↪ 52.

52. esperança.

Fred Weasley era um número cinco, número oito e definitivamente vários números dez. Pelo menos eram esses os números da tabela de xingamentos numéricos que Diana conseguiu se lembrar naquele momento.

Ela nem tinha palavras para definir o que estava sentindo, eram tantos sentimentos e tinha certeza que bateria em Fred quando o encontrasse.

Diana entendia que Fred estava preocupado com ela e com o bebê, o bebê deveria ser prioridade, mas ela não podia deixá-lo morrer, não iria aceitar aquilo. Tinha esperança e manteria essa esperança até o último segundo.

- Isso é um tédio. - Reclamou Ginny. - Não entendo por que prenderam a gente aqui, sabemos nos cuidar e iriamos muito se estivéssemos do lado de fora.

- Eu nem sabia que essa sala existia. - Disse Diana que tentava lançar feitiços na porta. - Hogwarts e suas infinitas surpresas, eu já cansei disso.

- Remus me falou sobre esse lugar uma vez. - Tonks disse. - Parece que a Freya e o Sirius ficaram presos aqui uma vez.

- Alohomora! - Exclamou Diana mas o feitiço não teve efeito nenhum sobre a porta. Ela suspirou se sentando no chão. - E como eles saíram daqui?

- Tiveram que esperar alguém abrir a porta. - Respondeu e a expressão de Diana deixava clara sua insatisfação.

- Não podemos esperar alguém abrir essa porta, nós não temos tempo! - Ela exclamou, sentia que iria surtar a qualquer momento.

- Nenhum tipo de magia funciona nessa porta. - Tonks suspirou. - Estamos aqui presas e eu estou tão preocupada com o Remus.

- Onde o Teddy está? - Ginny perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Está com a minha mãe. - Ela disse. - Espero voltar a tempo de colocar ele para dormir.

- Você é uma ótima mãe. - Diana disse encostando a cabeça na parede. - Com certeza melhor do que eu.

Todos os olhares da sala se direcionaram para Diana. Por alguns segundos todos ficaram sem saber o que dizer até Tonks dar um grito animado.

- AI MEU MERLIN! - Nymphadora gritou. - Você está grávida?

- Eu até gritaria um palavrão mas eu não vou fazer isso na frente do meu sobrinho. - Disse Ginny e sorriu. - Eu vou ter um sobrinho, um sobrinho!

- Vocês reproduzem rápido demais. - Resmungou Augusta Longbottom que estava em silêncio a tanto tempo que as outras nem lembravam que ela estava ali.

- A Diana grávida, caramba, eles crescem tão rápido. - Disse Tonks. - Isso é incrível, o Teddy vai ter alguém para brincar! Eles podem ser melhores amigos, isso é tão legal.

- Eu vou ser a tia mais legal do mundo. - Disse Ginny.

- E você veio para cá grávida? - Augusta perguntou.

- Não me olhem assim, eu também estou me julgando internamente. - Ela disse. - Mas tenho assuntos para resolver.

- Tipo chutar a bunda de Comensais. - Tonks disse e Diana sorriu.

- Tipo chutar a bunda de Comensais. - Ela repetiu.

- Pena que estamos presas aqui enquanto tudo acontecesse. - Resmungou Ginny. - É uma droga magia não funcionar aqui.

- Tem que ter um jeito de sair daqui. - Disse Diana se levantando.

Ela se levantou e olhou ao redor, a sala era pequena e não havia nenhum móvel nela, Diana não conseguia encontrar uma utilidade para aquele lugar. A Weasley suspirou frustada e olhou para cima, a cor no teto estava descansando e o mofo era predominante, não havia nada demais.. Até que ela notou algo.

- Acho que achei alguma coisa, tem uma porta de alçapão no teto, ali no canto esquerdo. - Ela disse apontando para cima.

- Acha que ela está enfeitiçada também? - Tonks perguntou se levantando.

- Enferrujada, emperrada, velha e possivelmente estragada? Sim, com certeza. - Ela disse. - Mas enfeitiçada eu não sei.

- Está muito alto. - Ginny disse. - Nenhuma de nós alcança e nenhum dos gêmeos está aqui para ajudar.

Diana olhou para Ginny, depois para cima e então sorriu de canto.

- Se você estiver nos meus ombros, acho que alcança. - Ela disse.

- Nos seus ombros? - A ruiva perguntou. - Isso vai dar merda.

- Olha a boca! - Exclamou Tonks. - Já está dando merda, não custa tentar.

