28• OS TRÊS ESPIÕES
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"Eu vou sorrir, sei o que é preciso para enganar esta cidade
Vou sorrir até o sol se pôr
inteira
Oh, sim
Oh, sim, eu vou dizer o que você quer ouvir
Ficar com meus óculos de sol enquanto derramo uma lágrima
Nunca é o momento certo, sim
Eu coloco minha armadura, te mostro o quão forte eu sou
Eu coloco minha armadura, vou te mostrar que sou
Sou incontrolável, sou um Porsche sem freios
Sou invencível, sim, eu ganho todos os jogos"
- Unstoppable, Sia.
Uma semana após a morte da rainha as coisas começaram a piorar.
Primeiramente não aceitavam que uma meia humana fosse a nova líder, o que já era esperado, a pequena rebelião partiu de June, é claro.
Alguns dos elfos e fadas ficaram ao seu lado, tomaram seu partido e juntos decidiram que ela seria a melhor líder num momento como esse. As reuniões foram cansativas, o desgaste era visível no rosto de todos, a cada dia era uma discussão diferente, sempre se voltando para mim.
A meia humana não serve para o cargo.
A fada novata mal chegou e já quer tomar o trono para si.
Por que ela deveria ocupar o lugar de Mab quando sua mãe nos abandonou por um mortal?
Esse não era um momento bom para nos dividirmos por intrigas, pelo contrário, deveríamos nos unir para derrotar aquele que roubou a vida dos feéricos. Mas eu sabia que minha palavra não valeria de nada se eu não pudesse provar que sou diferente da minha mãe, mostrar a eles que não vou os abandonar. Eu tenho uma promessa a cumprir, e vou fazer de tudo para que mereça o respeito deles.
Tendo a ordem ao meu lado é um começo.
Como o reino das fadas havia sido palco de uma luta incessante, a maioria dos seres preferiu deixar o local destruído para trás, a fim de não ficar relembrando seus entes caindo sem vida ao olhar para o local.
Alfahein já não era habitável a algum tempo, Atlantis não era o local mais adequado para nos acomodarmos, nem todos podem respirar embaixo d'água. Então nos restou Oneira.
Fomos andando em grupo, uma extensa marcha caminhando lentamente e sem entusiasmo até o próximo reino, cada passo era como um sacrifício para alguns, deixando seu lar para trás, alguns deixando parte de sua família. O sol nos castigava com sua intensidade, o calor era algo bem vindo para mim, mas não aos outros.
Fadas andam cabisbaixas, temendo o que virá a seguir. Todos sabem que aquilo foi só o começo de algo maior que teremos de resistir.
Caminhando lentamente, a poucos metros de mim vejo uma mãe elfo carregando um bebê em seus braços, junto de mais duas crianças. Ouço uma delas perguntar para a mãe onde o pai está. Sua expressão é de cortar o coração, ela mal consegue andar com um ferimento na perna e ainda precisa dizer à filha que seu pai não irá mais voltar, que ele morreu lutando para protegê-las, que algum animal selvagem o atacou até o último suspiro. A menina tem lágrimas nos olhos, seu irmão a abraça tentando consolar a criança em prantos, de nada adianta, ele não irá voltar, só tem a mãe de agora em diante.
Entendo que não conseguem confiar em mim, desde que coloquei os pés em Penumbra coisas ruins vem acontecendo gradativamente, reinos sendo destruídos, uma profecia pairando sobre nós, com o presságio de muitas mortes até que tudo acabe, talvez sendo um massacre para os seres mágicos.
Para todo lado que olho há alguém ferido ou ajuda a levar alguém ferido, a esquerda há uma fada de meia idade, venho a observando por um tempo, o bebê que ela carrega não emite som algum, nem sequer mexe as pernas ou braços, poderia estar apenas dormindo, mas não é isso que comentam por aqui. Alguns dizem que o bebê foi atingido por um espinho venenoso, outros que ele foi arremessado por um coice de centauro. Todos os palpites levam a crer que ela carrega seu filho morto, pois não foi capaz de deixá-lo para trás, uma criança de poucos meses já havia sido levada pelo cruel destino.
