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TÍTULO: Trindade Profana - O Mal Existe

AUTOR: Eu...

LOCAL: Cidade de Dallenwil - Suíça

DATA: Dia um de Dezembro de dois mil e treze, 01/12/2013

HORA: ~13:30PM~... ~14:26PM...~ 15:00PM.

"Voltamos, além da última informação que tivemos sobre 2 pessoas desaparecidas, agora também sabemos que foram encontrados 3 corpos, essas são imagens dos corpos sendo levados na saída do quintal do Colégio, fora isso, continua tudo na mesma, um aglomerado de repórteres e pessoas curiosas afim de saber o que aconteceu, ambulâncias, policiais cercando toda a extensão do Colégio interno Saint Phillipe e o colégio lacrado, ninguém entra e ninguém sai, acreditamos que estejam interrogando os funcionários e internos do recinto..."

O barulho feito pelo controle se chocando contra a TV junto com a tela se quebrando me deram a concentração que eu precisava, qualquer canal que eu colocasse a notícia seria a mesma, "O mistério do Colégio interno Saint Phillipe", um caso que acorreu ontem e apesar de recente, está intrigando a todos, eu diria que nunca descobririam a verdade, mas eu sei a verdade sobre tudo o que aconteceu e agora vocês também saberão o que aconteceu no grande Colégio interno Saint Phillipe, cabe a vocês acreditarem ou não.

Antes de falar sobre o ocorrido no Colégio, eu vou contar uma outra pequena história, uma pequena história que aconteceu a muito tempo atrás, em uma época onde pessoas eram mortas acusadas de bruxaria.

Vocês acreditam em Bruxas? Deveriam...

Algum lugar.

Há muito tempo atrás.

"Hans Konnig, um homem fervoroso perante a Deus e líder de um grupo de perseguição à bruxas, em tal ocasião, ele e seu grupo estavam sendo repudiados pelos habitantes daquela cidade, pois haviam matado uma criança de apenas 8 anos de idade, alegando que a criança era fruto de maldição. Hans, junto de sua esposa, reuniu seu fiel grupo e os convenceram de que não podiam parar, de que todo aquele insulto deveria acabar. Assim como Hans, todos do grupo sabiam da existência de bruxas e feiticeiros mal intencionados e, convictos de que estavam fazendo o bem concordavam com o líder. Eles também sabiam que o reflexo de uma bruxa só podia ser visto por ela mesma, e diziam que quando uma bruxa via seu próprio reflexo era o mesmo que ser condenada por Lúcifer.

Com a convicção da existência de bruxas e sabendo como provar, fizeram um acordo com os habitantes da cidade, sendo assim, Hans e seu grupo pediram para os habitantes do local uma chance para provar que bruxas existiam, caso não conseguissem provar eles mesmos se condenariam à morte.

— E pra provar que não haverá truques, quero que vocês mesmos me tragam um grande espelho. — Disse Hans ao lado de sua mulher, rodeado pela multidão mas confiante.

Assim foi feito, os habitantes entregaram para o grupo o maior espelho que conseguiram, algum tempo depois Hans e seu grupo já estavam prontos, anunciaram o dia e a hora para todos e todos foram. Hans escolheu um local rochoso, com terra batida lapidada por pedras, os moradores da cidade chegavam e viam Hans e todo o seu grupo com túnicas brancas e velas acesas nas mãos, e entre eles, 3 mulheres nuas de ponta cabeça penduradas pelos pés uma ao lado da outra, embaixo delas havia o espelho, coberto por um enorme lençol branco, o suor caminhava pelos corpos desnudos das três mulheres, molhando as cordas que prendiam seus pulsos e formando singelos pingos em seus dedos que pouco a pouco umidificavam aquele lençol branco.

As ditas três bruxas estavam com medo, seus olhos amedrontados e a exaltação em seus corpos denunciavam que elas sabiam que por baixo daquele lençol havia um espelho.

— Que as blasfêmias e insultos sobre nós se acabem, pois hoje, a existência do mal será provada e vocês mesmos poderão acabar com ele! — com o local já cheio, Hans Konnig se pôs a frente de todos e proclamou.

Sem demora, Hans puxou o lençol branco e o espelho posto no chão refletiu o céu quase escuro, o espelho refletia a tudo e a todos, menos as três mulheres penduradas de ponta cabeça, três mulheres que olhavam para o espelho sem mover ao menos um músculo, com os corpos esticados, olhos esbranquiçados e feição de tristeza. Todos ficaram chocados e assustados com aquilo, mas após o primeiro grito de ódio todos acompanharam.

— BRUXAS!!!

Pedras eram lançadas pela multidão, já nas primeiras pedradas os olhos das três mulheres mudam de cor, vão de um branco denso para um cinza vivo misturado com um cinza morto, como se fosse um poço pro inferno, as cordas balançavam a cada investida truculenta seguida de gritos altos e roucos que as mulheres manifestavam. A multidão continuava o ataque de pedras, pedras que rebatiam dos corpos das bruxas e quebravam aos poucos o espelho no chão, as feridas das pedradas derramavam sangue que escorria pelo seus corpos e se misturava com os cacos de espelho espalhados.

E assim foi, as bruxas foram apedrejadas até a morte, as três mulheres morreram com os olhos abertos, os mesmos olhos acinzentados que convidavam à todos para o inferno, olhos que eram refletidos por cada caco de espelho sujo de sangue no chão, como se estivessem observando todos ali..."

Vocês devem estar se perguntando, "mas o que isso tem haver com o mistério do Colégio interno Saint Phillipe?", repostas serão dadas,

Não começarei do começo, pois não tenho muito tempo, mas vou começar de onde vocês possam entender tudo, detalhe por detalhe. um conto que te mostrará a verdade, toda a verdade.

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