🐍 10 | ㅤㅤTHREATS
CAPÍTULO 10, AMEAÇAS
LOS ANGELES, CALIFORNIA.
Um dos princípios aprendidos como atleta de elite, era não demonstrar fraquezas, por mais difícil que fosse escondê-las. Quando Padma subia no ringue para lutar, se tornava outra pessoa, uma verdadeira campeã. Não foram apenas suas incríveis habilidades de luta que a levaram até lá, mas sim todo um composto. Sua segurança, sua autoconfiança, seu conhecimento e mais uma variedade de coisas. Por tal motivo que Padma era vista como uma verdadeira campeã, porque ela agia como tal.
Porém, pela primeira vez em toda sua vida, ela sentiu que algo não estava certo. Quando colocou seus pés na escola, os olhares caíram sobre si, ar faltou em seus pulmões ao perceber o que esses malditos olhares significavam.
No primeiro dia de aula, interpretou que os olhares não passavam de curiosidade. Padma era uma aluna nova, um rostinho diferente em meio a vários já conhecidos pela região do vale. Não os enxergou com maldade. Não até aquele dia.
Padma tremeu sobre eles. Eram olhares feios, acusavam-na sem usar palavras, olhavam-na como se fosse a verdadeira vilã. Sua garganta não continha uma única gota de saliva de tão tensa que estava.
A adolescente procurou com certa urgência a silhueta de seus amigos, mas não havia sinal algum deles. Já estava começando a ficar preocupada porque os alunos não paravam de encará-la com fúria. De repente ela não estava ali na West Valley High School, e sim na Tailândia. Os alunos norte-americanos se tornaram alunos tailandeses, apontando seus dedos na direção da menina como se fosse a verdadeira culpada de tudo. Padma não aguentaria lidar novamente com aquilo. De novo não.
Pensando em dar meia volta para sair da escola, já era tarde. Os capangas do Cobra Kai se aproximaram tanto que ao menos percebeu, e segundos depois já estava cercada. Falcão tinha uma expressão mais maldosa que o de costume.
─ Espero que esteja feliz, novata. Conseguiu o que queria, não? ─ Ele ergue uma sobrancelha, se aproximando quando Padma pensou em recuar.
Foi a primeira vez que sentiu medo. Padma nunca sentiu medo antes. Não em situações como aquela.
Ela engole o incômodo, ajustando a postura para não baixar completamente a guarda. Em hipótese alguma ela deveria fazer aquilo, dar a entender que poderiam contrariá-la quando quisessem.
─ Eu não fiz nada.
─ Eu não fiz nada. ─ O tal do Kyler zomba de forma maldosa, repetindo propositalmente até o sotaque que Padma tinha. Ela sentiu o estômago embrulhar de desgosto ─ Claro que fez! Acha justo tirar de nós um campeonato tão importante? Se acha tão especial assim?
─ Eu já disse que não fiz nada. ─ Ela repete com firmeza, apertando os punhos ao sentir adrenalina percorrer suas veias desenfreadamente. ─ Eu não tenho nada a ver com o Phaya Nak.
─ Você é filha dos donos, tecnicamente tem tudo a ver ─ Falcão complementa num tom zombeteiro ─ Por sua culpa o karatê agora é visto como perigoso. Por sua culpa, novata, não irei ganhar meu amado troféu.
Padma estava em desvantagem, ela sabia muito bem daquilo. Era ela contra nove dos capangas do Cobra Kai. Ali eles a derrubariam em pouquíssimos segundos. Mas em um tatame? Num tatame ela tinha total certeza que acabaria com cada um deles.
Só que eles não estavam num tatame.
─ Que eu saiba, não fui eu quem quebrou o braço do meu melhor amigo, Eli Moskowitz. ─ Ela brinca na cara do perigo, o rapaz fecha a cara na mesma hora, dando um passo à frente ─ Não adianta me colocar medo, usar desse seu penteado ridículo para mostrar liderança e domínio da situação. No final você só é mais um oprimido. Um oprimido que se tornou um opressor. Eu teria vergonha se fosse você.
