Capítulo 39
O tráfego estava horrível, mas, mesmo assim, Raphael deu seu jeito e assim chegamos rapidamente ao City Hall. Saímos do carro correndo e fomos em direção ao prédio. Das escadas já dava pra ver o esquadrão formado pelo capangas de Evan. Quando chegamos na porta fomos encurralado.
– Só a garota entra. - disse um homem forte e robusto.
– Vá, Colleen. Eu darei um jeito para entrar. - Raphael falou em um tom frio. E eu somente assenti para Raphael. Já que não havia mais nada a fazer.
Entrei pro hall de entrada do prédio acompanhada por mais dois homens que tinha suas armas apontadas para mim. Me senti inútil, pois não havia nada que eu pudesse fazer e se fizesse não tinha certeza se sobreviveria. Subi mais um palmo de escadas e andei pelo vasto corredor. Tive uma vaga lembrança do que passei por aqui dois anos atrás. Onde estava fraca e indefesa, mas, mesmo assim, lutei para salvar aquele que eu amava. Quase morri, mas sobrevivi por um milagre. Aqui era o começo do fim ou vice-versa.
Apertei o botão do elevador e esperei ele abrir, onde entrei pra dentro dele com os dois homens. Era estranho ter duas armas apontadas na sua cabeça e não sentir medo. A porta se abriu de novo e fui empurrada pra fora, onde fiquei possessa de raiva. Era o mesmo salão com o desenho pelo chão. Era como viver o passado de novo, só que dessa vez ele estava moldado, as figuras eram diferentes. Ouvi um salva de palmas. E então Evan apareceu, com um sorriso de diversão no rosto.
– A minha ilustre convidada chegou, agora podem se retirar. - ele disse aos capangas, que fez o que ele pediu. Me mantive parada em silêncio e Evan voltou a falar. – Se lembra desse lugar, não é Colleen? Ainda tem doces lembranças?- ele andava de lá para cá.
– Impossível esquecer Evan.- me senti enojada.
– Eu gosto desse lugar. Tem um toque refinado. - ele fazia expressões com as mãos.
– Diga o que quer Evan! Eu não vim aqui para ficar escutando histórias do passado. - disse em um modo seco.
– Ah, você já sabe o que eu quero. - Evan fez careta e continuou. - E já tenho isso em minhas mãos.
– O que tanto quer com Greg? E por que vive fazendo esse jogo ridículo. Você sabe que eu já não aguento mais seus truques.
– Eu não estou fazendo nenhum truque. Estou tendo minha vingança. - Evan deu de ombros.
– Sobre algo ridículo. Por causa de uma dívida estúpida, fez parecer algo pequeno, se tornar algo grande e estúpido.
– Se fiz tudo isso, foi com motivos. E Greg não foi legal comigo.
– Seu mentiroso! Acha que eu não sei dos seus planos? Acha que eu não sei do golpe que deu em seu pai! Você tem ideia de como ficaram Kate e o Sr. Cole, tem ideia das necessidade que eles passaram? - eu gritei com ele.
– Esta sabendo de bastante coisa, Colleen. - Evan caminhou em minha direção e voltou a falar bem perto do meu rosto. - Pra quem não passava de uma sonsa. - Evan deu um leve riso e me contive para não bater nele.
– Eu sei o que você quer! Agora falta somente eliminar os inimigos. - falei com mandibular enrijecido e Evan começou a bater palmas de novo.
– Muito bem! Meus parabéns, estou admirado. Descobriu sozinha ou precisou de ajuda? – Evan continuava a zombar.
– Só liguei os fatos. - dei de ombros. - Esse foi o seu plano desde o início, não foi? Era por isso que saia toda hora, era pra cuidar de seus negócios. Eu não entendo. – balançei a cabeça e voltei a falar. - Atraiu eu e Kate para uma oferta de trabalho que nunca existiu! Foi só para dar a cartada final no seu plano. Deixou Kate de fora dos negócios, por que ela era sua irmã. Mas eu fui a vítima fatal da história. Onde você comandou desde o início esse absurdo! Matou três pessoas e tentou me culpar! E depois agiu como um super herói, me tirando da cadeia e colocando o Ryan no meu lugar. - falei com raiva.
– Sr. Ryan não era o seu pai? Foi ele que te criou não foi? - Evan ainda parecia estar se divertindo.
– Pensei que fosse, se não fosse você. Viveria com a culpa de ter sido criada por um ser humano nojento.
– Só tinha que agir conforme o plano. Depois que descobri que você era realmente a filha perdida de Greg, não perdi meu tempo e fiz contato com você. Uma coincidência absurda. - Evan ficou pasmo.
– Seu filho da mãe! Como eu pude acreditar em você, durante todo aquele tempo! Me arrependo de cada minuto que passei com você. - as lágrimas de raiva brotaram em meus olhos.
– Foi fácil seduzir você. Você estava tão assustada com o tipo de trabalho que iria ter de fazer, que eu não vi opções a não ser tentar convencer de ficar. Você se apaixonou rápido demais e se entregou como não houvesse amanhã. Que tolinha. - Evan fez biquinho.
– Seu desgraçado! Eu te odeio! Arrependo de cada minuto que aceitei sua proposta de vir pra cá. Você não tem vergonha! Você abusou de mim! – gritei com raiva.
– Não, eu gostava mesmo de você Colleen. Meu amor por você era verdadeiro. Mas depois que você começou a ficar com o médico, peguei raiva de você e tudo isso levou a eu cometer toda aquela loucura.
– Você é um doente mesmo. - balancei a cabeça com horror. - Você quase me matou! Tem ideia de como fiquei, depois que saí do coma?
– Posso ver claramente como eu a afetei.
– Você só fala isso? Como me afetou! Você destruiu minha vida! Graças a você, eu nem sei mais quem sou. - eu gritei.
– Pelo menos não é mais tolinha. Qualquer um pode ver que você mudou. Sinto muito Colleen. Mas não me importo com nada do que aconteceu com você. Na verdade, você mereceu o que teve! - Evan me encarou com o olhar frio e assobiou e então os dois homens voltaram a aparecer. E agora o que eu faria?
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