↪40.
40. a profecia.
Quando Diana abriu os olhos notou que estava em um salão enorme e vazio, tentou se mexer porém suas mãos e seus pés estavam presos na cadeira.
— Merda. – Ela resmungou.
Quando olhou ao redor novamente percebeu que já havia estado ali antes, era o salão de festa da Mansão Malfoy. Os Scorgman haviam mesmo a entregado para os Comensais.
Pensar em tudo que havia acontecido fez sua cabeça latejar, sentia tanta raiva de tudo, de Eadlyn, de Bill e de Stella, de seus pais, de Você-Sabe-Quem, da Guerra.
A imagem de Anna morta voltou a sua cabeça, seu coração acelerou tanto quanto da última vez, não havia sido um pesadelo, Anna estava morta e a culpa era dela, Anna tinha morrido para salvar sua vida e aquilo estava acabando com Diana.
Pensar em Anna era doloroso, ainda mais quando pensava que ela se casaria em uma semana, que em pouco tempo se tornaria uma auror. Diana pensou em Lino, em Kirby, em toda a família Sinclair quando recebesse aquela noticia, sentiu dificuldade de respirar naquele momento, era como se estivesse se afogando.
— Imprestável, vai deixar a garota morrer! – Exclamou Bellatrix assim que entrou na sala e viu Diana.
Diana fez de tudo para tentar controlar sua respiração, tentar se acalmar mesmo que fosse difícil, não queria parecer fraca na frente de Bellatrix.
— Eu cochilei, ela demorou para acordar. – Amico Carrow, um dos Comensais, que Diana nem tinha notado que estava na sala a observando.
Logo mais pessoas começaram a entrar no Salão, Lucius e Narcisa entraram com os braços enganchados, o pai de Eadlyn entrou também e por último Garrett e Penelope, os pais de Diana.
— Parece que nos reencontramos, querida. – Garrett disse.
— Own, como você é fofo, me trazer arrastada foi uma recepção e tanto. – Ela retrucou ironicamente.
— Deveria respeitar o seu pai. – Penelope disse.
— Eu respeito o meu pai, o problema é que aquele homem ali não é meu pai. – Diana disse.
— É uma desonra, assumir outro sobrenome, quando é uma honra pertencer aos Fawley. – Bellatrix disse.
— Ta, me matem logo para eu não ter que escutar mais um discurso sobre desonra. – Ela disse. – Sou bem familiarizada com eles.
— Eu realmente deveria te matar. – Disse o Sr. Avery, os olhos cheios de raiva. – Você matou a minha filha! Ela era sua melhor amiga e você a matou!
Diana sentiu uma ponta de alivio por Ashton, os Comensais pareciam ter acreditado na falsa morte de Eadlyn.
— Que bela melhor amiga eu tinha ein. – Diana revirou os olhos.
— Essa garota não tem jeito, é repugnante. – Lucius disse a observando como se fosse um verme.
— Me matem de uma vez, para que tanta falação antes. – Disse Diana. – Ou estão esperando o namoradinho de vocês chegar?
— O Mestre tem coisas mais importantes para fazer do que lidar com adolescentes rebeldes. – Bellatrix disse apertando uma das bochechas de Diana.
— Então para que essa preocupação de me trazer aqui? Eu ia amar cair morta no quintal dos Weasley. – Diana disse.
— Como aquela auror patética? – Narcisa perguntou.
Diana sentiu seu sangue ferver ao ouvir a menção a Anna, se mexeu tentando se soltar mas não conseguiu.
— Não adianta, você não vai conseguir se soltar, querida. – Garrett disse.
— Por que não matamos essa garota logo? Assim impedimos essa profecia. – O Avery disse.
— Ninguém tem certeza se a profecia é sobre ela. – Penelope disse.
— É claro que é, todos nós criamos nossos filhos muito bem. – Lucius disse.
— O que está insinuando, Malfoy? – Garrett perguntou irritado.
— Criamos Diana muito bem, foram os parasitas dos Weasley que a estragaram. – Penelope disse.
— Pobre coitada da Diana sem opinião própria. – Diana debochou.