Se eu for prestar atenção a todos esses pequenos detalhes estaria a beira da loucura, crianças morrendo antes mesmo de aprenderem a se defender, famílias sendo separadas, bebês inocentes sendo arrancados de suas mães. Essa é a consequência da guerra, sempre foi e sempre será o desfecho da ignorância dos homens.
Não tivemos notícias de Greyback, não o vimos em lugar algum e nem ao menos conseguimos descobrir o que aconteceu com ele. Infelizmente demos como morto em combate, o corpo não foi encontrado.
Ella e James seguem melhorando. James havia levado uma forte pancada na cabeça e ficou desorientado por dois dias, provavelmente uma concussão que está sendo vigiado de perto pela fada da água, Ella não saiu do lado dele por nenhum dia.
Philip anda mancando um pouco, fazendo uma careta a cada passo mas ainda se recusando a aceitar apoio, sendo teimoso como sempre. Camilla é a melhor de nós, acontece que em seu sumiço derrotou vários monstros com um rifle atirando neles e salvando algumas vidas, se ela queria provar que é forte o suficiente conseguiu com êxito.
Meus ferimentos não eram nada comparados aos de algumas pessoas, ao menos ainda podia caminhar com minhas próprias pernas mesmo que um pouco dolorida pela torção, o arranhão já não sangrava mais, com um curativo feito às pressas. Era no mínimo doloroso pensar que eu tive sorte, muita gente não conseguiu sobreviver para contar os ferimentos
Já era fim de tarde quando avistei um pequeno palácio.
Quando digo pequeno quero dizer menor que o Tulipalacio e não pequeno de fato. Acontece que no Tulipalacio vivia a Rainha de Penumbra, nos outros lugares viviam príncipes ou princesas de seu respectivo reino.
Eles tinham a função de cuidar do seu povo, como líderes de um exército, enquanto a Rainha é quem tomava as principais decisões para toda Penumbra como um General, os príncipes ou princesas funcionavam como capitães da Rainha, encarregados de passar os acontecimentos diários de seu reino e vez ou outra sugerirem mudanças, além de serem membros do conselho real, cada qual representando seu povo.
Sendo eles, Príncipe de Atlantis, Liam Molthoe, Princesa dos Elfos, June Amakiir, Príncipe de Oneira, Ren Wilde, e o posto de Rainha das Fadas, ainda sem sucessor. Não sei bem o motivo de não haver um príncipe ou princesa de Faerie, entra na lista de coisas que preciso aprender.
Entramos no território dos híbridos, é a Ren quem devemos seguir agora.
A entrada de Oneira é esplêndida, os híbridos sabem mesmo como usar a natureza a seu favor.
Passamos por um arco de pedra todo entalhado com desenhos que presumo serem uma língua especial que somente eles podem entender, a língua dos animais. Eram sinais como desenhos daqueles que se encontram em cavernas antigas, poderiam ser histórias sendo contadas através dos anos.
Não resisto ao ato de querer tocar naquele monumento angelical. A pedra parecia polida, era ao mesmo tempo lisa e com a textura dos contrastes que foram feitos por uma lâmina fina, que formam os desenhos presentes ali, é tão alta que poderia facilmente passar de 8 metros.
A poucos metros da entrada de pedra pode-se ver melhor o palácio, era realmente lindo.
Acima de nós havia uma redoma de galhos, as árvores enfileiradas se juntavam no alto como se fossem um pergolado, uma mistura de flores, primaveras rosas e laranjas, cores vibrantes que deixam o lugar convidativo e mágico, o mistério de como elas cresceram nesse maravilhoso formato, tão perfeito que não parece real.
A brisa era um refresco após um dia quente, o vento trazia um doce aroma de lavanda nos deixando um pouco mais serenos após tanta dor sofrida nos últimos dias. Aposto que todos se sentem tranquilos ao estar num lugar tão pacífico como Oneira aparenta.
Quando passamos pelo arco um pouco mais a frente temos a vista total do palácio. A natureza é bela e selvagem, o trabalho dos híbridos é impressionante, o modo como usaram as pedras rochosas de uma cachoeira para construir o castelo parede por parede, tudo entalhado a partir das rochas presentes ali, em nenhum momento roubando a bela paisagem das quedas d'água.
