♆ 4° Escama de Triton ♆

Espero que gostem, não se esqueçam de sempre ver nome do cap para saber quem está narrando!

Vocês já conhecem a playlist do Triton? Ele tem uma no spotify!

O nome é Triton - Wattpad está como playlist publica no meu perfil Kathy Seraph. 

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Caminhava pelos corredores um tanto escuro pelas nuvens cinzas estarem tapando o sol da tarde. Não tinha participado do almoço e fugi de qualquer um querendo ficar apenas sozinho. Passeando por um corredor amplo e aberto que passaria por uma das áreas de treinamento, percorri calmamente assoviando enquanto observava toda a estrutura em minha volta.

Paredes brancas como sempre, feitas de pedra, ornamentos bem detalhados e janelas sem vidros que faziam um vento gelado passar por mim.

Parei meus passos e o assovio, movendo meu corpo para trás ao sentir a presença de alguém, uma presença que conhecia tão bem...

Em segundos as raízes de trevas que cobriam as paredes daquele corredor foram sugadas fazendo a luz das tochas clarear a passagem algo que elas estavam falhando miseravelmente com as trevas percorrendo tudo. Tudo sumiu na palma de Belial que olhou para os lados certificando-se que realmente terminara o que estava fazendo.

— Você não anda controlando bem seus poderes, filhote. Está sentindo algo?

Que gentileza era aquela que estava presenciando? Ele parecia estar tão... mortal.

— Triton...? — Ele se aproximou. — Está tudo bem? Se estiver preocupado com a discussão hoje cedo, vim te procurar por que Hardar quer conversar com você. — Ele sorriu tão meigo que isso soava enjoativo para mim. — Sem brigas.

Ah, mas seria com brigas sim!

Não deixaria Hardar Schifino criar novamente um vínculo forte com aquela alma chamada Triton.

Abri um sorriso que não levantasse suspeitas.

— Está tudo bem sim.

Não iria revelar ainda, seria legal brincar um pouco. Além disso, meu mais leal servo se aproximava naquele momento caminhando a passos lentos e com uma expressão entediada enquanto tinha uma armadura incompleta em seu corpo, não sabia no que aquilo ajudaria em uma batalha, mas pelo menos na parte de cima existia armadura, e não podia falar o mesmo da parte de baixo.

Ele parecia estar um pouco diferente da última vez que o vi e o salvei realmente da morte, seus cabelos estavam raspados de um dos lados, mais compridos também. Seu olhar era de um mortal deprimido muito diferente do tritão que aceitou ser meu servo rapidamente mostrando determinação e desejo por luta.

Quase bati naquela mão que surgiu tocando em meu rosto verificando-me contra minha vontade, Belial piscava em minha frente como uma criança idiota tocando em minha testa e minhas bochechas e como ele era tão alto! Aquela cria dele nem para chegar a dois metros de altura como era comum de um deus! Por que ele tinha que puxar tanta coisa daquele pai mortal dele.

Irritante isso.

E não aguentaria ficar recebendo aquilo, precisava acordar meu filho para nosso sonho de muito tempo e começar os planos para governarmos o mundo dos deuses e matar aquele desgraçado!

— Eu estou bem! — Tentei soar normal para não o alertar. — É só uma questão de tempo.

Noah passou por nós e vi seu cenho franzir, ele tinha captado parcialmente algo que denunciava que podia não ser o Triton ali.

— Questão de tempo pra quê?

Pelo canto do olho o vi também mirar em minha direção, era só lançar um sorriso e pronto. Ele saberia que quem estava no controle não era mais Triton.

— Da briga, só precisava ficar pouco sozinho, acho que pai Hardar também precisava de um tempo.

Belial franziu.

Droga, como poderia agir como minha outra alma se ela saíra do meu controle se tornando totalmente oposto de mim! Maldito seja aquele Triton!

— É, vocês nunca brigaram assim, mas ele quer conversar, estava bem preocupado, você sumiu, acho que, por duas horas! — Ele vivia até mesmo sem relógio?

Que aconteceu com meu filho! Se sacrificando tantas coisas por um mortal!

