espalhados pelo corpo e rosto. Os dois se olhavam sorrindo abertamente rindo de algo no qual eu não faço ideia o que era. Kuina misturava algo na panela enquanto otousama picava alguns vegetais.

Algo aconteceu enquanto eu não estava, só não sei o que é. Inalei o ar mais forte procurando algum cheiro que não deveria estar ali mas tudo estava normal.

Não se pegaram então. Arquei uma sobrancelha e sorri sem mostrar os dentes, vou deixa-los curtir o momento um pouco.

Acho que não precisam da minha ajuda, girei os calcanhares voltei ao corredor fui até a porta de meu quarto mas vi a porta no fim do corredor entreaberta resolvi ir até lá.

Quando o otousama me mostrou a casa só me contou que aqui era o escritório, nunca cheguei a entrar nesse comodo, meio relulante segurei a maçaneta empurrando a porta.

Meus olhos correram por todo o lugar, tinha o tamanho dos outros quartos as janelas estavam abertas mostrando o jardim do lado de fora, perto de uma delas havia uma mesa de madeira com vários papeis em cima e duas almofadinhas em cada lado.

Na parede se encontrava uma estante recheada de livros e pergaminhos, ao lado um armário que continham diversas armas ninjas. Fiquei maravilhada ao olhar de perto, todas bem organizadas, afiadas e polidas. Peguei uma das kunai e ergui na altura de meus olhos, conseguia ver perfeitamente o meu reflexo.

S/n: Por que raios não me mostrou isso antes. - sussurrei para mim mesma. No mesmo reflexo percebi uma arma, qual eu já ouvirá tanto falar que me parece até uma divindade.

Estava lá, magestosamente no centro da parede, a Gunbai. Coloquei a kunai no lugar e andei até ela, cada passo que eu dava meu coração acelerava mais, engoli a seco quando fiquei cara a cara com o objeto.

Segurei forte o cabo da Shisui que oscilava chakra, mas não diminuindo e sim erguendo. Parecia querer competir com a Gumbai.

S/n: Se acalme, um dia ambas estarão lutando lado a lado. - disse a katana que por hora 'sossegou'. Não que Shisui tivesse ciúmes da dona, mas a ideia de eu usar outra arma que não fosse ela a deixava agitada.
Ergui cuidadosamente minhas mãos para tocar o grande leque a minha frente.

S/n: Eu forcei meu corpo a aprender a natureza de vento só pra poder usar você - susurei quando quase segurei seu cabo, comecei a tossir.

Uma tosse incessante se iniciava ali, mais uma de muitas que venho tendo desde adquiri o mangekyou, segurei ao máximo pra aquilo não sair, tanto que coloquei ambas as mãos na frente da boca tentando abafar o som. Mais ela vinha, mais forte e mais intensa meus olhos estavam lacrimejando, me afastei do leque na tentativa de não suja-lo.

Minhas pernas falharam e cai de joelhos no chão, cheguei a um ponto onde não poderia segurar mais a tosse senti o gosto metálico invadir a minha boca.

Cuspi uma grande quantia de sangue que escorreu pelas minhas mãos.

S/n: Que droga... Pensei que tinha parado. - olhei para o sangue em minhas mãos que começou a pingar no chão manchando o tatame. - Não, não, não isso é ruim, muito ruim! - limpei o sangue na minha camiseta e quando iria tentar 'limpar' o chão uma forte dor começou no meu peito e na minha cabeça.

Bati minha testa no chão soltando um grunhido de dor colocando minhas mãos em volta da minha cabeça apertando os fios de cabelo com força. Minha respiração se encontrava desregulada, quanto mais tentava puxar o ar, mais ele faltava.

Abria a boca tentando pedir por ajuda, mas minha voz não saia, minha garganta ardia, tombei pro lado e fiquei em posição fetal.

Tudo doía, a dor infernal na qual não me livraria tão cedo, eu queria, ingenuamente que parasse, abri a boca e a saliva misturada com um pouco de sangue começara a escorrer sujando o chão.

Eu tenho que aguentar, eu preciso aguentar. Vamos! É só uma dorzinha. Uma pontada forte se deu em meu peito, parecia algo o rasgando de dentro pra fora. Me encolhi ainda mais. Minha visão começou a ficar turva não via mais nada além de borrões.

Fechava e abria os olhos na tentativa de melhorar minha visão o que foi totalmente em vão. Usar o sharingan so pioraria a situação no momento.

Até que ele veio em meus pensamentos.

"Aguente.. Aguente! Você é mais forte que isso garota!" - a voz de meu sensei ecoava pela minha cabeça.