Padma não fazia a mínima ideia se o que estava insinuando era verdade ou não. Presumiu tal fato analisando com atenção Demetri. O rapaz era só, estranho, falante e costumava andar com outros adolescentes ainda mais estranhos que ele. Só de ver a forma como ambos se olhavam, com dor e sofrimento, ela pressentiu que Eli Moskowitz era igual. Bem, igual antes de se tornar o reflexo de seu opressor. Uma cadeia alimentar bem interessante na visão de Padma.
Sua afirmação um tanto quanto certeira fez o rapaz congelar no lugar. As palavras de Padma conseguiram ultrapassar aquela armadura que ele havia criado para se proteger, e ele não gostou nadinha daquilo. Os capangas do Cobra Kai soltaram resmungos quase inaudíveis, e direcionaram seus olhares para Falcão, com a esperança banhando em sua íris manchadas de ódio.
─ Repete! ─ Ele esbravejou, apertando os punhos pela ousadia da adolescente.
─ Com prazer ─ Padma ergueu o rosto, encarando-o no fundo da alma sem mostrar um pingo de medo, embora sua mente estivesse em alerta total ─ Você. É. Um. Opressor. Você não passa de um reflexo do que você mais odeia na vida, que no caso, é a si mesmo.
Kyler olhou para Falcão com expectativa, esperando com bastante excitação que ele desse o primeiro passo e uma briga se iniciasse ali mesmo.
Falcão se aproximou ainda mais, pouco se importando se o espaço ─ que já era pequeno ─ tenha se tornado mais curto ainda. Padma conseguia sentir a raiva do karateka irradiar pelos ares, e sua maior vontade era rir.
─ Você tem muita coragem para alguém que não sabe se defender e anda sozinha. ─ Ele sussurra, sua voz carregada de um tom de ameaça que ao menos fez cócegas em Padma.
─ E você é muito covarde para alguém que precisa de nove capangas para provocar uma estrangeira que “não sabe se defender e anda sozinha”.
Bingo!
Ele olhou em volta, captando cada reação desgostosa que seus “amigos” esboçaram pela ausência de argumentos melhores. Suas mãos tremeram por curtos segundos, mas ele respirou fundo, espantando o fio de fraqueza e retornando para a postura ameaçadora de anteriormente.
─ Tudo que vai volta. ─ Ele garantiu. ─ Saiba disso quando formos nos ver novamente.
Ela sorriu.
─ Eu não tenho medo de você, Eli. Estarei esperando.
No fundo Padma tremia mais do que um cachorro raivoso de tanto medo, mas por fora sua postura continuava confiante, o sorriso desafiador brincando em seus lábios. Os alunos do Cobra Kai sentiram-se desorientados com a situação, não sabiam exatamente o que dizer porque Padma era a primeira que ousava a contrariá-los ─ além dos perdedores do Miyagi-Do.
Ela percebeu que precisava dar o fora dali urgente. Então, se virou para os babacas, lançando um último olhar antes de sair caminhando de forma confiante pelos corredores, sendo acompanhada pelo olhar de diversos outros estudantes que acompanhavam a briguinha sem dizer absolutamente nada, temendo que pudessem apanhar.
A postura inabalável de Padma se desmanchou no momento em que entrou no banheiro feminino e se trancou na cabine. Suas pernas vacilaram, e seus joelhos se colidiram contra o chão ao perder a estabilidade total dos membros. Não demorou para que ela começasse a derramar as lágrimas que tanto segurou durante aquela briga, abraçando os próprios joelhos para chorar mais e mais.
Havia forçado tanto seu limite, e odiava sentir o sabor amargo da fraqueza lembrando-a que não era mais a mesma Padma da Tailândia, antes de toda a catástrofe acontecer. Aquela Padma não choraria ao ser desafiada, não sentiria um terço da mágoa que agora esmagava seu coração. Ela estava cansada de chorar, de sentir culpa, de ser alvo de pessoas maldosas. Padma só queria ser uma adolescente normal de dezesseis anos.