Mataria aquele maldito mortal, aquela reputação que ele levava consigo não seria pareô para um deus como eu! Não quando fizesse esse corpo receber todo meu poder das trevas e assim poder começar meus planos.

Eu sou um deus supremo das trevas!

Só precisava melhorar esse corpo, como esse garoto é magro! E parece tão frágil, nem calças ele veste!

— Vamos, aquele bando de gente está tudo reunido no pátio da frente e aquele seu namorado idiota está só perguntando de você, me incomodado, por isso decidi vir atrás, mas saiba que se fosse por mim, deixaria você ter seu espaço, e depois te dar palmadas por levantar a voz com seu pai! — Belial puxou meu corpo magricelo para junto dele com tanta facilidade que não duvidava que o vento não me levasse.

Como iria lutar naquele jeito?

Raiva!

Que receptáculo inútil era esse!

Noah foi na frente e esperava que ele tivesse entendido, bom, pouco importa agora. Não que esse mortal fosse útil realmente para mim só o salvei para ser um servo forte na batalha já que os sínters eram um tanto fracos ainda mais se Kaya se meter na batalha.

Ah, Kaya, a milha filha que rejeitei por não ter um pingo de sede de caos e vontade de ferir algo, nem a mãe dela puxou! Keline era selvagem, impetuosa e mesmo sendo deusa da luz ela seria perfeita para as trevas e a destruição, foi por isso me envolvi com aquela mulher asquerosa que enfiou uma adaga de luz em meu peito, porém, jamais a esqueci...

E nunca me esquecerei dela.

Eu a matarei quando não precisar mais daquela inútil e mostrarei como se mata um deus para ele nunca mais voltar. Não ser uma criatura tola como ela.

Fui praticamente carregado por Belial até o tal de pátio da frente, e por questão, aquele Triton tinha até namorado? Não que me importasse com sexo, tudo que cai na rede é peixe, no entanto... Maldição! Mais um para me livrar, que mais aquela peste tinha feito!

O lugar que todo o "bando de gente" que Belial tinha mencionou estavam, era bem amplo onde terminava no mar, de um lado você tinha oceano do outro aquele palácio também de cores brancas e cinzas. Sem graça alguma...

Os mortais que Belial parecia não gostar muito se estendia por todos do local tirando o tritão chamado Hardar que estava enfrentando outro de cabelo vermelho igual Noah.

Noah mirou seu olhar vermelho em minha direção observando-me e consegui lançar um sorriso traiçoeiro para ele o fazendo arregalar aquelas belas órbitas vermelhas. Admitia que aquele mortal de cauda era até que atraente, ele estava bem sexy hoje.

— Triton!

Ah, era comigo, todavia, quem me chamava? Qual era nome da criatura?

O tritão parecido com Noah sorria vindo em minha direção e me apavorei, talvez se me agarrasse em meu filho se passando pelo pobre Triton que só quisesse ficar pouco com pai ele expulsasse aquele mortal, por sorte de ter um servo excelente, Noah captou tudo e se meteu na frente daquele que era seu semelhante em aparência e assim falou algo gesticulando com as mãos e com pouca troca de palavras o que seria namorado do Triton abanou para mim e seguiu Noah até o espaço de treinamento.

O espaço de treinamento se resumia em estacas mostrando onde terminava a área sob a areia.

Olhei para baixo sentindo a textura da areia fina debaixo de meus pés. Conseguia sentir tudo novamente, o cheiro do mar, a sensação de pisar em algo diferente que não fosse chão duro de trevas, respirar o ar do mundo mortal, e sentir... fome? Sentia um pouco de fome algo novo para mim, mas deveria me lembrar que eu estava em um receptáculo, metade deus.

O que poderia ser um problema caso Belial não ficasse do meu lado.

— Filhote... — Aquela voz.

Hardar.

— Fiquei preocupado com seu sumiço. — Ele parou em minha frente com uma expressão que notei bem triste. — Não deveria ter gritado, você só estava querendo que prometi a você e protegendo esse irritante que fica te dando fritura toda hora.

Hardar lançou um olhar bem ameaçador para meu filho, seria agora que Belial o esnobaria ou retribuiria o gesto? Era agora...?

