Dia 04 • Jogos da chuva
ACORDEI COM O SOM DA BUZINA berrando e quase dei um pulo de susto, mas eu apenas tinha batido com a cabeça no volante.
A minha cabeça não estava doendo, apenas a minha garganta e o carro ainda estava com o cheiro de vodka e maconha.
Borrifei o ambientador no carro e desci os vidros para não sufocar os dois grandinhos que mal sabiam se comportar numa festa e acabaram ficando como alunos do primeiro ano.
E para piorar, nós estávamos em sarilhos. O meu celular já não tinha mais ligações, mas já eram mais de cinquenta não atendidas.
O supermercado era vinte e quatro horas, então desci do carro com a minha bolsa e caminhei desajeitadamente até a entrada do edifício verde com barras brancas.
Parecia cor de hospital, mas deixemos isso pra depois, o importante era que consegui comprar spray bocal e pastilhas com sabor a menta para os dois marmanjos.
Paguei e de quebra, o menino de caixa com acne e aparelho nos dentes tentou me paquerar usando cantadas de aplicativos — nem me pergunte como eu sabia isso.
— Da próxima seja um pouco mais original, querido — dei-lhe um sorriso amarelo e o seu sorriso entortou-se formando uma careta desajeitada.
Quando voltei para o carro, os dois já estavam acordados, mas apenas o Gregory parecia mais ativo do que o seu melhor amigo.
— E ai? Dormiram bem? — Perguntei para eles e lancei-lhes a sacola do supermercado.
Gregory apanhou-a e abriu. Dylan estava com uma expressão séria, mordendo o lábio inferior.
— Uau, você é profissional nisto, Rainha do Gelo. Mas a questão é: como você é profissional nisso se ficas afundada em livros todos os finais de semana? — Gregory tinha um sorriso maroto no rosto.
— Masquem as pastilhas e usem o spray. Não me façam perguntas.
Eles se distribuíram as pastilhas e eu acabei levando uma delas só para concentrar-me noutra coisa que não fosse as desculpas que eu — a mais sóbria — teria que dar a mãe da Stephanie.
Parei na cafetaria mais próxima, o meu estomago estava corroendo e o Dylan precisava de uma boa chávena de café extra-forte e graças a Deus o kit de maquiagem ainda estava comigo para disfarçar as olheiras que ele tinha.
Sentamos numa mesa próxima ao balcão e ao lado tinha a vista perfeita da chuva que começou a cair torrencialmente através da parede de vidro bonita que tinha no estabelecimento.
O meu perfume e odor deles foi substituído pelo cheiro de lavanda e um pouco de menta. Ninguém poderia imaginar que estávamos saindo de uma festa.
Passei a base no rosto de Dylan, por baixo dos seus olhos para matar as olheiras e vesti o casaco de Gregory que estava enorme em mim.
Foi só o Dylan tomar duas chávenas de café para ressuscitar.
— Obrigado, Steph — ele disse, com um sorriso enorme. — Mas como você sabe conduzir um carro?
Eu encostei-me a cadeira e abri um mini-sorriso.
—E desde quando você fuma maconha? — Eu repliquei.
— Eu não fumo maconha — Dylan rebateu. — E como você conhece o cheiro de maconha?
— Não interessa, viciado safado.
Tentei dar mais um gole no café, mas já estava frio e eu não gostava de café, o sabor amargo não descia nada bem para mim.
Gregory apenas nos encarava sem falar nada, atento na sua fatia de torta de chocolate.
— Quem estava fumando era a Sasha — falou por fim. — O Dylan nunca levaria um baseado até a boca.
— A loira do banheiro?
— Falando assim até parece que ela é uma assombração — Dylan murmurou.
— O papo está ótimo, mas precisamos voltar para a casa — levantei-me da cadeira e fui pagar a conta no balcão.
Saímos da cafetaria e entramos de volta no jeep do Dylan. Dirigi com o som alto no volante, me imaginando numa praia, dirigindo sem medo de acidentar ao som de Locked out of a heaven do Bruno Mars, num carro descapotável.
