Capítulo 50


Naquela tarde, Daniel me levou para esquiar. Não devia ser mais difícil do que caçar bandidos. E depois dos treinos, eu fiquei muito mais aberta aos esportes. Só não sei como iria me sair na neve. O lugar estava meio lotado. Tinham casais e famílias com crianças. E o tempo estava frio, muito frio. Mesmo estando igual a um pinguim eu ainda sentia um pouco de frio.

– Preparada Colleen? - perguntou Daniel arrumando o meu capacete.

– Só estou um pouco com frio. Mas estou empolgada com a ideia de esquiar. - falei um pouco animada demais. Daniel deu meio sorriso. Pelo seu olhar pude perceber que ele não estava acreditando que eu esquiaria. Ele colocou as cotoveleiras e as joelheiras. Ele não queria que eu me machucasse.

– Agora coloque o pé na prancha. Se equilibre. - ele disse enquanto arrumava meu pé sobre a prancha. E depois fez a mesma coisa com o outro pé. - Tudo bem, consegue ficar em pé? - ele falou e eu assenti.

 – Ótimo. Tome os bastões para você se equilibrar. - Daniel me passou os bastões e eu os peguei e os afundei na neve.

– Acho que não é tão difícil. - eu falei.

– Não é Colleen, vai devagar. Eu vou ficar aqui do seu lado para te dar apoio. - Daniel sorriu e pegou minha mão. Eu fui andando com dificuldade com o bastão.

– Eu vou sozinha agora. Eu consigo fazer isso. - eu soltei sua mão e peguei o outro bastão.

Com muito cuidado joguei meu corpo para frente, para fazer a prancha andar. E então comecei a andar sobre a neve. Fui bem devagar para não cair. Não queria rolar montanha abaixo e talvez quebrar uma perna.

– Vamos apostar uma corrida. - Daniel pousou com cuidado ao meu lado. Ele também estava com uma prancha de esqui.

– você anda? - eu disse surpresa.

– Desde dos meus 11 anos, eu arraso nessas coisinhas. Não querendo me gabar, mas eu sou bom. - ele deu um grande sorriso, mostrando todos os dentes.

– Isso é trapacear. Eu não posso apostar uma corrida, eu mal comecei a andar. - eu fiz careta indignada.

 – Até depois então. - Daniel deu uma piscada para mim e voltou a se concentrar em seu esporte. Ele se posicionou e saiu em rápida velocidade com a prancha. E não é que ele era bom. Fiquei de boca aberta quando ele contornou as árvores sem desequilibrar. Nunca pude imaginar que Daniel fazia esses tipo de esporte. Depois que eu não consegui mais vê-lo, voltei a concentrar em mim. Joguei meu corpo pra frente mais uma vez e a prancha ganhou velocidade. Estava ficando rápido demais. Consegui encontrar o controle em cima da prancha. Eu gritei de emoção. Eu havia conseguido. Então quando pensei que já estava boa. Eu me desequilibrei e cai sobre a neve. Droga! Como eu levantaria agora?

– Colleen! - eu ouvi a voz de Daniel. Onde ele estava? Eu olhei por todos os lados, mas não o vi.

– Onde você está? - eu gritei

– Aqui em baixo. - Daniel respondeu de volta.

– Você caiu também? - eu tentei me levantar mas cai de novo.

– Não, eu já estou subindo. Eu vi você cair. - ele agora parecia estar perto. Quando vi a touca preta. Vi que era ele.

– Como você me viu caindo? Onde você estava? - eudisse, enquanto Daniel vinha me socorrer. Ele tirou os óculos de proteção deseu rosto, que por sinal estava rosa por causa do frio. O sol dava o ar de suagraça e eu fiquei agradecida.

 – Eu já estava voltando. E quando eu estava ali naquelas árvores eu vi você cair e resolvi acelerar. - ele sorriu. A cor de seus olhos pareciam mais frias e ao mesmo tempo quente.

– Desde quando se tornou o Flash? - eu disse brincando. As árvores estavam um pouco longe de onde eu estava. Então Daniel andou rápido o bastante.

– Nas horas vagas, eu viro super herói e venho resgatar a garota dos meus sonhos. - Daniel me puxou com um braço só e logo eu estava em pé de novo.

– Eu tentei levantar, mas eu caí de novo. Essas botas não ajudam muito. - eu fiz careta.

– Eu sei, é difícil no começo, mas você se acostuma. Quer andar mais um pouco. - Daniel perguntou.

– Não, por hoje chega de esquiar.

– Quer ir andando sentada na prancha? Eu vou com você.

– Não, não quero não. Está muito frio. - eu disse sorrindo.

– Quer ir embora? 

– Se você quiser. - eu dei de ombros.

– Só vou dar mais uma voltinha e então nós vamos. - ele beijou a ponta do meu nariz e me levou até um lugar seguro. Daniel me deixou sozinha em um banco e depois saiu rasgando pela neve.


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