Cap 1

Começar do começo¬

Silêncio e calmaria, era de se esperar de um templo nas montanhas. O vento ameno e rigoroso sempre castigava minha pele pela manhã, mas não reclamo, afinal Uchihas tem fogo fervilhando no sangue, e eu não seria diferenteOuvia minha respiração descendo e subindo rápido, era nítido depois de um treino de horas, me perdia em meus pensamentos se um dia eu realmente sairia daqui e conheceria o verdadeiro perigo de um campo de batalha, enquanto tirava com a unha o sangue seco em minha pele. Sensei Ashura não é nada benevolente, principalmente por eu ser sua única pupila a anos, inflei a bochecha ao lembrar que quando o pedi pra pegar um pouquinho mais leve ele me repreendeu dizendo sendo filha daquele infame ele teria mais é que dobrar o treinamento já que eu já tinha alcançado a maior idade, 20 anos... Porra como eu estou velha. 

Olhei pra cima sentindo o incomodo do sol entre as folhas da árvore em que eu e meu sensei descansávamos, o que fez o mesmo entrar em meu campo de visão, caramba! Eu espanquei ele! Levantei as sobrancelhas constando o estrago que eu fiz nele, cortes fundos e pequenos, roupas ragadas, até uma gota de sangue escorreu de sua mão gotejando em meu rosto sorri travessa doida pra pedir uma revanche segurei minha katana Tokubetsuna Shisui*, abrindo minha boca para provoca-lo ouvi repentinamente um dos monges me procurando aos berros

- S/n-san! S/n-san!

- Eu estou aqui. - Digo acenando desanimada ainda sentada preguiçosamente no pé da árvore, sentindo minhas costas reclamarem, ele vem correndo em minha direção ofegante com um papel em mãos, fala sério, nem é tão difícil me encontrar assim, o templo nem é tão grande. 

- Chegou uma carta, - ele respira fundo se recompondo, deslizo os olhos pro papel em sua mão - do Madara-sama. - engoli a seco sentindo meu coração palpitar forte, tomei de suas mão o envelope quando entrou ao meu alcance.

- Obrigada, pode ir. - sorri amarelo pro homem o despachando com um movimento de mão, abri o envelope que continha o selo de um leque com pressa, li cada palavra que estava escrita que  faziam meus olhos cintilarem e o coração palpitar ainda mais, quando a terminei me levantei bruscamente e comecei a dar pulinhos de felicidade. Ashura desce da árvore parando na minha frente.

- O que aconteceu? - Diz estranhando a minha reação tão repentina.

- Otousama...- olhei pra baixo sorrindo feito uma tonta - Ele quer que eu vá morar em Konoha junto a ele! - encarei seus olhos segurando suas mãos ensaguentadas tremia feito um sino de vento apertei-as com força pra tentando me acalmar

- S/n-san não tão forte... está me machucando - Diz ele puxando inutilmente suas mãos.

- Oh.. Desculpe - dou um sorriso amarelo - É que eu não esperava por isso - Falo o largando, minhas mãos tremiam - pensei que ele nunca iria me chamar. - arrumei uma mecha de cabelo atras da orelha.

- Isso é mesmo incrível! - Levantou as sobrancelhas, ergueu sua mão e deu-me três tapinhas no topo da cabeça, senti as orelhas esquentarem - vai ser divertido passar um tempo com o seu velho - rimos de seu comentário.

- Claro, claro... eu vou contar pra Kuina-san! E arrumar minas coisas também. Quero chegar em Konoha ainda hoje! - saio correndo em direção ao templo, deixando-o plantado.

- EI E O TREINAMENTO?!? - Grita para mim indignado.

- EU JÁ TREINO A MAIS DE 14 ANOS! ME DÊ UMA FOLGA!! - Grito para ele de volta.

Entro correndo pelas portas enormes do templo a procura da Kuina-san, mais eu a não encontro no primeiro andar, subo as escadas até o meu quarto e a encontro dobrando algumas roupas me pronuncio invadindo o aposento.

- Kuina-san! Arrume as minhas e suas malas. Nós vamos para a Folha! - Digo feliz da vida, pra mulher de cabelos negros, ela levanta os olhos negros e opacos a mim calmamente a vida inteira foi assim, esse olhar calmo e um chakra potente quando estava com raiva.

- S/n, tragou o kiseru do Ashura-kun outra vez? Já lhe disse que não é apropriado. - pendi a cabeça pro lado, logo minha face esquentou ao me tocar, oh ela não entendeu de qual folha estou falando.

- Não, não Kuina-san, - balancei as mãos - eu não usei mais o kiseru do sensei, estou me referindo a Konohakagure, a vila que o otousama descrevia nas cartas! - balancei o papel em mão, percebi seu olhar opaco brilhar sutilmente - ele disse que era seguro agora que o clã estava estável. - olhei pro chão recordando da Era Sengoku, do dia que otousama me deixou aqui, eu nasci nos anos finais dela então, no meu sangue ainda corre o desejo de vingar meu entes, inclusive Izuna-kun.