Quando começou a trabalhar na pequena cafeteria, a primeira coisa que Tory Nichols ouviu foi o quanto os clientes amavam uma tal de Padma Madee-Kim. De início achou que era uma espécie de piada, por sentir uma estranheza inicial pelo nome. Mas não. Padma Madee-Kim realmente existia, e era o próprio sinônimo de intrigante.
Mesmo que não fosse falante, Padma era atenciosa. Olhava para cada cliente, ouvia cada coisa que eles tinham a dizer ─ boa ou negativa ─ e sempre acertava os pedidos. Sabia, inclusive, o que cada um pedia sem que precisassem dizer. Tory a invejava. Via Padma como a garotinha perfeita. Qual é? Sorrindo daquela forma? Definitivamente ela não tinha problemas em casa.
Porém, tinha algo de estranho na atmosfera daquele dia em específico. Ela própria já não parecia tão feliz pelo cancelamento do campeonato, mas Padma parecia mil vezes pior. O sorriso rotineiro não estava lá, as piadinhas com os clientes mais velhos não foram nem ditas. O que caramba havia acontecido?
Não que fosse de sua conta, claro.
─ Imagino que esteja feliz pelo cancelamento do regional. Já que sempre reclamou de karatê mesmo.
Tory esperava por outra provocação para que desse início à sua briguinha diária com a tailandesa, mas a briga não aconteceu. Padma ergueu o olhar e a norte-americana engoliu em seco ao se deparar com uma vermelhidão intensa nos olhos da jovem.
Padma não respondeu de imediato. Seus dedos batucavam sobre o balcão enquanto tentava engolir aquele incômodo a seco.
─ Se é isso o que acha ─ murmurou sem emoção alguma, sem aquela pontada de provocação usual.
Tory engasgou com a própria saliva. Padma nunca exitou antes, nunca fugiu daquela competição ridícula que tinham. Algo estava muito errado.
─ Tá tudo bem? ─ Fez a pergunta sem perceber, tombando a cabeça para o lado.
Padma ergueu o olhar novamente, e Tory percebeu que além da expressão abatida, Padma parecia… no limite. Era como se estivesse lidando há tempos com algo, mas que havia perdido a energia para lutar.
─ Tô ótima. ─ Murmurou desanimada, soltando um suspiro pesado ao avistar um casal de clientes adentrando ao recinto. Tory lhe assistiu pegar a pequena caderneta e ir até eles para iniciar o atendimento. Ela mordeu os lábios, completamente desconcertada.
─ Tory? ─ A loira mal percebeu que estava concentrada na tarefa de tentar desvendar o mistério do mal-humor da melhor funcionária dali. Tomou um susto quando o gerente parou ao seu lado, ele parecia com pressa ─ Onde está Padma?
Ela aponta na direção que a citada se encontrava.
─ Padma! ─ Gary a chama, o olhar dela seguindo lentamente em direção ao chamado ─ Venha cá.
Céus, ela está um caco. Praguejou baixinho, acompanhando a garota se arrastando pelo local.
─ Sim? ─ Padma murmura com uma alegria contagiante.
─ As encomendas estão ali na mesa. Se arrume para levá-las.
Ela franze o cenho.
─ Encomendas?
─ Sim, Padma, encomendas. ─ Resmungou sem paciência alguma ─ Te pedi ontem para se organizar e levá-las. Céus, o que aconteceu com você?
Ela fecha os olhos instantaneamente, passando a praguejar baixinho por não ter escutado uma tarefa tão importante. Quando lhe foi passada, estava mais preocupada em saber se Robby Keene estava vivo ou não.
─ Sim, claro. As entregas ─ ela esfrega a mão no rosto ─ Eu vou me trocar.