Estacionei em frente a garagem da casa da Steph e respirei fundo, me preparando para o que viria a partir da boca da Sra. Walker, mesmo que não a imaginasse uma senhora histérica, mas sim uma mãe que se preocupa muito com os seus filhos.
— Desçam — eu ordenei.
Eles saíram do carro e eu também sai.
Tranquei as portas e devolvi as chaves para o dono do veículo.
— Você que estava dirigindo — falei para ele, que assentiu apressadamente.
Corremos até a porta pois ainda estava chovendo e ficamos na varanda tocando a campainha.
A porta foi aberta pela mãe da Stephanie, minha garganta fechou-se e o meu coração pulsou com força.
— Bom dia, meninos, não sabia que viriam tão cedo. Entrem — ela estava sorrindo para nós.
Eu estranhei a sua reação, mas entramos e fechamos a porta. Ela subiu as escadas, na parte de trás do seu roupão cor-de-rosa estava escrito: sou a droga de uma mãe maravilhosa.
No momento eu poderia levar em conta que aquilo era verdade, ela nem quis saber onde estávamos.
— Nos safamos. Eu vou subir e tomar um banho — eu falei para os dois companheiros de crime, que estavam sorrindo um para o outro.
Entreguei o casaco ao Gregory e subi as escadas até o quarto da Stephanie. Lancei-me na cama meio exausta e olhei para o espelho.
— Onde você esteve o dia todo ontem, Molly?! — Stephanie gritou, observando-se e eu lancei-lhe um beijo no ar.
— Eu estava numa festa! E finalmente reencontrei o Parker! — Sentei-me na cama. — Vou tomar um banho e daqui a nada volto para contar para você com melhores detalhes.
Stephanie revirou os olhos, mas tinha um sorriso escondido entre os lábios. Acho que era isso que ela queria, que eu me divertisse como antes e que dessa vez as coisas corressem bem.
Com a toalha nos ombros, entrei no banheiro minúsculo e abri o chuveiro, mas não caia nem uma gota de água dos inúmeros pequenos buracos que existia.
Prendi o meu cabelo num rabo-de-cavalo e fui até a casa de banho comum da casa. A porta não estava trancada, então abri-a e entrei no comodo.
Gregory estava de toalha, saindo da box e eu rapidamente encarei os meus pés. Não deu para ver nada é claro, mas os braços enormes, o peito forte e os gominhos na sua barriga não foram capazes de não se notar e não era de se jogar fora.
— Eu… Vou sair — falei, dando passos para trás, tentando achar a porta do banheiro.
Ele segurou os meus braços e ergueu o meu rosto com uma das mãos em meu queixo. Os seus fios de cabelo estavam colados ao seu rosto e sua cabeça, a sua respiração batendo contra o meu rosto e o hálito da sua boca cheirava a menta.
— Eu já estou de saída, não precisas ir embora, rainha do gelo — Greg disse, me soltando por fim.
Continuei vidrada no seu rosto, nos seus lábios que por um instante, tive a vontade de saber como seria beija-los, mas chacoalhei e passei as mãos nos meus fios de cabelo emaranhados.
— Que porra está acontecendo aqui? — Dylan perguntou parado a porta.
Eu nem tinha notado que a porta da casa de banho estava aberta. Ele nos reparava como se fossemos extraterrestres ou estrelas de cinema talvez.
— Nada! — Eu gritei, empurrando o Gregory para fora do banheiro, os ombros largos ocupando os meus olhos. — Saiam daqui!
Fechei a porta e suspirei alto. Depois de tomar banho naquela casa de banho de paredes brancas e mosaico preto, fui ao meu quarto as pressas e vesti uma blusa branca de mangas compridas com livros castanhos estampados e um macacão de ganga azul.
Ouvi batidas na porta do quarto e eu disse para a pessoa abrir.
Gregory entrou no quarto da Steph, vestindo uma camisa de manga comprida preta e calça jeans que estava um pouco justa nele.
— Gregory? — Eu olhei para ele, secando a minha cabeça com a toalha. — Aconteceu alguma coisa?
Greg negou com a cabeça e fechou a porta. Sentou-se na cadeira giratória e olhou para mim.