"Vamos! Não vai poder ficar dependendo da Kuina pro resto da vida, trate das suas feridas sozinha!" - aquele maldito.. Sempre sendo grosso. A imagem dele sorrindo invadiu meus pensamentos, me acalmando de certa forma

Aos poucos consegui respirar novamente e as pontadas no peito cesaram, senti um alivio enorme depois disto, sentei escorando-me na parede puxei a katana a repousado em meu peito. Fique ali, tentando regularizar minha respiração olhando para um ponto qualquer.

Um sorriso bobo se formou em meus lábios ao lembrar dele, ele era meio arrogante e mal humorado, mas também era atencioso e divertido. Quando ele sorria, coisa que era rara de acontecer, eu sabia que era um sorriso de verdade. Certamente ele é um dos poucos homens que tem a minha admiração.

Tobirama me lembra um pouco a ele... Fitei o teto meu peito subia e descia descompasadamente. Que droga! Já era pra eu ter tomado aquilo.

Autora on.

A exatos nove anos atrás, Uchiha S/n descobrirá, por meio de uma carta, a morte de seu amado tio.

A notícia a abalou completamente fazendo perder total noção tudo a sua volta, dor e tristeza era o que habitava o corpo da pequena portadora dos olhos de sangue. Que agora brilhavam em um tom diferente mais intenso; mais doloroso; mais cruel.

Um mangekyou sharingan nascia ali, a garota não entendia o porque. Por que ele não vai mais voltar? Por que existia uma pessoa.. Não. Por que existia um escória que tirou a vida da pessoa que ela tanto amava.

Os raios de sol já haviam se escondido entre as montanhas e o breu da noite começará a cair. As lágrimas grossa escorriam pôr seu pequeno rosto. Um chamado do fundo de seu âmago a dizia para correr. Correr para onde ele estava.

Ele, o motivo de sua perda, estaria disposta a matar para vingar Izuna. E assim o fez, abandonou o treinento com Ashura. O mesmo que aos berros tentava chamar a atenção de sua pupila, que nem ligava.

Pulando de galho em galho, correndo o mais rápido que podia, indo em direção a qualquer lugar que seu instinto a induzira. Com o cair da noite a única coisa que iluminava seu caminho era a lua imponente no céu que lhe permitia uma melhor visão do caminho.

Mas, quem e onde? A única coisa que sabia sobre tal pessoa era que a mesma pertencia ao clã Senju. Onde.. Não fazia a mínima ideia. Apenas corria e corria, desesperadamente corria.

Autora off.

Me sentia fraca, talvez seria melhor ficar deitada um pouco.

S/n: Kurama.. - a chamei com a voz arrastada.

Kurama: hum?

S/n: Preciso que me leve até meu quarto.

Kurama: Já se passaram dois meses - franziu o cenho - já deveria ter aplicado o remédio novamente. - esbravejou enquanto se espreguiçava.

S/n: Eu sei, o fim do prazo seria amanhã, mas parece que o efeito acabou um pouco antes.

Kurama: Sua irresponsável, sabe que se morrer eu morro junto! - e assim Kurama possuiu o meu corpo, se levantou como se nada tivesse acontecido.

Bom, pra ele realmente nada aconteceu. Um corpo humano não suportaria esses tipos de dores mas pra Kurama não passa de um leve desconforto.

Pegou a katana se dirigindo a porta, passou por ela logo a fechando, se encaminhou até meu quarto onde repousou o corpo na cama macia. Logo tomei meu corpo de volta.

S/n: Será que eu peguei pesado de mais com o Senju?

Kurama: Sério que você tá pensando nisso? Mas, você disse que ia matar o irmão dele.

S/n: É.. Acho que peguei. - passei as mãos pelo rostos - ah que merda! Eu tenho que encontrar com ele a noite.

Kurama: Hummm -  isso saiu em um tom malicioso. - resolveu me escutar e dar uns pega nele? - sorriu.

S/n: Pare de ser besta Kurama! - senti meu rosto esquentar - Eu perdi uma aposta agora eu vou ter que pagar um sorvete pra ele.

Kurama: Sorvete, a noite? - balançou a cabeça negativamente - Tô vendo que isso não vai prestar. Ainda mais com você desse jeito.

S/n: É o de menos Kurama- sentei-me da cama logo colocando meus pés para fora, - hoje ainda é o aniversario de morte do Itama - levantei com dificuldade indo até a escrivaninha puxei um papel e o potinho de tinta preta e alguns pincéis.

S/n: Preciso fazer algo especial, pra redimir o meu erro. - ativei o sharingan sentindo uma pontada na cabeça, soltei um suspiro mas voltei minha atenção ao que eu estava procurando.