Belial apenas riu sem graça e deu um passo para trás como se temesse aquela mortal em minha frente, isso não era possível! Onde estava meu filho que criei!

Belial, o deus do caos, da destruição, dos humanos e das trevas! O ser impiedoso que ensinei a ser, o destruidor e causador de dor que fazíamos em tudo que era vivo, gritar!

— Vou deixar vocês e me sentar para beber algo.

Belial saiu se esgueirando, correndo para perto de outros tritões agrupados onde duas crianças estavam. Uma delas moveu seu olhar na minha direção, mas não sabia se ela estava com seu olhar fixo em Belial, ou talvez fosse nesse tal de Triton. Aquela coisinha pequena tinha o olhar azul, contudo sua pele era mais clara de qualquer tritão ali.

A pulguinha se levantou de onde estava e começou a correr passando por Belial que a pegou erguendo-a para cima e depois a... enchendo de beijos?

Era sério aquilo que via? O deus das trevas que criei estava agradando e dando amores e uma criança!

Ele bateu a cabeça?

— Vai vê-lo. — O mortal em minha frente falou apontando com a cabeça em direção aquela criaturinha minúscula. — Ele estava chorando querendo você durante a refeição inteira.

Aquela criança começou a espernear no colo de Belial que aceitou colocá-lo no chão e assim ele correu em... minha direção.

Não! Chispa! Chispa.

De quem era aquela coisinha para surgir naquele momento e leva-la.

— Pa...pai...? — O filhote de peixe falou parando alguns metros de mim.

Não se aproxima! Como odeio crianças daquela idade, são grudentas demais e não pode tirar o olho um minuto que elas se partem ao meio, são entediantes e só sabem ficar te olhando onde você deve decifrar ela.

Hardar se virou para aquela cria e relaxei um pouco.

Então, era filho daquele mortal, mas, porque ele ainda me olhava?

— Akon! — Uma voz atrás de mim, gritou animado.

O tal de Akon mudou seu olhar de direção colocando a mão na boca.

O tritão ruivo parente de Noah apareceu próximo a mim, agarrando Akon em seus braços. Analisando bem, aquela criaturinha era muito mais parecida com o ruivo que se chamava Aiken se bem me lembrava.

Aiken Alkes o irmão mais velho que Noah contou-me.

— Triton? Está tudo bem? — Hardar deu um passo a frente. — Você ainda está bravo comigo, não é? — Tirei meu olhar daquela minhoquinha voltando-me para Hardar. — Vou contar toda a história para você.

A verdade de que você foi amante de Erial Alkes, o pai de Noah, antes de Belial e por causa de seu amor adolescente por meu filho, consegui meu objetivo ainda melhorado criando um corpo para mim e depois vocês brigaram, casou com Erial, e depois de anos após a morte daquele mortal voltou para Belial e etc, etc.

Uma história tão longa e tediosa que não gostaria de ouvir e ficar tentando agir como se aquele Triton agiria perante a história.

Fitei Noah pelo canto do olho com suas órbitas vermelhas em minha direção, bem atentas.

— Está tudo bem, pai. — Tentei forçar um sorriso, e até que não foi difícil. — Que acha de um duelo? — Precisava fugir daquele assunto.

Porém, não seria muito apropriado uma fuga tão abrupta até por que Triton queria aquela resposta vindo de Hardar, então não a querer mais poderia chamar atenção dele antes do momento esperado.

— Acho que aqui não é um bom lugar, então, depois.

Pela expressão de Hardar achei ter o feito desconfiar de minhas ações, ainda mais quando vi seu olhar azul ir em direção a Aiken que estava bem próximo de nós com aquela criança que apontava em minha direção.

O que ela queria? Chispa!

Hardar assentiu para meu alívio.

O local que antes Noah treinava com seu irmão agora pertencia a mim e ao tritão que deveria dificultar a vida para não atrapalhar em meus planos. Hardar Schifino era aquele que Triton mais era ligado, as emoções que surgiriam se o mortal interferisse faria todos meus planos desmancharem, e até perderia aquele casulo.

— Pronto? — Ele perguntou endireitando seu corpo.