— Eu queria pedir desculpas para você, Steph — Greg abriu os lábios numa tentativa falha de criar um sorriso. — Obrigado por se interessar pelo meu bem-estar.
— Não precisa pedir desculpas, Shrek — eu falei para ele. — E você não me pareceu bem depois de cantar aquela composição. Era como se você estivesse revelando uma parte de si para as pessoas.
— Você percebeu — Greg murmurou. — As músicas que eu escrevo são muito íntimas. "Jogo Suicida" e todas as outras músicas falam basicamente do meu relacionamento com a Tiffany e mesmo que às vezes as lembranças não deixem-me no meu melhor estado, não posso desperdiçar as poucas inspirações que elas dão-me.
— Quem é a Tiffany? — Eu quis saber.
— Você nem se importava com isso, mas a Tiffany é a minha ex. Você deve conhecê-la de rosto, talvez.
— Uau, isto é… Nem sei o que dizer. O Dylan e o Luke sabem disso?
— O Dylan sabe. Mas o Luke, bem, ele nunca foi um cara que tenta entender as coisas, para ele é só tocar a bateria e tudo já está ok.
Levantei-me da cama e fui abraçá-lo. Gregory não retribuiu de primeira, mas depois de alguns segundos, me envolveu nos seus braços e inspirou a fragrância de morango que estava presente nos meus fios de cabelo.
— Você está diferente, Steph — Greg olhou nos meus olhos com um sorriso enorme. — Ver-te na festa vestida daquela maneira e se divertindo foi surreal, era como se tu fosses outra pessoa dentro do corpo da irmã do meu melhor amigo.
Eu ri nervosa e afastei-me dele por impulso. Eu estava deixando as coisas tão óbvias?
— Se já é tudo, então…
— Não! Não é só isso que vinha fazer aqui. Os M e M querem uma partida dos jogos da chuva, mas o Matthew está sem par e precisamos de alguém para ficar com ele. O Dylan finalmente dormiu, a avô Gretta está na sua tarde de clássicos no Skype, então só nos resta você.
— Eu não acredito que vocês cogitaram primeiro chamar a avô Gretta ao invés de mim — eu disse indignada, com as minhas mãos sobre o meu peito. — Eu vou, só quero terminar de secar o cabelo.
— Está bem. Até já.
Greg saiu do quarto e eu fiquei um pouco desnorteada. Não imaginava que ele viria pedir-me desculpas e revelar uma parte de si para mim. Se eu pudesse, contaria a ele que eu não era a Stephanie e que a diferença que ele notou era mesmo real.
Quando terminei de pentear, vesti uma camisola rosa com ursinhos roxos e as pantufas da mesma cor. Toquei a maçaneta da porta, o meu olhar caindo sobre o calendário. Eu tinha que preenchê-lo.
Vasculhei a mesa de trabalho e tirei de um copo onde tinha muito material de desenho e escrita dois marcadores. Um azul e um vermelho.
Dia um: feito.
Dia dois… Bem, não teria como concluir a segunda tarefa com a tempestade que estava sobre a cidade.
Fiz um X enorme com o marcador vermelho e joguei os dois na cama.
Desci as escadas até ao rés-do-chão e entrei na sala. Matthew e Mason estavam sentados no tapete felpudo da sala, vestindo mesmas camisolas vermelhas com figuras da LEGO e calças enormes pretas. Os dois com o rosto vidrado em Tablets, mas apenas o do Mason emitia sons de jogos.
Gregory estava no sofá, com os dedos num violão pequeno de madeira escura, cantando Favorite Crime da Olivia Rodrigo. Eu fiquei parada na porta, ouvindo a sua maravilhosa voz que entoava os versos com tamanha delicadeza e ao mesmo tempo uma tonalidade meio agressiva. A voz do Gregory era extremamente potente, ele sabia cantar como se já tivesse vivido uma história parecida com a da música.
Aplaudi quando ele parou e abriu os seus olhos. Os gémeos olharam para mim e voltaram a sua atenção novamente aos dispositivos em suas mãos. Gregory sorriu para mim e fez um sinal para eu sentar-me ao lado dele.