- Ah, sim... - sua voz acompanha de um riso anasalado me fez voltar a realidade - então Madara-sama finalmente nós chamou - falou tranquilamente, e eu concordei com a cabeça - eu já arrumo, agora vai tomar um banho para vestir a yukata que eu fiz para você S/n-chan.

- Não venha com essa conversa de "chan" - Eu a corto - Eu tenho mais de 1,70 e 20 anos nas costas, não aceito que ainda me trate como um criancinha. - cruzei os braços infunando a cara - o que o otousama iria pensar? E -

- Está bem, está bem, - revirou os olhos - com seu comportamento aposto que ele acharia que você ainda é uma pirralha mimada - franzir o cenho a vendo se levantar e vir até mim - então "S/n-san" - apertou meu nariz com os nos dos dedos o que em fez cócegas  - ajeite esse rosto e vá logo para o banho. - colocou a mão na cintura apontando para o banheiro. Quem vê nem sabe que quando chegarmos a Konoha ela vai receber seus dividendos e sumir no mundo como já me disse muitas vezes quando eu aprontava. Não é minha mãe de verdade é só alguém que foi paga pra cuidar de mim. 

- Ok, ok. - me rendi passando por ela, pego uma toalha e entro no banheiro começando a me despir, entro na banheira mergulhando meu corpo na água gelada lavando meu cabelo, eu estava tomada de suor por conta do treino de hoje. Sensei e eu estávamos treinando dês do momento em que o sol sorriu tímido no horizonte, pela minha mínima noção de tempo, deveria ser perto do meio dia. Saio do banheiro enrolada na toalha, Kuina-san me ajuda a vestir a yukata que fez exclusivamente pra mim, que simplesmente estava divina.

Era um tecido leve de costuras elegantes, era preto com hortênsias carmesim bordadas a mão, por toda manga e barra, uma fita vermelha o amarrava.

- Kuina-san está... Magnífico, lindo, maravilhoso eu amei.

- Fico feliz que tenha gostado. - Diz ela toda corada com os elogios - Agora vamos arrumar as coisas.

[Quebra de tempo]

Pov's Kuina

S/n estava dormindo tão quietinha no meu ombro parecia até um anjo, criei ela desde os 5 anos então ela é como uma filhinha para mim, é bom o Madara-sama cuidar bem da minha pitíca. Espero que aceitem bem ela mesmo ela tendo... Prefiro nem pensar nisto agora.

Havíamos dos despedido de Ashura-kun e dos demais, aquele bobo só faltou chorar pela partida. Bom, o clã Uchiha sempre foi rico então criados e itens ostentivos não poderiam faltar, afinal, estávamos falando da chegada da primogenita de Uchiha Madara, o que nós levava era uma liteira de prata repleta de joias talhadas, o espaço na gabine era acolxoado com almofadas vermelhas, quatro servos a carregavam nos ombros, já estávamos perto de Konoha.

Olhei para menor em meu ombro e decido acorda-lá.

- S/n ei acorda, já estamos em Konoha... S/n?- Cutuco a bochecha dela e nada. Será que morreu? - Ei acorda.

- Só mais cinco minutinhos. - resmunga sonolenta.

- S/n acorda vai - um momento, já sei o que pode fazer ela acordar de vez - Olha ali S/n um homem bonito segurando um prato cheio de carne!.

- Carne? - Ela abre os olhos bruscamente - ONDE, QUANDO, CADÊ??? - Diz ela quase num grito.

- Calma, era só brincadeira. - ri da situação

- Ahhhh Kuina-san! Isso não se faz. - Fala fazendo um biquinho fofo.

A liteira para com um estalo, descemos dela com a ajuda de um dos servos, S/n arrumou a katana que estava embrulhada em um tecido de ceda decorado com com diversas higanbandas azuis, sobre a palma da mão encostada o comprimento no peito, logo olhou para frente, parece uma criança que acaba de receber um doce, seus olhos brilhavam ao ver o imponente portão vermelho de Konoha enquanto um sorriso alegre tomava seus lábios. Como pode ter tanta energia?

Pov's S/n

Depois que Kuina-san me acordou limpei o meu rosto e arrumei meu cabelo ele é muito volumoso e espetado, mas eu gosto dele assim. Kuina-san e Ashura-sensei viviam dizendo que ele é igualzinho ao do otousama. Quem sabe o agradaria mais se me visse com ele desse jeito. Chegamos a entrada de Konoha eu estava tão feliz que tenho certeza que meus olhos estavam brilhando, não percebi a presença de ninguém na entrada olhei preocupada pra Kuina que limpava a mão.

- Kuina-san, você avisou a ele não é? - perguntei sentindo meu coração pesar ela retribuiu o olhar com um aceno de cabeça.

- Estamos adiantadas, vou pedir que eles levem as malas para a casa de seu pai. Podemos esperar aqui de quiser. - apertei as mãos nervosa, ele não se despediu a 15 anos, não me admira que ele não me receberia.

