O que eu sinto

Poppy brincava com o seu camundongo, apoiando a cabeça na mão. Ponderava e refletia na maneira pela qual Anny disse que Branch tinha uma namorada antes, havia afetado o seu humor. Ninguém, e falando sério, ninguém deu importância a isso!! Esse era um defeito da Academia Presas, "cada um só olhava para as suas presas"! Um barulho a fez sair de seus pensamentos:
— Poppy, você legal?
Olhou para frente:
— Oi, Tony ... esse é o tal de Kori?
— E essa é a tão famosa Papoula Bleed? Tony, por que não falou que ela era tão bonita assim?
— Já perdeu minha amizade, tarado!
O outro riu:
— Te disse pra tomar cuidado com ela! Podemos comer com você?
— Depende, esse mini-draki vai segurar a língua?
     Tony olhou ameaçadoramente para o amigo:
— Ok, ok, não vou flertar com a sua namorada ...
— Ela não é a minha namorada, tarado!
, seguro a minha língua!
Sentaram de frente para ela, que voltou a pensar:
— Poppy, você está me assustando, o que foi?
— Uma coisa que aconteceu lá na Lua Cheia, só ...
— Tem haver com o Branch Rámon, né?
Quase caiu da cadeira:
— O que ... como ...?
— Que coisa ruim ele te disse?
"Salva" pensou:
— Nada demais, só é o jeito que me trata! Estou louca pra quando acabar os oli-monstros e por um fim nesse castigo!
— Aquele cara é muito estranho. — reforçou ele
— Maaaas ...! — interrompeu Kori — ... o "Branch-descoladão" é demais!!
Branch-descoladão!? — perguntaram em coro
— O lado divertido dele. Com certeza está sendo o "Seguri-Branch" com você!
— Como ... você sabe disso!? — disse ela
— Me infiltrei numa festa de lá quando ... — se endireitou na cadeira — ... uma lobi me chamou pra sair depois de umas cantadas ... mas isso não importa agora! O cara estava com uma humana e pelo que a menina me disse era a namorada dele, e o cara ... nossa, o cara ...
Olhou para o céu sorrindo de maneira de admiração. Os amigos se entreolharam:
— O cara é um galã de primeira! Uma alma de poeta invejável, um cabelo bicolor bagunçado, uma atitude e delicadeza que põe com a menina ... o cara é o bad boy mais irado que já conheci! Pelo o que todos da festa diziam, esse era o "Branch-descoladão", o lado mais legal dele, agora ... o "Seguri-Branch" ... é o lado chato, marrento, pessimista ... esse cara é estranho, mas preciso de uma aula de "como ser um galã" com ele ... é um Vampireu!
Poppy estreitou os olhos:
— Quer dizer ... que o treinador certinho que eu conheço ... é mulherengo como você!!?
— Não, não! — corrigiu na hora — O cara é sim um galã de novela, mas não ... COMO ASSIM MULHERENGO COMO EU!!!? Bom, o cara sabe como deixar uma menina feliz e tem sim as melhores cantadas ... maaaaaaas ...!
— Mas? — repetiu Tony
— É muito leal e não flerta com qualquer uma! Pena que terminou o namoro naquela festa, mas não foi nem por uma garota bêbada ter começado a se engraçar com ele ... até porque ele a obrigou a parar! Foi por ele ser lobisomem e ela humana, ou seja ... a tal de Marília morreria muito antes dele e ... não a amava!
— Então ... por que namoravam?
— Branch ama uma vampira desde bem pequeno, mas sempre achou que não tinha chance nenhuma com ela ... e ... pelo que a tal de Marília disse ... — corou — ... ele beija bem!
Os três coraram:
— Podemos comer e parar de falar sobre a vida amorosa dele!!? — disse Tony
— Claro! — responderam
Comeram em silêncio, sem desgrudar os olhos de seus respectivos pratos. A cabeça dela estava à mil por hora! Quem era a tal vampira? Por que não teria chance com a garota? Por que importa para ela? Uma lâmpada ascendeu em sua cabeça:
— Não pode ... — sussurrou
— Como? — disse Kori
— Eu não posso ... — sussurrou
— Quer um copo de sangue? Você não deve estar ... — disse Tony
— Eu não acredito que é isso!! — interrompeu
Abriu um sorriso enorme e contagiante:
— É tão simples!
Levantou e correu para a biblioteca, os amigos ao seu encalço e chamando a atenção de Guy Diamante. Procurou e procurou até achar o livro:
— Qual a página ... qual a página!? Essa!?
No livro:

Vampireu - (a Lobieta) - Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio,
peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.

Lobieta - Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos
pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.

Vampireu - Os santos e os devotos não têm boca?

Lobieta - Sim, peregrino, só para orações.

Vampireu - Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.

Lobieta - Sem se mexer, o santo exalça o voto.

Vampireu- Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.
(Beija-a.)

Lobieta - Que passaram, assim, para meus lábios.

Vampireu- Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
(Na biblioteca)

— Não! E está?
Virou a página e leu.

No livro:

AMA - Vampireu é o nome dele; é um dos vampiros, filho único do vosso grande imigo.

Lobieta- Como do amor a inimizade me arde! Desconhecido e asnado muito tarde. Como esse
monstro, o amor, brinca comigo: apaixonada ver-me do inimigo!

AMA - Como assim? Como assim?

JULIETA - Isso é uma rima que aprender fui com quem dancei há pouco.

Ama - Já vamos! Um momento! - Está na hora; já se foram os hóspedes embora.
(Saem.)

(Na biblioteca)

Poppy fitou o trecho do romance, atentamente distraída. Seus amigos a encaravam com medo:
— P-Poppy? — disse Guy
— Vampireu a amava ... — sussurrou — ... e Lobieta se apaixonou por ele ... — levantou o olhar para frente
— Do que você falando?!! — disse Tony
— Tenho que fazer ele confessar, mas ... verdade, quando está distraído, confessa com sinceridade ...
— POPPY!! — gritaram
— Eu ouvindo! Se me derem licença, preciso cuidar de um assunto pessoal!
Se transformou em morcego e voou para a caverna da qual morava. Pensou muito em como faria dar certo e deu uma ligeira arrumada na aparência. Depois, voou até a Lua Cheia, que tinha acabado de terminar os seus ensaios para as oli-monstros.
(Durante os ensaios)














Autora: Agora sim! Que o TROPPY comece!!!🤩❤️💙

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