— Ergh, posso fazer um feitiço que cale a boca dela? – Carrow perguntou já se irritando.
— Nós vamos primeiro fazer o que o mestre quer e depois nos livramos dela. – Bellatrix disse.
— O que ele quer comigo? – Ela perguntou. – Ah, já sei, um transplante de nariz.
— Eu vou ignorar a sua insolencia, como ousa falar assim dele? – Bellatrix perguntou irritada mas logo começou a gargalhar alto. – Você vai ter uma visão para nós, Diana.
— Ah claro, por que funciona assim mesmo, eu tenho visões a hora que eu quero. – Diana retrucou.
— Bom, é ai que entra a parte engraçada. – Bellatrix riu. – Durante a Primeira Guerra Bruxa, o mestre fez uma vidente colaborar, ele descobriu que a dor pode acelerar o processo e fazer os videntes terem visões.
— Bella, não é confirmado que isso dê certo. – Penelope disse.
— Não se preocupe com ela, nossa filha morreu quando a expulsamos de casa, eu não sei quem é essa desconhecida. – Garrett disse segurando as mãos da esposa.
— Não se preocupe Penny, bebê Freya aguentou, aposto que a pirralha ali aguenta também. – Bellatrix disse se aproximando de Diana.
— Acaba com isso de uma vez. – Diana disse dando de ombros.
— Você não deve saber mas eu fui sua madrinha. – Bellatrix disse sorrindo. – Prometo ser boazinha com você, Diana.
Bellatrix pegou sua varinha e brincou com ela por alguns segundos, Diana achava que a mulher parecia completamente louca. Até que a Lestrange apontou a varinha para ela.
— Crucio!
Da pior maneira possível, Diana descobrira que Bellatrix tinha razão sobre as visões aparecerem na dor, depois de um tempo sem nenhuma visão, Diana tinha visto algo sobre o fim da Guerra mas nunca contaria aquilo para os Comensais.
Diana não se lembrava de ter se sentido tão fraca ou de ter gritado tanto na minha vida, mesmo que tivesse tentado se controlar, Bellatrix era louca e não teria parado se os outros Comensais não tivessem pedido um tempo.
— Diana. – Penelope disse entrando no salão e Diana ignorou. – Uau, você é muito madura.
— Eu posso ser infantil, você está quase entrando na terceira idade e é infantil. – Diana disse dando de ombros.
— Eu não vim discutir com você. – Ela cruzou os braços. – Quando você chegou, vi que estava com um anel, onde encontrou ele?
— É seu, eu sei, pode pegar essa porcaria de volta. – Diana disse. –
— Não foi essa a pergunta que eu fiz.
— Foi a Kirby que me deu, feliz? – Ela revirou os olhos, sentia todo seu corpo fraco e tudo doia, então resolveu não insistir na briga. – E eu conheci o cara que te deu, o tal do Ethan.
— Kirby ainda guardava esse anel? Ethan me deu como presente, quando aceitei me casar com Garrett, devo ter deixado o anel na casa de Kirby.
— E como foi que acabou com Garrett Fawley? – Diana arqueou as sobrancelhas.
— Você deveria ser grata por isso, se eu não tivesse me casado com ele, você não estaria aqui. – Ela retrucou.
— Também sei que a Virna está morta e que foi para Azkaban, nada de St Mungus. – Ela disse e Penelope suspirou.
Todas as memórias ruins pareceram voltar para Penelope, assim como o tique nervoso em suas mãos, em alguns dias elas tremiam o dia todo, na maioria das noites ela não conseguia dormir. Diana não sabia qual seria a reação de sua mãe ou o que ela tinha a dizer, então se apressou para continuar.
— Vai gritar comigo? Discursar? Me punir? Não vai ser nada novo por que isso é exatamente o que você fez comigo durante toda a minha vida! – Diana exclamou já irritada.
Penelope abriu a boca para retrucar mas Diana continuou falando.
— Eu vivi toda a minha vida com medo de você, sabia? – Ela perguntou. – Mas acima de tudo vivi implorando para que me amasse, que me aceitasse, eu rastejei atrás de você, Penelope, não importa o quanto você estivesse errada, você estava certa para mim.