Interessante... Belial tinha então ensinando artes humanas para o mortal em minha frente, sua base perfeitamente direita, a posição de seus braços...

Isso era bom!

Teria pouco de diversão antes de acabar com ele, perfeito!

Hardar invocou sua arma que bem sabia os Sereianos sabiam chama-las, porém, que mais me chamou a atenção não era a surpresa por ver um daqueles mortais de escamas conjura-las, e sim a formato da lança em suas mãos.

Uma HackSoul. Cortadora de almas.

A arma do primeiro tritão que governou os mares e fundou um dos clãs que Hardar vem. Isso era tão interessante! Era uma pena não poder analisar sua alma e ver se realmente Hardar Schifino é a reencarnação daquele mortal.

Seu poder era tão grandioso que se tornou o mortal mais interessante que já presenciei.

Piscando e deixando a história daquela arma para depois, foquei o poder do casulo que estava para invocar a arma que ele teria, não me surpreendendo o que apareceu em minhas mãos.

Tão original que era impossível não ser ironia.

Um tridente! Ele não podia ter escolhido algo mais útil, rápido e potente? Ou talvez algo apenas útil e rápido como era a arma de Belial, até mesmo a de Hardar era uma boa.

Avançando rapidamente, Hardar era bem veloz e preciso em seus golpes, não tendo qualquer piedade, sua HackSoul girava e atingia o tridente em minhas mãos com tanta potência que conseguia sentir que a arma desejava escapar de mim, ele era perfeito em seus movimentos o que o tornava letal e perigoso mesmo para mim.

Em um confronto direito não seria tão bom enfrenta-lo, mesmo a capacidade de um mortal era inferior à de um deus.

Fiquei na esquiva apenas observando e estudando os movimentos dele, Hardar gostava sempre de girar por seu corpo do seu lado direito para ter uma potência maior em seu ataque, sua arma também girava pelo menos três vezes a cada investida, porém, ocasionalmente ele mudava seus atos para não serem gravados.

Ele era muito inteligente, tinha que aplaudir realmente aquele mortal.

Avancei com o tridente mesmo que odiasse armas com muitas pontas, pelo menos ela era longa como estava acostumada como a DarkKuroi, tentando pegar um dos pontos abertos que consegui ver em Hardar em cada giro de sua lança, avancei em direção da HackSoul a prendendo a um dos dentes do tridente na lâmina curva puxando em minha direção. Com um giro de meu corpo larguei um chute na altura do peito escuro daquele mortal o tirando do lugar.

Hardar cambaleou para trás e por sua reação ele não esperava um ataque assim vindo do Triton, mas não me importava, já era hora de parar de brincar de Triton.

Mytsu, essa era nome da arma que formigava em minhas mãos devido ao poder da luz que a arma carregava, conseguia senti-la e vê-la marcada na Mytsu.

A arma que levava a luz e as trevas.

Triton era um semideus que conseguia carregar tanto poder e não apenas um, ele herdou sim, as trevas de Belial, mas também existia o poder da luz dentro dele o tornando um completo equilíbrio físico e vivo. O fazendo tão poderoso.

Deixei todo aquele poder percorrer pelo corpo querendo desfruta-la, descobrir o que ele já aprendeu e o que poderia fazer.

Hardar girou a HackSoul se preparando para contra-atacar novamente, e dessa vez deixei que ele entrasse o golpe em cheio, no último momento ele hesitou tentando parar, porém, já era tarde demais. A lâmina reta de sua lança bateu contra meu braço a fazendo parar ali mesmo e não deixar uma gota de sangue rolar.

Todo meu braço estava coberto pelas trevas que se aglomeraram formando uma camada protetora no hospedeiro, uma técnica que leva bastantes anos para ser aperfeiçoada e precisava acumular muitas trevas para um deus se vestir, Triton conseguiu se cobrir parcialmente e muito facilmente.

Meus braços estavam cobertos e meu peito estava parcialmente, meus dedos se mexiam também mesmo sendo uma armadura agarrando o cabo da Mytsu que vibrava ainda mais, ela me rejeitava.

— Não me assuste assim garoto! — Hardar ralhou se afastando. — Você não anda mais invocando as trevas, não sabe o susto que senti! Achei que não conseguia mais invocar elas em seu corpo.