Esculpidas à mão, um trabalho artesão de causar inveja a artistas barrocos como Gian Lorenzo Bernini, um dos maiores escultores da época.
É, também sei um pouco de arte. Eu adorava olhar aquelas pinturas nos livros da biblioteca, outra coisa que se perdeu com o tempo foi a valorização da arte, os artesãos não têm o reconhecimento merecido por seu lindo trabalho.
As águas da cachoeira passam por dentro do palácio chegando até a entrada, onde ali forma um charmoso lago. O castelo é composto por dois acessos nas laterais com escadas. Não deixo de notar que o portão do meio por onde a água passa, é uma entrada adequada para o príncipe, um garoto meio golfinho.
A mata em volta é algo novo, diferente dos outros reinos onde tentavam deixá-la bonita podando galhos e plantando flores, aqui ela é como deveria ser, intocada e crescendo para todo lado, selvagem e bonita, algo rústico por assim dizer.
- Sejam bem vindos ao meu lar! – Ren levanta as mãos mostrando o lugar. – Fadas podem seguir a direita, logo atrás do paredão irão encontrar Letty, ela os acomodará. – Ele aponta e logo as fadas seguem o caminho indicado, restando a ordem e uma June nada alegre com seus seguidores.
- Isso é o fim da picada. – June murmura para si mesma.
- Disse alguma coisa? – Ren rebate na mesma hora.
- Nada de importante, onde ficaremos? – June olha ao redor suspirando.
- Foi o que pensei. Elfos, sigam para sudeste, Roman vai guiá-los até o local certo. E nos encontramos em 10 minutos no palácio, temos muito a fazer. – Ren a encara por um segundo esperando alguma reclamação, quando ela segue sem pestanejar ele se volta para nós.
Após todos irem para seus respectivos locais, a ordem segue Ren até o palácio, onde iremos nos reunir para acertar alguns detalhes antes de partir para o plano.
Estávamos discutindo sobre ele durante a semana, enquanto alguns estavam ocupados tentando encontrar os corpos e assim poder dar um fim digno a eles, que lutaram com tanto afinco.
Consistia basicamente em se infiltrar no reino, não é grande coisa mas assim podemos ter alguma ideia do que anda acontecendo por lá. James queria ir sozinho, mas foi impedido não só por mim como por sua irmã e Ella. Em certa forma seria um bom plano, uma pessoa chama menos atenção que um grupo, mas não temos essa opção de perder mais alguém, se tivermos que ficar cara a cara com o inimigo que sejamos todos juntos, não mandarei ninguém em meu nome para morrer por mim.
A ideia era ficar escondido num pequeno vilarejo perto de Tethundra, disfarçados de simples camponeses, para isso precisaria de uma ajuda para mudar nossa aparência, aí é que complica, para isso precisamos de tempo até que pudéssemos realmente mudar a feição a ponto de ficar irreconhecível, e não temos isso. Tudo tem que acontecer antes que outro verso da profecia mate mais alguém ou cause mais destruição.
June se recusa a deixar qualquer um de seu reino ajudar na missão, seria um ato de traição ao seu ver. Fora alguns membros da ordem todos os outros elfos ficaram ao seu lado, céticos a tudo.
Ou seja, nada foi decidido até então.
Chegamos a uma sala espaçosa e arejada, a janela à esquerda tinha a vista das águas caindo em cascatas, uma brisa vinda de lá junta com os últimos raios de sol. Há uma mesa de mármore branco comprida o suficiente para acomodar 20 pessoas sem enroscar os braços uma na outra.
Todas as cadeiras eram parecidas com um trono, senti o mármore frio tocar minha pele ao sentar nela, um pouco desconfortável.
- Ainda temos alguns minutos até a Soldado ranheta chegar.- Ren diz se acomodando na ponta da mesa, onde se encaixa perfeitamente, parece feito para ele. – Então, o que tem em mente Miller? – Sua atenção se volta a mim.
- Ainda não chegamos num consenso, mas estamos pensando em ir até lá. – Digo e ele arregala os olhos.
