olhando o espelho, sem paixão pelo que vê.
concentro meu pensamento no futuro.
vejo acender no fundo dos olhos uma vontade de ser feliz, mas não consigo.
te pego nas mãos, tudo escorre entre os dedos, em mim sobra o que eu realmente tinha.

entendo a emoção que come alguns pedaços da minha atenção enquanto ando pela rua.
a escuridão para não esconder a insegurança que sinto quando estou na multidão.
os faróis dos carros me renovam a cada volta que dão em volta de mim.

te amo por me fazer escrever bons poemas e te odeio por me fazer ter medo.
sinto que todos os olhos estão em mim.
o ataque de pânico que em mim surge de forma inesperada.
a voz reza na minha cabeça, pede por dias melhores.