Fechei e abri minha mão livre.

Tão leve e elas não paravam de crescer pelo corpo, era só as chamar ordenado que me cobrisse e assim elas obedeciam.

— Você está bem? — Ouvi sua voz confusa.

Estava muito bem! Esse novo corpo era ótimo!

— Estou muito bem — respondi satisfeito.

Hardar franziu o cenho e com movimentos tão rápidos que duvidava que mesmo aquele mortal conseguisse impedir o golpe que desferi, cortando o peito de Hardar Schifino na diagonal e de uma boa profundidade para um golpe daquela distância.

Senti o olhar de todos em minha direção, no entanto, o melhor de tudo foi ver o olhar arregalado do mortal em minha frente trazendo tanta nostalgia, e o tilintar de sua arma no chão sendo solta abruptamente fechava tudo com chave de ouro!

Captei pelo canto do olho Belial se erguendo surpreso assim como o olhar daquele rei ruivo e dos outros tritões que não sabia quem eram, apenas meu querido Noah sorriu em minha direção. Meu adorável servo leal.

— Triton! — Aiken exclamou quando um dos joelhos de Hardar fraquejaram o levando ao chão.

Sua mão foi ao peito tentando segurar o sangue que pingava no chão manjando a areia de um amarelo tão clarinho.

— Errou — falei rindo.

Em minhas mãos a DarkKuroi surgia no lugar da Mytsu revelando minha adorável lança negra com azul.

A escuridão negra, DarkKuroi.

— Quer tentar de novo? — Bati a lança no chão.

— Baal... — Foi a vez de Hardar Schifino falar.

Movi-me em sua direção sorrindo friamente.

— Alguém vai levar o prêmio de acerto! — Gargalhei erguendo a DarkKuroi em minhas mãos.

O que seria o prêmio dele? Hmmm que tal...

A morte? É, era bom prêmio dado por Baal, deus supremo das trevas.

Ao me aproximar de Hardar trevas surgiram do chão agarrando meus braços impedindo-me de dar outro golpe em Hardar.

Rosnei não conseguindo me soltar delas, aquele corpo era tão poderoso e, ao mesmo tempo, tão fraco por não se exercitar, como aquele garoto conseguiu vencer Keline!

Olhei em direção a Belial. As raízes que me prendiam vinham dele protegendo o mortal de escamas ao invés de ficar ao meu lado! De ficar feliz em ver-me, além disso, fui eu que ensinei ele a ser quem é hoje.

Um deus tão poderoso que quase venceu minha esposa maldita.

Maldito dia que casei com aquela mulher a achando encantadora por dentro e por fora, mesmo sendo da luz, radiante e iluminada fazendo tudo nascer em sua volta, em seu olhar existiam trevas quando até mesmo sua luz era capaz de matar as criaturas que ela criava. Keline era uma deusa tão linda e assassina que seria uma parceira perfeita.

Porém, minha cegueira não me deixou perceber que ela também era egoísta e manipuladora, não que odeie essas qualidades que até mesmo carrego em mim, no entanto, odiava que me apunhalassem pelas costas como ela fez, tirando minha vida.

Rosnei erguendo meus braços forçando as raízes que cederam facilmente.

Se Belial queria ficar ao lado daquele maldito tritão ao invés do meu então que ficasse, mas seu filho nunca mais iria receber! Mesmo que conseguisse meu corpo original faria ele pagar pela traição!

Movi meu braço esquerdo em sua direção onde a mesma técnica que ele utilizou em mim, prendiam ele, entretanto com muito mais poder fazendo Belial se ajoelhar no chão, seus braços foram forçados a abrir e em seu pescoço as raízes o obrigavam a cair aos poucos mesmo que ele continuasse lutando.

Até que esse corpo não era tão fraco, conseguindo prender Belial tão facilmente.

— Você prefere proteger um mortal do que se unir novamente ao seu pai? — disse incrédulo a ele. — Fui eu quem o criou, o transformei quem é você hoje, se fosse por Keline você estaria morto! Fui eu que o mantive vivo! — gritei as últimas palavras

Belial apenas rosnou em frustração.