- Viu, a Tonks também concorda. - Disse Diana.

- Mas ela vai subir nos meus ombros. - Disse a garota. - Você está grávida, sua louca.

- Grávida, não morta. - Resmungou Diana.

- , , eu vou. - Ginny disse. - Vamos lá Tonks.

Diana observou Ginny subir nos ombros de Tonks que se levantou e com isso a ruiva conseguiu alcançar a porta do alçapão.

- Tonks eu vou ficar de pé, então se doer, desculpa. - A ruiva disse.

Ginny puxou a porta mas nada aconteceu, estava muito emperrada. Ela puxou novamente e a porta balançou mas não abriu.

- Está muito enferrujada, se eu puxar ela vai acabar caindo. - A ruiva disse. - Cuidado com a cabeça.

Ela puxou com toda a força e a porta se abriu, apesar de sua maçaneta ter caído, Diana teve que desviar dela.

Com a porta aberta, Ginny se levantou com muito cuidado, por conta do Quadribol ela tinha bastante equilíbrio, Tonks tremia por conta do peso nos ombros e suspirou aliviada quando a ruiva conseguiu passar pelo buraco da porta.

- Está muito escuro aqui em cima. - Disse ela observando ao redor. - Não sei onde isso vai dar mas já é um começo.

- Ok, me puxa agora. - Tonks disse esticando as mãos.

- Tomara que isso de certo. - Resmungou ela.

Ginny se inclinou e segurou as mãos de Tonks que estavam levantadas, Diana precisou ajudar Nymphadora enquanto Ginny a puxava para cima.

- Consegui! - Exclamou Tonks quando já estava lá encima. - Sua vez Diana.

Diana respirou fundo e olhou ao redor, vendo Augusta que as observava parecendo entediada.

- Nós voltamos abrir a porta para você. - A Weasley disse.

- Não se preocupe, não estou preocupada com a Guerra, meu neto está arrasando. - Disse a Longbottom, milagrosamente fazendo um elogio ao neto.

Diana sorriu e precisou dar pulinhos para alcançar as mãos de Ginny e Tonks, levou algum tempo mas as duas conseguiram a puxar para cima.

Quando todas já estavam ali, Diana olhou ao redor e viu que Ginny tinha razão, o lugar era realmente muito escuro.

- Vamos continuar seguindo o túnel. - Disse a ruiva engatinhando na frente.

- É, acho que não temos muitas opções. - Disse Tonks.

O túnel era estreito e pequeno, não tinha como elas se levantarem então engatinharam pelo caminho. Pareceu durar uma eternidade e os joelhos de Diana já doíam quando Ginny parou de engatinhar.

- Acho que é uma porta. - A ruiva disse enquanto empurrava o que parecia uma pequena porta em sua frente.

Diana e Tonks se juntaram para ajudá-la e então a "porta" se abriu, era reconfortante finalmente ver luz. Elas gatinharam para dentro da porta e quando saíram de lá puderam se levantar.

- Que lugar é esse? - Perguntou Tonks.

Agora estavam em uma sala. A sala era bagunçada e haviam papéis rasgados, Tonks e Ginny não reconheceram o lugar mas Diana sim. Ela conhecia aquela sala bem, bem até demais e estava exatamente igual a última vez que ela estivera ali depois que Draco, Crabbe e Goyle destruíram o lugar.

- A Sala Secreta. - Diana disse e sorriu. - Uau, parece que faz uma eternidade desde a última vez que eu estive aqui.

- Você sabe como sair desse lugar? - Ginny perguntou.

- Eu sei. - Ela disse. - Me sigam.

Diana iria sair na frente mas Tonks a puxou pelo braço, a fazendo parar.

- Ei. - Tonks disse e sorriu. - Eu só queria te parabenizar pelo bebê, você vai ser uma ótima mãe, Diana.

- Obrigada, vindo de você significa muito. - Ela disse.

Tonks era uma das pessoas que Diana amava e se importava, haviam se tornado próximas com o passar dos anos e esperava que elas continuassem assim por toda vida. Diana só desejava o melhor para Nymphadora.

- Olha eu sei que provavelmente a madrinha desse bebê é a Angelina e o padrinho do Teddy é o Harry. - Tonks disse. - Mas eu prometo que se você me deixar ser madrinha do seu próximo filho, eu te deixo ser do meu.

Tonks estendeu o dedo mindinho, um ato tão simples mas que significava tanta coisa. Diana estendeu seu dedo mindinho também, entrelaçando com o dela.

