a escuridão.
estamos em mais um fim
cada gota de vinho não valeu a pena para esquecer os problemas.
talvez, eu e você deveríamos adentrar ao mar em busca de respostas
deveria eu ser tudo que me disseram para me tornar?
o não ecoa dentro de mim e tudo que existe
sou o que sou
me torno o que quero me tornar.
a escuridão ofusca meus olhos na noite
meu cabelo reluz tudo que a luz não é capaz de tocar.
esconderijo de bares apertados
o cheiro de álcool perfuma a cidade sem afeto
e nas bucetas não há amor, nos carinhos não há afeto.
se escurece o palco
e as cortinas se fecham acabando com a sanidade
o som e a fúria tomam conta da cabeça quando você não está por perto
tinto-me de escuridão ao ponto de que ela seja maior
maior do que eu mesmo possa controlar.
e tudo se reduz as máscaras do dia a dia
a voz renegada
ao sorriso renegado
a renegação da vida
por algo incerto
longe
e escuro.
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