- Vocês estão loucos? É suicídio, te reconheceriam na hora.
- Calma, vamos pensar nessa parte. – Respondo. Não tenho ideia de como fazer isso.
- Tem um vilarejo onde podemos ficar, não é muito distante e ainda teremos oportunidade de olhar de perto o que Nicodemus anda tramando. – James fala.
- Seria por alguns dias, não mais que isso. – Philip se pronuncia. – Não garanto que seja seguro mas temos que arriscar, já esperamos demais. – Ele olha para mim ao dizer.
- Eu também vou...
- De jeito nenhum! – James corta Camilla antes que ela termine de dizer, eu concordo com ele, menos pessoas, menos atenção.
Ela emburra logo em seguida, lanço um olhar reconfortante a ela. Não gosto da ideia de deixá-la para trás assim como Harry, mas será uma tarefa perigosa e prefiro isso a levar para a morte.
- A bezerrinha está magoada por que? – June chega soltando provocações. – Notei que começaram sem mim.
- Você só está aqui porque faz parte do conselho June, não força a barra. – Kai debate com a cara fechada.
- Obviamente não é por ela que estou aqui. Mas é uma obrigação para com meu povo estar por dentro das burradas que esses mortais comentem. – June fala de má vontade pondo os pés em cima da mesa, Ren olha torto ao ver o ato.
Não entendo ela, no meio de tanto caos ainda quer arranjar mais intrigas entre nós, já não basta tudo que passamos, não foi só ela quem perdeu alguém.
- JÁ CHEGA! – Ren coloca um fim nos insultos da Elfo. – Já está na hora de deixar o passado no passado June Amakiir. Supere de uma vez por todas a sua frustração, eles não têm culpa do que aconteceu na sua vida. – Ren falava rapidamente como se estivesse entalado a anos, o que havia deixado June pasma por revelar no meio da ordem toda.
- Você não tem o direito! – Sua voz era puro ódio, seu rosto estava vermelho. – Não diga mais nada se não...
- Se não, o que? – Vai nos deixar à deriva no meio de uma guerra? Não, espera, você já fez isso. – Ele a encara, todos ficam esperando alguma resposta afiada vinda de June, que permanece calada.
- Cara, relaxa. – Kai tenta acalmá-lo mas Liam impede de se aproximar.
- Não, ela já vem os torturando desde que colocaram os pés aqui. Precisa de um choque de realidade. – Liam fala em noss defesa.
Ren continua encarando. – Já tem muito tempo que você se aventurou no outro lado. Se divertiu assustando os humanos de um certo vilarejo, um reino não tão pequeno e nada humilde... Aquiles, é isso. – A cada palavra proferida por Ren, June se encolhia mais um pouco. – Era jovem e curiosa, adorava bisbilhotar a vida dos meros mortais como gosta de chamá-los.
A essa altura todos os membros estavam curiosos para saber o desfecho da história. Admito estar gostando um pouco disso, ver alguém se impondo a ela de vez em quando não é ruim, mas temo que seja um relato um tanto íntimo até para ela. Se for para deixá-la envergonhada e frágil, não gostaria que tivesse tantas pessoas presentes aqui.
- Passava dias obcecada com o cotidiano deles, até que houve um rapaz em especial que a pegou observando. Como era mesmo o nome dele? – June já se encontrava afundando em sua cadeira.
- Não diga o nome dele. – Seu pedido era quase uma súplica.
- Ele te enganou, não foi? Ficou lhe cortejando tempo suficiente para conseguir o que queria. Para alguém jovem foi uma bala no coração, foi como se o mundo caísse sobre suas costas. Mas acontece que você não foi a única, sempre haverá mais de vocês, mais histórias assim se repetirão com o tempo. Então não fique despejando em nós a culpa que outra pessoa carrega. Olhe para mim Amakiir, não estou dizendo isso para magoá-la, mas para lhe mostrar que a vida é muito mais que decepções, você supera e dá a volta por cima, nunca deixe que alguém te quebre por dentro.