— Acho que esqueceu o que faço quando me traem. — Sorri friamente em sua direção girando a DarkKuroi.

Mirando meu olhar em Hardar notei que Belial se agitou ainda mais, ele era único daquele grupo capaz de me parar, mas era um tolo por dar valor ao sentimento de amor e não de trevas, assim sendo um fraco incapaz de fugir de um ataque tão medíocre como o que mandei.

Apontando a DarkKuroi em direção a Hardar Schifino esperava pelo menos que ele fosse tão forte como o primeiro Schifino, mas talvez tivesse me engano.

— Triton... filhote...

Essa era a maneira dele tentar me impedir?

Patético.

Segurei firmemente minha lança no momento que captei de soslaio a silhueta de alguém avançando contra mim, joguei minha perna esquerda para trás girando meu corpo e bloqueando qualquer ataque que viesse com a DarkKuroi e assim outro tridente apareceu em meu campo de visão, todavia, esse era totalmente diferente da Mytsu.

Um tridente de cinco lâminas.

Aiken parecia hesitar demais enquanto forçava seu tridente contra a DarkKuroi. Um mortal sendo um mortal, que novidade!

Mortais tendem sempre em hesitar por simples sentimentos que o tornavam fracos e patéticos.

— Noah. — Chamei.

Aiken franziu o cenho se afastando no mesmo instante de mim, virando-se deixando toda sua guarda exposta para mim, poderia ataca-lo, porém, sua reação vendo seu irmão conjurar sua arma à medida que caminhava em sua direção era muito mais interessante. Noah o enganou perfeitamente se fazendo de irmão que agiu inconscientemente e assim conseguiu ficar próximo ao Triton aguardando-me, ele era meu servo que até mesmo enganou Keline.

Tudo fazia parte de nossos planos.

Jamais tive um servo tão leal como ele, deveria dar um presente a ele! Uma benção.

— Noah! Você... — Aiken não completou suas palavras.

Noah riu alto passando seu dedo por sua lâmina retirando as marcas de luz que ficaram ao terem um pouco do poder de Keline para conseguir matar qualquer um que se enfiasse no caminho dela. Era um agrado temporário que se dava a um mortal como também poderia acabar quando ele desistisse dela o que Noah fazia naquele momento.

Girei meu dedo em modo circular formando uma pequena bolinha de trevas e assim a largue a ordenando que fosse em direção a espada de Noah a manchando de escuridão.

— Você mentiu...

Noah arregalou os olhos, impaciente.

— Você tão ingênuo.

Vi o momento que Noah atacou seu irmão totalmente diferente do duelo deles, ele estava estudando o irmão e seus golpes por tanto tempo apenas para chegar aquele momento, que tritão inteligente!

Todos os locais que Aiken deixava abertos, Noah conseguia atingir com precisão e até corta-lo.

— Onde paramos mesmo? — Vire-me para Hardar vendo-o ser erguer mesmo que seu sangue ainda escorresse em seu peito.

Ele cambaleava certamente pela quantidade de sangue que ele já tinha perdido, se esperasse mais um pouco talvez pudesse vê-lo morrer por hemorragia... É talvez fosse interessante apenas esperar para ver o adorável mortal de Belial morrer em sua frente, talvez assim ele acordasse para nossos planos.

Precisávamos conquistar o mundo dos deuses! Tirar aquele maldito do poder e tomar a coroa.

Era o desejo que fiz Belial compactuar desde pequeno, e precisava de sua ajuda, do seu poder. Sem ele não sabia se conseguiria com esse novo corpo.

Hardar manteve-se firme em suas pernas largando seu peito, sua outra mão segurava sua HackSoul e pelo visto ele estava de volta na luta, era disso que gostava!

Dei um passo a frente preparando-me para uma nova luta.

Meu olhar caiu sobre ferimento de Hardar me fazendo desestabilizar por leves segundos que ele dava passos em minha direção, seu peito escuro subia e descia enquanto seu ferimento começava a fechar-se tão rápido que jamais vi em um mortal. Eles sempre são criados inferiores o que tendem a morrerem com ferimentos graves ou profundos, caso percam sangue demais isso o levam a morte.