- Eu prometo. - Ela sorriu.

- Você já sabe se é menino ou menina? - Perguntou Ginny. - Tomara que seja menina, ninguém comemora quando o filho nasce menino.

- Tem tantos nomes lindos para menina e não absurdos igual minha mãe deu para mim. - Tonks fez uma careta. - Pode ser Emily, Grace, Sara, Rachel

- Se for uma menina eu já tenho um nome em mente. - Disse Diana e sorriu de canto.

Diana saiu na frente e bateu na parede. Era nostálgico se lembrar dos gêmeos a ensinando como entrar ali, a maneira certa de bater no quadro. Se lembrava de todos os dias e noites que havia passado ali e como aquilo havia se tornado a Geminialidades Weasley. Era feliz por ter sido parte dessa longa jornada.

- Eu até ficaria e conversaria mas temos que chutar alguns Comensais. - Disse Ginny.

Tonks deu um abraço rápido nas duas e então elas se separaram, Diana concluiu que formavam um bom trio.

Ela respirou fundo, precisava impedir que a parede explodisse torcia que aquilo ainda não tivesse acontecido. Diana retirou sua varinha do bolso e começou a correr até que escutou um grito chamando seu nome.

- Diana! - Berrou Nate.

- Nate? O que você está fazendo aqui? - Ela perguntou se aproximando do irmão mais novo.

Nate sorriu e a abraçou, ela concluiu que ele estava ficando cada vez mais alto, "por favor não cresça tão rápido" era tudo que a Weasley conseguia pensar.

Atrás de Nathan, havia uma fila de crianças, alguns pareciam mais firmes, outros visivelmente assustados mas nada se comparava aos que choravam.

- Os Carrow nos deixaram presos em uma sala, não conseguimos fugir, eles disseram que voltariam depois eliminar os nascidos trouxas, mestiços e traidores de sangue. - Nate disse. - Eu não podia deixar isso acontecer, então eu achei um jeito de fugir da sala, eu queria ficar e lutar mas a mamãe me mataria, precisamos fugir daqui. Eu conheço uma saída pela cozinha, uns elfos maneiros me mostraram quando eu fui pedir comida a noite, temos que ir para lá, você pode ajudar?

Seu coração pulou, tinha que executar seu plano, não podia se atrasar mas também não podia deixar Nate e todas aquelas crianças na mão. Ela respirou fundo, tinha que fazer a coisa certa.

- Essas são todas as crianças? Não ficou ninguém para trás? - Ela perguntou.

- Tem um outro grupo mas eles estão no segundo andar. - Nate disse.

- Nate eu conheço um lugar, você e os outros vão ficar escondidos lá enquanto eu busco as outras crianças, ok? - Ela perguntou.

- Ok. - Ele disse e a abraçou de novo. - Por favor, não morra.

- Eu sou imune a morte, Nate. - Ela disse em uma tentativa de tranquilizá-lo e sorriu. - Você foi muito corajoso.

- Eu sei mas fiquei morrendo de medo o tempo todo. - Ele disse. - Queria não ter medo igual você.

- Nathaniel Benjamin Johnson, eu estou com medo, o tempo todo. - Ela disse. - E ter coragem é agir mesmo com medo, enfrenta-lo e você tem muito mais coragem que eu, é uma das pessoas mais corajosas que eu conheço.

Ele a abraçou mais forte e naquele momento ela teve tanto medo de deixá-lo e de algo acontecer.

- Eu te amo. - O mais novo disse.

Diana levou o grupo de crianças até a Sala Secreta, ela ensinou Nate como entrar e sair dali, nesse meio tempo teve que lançar feitiços em Comensais que se aproximavam mas teve ajuda de outros bruxos.

- Vamos, você consegue. - Ela disse para si mesma e olhou para própria barriga. - Bebê, depois disso nós dois vamos tirar férias para sempre. Estupefaça!

O feitiço atingiu em cheio o Comensal que estava na sua frente. Ela correu pelo corredor gritando feitiços e desviando dos que lançavam nela. Evitava olhar para os lados, havia tanta dor, pessoas que ela conhecia mortos pelo chão, a Guerra era e sempre seria, um dos maiores males que podia atingir a humanidade.

Desceu as escadas e no meio do caminho viu Angelina lançar um feitiço em um Comensal, continuou seu caminho, não podia parar apesar de suas pernas doerem.

