O fim de semana em Aspen passou rápido demais. Logo era segunda-feira e eu e Daniel havíamos de voltar pra casa. No domingo, Daniel me levou pra almoçar em um restaurante. A comida de lá era muito boa. Depois fomos esquiar e terminamos o dia de domingo com um jantar que eu mesma fiz. Eu estava tão feliz, que me sentia dentro de uma bolha flutuante. Agora a gente voltava pra casa. Eu estava de volta a cidade do sol.

Quando chegamos em casa era meio-dia. Daniel parecia mais calmo. Parecia outro homem. Incrível o que um bom fim de semana longe do trabalho podia fazer. Eu estava feito uma boba feliz. Ria sem motivo. Acho que era felicidade. Eu estava sentada na mesa do salão principal. Estava perdida em pensamentos sobre a viagem. Parecia até um sonho.

 – Senhora Colleen, alguém mandou essa carta a senhora. - Lucy apareceu na minha frente, me tirando de meu devaneio.

– Carta? De quem? - eu peguei a carta e abri rapidamente o envelope. No alto da carta pude ver o nome de Liam, sua letra parecia um garrancho. Mas o que Liam afinal queria? Assim que Lucy saiu de minha vista. Eu comecei a ler a carta.

" Colleen, sei que tem estado ocupada com a sua vida de dona de casa. Sei que deve estar muito feliz, pois finalmente conseguiu tudo o que queria, certo? Mas venho com outra pergunta. É isso o que realmente quer?

Me encontre na quarta-feira, no velho galpão. Preciso falar com você, sobre algo que pode ser de seu interesse. "

Quando terminei de ler a carta fiquei sem reação e depois fiquei com dúvidas. O que Liam queria que eu fizesse agora? Qual seria o assunto de meu interesse? Ele não tinha ido embora? Fiquei confusa.

No dia seguinte, eu acordei alarmada. Daniel ainda dormia ao meu lado. Ele parecia em paz em seu sono. Devia estar morto de cansaço. Passou o dia anterior trabalhando e só veio pra cama as 3:00 da manhã. Eu logo me deitei sobre o travesseiro e fiquei olhando pra Daniel. Ele abriu os olhos devagar e deu um leve sorriso.

– Já está acordada, já devia imaginar. - Daniel falou baixo.

– Apenas me despertei. - fiquei mais próxima de seu rosto.

– Deve estar se perguntando por que não estou no hospital. - Daniel falou e eu fiz um sim com a cabeça.

– Só vou voltar amanhã. Amanhã minha vida volta ao normal. Pelo menos terminei todas as planilhas. - Daniel sorriu.

– Pensei que fosse dormir no escritório. - eu disse brincando.

– Quase iria. Já estava quase dormindo em cima do notebook. Era muita planilha. Ainda bem que acabei.

– Agora que acabou, queria curtir um pouco mais você. - eu disse enquanto Daniel pousava sua mão sobre o meu rosto.

 – Bem, estou predisposto nesse momento. - ele disse me puxando sobre ele. Onde eu comecei a beijá-lo. Daniel me puxou mais para ele. Onde me apertou forte. Depois me rolou pela cama e ficou sobre mim. Segurou fortemente meus pulsos. Depois ficamos nos encarando por um certo tempo. Tudo o que podia ouvir era o som de nossas respirações ficando forte. Ele logo me beijou. Um beijo nada gentil. Parecia que estávamos pegando fogo. Nós eramos uma ardente paixão. Era isso o que eramos.

Eu mal conseguia me concentrar no café da manhã. Daniel ficava olhando pra mim, como se eu fosse o rato a ser devorado. Seus olhos pareciam estar cheio de luxuria. Aquilo de certo modo mexia comigo. Quando saí da cozinha. Daniel me agarrou pelas costas e me encostou pela parede. No lado escuro da sala.

 – Daniel pare com isso. - eu falei ainda com choque na voz.

– Você disse que queria curtir o dia comigo. - Daniel roçou seus lábios sobre minha mandíbula.

– Você está pior do que estava em Aspen. Essa viagem mexeu mesmo com você. - eu ainda o encarava.

– A viagem não mexeu comigo. Você mexeu comigo. - Daniel então começou a me beijar de novo e eu não resisti mais aos seus beijos.