Padma franze o cenho quando sente os dedos gélidos da Nichols tocarem levemente seu braço.
─ Ei, eu posso…
─ Será que hoje você pode fingir que eu não existo? Eu estou cansada, Nichols. ─ Ela se desvencilha do contato, sumindo pelos fundos da loja e deixando para trás uma adolescente que parecia completamente arrependida de suas ações. Não gostava de Padma, mas também não era insensível.
Quando estava estressada, Padma gostava de caminhar para reorganizar as ideias e dispensar qualquer outro pensamento que não fosse tão importante assim. Foi o método que encontrou em meio ao caos que vivia diariamente.
Já havia realizado a primeira entrega, e naquele momento caminhava despreocupadamente pelas ruas de Reseda, querendo avistar de uma vez a maldita residência para se livrar daquela tarefa que, embora tenha lhe ajudado a acalmar os ânimos, foi sim bastante chata. Padma fora contratada para atender clientes na loja, e não fora dela.
Ao verificar pela milésima vez o endereço anotado num pequeno papelzinho, respirou aliviada ao finalmente encontrar o conjunto de apartamentos que precisava urgentemente de uma mão de pintura.
Só não esperava encontrar logo em frente um percurso amador que pareceu ter sido montado por uma criança de sete anos. Suas sobrancelhas franziram ainda mais ao ter vislumbre de Johnny Lawrence sentado em uma cadeira de praia, gritando palavras de incentivo para um garoto que tentava correr desajeitado com um par de muletas.
O aleijado. O pensamento veio na hora, lhe arrancou o primeiro sorriso do dia.
─ É assim que você planejava me treinar? ─ Ela para ao lado do loiro, erguendo uma sobrancelha ao encará-lo. Johnny dá um pulo.
─ Jesus, Pâmela! ─ Ela revira os olhos, mas não o corrige ─ O que faz aqui?
─ O que você faz aqui?
Johnny dá um gole na cerveja.
─ Eu moro aqui.
Ela assentiu, olhando ao redor.
─ Nada de julgamentos.
─ Mas eu não disse nada, ué.
─ Nem todo mundo pode viver numa mansão, herdeira do phaya sei lá o que.
─ Maluco, eu só olhei. Sou tão pobre quanto você.
─ O que está acontecendo aqui?
Padma havia esquecido que tinha uma terceira presença ali, e o rapaz não portava uma expressão tão gentil assim. Seu olhar caiu pelas muletas. Deve ter sido um acidente gravíssimo para ter ficado dessa forma.
─ Miguel, essa é a garota que te falei, Pâmela.
─ Padma ─ ela corrige ─ Você deve ser o aleijado.
Miguel fechou a cara. Quem a maluca pensava que era? Falando tão intimamente com seu sensei e ainda o chamando de um nome ridículo?
─ Eu tenho nome.
Padma dá de ombros.
─ Johnny que te chamou assim primeiro, então presumi que não tinha um. ─ Ela zomba, deixando o rapaz mais perplexo ainda pela audácia.
Miguel cruzou os braços, esperando uma explicação de Johnny que não disse nada, apenas deu um gole exageradamente longo em sua cerveja.
─ O que faz aqui? ─ ele indaga novamente, ignorando completamente a discussão boba dos dois adolescentes.
─ Trabalhando.
Johnny franziu o cenho.
─ Não sabia que passear com cara de tédio era profissão.
O tal do Miguel riu. Dessa vez Padma que fechou a cara.
─ Tá rindo do que, idiota? Pelo menos eu não estou com muletas tendo que ouvir um bêbado ditar o que fazer ou não.
─ Olha o jeito que fala com meu sensei!
─ Vai fazer o que? Me bater com as muletas? Entra na fila, cara. Um monte de gente quer minha cabeça numa bandeja de ouro. Não se sinta especial.
─ Eu não preciso da droga dessas mulatas, mas não que isso seja da sua conta ─ ele resmunga, jogando-as no chão.
