Plano

Como o/a senhor(ita) imagina que foi a convivência entre Poppy e Branch durante as próximas semanas? Bom ... digamos que os dois tem um lance ... DE INIMIZADE EXPLOSIVA!! Um não atura o outro direito, sempre brigando:
Star Wars é a mesma coisa que guerra nas estrelas!!
— Tonto! Não pode ser! Tem nomes diferentes!
— SÃO EM LÍNGUAS DIFERENTES, CRIATURA DENTUÇA!!
Sim, até por assuntos bestas como esse. Poppy sempre pregava peças nele, que quase sempre caía. Um dia, ela colocou glitter nos uniformes do time, que no dia, treinavam para handebol , e que não ficaram nem um pouco contentes! E pior, como o glitter que ela usou era grosso, coçava! Imaginem o quão brabo Branch ficou. A partir do terceiro dia, ela o chamava de Tronco, por ser rígido e ... "chato" como um.
Todas as vezes que ela o tirava do sério, socava um saco de pancadas no canto da quadra. O coitado já estava quase furado pela força do rapaz - coisa herdada de família, dizia Anny, que também era surpreendentemente forte para a idade dela. Poppy tentava puxar assunto, fazer amizade com ele, mas o garoto se afastava, fazia careta, não respondia, praticamente ignorava a coitada! O porquê? Somente ela não sabia nem em partes o motivo:
— Ele é tão insensível!
— Hum ...
— Sempre socando aquele saco de pancada, chato!
— Acredite, melhor o saco do que você!
— Mas ... AAAAAAH! Por que ele tem que me tratar assim, me evitando!?!
Anny parou de organizar os livros, depois continuou no mesmo ritmo:
— Ele tem um lance tenso com vampiros.
— Disso eu já sei! Mas qual lance!?
— Não posso contar.
— Por que não!?
— Poppy, esse é "simplesmente" o segredo mais pessoal, profundo e delicado dele!
— E daí!!?
— Vamos mudar de assunto antes que eu perca a paciência!!!?
— Sim senhorita!
     Ela tivera experiências nada agradáveis tirando a amiga do sério, não queria repetir o ato:
— Então, como vão os ensaios para os oli?
— Andando. Apesar de que a música original precisa dos toques finais e as mesclas de som da Suki.
— Você vai ser uma concorrente muito boa.
— Penso o mesmo de você. Pode dar uma pata aqui enquanto eu faço uma coisinha rápida?
— Claro, "seguro as páginas".
— Engraçadinha ...
     Foi até a quadra, onde Branch conversava com Suki:
— (...) O som do riacho e ...
— Bran, conversa-particular-urgente-já!
     Puxou-o pelo braço até o canto da quadra:
— Por que está sendo o "Seguri-Branch" com ela!?
— E qual o problema!?
— Você não gosta dela? Seja o "Branch-descoladão" que eu conheço! Ela vai cair de JO-E-LHOS!!
— ... Ela não vai gostar de mim ... nunca!
— Como pode ter certeza!?
— Lembra o que o Vlad. Pepe fez comigo!!? Pode fazer pior se eu começar a me "engraçar" com a filha dele!!
— Eu também tenho medo, mas estou deixando na mão do "e se"! Vai, o "Branch -descoladão" é o maior galã e o cara mais divertido que conheço, por favor!!
     Ele a encarou sério, deixando clara a resposta:
— Bom ... quem perdendo a chance de ser feliz é você. Tchau, Branch.
Ela se afastou. Branch ficou triste; já que a prima só o chamava pelo nome quando; ou está irritada, ou fez algo errado, ou está decepcionada; e ele odiava decepcionar a prima! Anny foi de volta para a biblioteca, decidida a acabar com aquela inimizade. Se o primo não se decidia sobre a própria felicidade, ela decidia por ele! Só precisavam de um empurrãozinho, uma faísca para incendiar o amor entre eles, mas ... como ...
— JÁ SEI!!
— AAAAAH!!
Poppy deixou o "As propriedades do sangue das Lulianídes" cair no chão:
— Quer me matar do coração!?
— Desculpa ...
— Draki Mami, "sabe" o que!?
— Nada, só uma ideia para a música, só isso.
Anny riu por dentro. Iria soltar a curiosidade de Poppy por um assunto pessoal de Branch. Com toda a certeza perguntaria para ele e, com uma dica, o rapaz responderia distraído:
— Tenho dó do Branch ...
— E eu raiva!