Já tinha lançado praticamente todos os feitiços que conhecia até chegar no segundo andar. Quando finalmente chegou até a sala em que as outras crianças estavam presas, se lembrou da profecia, ela soava alto e claro em sua mente "A profecia diz que um filho de dois Comensais mudaria de lado. Essa pessoa estaria destinada a fazer grandes mudanças, salvar várias pessoas na Guerra mas perder aquele que ela mais quer salvar."

Seu coração pareceu sair pela boca.

Assim que todas as crianças estavam seguras na Sala Secreta, Diana finalmente pode respirar mas seu alivio não durou muito, ainda precisava salvar Fred.

Correu pelas escadas, precisava chegar ao quinto andar, precisava salvá-lo, aquilo era a única conseguia que ela conseguia pensar no momento, ah, chutar Comensais e acabar com Voldemort também estavam na lista de coisas.

Diana sentiu um enorme alivio ao ver Percy quando ela passou pelo quarto andar, ele estava sozinho, sem Fred, o que significava que ela ainda tinha tempo e tempo era tudo que ela precisava.

Parou de correr quando esbarrou em alguém, assim que se afastou da pessoa, já ergueu sua varinha, pronta para atacar, quando ela percebeu quem era.

- Eadlyn? - Ela perguntou surpresa.

Era como ver um fantasma, ali estava Eadlyn Avery, sua antiga melhor amiga, não estava desnutrida como da última vez que Diana a vira e também não haviam mais olheiras fundas debaixo de seus olhos. Os cabelos de Eadlyn estavam em um tom castanho escuro, provavelmente tingira quando estava no mundo trouxa.

- Diana. - Ela começou e teria falado mais se a Weasley não tivesse falado por cima.

- Estupefaça! - Diana berrou quando um Comensal apareceu no topo da escada. - O que você está fazendo aqui? O Ashton arriscou a vida dele para você fugir, por que diabos você está aqui de novo? Que merda Eadlyn!

- Protego! - Pronunciou Eadlyn. - Ele nem sabe que eu estou aqui mas eu não podia me esconder, eu tinha que participar disso e eu estou lutando do lado de vocês.

- E o seu irmão? - Ela perguntou após acertar um feitiço certeiro em uma Comensal.

- Está com uma babá trouxa. - Ela disse. - Estupefaça!

Diana sentiu seu sangue ferver, se continuasse ali discutiria com Eadlyn. Ela saiu na frente, continuando a subir as escadas mas a Avery foi atrás.

- Me desculpa. - Eadlyn disse.

- Pelo que exatamente? - Ela perguntou e sorriu ironicamente. - Tenho uma longa lista. Impedimenta!

- Por tudo. - A Avery disse. - Principalmente pelo que eu fiz no casamento, eu não sabia que iriam tentar te matar, só que queriam te sequestrar.

- Queriam me sequestrar para fazer carinho é claro. - Resmungou Diana.

- Eu não queria ferir ninguém, eu não queria que ela morresse. - Eadlyn disse e Diana sabia a quem ela estava se referindo, Anna. - Eu sei que ela era uma pessoa muito melhor que eu e sei que sou uma idiota na maior parte do tempo mas me deixe ajudar, está tentando salvar ele, não está? Vejo pelo jeito que está correndo.

- Foi você que disse que eu não conseguiria salvá-lo. - Disse Diana.

- Eu estava errada, legal? Eu fiz tanta coisa errada, Diana, eu sei disso mas por favor me deixe fazer uma coisa certa. - Eadlyn disse.

Diana suspirou, queria gritar com Eadlyn mas precisava de ajuda e apesar de não confiar mais na Avery, resolveu arriscar.

- Me segue. - Ela disse. - Temos que manter esse lado do castelo inteiro, impedir uma explosão.

Eadlyn assentiu com a cabeça e as duas saíram, lançando feitiços e assim que entraram no corredor, Diana deu de cara com outro rosto conhecido, era quase um reencontro da Sonserina.

- Diana! - Exclamou Ashton e então olhou surpreso para a Avery. - Eadlyn? O que você está fazendo aqui? Você devia estar em casa!

- Deixem essa discussão para depois, eu preciso de ajuda. - Diana disse e explicou rapidamente o plano para Ashton.

Os três se entreolharam, fariam de tudo para manter aquele lado do castelo inteiro, essa era a missão do trio da Sonserina.

Diana se sentia de volta aos seus anos como estudante de Hogwarts enquanto caminhava pelo corredor junto com Ashton e Eadlyn. Se lembrava de Ashton a dizendo que a amava mas que durante a Guerra eles estariam de lados diferentes, era irônico pensar que os três estavam do mesmo lado e não era o lado de Voldemort.