─ Vocês dois, chega! ─ Johnny se põe de pé, interferindo no conflito antes que evoluísse para uma briga. Embora tenha gostado bastante da essência de ambos os adolescentes juntos, soube que ainda não estava no momento de trabalharem juntos.
Sim, ele ainda acreditava que Padma seria sua aluna. A esperança é a última que morre.
─ Que seja. ─ Ela resmunga ─ Conhece Carmen Diaz?
─ O que quer com minha mãe?
─ Dizer que o filho dela é insuportável e que deveria deixá-lo no meio da rodovia para aprender a virar gente ─ ela zomba ─ É claro que eu vim entregar a droga da torta, caramba. Acha que eu estou aqui porque quero ver sua cara?
Johnny resolveu guiá-la para longe antes que ela resolvesse pegar as malditas muletas e bater em Miguel. Céus, a adolescente parecia mais atacada do que o normal.
─ Ei, ei, ei…. o que aconteceu?
─ Não é da sua conta.
─ Você está cheia de raiva, garota. Eu conheço de longe quando alguém tá tão puto que sai despejando veneno em tudo. ─ Ela aperta os lábios, engolindo a vontade de chorar que havia surgido novamente ─ Alguém está te provocando?
Padma não queria desabafar com Johnny Lawrence. Parecia ridículo, mas já se encontrava sem opções. Seu dia estava sendo uma merda, seu humor estava uma merda. Ela precisava urgentemente colocar para fora.
─ Cobra Kai. ─ Johnny suspirou, imaginando que eles estivessem envolvidos ─ Cancelaram o regional e vieram me ameaçar dizendo que a culpa era minha.
─ Te machucaram? ─ O loiro perguntou preocupado.
─ Não, eu não abaixei a cabeça e acho que isso atrasou o processo de me esganar ─ ela engole em seco ─ Mas é questão de tempo até que façam isso. Eu não tenho culpa de nada, nem envolvimento com o Phaya Nak eu tenho.
Johnny esfregou a mão no rosto, completamente exausto de lidar com aquela mudança brusca no ambiente. Odiava o que o Cobra Kai havia se tornado, de novo.
─ Fique longe deles, ouviu? Não dê espaço para esses merdinhas te incomodarem. Você é melhor que isso.
─ Eu até tento fugir, mas eles são extremamente persistentes. Não é tão fácil assim evitá-los pelos corredores. Vão me matar.
─ Estamos do mesmo lado da moeda, Padma. Você não está sozinha contra eles. Se aparecerem de novo, me procura que vou dar um jeito nesses mini projetos de alunos que criei.
Ela ergue uma sobrancelha, visivelmente zombando.
─ E vai fazer o que? Jogar uma lata de cerveja na cabeça deles e ordenar para que não provoquem a estrangeira estranha? ─ Ela ri sem humor ─ Conta outra, Johnny.
─ Confia em mim, garota. Eu já lidei com o Cobra Kai antes. Sei como isso funciona.
Padma hesitou, parecendo finalmente racionar que estava desabafando com Johnny, mas apenas assentiu no final das contas.
─ Valeu.
─ Agora vai entregar a droga dessa torta e para de pegar no pé do Miguel.
Sem o que dizer, ela se virou para começar a caminhar, só que parou no lugar ao escutar seu nome saindo da boca do sensei pela milésima vez.
─ Padma?
─ Hum?
─ Pensa na proposta que te falei. Eu posso te ajudar. Saiba disso.
Ela estava começando a achar que sim, ele poderia realmente ajudá-la.
─ Uma bomba relógio sempre explode em algum momento. E a Padma vai explodir de novo... talvez em breve.
─ O que vocês estão achando de Twin Flame? Aí, tô com um pouquinho de medo de vocês não estarem gostando. Embora eu esteja seguindo os acontecimentos, ainda sim mudei muita coisa, e fica uma pulga atrás da orelha me dizendo que tá tudo muito... sem sentido. 🥲
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