Capítulo I - Pagina 2 -

Porem eu fiquei, fiquei sentada na varanda branca da casa amarelada de Eva, fiquei ali, esperando, olhando, apreciando, o tempo passar, mas ninguém comentara.

Eva foi assassinada e o culpado nunca foi julgado, e também não seria, se eu não tivesse ido naquele bar, na manhã do dia 18 de outubro do ano de 1897, um ano depois da morte de Eva eu continuava naquela cidade, continuava vagando sem rumo, a espera de um dia o culpado ser achado e julgado, e foi ai que resolvi tomar minha iniciativa, naquela manhã foi quando eu resolvi dar ao povo um culpado.

Cheguei ao bar, o mesmo bar que o pai de Eva frequentava, ou na verdade frequenta. Quando entro ninguém nota minha presença, tirando o detetive da cidade, Eliseu, um homem velho com pele enrugada e cabelos grisalhos, porem magro e alto, bem vestido e com seu velho chapéu, o qual nunca viu largar.

Ele me encara e franze a testa, seus olhos castanhos eram profundos, eu me aproximo e digo que precisava falar sobre o caso de Eva Vasconcelos, ele muda sua expressão rápido e logo se ajeita na cadeira de madeira a qual parecia estar desconfortável, ele estende a mão indicando para me sentar, obedeço educadamente.

O que uma jovem dama está fazendo em um lugar imundo como esse?

Diz o detetive intrigado.

Não viemos falar de mim, e sim de Eva.

Digo seca enquanto coloco uma das minhas mexes loiros atrás da orelha. O detetive se ajeita na cadeira novamente, aquela mania me irritava.

O que você quer saber da jovem Eva?

Falou ele calmamente, como se o caso não fosse nada demais.

Com carinho: Laura.B.Pinto

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