June o olhava sem dizer nada, seus olhos estavam marejados, lágrimas que teimam em sair mesmo ela segurando o máximo que podia. Agora entendo o motivo de não confiar em nós, ela já confiou uma vez e foi traída.
Traição dói. Eu nunca perdoaria um traidor.
Ninguém disse nada, o momento se entendeu por uns minutos até que June secou a lágrima antes que ela ficasse aparente. Se levantou e se recompôs.
- Eu não vou confiar tão fácil assim. Como vou saber se ela não vai agir como a mãe? O máximo que posso fazer é lhe dar uma chance, só um pequeno deslize e estou fora.
- Tudo bem, melhor que nada. – Kai diz para amenizar a situação.
Liam solta o ar que estava prendendo em alívio ao ver que a tensão diminuía.
Philip me olha por cima dos ombros indicando o anel, levei um tempo até entender que estava recebendo uma mensagem. Era Harry.
Ligue o rádio.
Verifico a frequência pelo meu anel mas não consigo sinal o bastante para que funcione, talvez as pedras estejam desestabilizando.
- Hum, Ren, você não tem algum rádio por aqui, tem?
Rapidamente ele volta com um rádio igual ao que deixamos na sede da ordem, sintoniza a frequência correta. Ouço um chiado até que a voz surge e preenche o ambiente, todos ficam atentos.
O que há de novo Tom?
Uma notícia boa dessa vez Joe.
Que maravilha! Compartilhe conosco essa dádiva.
Senhoras e senhores, Tenho o prazer de anunciar o primeiro baile a fantasia de Tethundra!
É isso mesmo ouvintes, haverá um baile promovido pelo novo rei?
Exatamente, ouçam isso. Será aberto ao público!
Hum, isso vai ser interessante Tom. Eu não vou perder, e você?
Estarei lá, dia 16, se virem um palhaço, sou eu!
Ren desliga o rádio.
- Esse é nosso bilhete de entrada. – Philip fala.
- Será que vai dar certo? – James pondera.
- Não vejo outra alternativa, se vocês querem entrar esse baile é perfeito. Uma boa fantasia poderá esconder a verdadeira identidade. – Kai sugere com um sorriso. – Só tem uma coisa, precisam sair antes que o baile acabe.
A ideia não parece ruim. Foi como uma chuva caindo sobre o deserto, a distração perfeita para entrar e sair do palácio sem suspeitas, ainda melhor que a primeira opção.
- Então vamos ao baile. – Falo decidida. – Não teremos momento mais oportuno que uma festa aberta ao público, será um caos, e com tanta gente não irão perceber nossa presença. Nós entramos pelo portão principal onde os guardas provavelmente estarão, vamos com a multidão separados para não levantar suspeita. Uma vez dentro do palácio podemos ir para onde quiser. Conheço todas as saídas e passagens secretas, caso algo dê errado podemos usar uma delas para fugir. Vai dar certo.
- Eu poderia ir com vocês, trabalhei como dama desde sempre, sei me locomover depressa e invisível. – Camilla tenta entrar na missão novamente, mas sem chance levá-la, James nunca deixaria.
- Cami, entenda que quanto menor o grupo menor a chance de ser pego. Isso é para sua segurança maninha, eu amo você e não posso deixar que se arrisque assim. - James fala devagar com seu tom de irmão mais velho super protetor.
Ela se contenta e desiste da possibilidade de vir conosco. Mais tarde vou conversar com ela, dar uma tarefa para que ela não se sinta inútil, pode apostar que sei bem como é isso, talvez peça para que encontre a receita de uma poção que venho pensando ultimamente, ainda tenho uma carta na manga.
- Vamos acabar com o Meyer de uma vez por todas. – Philip tinha sangue nos olhos, um predador pronto para atacar sua presa. – Vamos pegar de volta o que é nosso por direito.
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Entrada de Oneira (Imagem feita por mim em ia)
Palácio de Oneira (Imagem feita por mim em ia)
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PRÓXIMO CAPÍTULO EM ANDAMENTO...
ESTAMOS NA RETA FINAL.
O QUE ESTÃO ACHANDO DA HISTÓRIA ATÉ AGORA?
PS: DEIXA A ESTRELINHA
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