solstício de inverno.

me preencho nos vazios das veias de concreto
os prédios de cimento e sangue que ofuscam o sol no meu rosto
é pleno o pensamento do ficar e de querer ficar.

os dias de chuva me cobrem as lágrimas do céu nublado
vejo o movimento do ar girando as estrelas, luzes sem destino
acendo a vela e a fumaça do cigarro leva as mágoas corriqueiras.

as vozes contam as mil vidas que vivem
os ouvidos não escutam a minha única que sobrevivo.

era preciso mudar as coisas, mudar o fuso-horário do funcionário vivo
contratado para nascer, viver e morrer
mudar não, mudar é para borboletas
metamorfose
então serei eu borboleta
voe, voe, voe.

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