- Tudo bem, podemos só... Esperar por hora - sorri sem graça caminhando em direção a entrada.

Pov's Tobirama

| Escritório do Hokage

Eu já estou de saco cheio dessa ladainha de primogênita pra cá, filha pra lá, que caras mais pé no saco. Ao que parece Madara tem uma filha, deve ser uma pirralha catarrenta de algum rabo de saia que ele transou, poderíamos estar falando de assuntos mais importantes e relevantes pra vila do que isso.

- Quando ela chega?? - perguntou meu irmão super empolgado com a ideia, pffts, isso me dá ânsia.

- Não sei, eu mandei a carta faz uma semana, já deve ter chegado-lá então eu presumo que em dois dias ou três. - nem ele não parece estar muito otimista com isso.  Ah, que vontade de ir embora.

Olho pela janela desinteressado e vejo uma águia voando baixo, rápida como o vento que a levava, arqueei de leve os olhos quando ela pousou na janela aberta, tinha um papel amarrado com uma fita na pata.

O retirei percebendo o emblema dos Uchiha o que me fez levantar o lábio. Olhei para Madara que se encontrava soterrado com perguntas e mais perguntas de meu irmão obviamente irritado.

- Madara. - me olhou tedioso joguei o bilhete que foi agarrado no ar. Observei o mesmo ler e um sorriso fino brotar nos lábios.

- A espera acabou. - Se levantou caminhando em direção a porta.

- Ela chegou?! - o respondeu com um aceno de cabeça e um sorriso presunçoso - Ah que bom!! Vamos Irmão, dar as boas-vindas! - também se levantou enruguei a testa ao ouvir aquilo.

- Nem a pau! - bradei irritado - Não é minha obrigação isso. - virei a cara.

- Hora não seja tão rude, aposto que ela é adorável. - insistiu com a voz calma contornando a mesa.

- Nem se fosse a gueixa mais adorável do mundo eu não iria. - cruzei os braços, ele só pode estar tirando uma com a minha cara.

Ele insistiu, e continuou insistindo.. OK, me obrigaram a levar eles com o hiraisin.

Pov's S/n

Eu realmente esperava que alguém viesse nos receber, fazem 15 minutos que estamos sentadas num banquinho, aparentemente nós deveríamos fazer uma espécie de identificação o que foi rápido fomos instruídas a aguardar, e cá estamos. Não queria demonstrar mas, os poucos eu sentia meu coração pesar e isso dói... Apertei o tecido da yukata, sejamos sinceros, só existe dois motivos para ele ter me chamado... Um matrimônio ou, uma guerra.

Sou só uma arma viva, uma moeda de troca. pensamentos inundavam minha cabeça que começava a latejar, ergui a cabeça me levantando em seguida.

- Kuina-san, vamos até o distrito. Não precisamos de um guia. - fechei a mão entorno do embrulho.

- Como desejar. - acenou com a cabeça se levantando também.

- Bando de filhos da puta, não tem o mínimo de cortesia - senti uma rajada de vendo soar atrás de mim, ao que parece Konoha é bem fresca.

- Que filhinha mais boca suja que eu tenho não?. - essa voz - Kuina você não ensinou bons modos pra essa menina? - é-é ele? Senti todos os meus músculos enrijecer depois tremer, minha respiração ficou turva junto aos batimentos cardíacos. Me virei lentamente em sua direção - não vai cumprimentar o seu pai?

A única coisa que saiu da minha boca foram resmungos inaudíveis. Esse rosto, a voz, até as roupas quase não mudaram nada, como se meu corpo governasse sozinho minha mão vacilou e o embrulho caiu no chão, corri até ele o abraçando com toda força que tinha, agora eu alcançava seu peito, senti as lágrimas virem aos olhos mas segurei com os dentes trincados. Ele retribuiu afagando minha cabeça.

- Senti saudades. - confessou em um sussurro que fez meu coração acender em chamas.

- Eu não te disse que a filha do meu amigo era adorável! - diz um homem que nunca virá na vida de cabelos longos, - o estudei, notando o emblema Senju no kimono, o que me fez fechar a cara por um instante, arqueei uma sobrancelha, como assim amigo?! 

E continua nos próximos
capítulos 💟

Não se esquece da estrelinha minha kunoichi ✨

N/T: Yukata é um kimono mais simples e mais leve. Na tradução geral é uma roupa de banho.

 Katana Tokubetsuna Shisui* : Espada especial da estagnação de água.

Nota da Autora-chan, peço desculpas por retirar a história do ar, e consequentemente ter que obrigar vocês a ler tudo de novo, mas eu sentia que pela demora em que os capítulos eram postados vocês provavelmente já deviam ter se esquecido de como essa história começou. E também eu queria revisa-la para evitar possíveis furos de roteiro.

Muito obrigada a todos por lerem e votarem na história, eu amos os comentários e agradeço de coração se vocês tiverem coragem de encarar reler Uchiha e Senju - Nó do Passado.

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