— Ok, mas engoliria se soubesse ... coitado ...
— Soubesse o que!?
"Como eu amo meus planos" pensou ela:
— O Bran se sente muito mal sozinho com uma menina, não é sua culpa ele agir assim.
— Até com você!?
— Lógico que não! Seria incesto!
     A expressão da vampira era de completa dúvida:
— Como assim!?!
— Tirando as da família - suspira - ... ele tem um lance com "momentos a sós com meninas", já que a Marília ... foi meio tenso- ...
— Quem é Marília?
— A ex-namorada dele. — fingiu não prestar atenção
— Aaah ... — disse desanimada
     "O doce som do romance e dos ciúmes ..." pensou Anny, rindo internamente. Deixou o livro "Vampireu e Lobieta" cair de propósito:
— Olha, aqui ... sobre o que fala esse livro?
— Romance impossível.
— Por que impossível?
— Porque é a história de duas famílias influentes de clãs totalmente inimigos que descobrem que seus filhos estão apaixonados.
— Vampiros e lobisomens, certo?
— Certíssimo ... quer saber como acaba?
— Quero!
— O Vampireu toma veneno e morre, Lobieta pega o punhal dele e tira a própria vida!
— QUE HORROR!!!
— Poppy, você sabe realmente o que é amar alguém?
     Se voltou para a amiga, que negou com a cabeça:
— O que os dois tinham não era simplesmente paixão, era AMOR!!
— Qual a diferença?
— Paixão tem uma denotação no dicionário que diz "passageiro", ou seja, é uma atração, muitas vezes física e visual, que passa com o tempo.
— E ... amor?
— Amor ... ah, o amor ... — sorriu para o teto — tão simples de se sentir e demonstrar, tão poucas palavras para descrever ... amor vai além de poemas e músicas carinhosas ... é você querer o bem dessa pessoa de uma maneira que faria qualquer coisa para ajudar, estar do seu lado nas mais simples atividades e ajudar nas coisas mais bestas ... querer vê-la feliz, nem que seja com outro monstro e ...
    A compreensão apareceu no rosto dela:
— ... Eu amo ele ... — sussurrou
— Como?
— É amor! É amor puro e verdadeiro!!
— Anny, eu boiando!
Segurou a felicidade para continuar com o plano:
— Intendi uma coisa que estava me atormentando ... — voltou a organizar — E como eu ia dizendo ... esquecer um pouco os defeitos e medos dele/dela ... e é um dos sentimentos mais primitivos, tanto quanto a alegria e a tristeza, cria laços de relacionamentos e transformam outros ... com certeza, não é atoa que os contos de fadas dizem que um beijo de amor verdadeiro é ... a coisa mais poderosa no universo humano e monstro! Deveriam acrescentar "linda e fofa" na frase!
— E ... o Branch "amava" essa tal de Marília?
— Nop ... ele amava outra pessoa antes mesmo de começar a namorar ela!
— Aaaah ...
Poppy, depois daquela conversa, ficou mais desanimada. Anny soltou, no final do dia:
— Sabe uma coisa legal do Bran?
— Não, o que? — respondeu meio cabisbaixa
— Tem um jeito de conseguir fazer ele contar segredos!
A vampira praticamente saltou de onde estava:
— COMO!!?
— Quando ele está fazendo algo, se concentra até demais, principalmente se está preparando as cordas da quadra ... então ele não presta atenção no nível de privacidade que a pergunta que você faz viola e responde com a maior sinceridade! Seria uma situação bem constrangedora se ... hipoteticamente falando ... alguém perguntasse sobre a vida amorosa dele e ... perguntasse qual era a arroba dele ... né?
— Verdade ... o que é arroba?
— Não conhece essa gíria? Bom, querida aprendiz, arroba é aquele menino, ou aquela menina, que alguém tem uma queda por, um jeito de chamar indiretamente quem você gosta.
— Nossa ... gostei! Até amanhã, Anny.
— Até amanhã, Poppy ...
Se transformou em morcego e foi embora. Anny deu risada:
— Sabe, acho que o Ceboalho deveria aprender a fazer planos infalíveis comigo ... operação "Broppy", passo "A" concluído com sucesso! Amanhã será ... hehe ... um dia muito romântico!
Deu meia volta, suspirou sonhadora:
— Sim ... Vermelho ... eu aceito! — sussurrou
Entrou, afinal tinha uma última aula de história naquele dia ... mas algo para fazer de noite!

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