A Weasley respirou fundo, sabia o que tinha que fazer, manter aquele corredor seguro, impedir que explodissem aquela parede, pois ela sabia que em algum momento, no outro corredor que ficava do outro lado daquela parede, estaria Fred, o seu Fred.

- Esse é o corredor dos Comensais ou o que? - Perguntou Ashton assim que entraram no corredor.

Ele tinha razão, haviam muitas pessoas no corredor, a maior parte delas eram Comensais da Morte, o número de pessoas contra Você-Sabe-Quem caídas naquele corredor era assustador.

Encostada em um canto do chão estava Lacey Howard, uma ex amiga de Diana, também da Sonserina e que passou a odiá-la quando a Weasley se tornou uma "traidora de sangue". Lacey gritava e havia um enorme corte em uma de suas pernas, como curandeira Diana notava que parte da perna dela teria que ser amputada.

- É, agora ou nunca. - Disse Eadlyn soltando sua mão da mão de Ashton.

Os Comensais avançaram em direção dos três, Diana teve que se concentrar para conseguir lançar feitiços neles e desviar dos feitiços que lançavam nela.

- Estupefaça! - Exclamou Diana mas o Comensal em sua frente desviou.

Diana se lembrava daquele homem, Lowner, era um antigo amigo de Garrett Fawley, já estivera em algumas reuniões da família e além de ser musculoso, tinha o dobro da altura de Diana mas ela não deixaria que ele a intimidasse.

- Crucio! - Lowner lançou o feitiço que por pouco quase acertou Diana.

- Petrifico Totalus. - Ela lançou o feitiço que dessa vez o acertou.

Um Comensal detido mas ainda haviam vários, Diana se concentrou em duelar com outros dois Comensais, Ashton e Eadlyn faziam o mesmo com os outros. Os seguidores de Voldemort pareciam surpresos por Ashton ser um espião, Diana ficava aliviada por seu amigo ter conseguido manter o papel sem ser descoberto.

Fenrir Greyback duelava com Eadlyn e parecia pronto para atacá-la a qualquer momento. A jovem tentava não demonstrar medo mas era quase impossível diante da voz dele que mais parecia com um rugido e das unhas enormes e amareladas.

- Avery, achamos que estivesse morta. - Ele disse. - Você vai pagar, seja hoje ou seja em algum outro dia mas você vai pagar e o seu irmãozinho também.

- Eu duvido muito. - Ela retrucou em um tom petulante.

Ashton se dividia para duelar contra os Comensais, ele se esforçava para apenas estuporar os homens, não queria matá-los, não queria matar ninguém. Diana sabia que aquele era e sempre seria o ponto fraco de Ashton, a morte sempre pareceu assustadora demais para o Dashwood.

- Impedimenta! - Trenton, um dos Comensais, exclamou e o feitiço atingiu Diana que lutava contra outro homem.

O corpo da Weasley foi arremessado para trás, suas costas colidindo com a parede. Ela sentiu uma enorme dor e desejou profundamente que isso não tivesse feito nenhum mal ao seu filho.

Ela olhou ao redor, procurando por sua varinha, estava caída do outro lado da sala, Diana tentou se levantar mas Trenton estava parado em sua frente, apontando a varinha para ela.

- Será um prazer te matar Fawley. - Ele disse e exibiu um sorriso. - Ava

- Avada Kedavra! - Alguém pronunciou o feitiço mais rápido e o homem foi atingido.

O corpo do Comensal caiu, bem na frente de Diana. Ela suspirou aliviada, por um momento achou que era seu fim.

Ashton se aproximou de Diana estendendo a mão e ajudando ela a se levantar. Quando a Weasley olhou para o amigo ele estava pálido e sua mão tremia, o choque por ter matado alguém era visível. Ela sabia que aquilo não era fácil, nem um pouco fácil para ele mas o Dashwood não hesitara para salvá-la.

Para Diana era surreal que eles estivessem conseguindo, seu coração parecia prestes a sair pela boca, tinha mais esperanças do que nunca.

Tudo parecia estar dando certo até que Diana ouviu aquele grito. Eadlyn estava encostada na parede - a parede que na visão explodiria e mataria Fred do outro lado - enquanto Dolohov de longe apontava a varinha para ela. Quando ele pronunciou o feitiço Diana soube que era aquele momento que ela estava esperando para impedir.