— Essa é uma das minhas favoritas da Olivia Rodrigo — eu disse entusiasmada para ele.
— SOUR¹ é um dos melhores álbuns da atualidade que já ouvi — Greg disse.
Oh meu Deus, ele gostava mesmo da Olivia Rodrigo.
Ajeitei-me ao seu lado no sofá e o encarei, atenta aos movimentos que ele fazia na sua guitarra.
— Podemos iniciar com os jogos da chuva? — Mason perguntou-nos e eu assenti.
-— Como funciona? — Quis saber, mas depois tapei a minha boca me lembrando que a Stephanie poderia saber como funcionavam os jogos.
— Você nunca presta atenção, Steph. Mas ok, ahm, os jogos são divididos em três partes: o adivinha quem sou eu, depois segue-se com o just dance e por fim uma partida Mário karts, entre dois representantes das equipas. A partida surgiu depois do Greg e o Dylan ganharem sempre no concurso de karaoke. A equipa que vencer ganha sanduiches e sumo feitos pela equipa perdedora. Entendido? — Mason quis saber e eu assenti rapidamente.
Ele levantou-se do tapete e levou uma caixa na mesa de centro.
Sentamos todos no tapete em um círculo e arrumamos as cartas para o primeiro jogo.
— Eu e o Greg começaremos e você e o Matthew serão os segundos a jogar — Mason falou para mim e levantou-se novamente do chão, pronto para iniciar a sua mimica. — Lembrando que todos podem tentar adivinhar e se a equipa adversaria adivinhar poderá ficar com os pontos.
— Já chega, Mason. Aposto que ela já sabia disso tudo — Matthew pediu, tirando os óculos do rostos e deixando-os sobre a mesa de centro. — Comece.
Mason iniciou a mimica e enquanto eu e o Greg tentávamos adivinhar, o Matthew respondeu rapidamente e acertou e assim foi, até a maioria das cartas serem usadas e a equipa do Mason não conseguir sequer um ponto.
— Vocês tiveram sorte — Greg disse com um sorriso de canto. — Quero ver vocês os dois nos vencerem no Just Dance.
Greg entrou no jogo e ficou discutindo com o Mason até decidirem que iam ficar com Happy de Pharrell Williams.
— Eles são bons — eu comentei para o Matthew que estava vidrado nos movimentos deles.
— Eles são muito bons, Steph — Matthew colocou novamente os óculos no rosto. — Nós não vamos conseguir contra eles.
— Ah, vamos sim. — Eu disse confiante. — Você escuta Taylor Swift?
— Claro que escuto.
— Então confie em mim e espere a nossa vez.
Greg e Mason terminaram de jogar e a pontuação deles era mesmo muito boa. Mas se o Matthew realmente escutava a loirinha, teríamos o jogo no papo.
Nos posicionamos em frente a TV e eu coloquei Shake It Off da Taylor Swift.
— Pronto? — Perguntei para o meu parceiro e ele abanou a cabeça confirmando.
Iniciei o jogo e rapidamente eu estava imersa sobre os passos de dança, mas o Matthew estava um pouco acanhado, então segurei o seu braço direito e comecei a dançar com ele, que aos poucos foi se soltando, e no fim, estava dançando melhor do que eu. Cantamos muito e vi pela primeira vez o Matthew sorrir.
Quando a partida terminou, nós havíamos conseguido superar a pontuação dos nossos adversários.
— Vocês os dois participam de aulas de dança? — Gregory perguntou e eu sorri vitoriosa para ele.
— Segredos, Greg. São segredos.
Dei um high five com o Matthew e nos posicionamos para o último jogo, que era a partida na Nintendo.
Dessa vez quem jogou foi o Mason contra o Matthew porque eu não sabia nada do jogo, mas se eu soubesse, detonaria novamente nessa ultima partida.
No fim, Matthew venceu e nós nos abraçamos e soltamos gritos de festejos.
— Da próxima eu quero jogar com a Stephanie — Mason murmurou e sentou-se no sofá zangado.
— O Matthew que foi o homem da partida — eu disse, dando beijinhos na bochecha do pequeno campeão. — E agora, queremos o nosso premio, não é Matt?