Então, como Hardar Schifino estava erguido caminhando em minha direção? Impossível!

O som de lâminas alertou-me da chegada de mais Sereianos, agora uma minúscula tropa estava próxima de Belial, alguns tentavam o soltar mesmo que as trevas ainda o prendessem ao chão. Todos aqueles rostos Triton conhecia fazendo inundar minha mente de imagens e nomes.

Tayga, Bruce, Set, Agron, Saki...

Cerrei os dentes.

— Maldição. — Rosnei.

— Triton, por favor não deixa ele tomar o controle. — Hardar se aproximava inocente novamente.

Tão burro, mas precisava acabar logo com isso.

Movi meu olhar novamente para a tropa que Tayga, o comandante dos exércitos, chamava.

— Filhote...

Quer então seu filhote, era fácil imitar ele.

— Pai... — sussurrei apertando a DarkKuroi contra meu peito despido.

Olhava em direção de Noah para tentar enganar mais e verificar meu leal servo que não estava nem um pouco perdendo, mesmo assim Aiken equilibrava sendo bastante poderoso, ele tinha a benção de Kaya e apenas seu laço emocional separava que ele não usasse seus poderes contra o irmão.

Precisávamos sair dali.

"Noah, se prepare." Falei. "Serei o Triton por alguns segundos e assim vamos nós retirar, não podemos vencer agora".

Noah não olhou em minha direção, mas sabia que ele recebera minha mensagem.

— Filhote? — Hardar se aproximou mais.

Isso! Se aproxima ainda mais.

Olhei tentando meu melhor olhar de peninha tentando convence-lo e assim Hardar sorriu mostrando que ele caíra na armadilha vindo mais rápido até mim até o momento que Belial se agitou preso ainda nas trevas tentando erguer sua cabeça. Hardar parou no mesmo momento como se tivesse recebido um aviso, mirando rapidamente em Belial percebi que meu filho tinha o avisado.

Belial sabia da mentira.

Não conseguindo cortar Hardar, tentei outra coisa impulsionando meu corpo para frente avançando a DarkKuroi em direção a guarda exposta de Hardar o atingindo na ponta do abdômen, certamente pegando seu baço ou fígado, não parei para pensar naquele momento, apenas afundei a lança em sua carne o fazendo urrar de dor agarrando a DarkKuroi com suas mãos tentando, retira-la de mim.

Como...

Ele conseguia tocar em minha arma sem ser repelido e queria a segurar... Que tipo de mortal era aquele!

Não podia ser verdade... ele...

Afastei-me o máximo que podia deixando Hardar de lado, o mataria outra hora caso ele não morresse.

O exército começou a nos cercar.

Malditos mortais.

Bati com força o cabo da DarkKuroi no chão fazendo uma onda de raio negras atingir todos daquele momento, as trevas perfuraram armaduras atingindo os soldados e principalmente Aiken que foi logo atingido por um soco de Noah que continuaria caso não o chamasse.

— Hora de ir.

Noah obedeceu deixando seu irmão caído de joelhos para trás.

— É uma pena você não vir. — falei em direção a Belial. — Adeus, filho, ou devo dizer papai? — Gargalhei estralando os dedos.

Um imenso portal se abriu atrás de nós revelando as portas negras do meu território, as portas que levavam uma fênix se abriram a partindo no meio e assim Noah me seguiu para casa.

Virei-me antes das portas se fecharem libertando Belial que gritou por seu filho correndo em direção ao portal.

Sorri friamente vendo as portas se fecharem antes de Belial chegar próximo.

No meu mundo nenhum deus abaixo de mim, conseguiria passar pelas portas assim Belial não seria um problema tão cedo.

Ou nunca.

Gargalhei caminhando para meu verdadeiro lar.

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E Baal apareceu! E um capitulo onde ele narra, de muitos que virá. 

Então, que acharam do Baal? Será que ele vai conseguir dar um outro ar para o Triton? E claro, qual próximo passo que ele vai dar?

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Que acharam que do capitulo? Gostaram? Comentem! ♡♡ Adoro ver comentários de vocês ♡♡

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