Quando entrei na mente do Tobi-chan, tinha uma imagem com três crianças, uma delas morena deveria ser o Hashiama, um que tinha duas cores no cabelo, e outro que tinha o cabelo parecido com o de Tobirama e possuía uma cicatriz na bochecha. Vasculhei minha mente a procura desta imagem.

Itama, Kawarama e Hashirama. Comecei a passar o pincel na folha, conforme minha concentração e o trabalho da mão aumentava já era perceptível algumas silhuetas. Ao todo demorei 55 minutos para realiza-lo.

Quando estava nos últimos retoques, escutei me chamarem para o almoço.

Levantei da cadeira devagar, senti o mundo girar um pouco e me escorei na parede. Corpo fraco inútil.

S/n: Raiton: Hajō no hari ( agulha ondulada) - com o dedo indicador e o médio, conduzi o elemento raio até formar um tipo de agulha ondulada os aproximei de meu peito tocando acima do coração. A onda acertou em cheio o órgão fazendo-o acelerar as batida.

( Bem vindas a medicina moderna minhas queridas)

Com mais pressão o sangue viajando pelas minhas veias me deu mais estabilidade, antes de sair do quarto lavei as mãos e troquei a camiseta agora para um preta.

Sai do quarto me dirigindo a cozinha na qual vinha um cheiro maravilhoso.

Pov's Tobirama (Residência Senju)

Cheguei em casa depois de conhecer melhor os meus alunos. Fiquei feliz em saber que um deles quer se tornar hokage
Sarutobi Hiruzen.. Um grande futuro o aguarda certamente.

Pensei em fazer alguma coisa rápida para o almoço, já que Hashirama não voltaria pra casa tão cedo hoje. Ele se atola no trabalho sempre nessas datas.

Soltei um suspiro me sentando à mesa. Meus pensamentos foram de encontro ao que aquela Uchiha me disse no corredor.

"S/n: Ah é? Então não vai se importar se eu matar o Hashirama não é?"

Como ela pode dizer uma asneira desse tipo?! Apertei o garfo com força, o que foi que eu fiz pra tan-to ódio....

A imagem do Izuna veio na minha cabeça. Que grande merda. Era só o que me faltava agora! Ter remorso a essa altura da vida.

Durante o almoço senti um aperto no peito, parecia mais um mal presentimento. Será que o Hashirama está bem? Sem pensar duas vezes usei o teletransporte até uma das kunais que havia deixado no prédio do hokage, mais especificente no escritório dele.

Hashirama: Tobirama? Tá fazendo o que aqui maninho? - estava sentado em sua mesa com um pergaminho em mão seu rosto me encarava com uma expressão de duvida.

Tobirama: Nada, só vim ver se estava tudo bem.

Hashirama: Taaá tudo bem sim.. - franziu o cenho arqueando uma sombranselha - Aconteceu alguma coisa? - tinha preocupação em sua voz.

Tobirama: Não, - soltei um suspiro - não é nada de mais. Só um desconforto. - mesmo vendo que ele está bem, esse incomodo não passa. Agarrei de leve o tecido do kimono acima do peito, olhei pela janela o dia bonito que estava fazendo.
- bom não deve ser nada, - suavisei minha expressão - mas vou deixar um clone meu aqui só pra garantir. - fiz o bushin e o deixei ali. - Se cuide.

Hashirama: Tchauzinho. A uma última coisa, talvez eu só volte de madrugada. - o encarei com um semblante repreendedor.

Tobirama: Não se esforce de mais - sumi pelo hiraishin voltando pra casa. - acho melhor tomar banho..

Subi as escadas em direção ao meu quarto, peguei uma toalha e me despi. Liguei o registo e a água morna começou a cair sobre minha cabeça me relaxando.

É um dia meio ruim hoje.. Colei minha testa na cerâmica gelada da parede, se eu tivesse sido mais rápido; mais forte; talvez ele ainda estaria vivo.

" Itama: Maninho, pode ficar tranquilo que quando eu crescer eu vou ser muito, muito forte e eu vou proteger a nossa família!! Nunca mais a gente vai chorar.."

Tobirama: Parece que isso não é mais possível. . - uma lágrima escorreu de meu olho, - Me desculpa.. - peguei o sabonete e comecei a passar pelo meu corpo, eu não sabia mais dizer se meu rosto estava molhado pela água do chuveiro ou pelo choro.

Passei pelo meu ombro e uma ardencia começou no local, olhei para o mesmo me tocando de quatro cortes abertos ali.

Tobirama: Aquele demónio...

E continua nos próximos capítulos 💟

Não se esquece da estrelinha minha kunoichi ✨

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top