— Sim. O meu estômago está prestes a ganhar vida própria — nós rimos.
Greg e Mason foram a cozinha e eu e o Matthew sentamos novamente no sofá.
— Seja lá quem tu fores no corpo da Steph, muito obrigado por isto — Matthew disse.
— Como assim quem tu fores? — ri nervosa. — Eu sou a Stephanie.
— Você está muito longe de ser a Stephanie. Os outros não notaram, mas eu me importo com pequenos detalhes, como por exemplo: você escutar Olivia Rodrigo e Taylor Swift. A Steph nunca escutaria esse tipo de músicas, e você carrega confiança, algo que ela não tem. Você tem uma amiga de cabelo azul e a Steph só tem uma amiga, a Eliana, que nunca mais apareceu aqui. Você não é a minha irmã.
Eu suspirei fundo e joguei a minha cabeça para trás. Ele era mesmo um génio, meu Deus. E nem tinha mais como eu mentir, era óbvio que eu estava mudando demais a imagem da Steph.
— Está bem. Não sou a Stephanie — eu confessei, mordendo o meu lábio inferior. — Eu sou a Molly Mackenzie, e eu… — Respirei fundo. – Eu estou morta e vim parar no corpo da Steph, pois ela é o meu Cupido e eu tenho que tentar ter um final feliz num... curto período de tempo — algumas lágrimas estavam surgindo nos meus olhos. — Me desculpa, eu não consigo falar muito bem sobre isso, mas não conte a ninguém sobre esse assunto, por favor.
Corri até ao quarto e joguei-me na cama, me permitindo derramar algumas lagrimas. Eu tinha que ser mais discreta possível a partir daquele momento.
Olhei para a porta, precisamente para o calendário e senti uma vontade rasga-lo e desaparecer do mundo de uma vez por todas.
Peguei o celular no criado-mudo ao lado da cama e liguei por Face Time para a Emily, que não tardou a atender.
— Alguém descobriu, Emily. O Matthew sabe que estou morta e que não sou a Stephanie.
— Calma, Molly. Como ele descobriu?
— Bem, ele notou os pequenos detalhes e somou tudo, encontrando uma Molly como a solução da sua equação, não a Steph.
— Hum, mas ele não vai contar a ninguém, não?
— Ele não pode, a Steph vai me aniquilar se souber disso. Ela disse que ninguém além de você deve saber…
— A Steph! – Emily posicionou o celular no seu tripe, ela estava no seu quarto. — Ela poderá saber como resolver isto. Pensemos bem, se ela foi capaz de levar-te do mundo dos mortos, colocar-te no corpo dela e a mesma ficar no espelho do quarto, ela talvez consiga apagar memorias.
— Vou perguntar-lhe. Adeus, Emy.
— Não, eu não consigo apagar memórias de outrem. Eu não expliquei-te, mas depois dos trinta dias, ninguém irá recordar-se de você e tudo que envolvia você. Isso também me inclui. Eu vu desaparecer com todas as memórias que têm de mim
— Isso quer dizer que o Matthew vai ficar sabendo disso tudo até os dias se passarem? — Eu perguntei a Steph que estava calma como o mar pós tempestade.
— O Matthew não é uma ameaça e geralmente ninguém lhe dá ouvidos quando ele tagarela sobre assuntos mirabolantes. A ameaça seria o Mason, ele sim é o perigo.
— Está bem. Ai, eu tenho pouco de medo das pessoas descobrirem que eu estou morta e você é o meu cupido e estranhamente não somos normais.
— Você é normal, Molly. A tua história apenas chegou ao fim de uma forma abrupta. Por isso que nós os cupidos existimos, para fazer vocês acreditarem em inúmeras possibilidades de finais felizes.
Notas do Sérgio:
Olá, tudo bem? Espero que esteja amando a história. E o Matthew e os pequenos detalhes? Haha, sério, ele é muito inteligente, ele ia descobrir logo, né? Se você está gostando, me diga as suas opiniões nos comentários e vote para que eu saiba.
Vemo-nos no próximo capítulo 💗
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