Ainda assustada com o pesadelo. Eu me sentei sobre o vaso sanitário. Onde apoiei minha cabeça nas minhas mãos. Meu cabelo ainda estava molhado de suor. De repente as lágrimas brotaram dos meus olhos e então parei de segurar o choro. Chorei como se não pudesse mais. Eu queria gritar para todo mundo ouvir. Ouvir minha dor. A dor que eu sentia, será que ninguém via como eu realmente estava me sentindo? Era tão difícil perceber isso? Mas não fiz nada. Tudo que fiz foi chorar para mim mesma. E guardei novamente a dor para mim.

Levantei-me do vaso e encarei o espelho novamente. Meus olhos estavam vermelhos e ligeiramente inchados.

Quem era essa menina que eu encarava? A fúria estava a tomando por completo e a sua feição era fria. Os olhos selvagens e sem doçura. Seus lábios não esboçava nenhum sorriso. Ódio; sim esboçava ódio! O maxilar tão enrijecido como nunca estivera. Ela sentia vontade de gritar. Mas tudo o que fez foi jogar um frasco de creme contra o seu reflexo. Agora sim ela gritou.