- Bombarda Maxima! - O homem lançou o feitiço.

Os raios brancos que saiam de sua varinha estavam indo em direção a parede, ela explodiria. Um Comensal apontava a varinha para Diana, ela teria que desviar do feitiço dele e impedir o feitiço de Dolohov ao mesmo tempo.

- Finite Incantatem! - Pronunciou Diana, lançando o contrafeitiço.

Ao mesmo tempo que a Weasley lançou seu feitiço, foi atingida por outro, ela nem conseguiu escutar mas foi jogada longe. Sentia o gosto de sangue em sua boca e quando passou a mão pela testa notou que ela também sangrava.

Precisou se apoiar na parede para conseguir se levantar, suas pernas doiam. Ela respirou fundo, havia feito tanta coisa e desviado de tantas Maldições Imperdoaveis naquele dia, não seria aquilo que a derrubaria.

Quando ela olhou para frente, suspirou aliviada ao ver que seu contrafeitiço tinha funcionado, a parede estava intacta e Eadlyn conseguira derrubar Dolohov com um feitiço. Ashton estava terminando de lutar com o Comensal que derrubara a Weasley.

- Deu certo! - Exclamou Eadlyn parecendo surpresa. - Caralho, deu certo!

- O Greyback sumiu mas lidamos bem com os outros que estavam aqui. - Ashton disse. - Com certeza logo vão aparecer mais, Diana você deveria ir conferir como o Fred está, eu e a Eadlyn damos conta disso, depois volte nos avisar se conseguiu evitar a visão, ai podemos sair daqui.

- Deixa com a gente. - Eadlyn disse.

A Avery sorriu mas Diana não sorriu de volta ou fez qualquer gesto simpático. Sabia que deveria tentar perdoa-la, mesmo que perdoar não fosse seu forte, ela sabia que o perdão te liberta.

- Quem sabe um dia possamos ser amigas de novo. - Eadlyn disse limpando o sangue do próprio rosto.

Diana suspirou, era uma possibilidade, não agora mas quem sabe um dia. No fundo torcia para que Eadlyn melhorasse, todos podiam mudar, ela mesma mudou.

- Quem sabe um dia. - Ela disse.

Diana abraçou Ashton antes de sair, ele correspondeu o abraço, surpreso pelo ato repentino e ainda vindo da Weasley.

- Ainda odeia abraços? - Ele perguntou.

- Sim mas em algumas situações eles precisam acontecer. - Ela disse se afastando. - Se cuida Dashwood.

- Eu digo o mesmo para você, Fawley, Johnson, oh, agora é Weasley. - Ele disse.

Ela sorriu, estava pronta para sair correndo quando olhou mais uma vez para Lacey, ela ainda agonizava e Diana estava surpresa por ela não ter sido atingida durante os duelos.

- Howard. - Ela disse se aproximando da mesma.

- Fawley. - Ela disse e tossiu. - O que você quer traidora de sangue?

- O seu cinto. - Diana disse. - Não questiona, só me dá logo.

Lacey a olhou incerta e passou alguns segundos a encarando, parecendo em dúvida sobre o que fazer.

- Lacey eu vou me levantar e sair, deixar você ai, você tem 5 segundos e olha só.. O tempo está passando. - Ela disse. - 5..4..3

Diana sabia que o tempo estava mesmo passando, que precisava ir atrás de Fred, Ashton e Eadlyn já lutavam novamente. Lacey assentiu com a cabeça e com dificuldade retirou o cinto entregando para Diana.

A Weasley prendeu o cinto envolta de sua perna, na parte que estava machucada.

- Segura isso, faça pressão. - Ela disse. - Você perdeu muito sangue mas vai sobreviver.

Diana se levantou e estava se afastando quando ouviu a voz da Howard.

- Diana. - Lacey começou e pareceu ter dificuldade para pronunciar as próximas palavras, como se elas tivessem gosto de vinagre em sua boca mas mesmo assim pronunciou. - Obrigada.

Diana acenou com a cabeça, de certa forma agora se sentia em paz com seu passado. Respirou fundo e saiu correndo precisava chegar do outro lado daquela parede, ou seja, do outro lado do castelo, tinha muito caminho para atravessar.

Em meio a feitiços, corpos e explosões, Diana fez o que pode para ajudar, como curandeira e como ser humano era seu dever ajudar quem precisasse de ajuda, mesmo que aquilo fosse atrasar o seu plano. Enquanto ajudava torcia para que ele estivesse bem, tentava manter sua fé acesa.

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