Penelope encarou Diana por alguns segundos, aquilo era demais para ela, saber que sua filha se sentia em relação a ela da mesma maneira que ela se sentiu em relação a sua mãe durante tantos anos. Não aguentava aquilo, então se virou para sair da sala.
— Você era amiga da Kirby, não era? – Diana perguntou e Penelope se virou para ela.
— Eramos conhecidas.
— Ela perdeu a filha mais velha hoje. – Diana disse. – Essa garota que morreu era uma das melhores pessoas que eu conhecia.
— Por que está me contando isso?
— Por que Kirby nunca parou de se importar com você e talvez no fundo você também se importe com ela. – Diana deu de ombros. – Então achei que você deveria saber.
— Sinto muito pela Anna. – Penelope disse depois de um tempo em silêncio.
— Como sabe o nome dela?
— Eu estava lá quando a Anna nasceu, assim como a Kirby estava comigo quando você nasceu. – Penelope disse. – A mãe dela morreu naquele dia e ela estava lá comigo do mesmo jeito, então te chamei Diana em homenagem a mãe dela.
Diana não conseguiu esconder a expressão de surpresa em seu rosto.
— Viu, você não sabe de tudo Diana. – Penelope disse. – E tudo que eu fiz foi para evitar que você fosse a garota da profecia.
Percebeu que estava falando demais. Se lembrou de quando soube da profecia e prometeu a si mesma que se tornaria mais fria, mais dura com Diana se isso significaria que ela odiaria não sangue puros. Odiava o que Virna tinha feito com ela mas acabou usando um metodo parecido com o da mãe e não se orgulhava disso, na verdade se odiava mas a voz de Virna parecia continuar ali, em sua cabeça, repetindo as mesmas coisas o tempo todo.
— O que essa profecia diz? – Diana arqueou as sobrancelhas.
Penelope apressou o passo, quando chegou perto da porta, parou de andar e se virou para Diana.
— Tem muitas coisas que você não sabe sobre a minha mãe mas ela realmente não era a melhor mãe do mundo, ela era horrível. – Penelope disse. – Quando você nasceu, eu prometi para mim mesma que seria uma mãe melhor do que ela tinha sido.
Diana respirou fundo e então olhou para a sua mãe, queria dizer tanta coisa mas resolveu só fazer uma pergunta.
— E você acha que conseguiu? – Perguntou e apontou para si mesma com a cabeça.
Diana estava amarrada, o vestido de festa estava em trapos, tinha machucados pelo seu rosto e corpo, seu cabelo estava uma bagunça, tinha certeza que não era a visão mais bonita de todas.
Penelope engoliu em seco e tentou disfarçar o quanto tudo aquilo tinha mexido com ela, ali estava sua filha, sua única filha.
— A profecia diz que um filho de dois Comensais trocaria de lado. – Disse Penelope. – Que essa pessoa estaria destinada a fazer mudanças, salvar pessoas mas perderia aquele que ela tanto tenta salvar.
Penelope se lembrou da reação de Voldemort sobre a profecia, quando soube que uma filha de Comensais mataria nascidos trouxas, ele disse que a mataria. A Fawley jamais esqueceu daquelas palavras, tinha um medo absurdo que o bruxo matasse sua filha.
Aquilo veio como um soco no estômago de Diana, como se o destino quisesse mais uma vez provar que ela perderia Fred.
Mil coisas vieram na cabeça de Diana e ela concluiu que passava tanto tempo focada em suas visões que esquecia que coisas ruins podiam acontecer sem que ela prevesse, como Jorge perdendo a orelha ou a morte de Anna.
Já estava a tanto tempo lutando contra suas visões e agora ainda tinha uma profecia, ela realmente teria que enganar o futuro se quisesse salvar Fred Weasley.
e aí mores, o que acharam dos capítulos de hoje?
deem um pulinho no "entrelinhas", postei uma one do lino e da anna lá, já que se é para sofrer, vamos sofrer com motivo.
essa semana ainda tem lá no entrelinhas uma one do mason e da molly (full moon) e provavelmente maratona de collide. voltei mesmo!
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