↪24.

24. fuga para hogsmeade.

Eram seis e meia da manhã quando Diana encontrou com Fred em um dos corredores. A garota bocejava, enquanto Fred estava visivelmente animado e com o olhar de quem iria aprontar.

- Para de sorrir. - Diana resmungou. - Como pode estar animado tão cedo? Eu só quero dormir.

- Eu odeio acordar cedo mas o dia de hoje é importante, passei dias planejando esse encontro. - O ruivo disse.

- Eu beijaria você se não quisesse te socar por me fazer sair tão cedo. - Ela disse.

- Meu Merlin, a minha namorada é uma fofa mesmo. - Ele disse ironicamente.

- Eu sei, você deve estar se questionando se realmente me merece. - Ela retrucou e deu de ombros.

— Vamos senhorita mal humor. – Fred disse saindo e sendo acompanhado por Diana.

— Para onde exatamente nós vamos? – Perguntou ela.

— Hosgmeade.

— Como? – Arqueou as sobrancelhas. – Você sabe que não dá para desaparatar em Hogwarts, né?

— Não vamos precisar disso, agora para de falar, só me segue. – Fred disse e piscou para a mesma.

Diana deu de ombros e seguiu o ruivo que foi em direção a estátua da bruxa de um olho só e apontou sua varinha para ela.

Dissendium. – Ele pronunciou o feitiço.

Após isso foi revelada uma passagem, Diana abriu a boca surpresa enquanto Fred sorria orgulhoso ao ver a expressão dela.

— Sete anos em Hogwarts e eu não fazia a mínima ideia que isso existia. – Diana disse. – Leva para Hogsmeade?

— Leva para dentro da Dedos-De-Mel. – Fred disse. – E quase ninguém sabe que ele existe.

— E como você e Jorge descobriram que esse lugar existia? – Perguntou ela enquanto entrava na passagem, indo atrás de Fred.

— Roubamos um mapa da sala do Filch. – Ele disse. – É um mapa completo de Hogwarts, incluindo as passagens secretas.

— Filch fez esse mapa? – Ela perguntou fazendo uma careta. – Estou impressionada, achei que o hobbie dele fosse prender alunos de cabeça para baixo na masmorra.

— Eu pensei que esse fosse o seu hobbie. – Fred disse, recebendo um tapa nas costas. – Foi feito pelos srs. Prongs, Padfoot, Moony e Wormtail, não faço a mínima ideia de quem são mas imagina só eu e o Jorge junto desses mestres, iríamos criar o verdadeiro caos em Hogwarts.

— Hogwarts agradece por esse encontro nunca ter acontecido. – Diana disse. – E onde esse mapa está agora?

— Com o Harry.

Os dois continuaram o caminho até chegarem a Dedos-De-Mel e atravessarem a loja – que havia acabado de abrir – indo até Hogsmeade.

— O cheiro da liberdade é maravilhoso. – Fred disse sorrindo.

— Quer saber, eu nem estou mais com tanto sono. – Ela disse. – O que vamos fazer primeiro?

— Vamos tomar café no Três Vassouras. – Ele disse. – Eu estou morrendo de fome.

— Ok, acordar cedo está começando a valer a pena. – Disse ela sorrindo.

— Ai Diana. – Fred sorriu maroto. – Minha companhia sempre vale a pena.

— Vai, sua vez. – Fred disse empurrando a caixa para Diana.

Após o café da manhã no Três Vassouras, os dois andaram por Hogsmeade, compraram vários logros na Zonko's e uma quantidade ainda maior de doces na Dedosdemel.

Agora estavam sentados na grama em um ponto afastado da praça, onde tinham uma boa visão da Zonko's. No meio dos dois havia um saco de Feijõezinhos de todos os sabores.

— Eu tenho muita sorte com isso. – Disse Diana. – Até hoje não peguei um sabor ruim.

— Eu estou torcendo para que isso mude hoje. – Ele disse.

— Eu sou sortuda, Frorge, você não pode mudar isso. – Ela provocou.

— Mas eu sou azarado, Diana, e estou passando todo o meu azar para você. – Ele disse.

Ela riu e colocou a mão dentro do saco, retirando um dos feijõezinhos e colocando na boca. Fred a olhou com expectativa mas ela exibiu um sorriso.

— Hortelã. – Ela disse e empurrou o saco para ele.

— Por Merlin, eu odeio você. – Ele disse e colocou um dos feijõezinhos na boca, fazendo uma careta logo em seguida. – Cera de ouvido, eca.

— Cansei de brincar, isso me dando sono. – Ela disse. – Deita ai que eu vou me apoiar em você.

— Ok, senhorita mandona.

O ruivo se deitou na grama e Diana se deitou apoiando a cabeça no ombro ombro dele.

— Sabe o que eu percebi? A mais que perfeita aluna Diana, perdeu as aulas de hoje. – Fred provocou.

— Você também perdeu.

— É, mas o meu negócio não é a escola. – Ele disse. – Jorge e eu estamos pensando em sair de Hogwarts.

— No último ano? – Diana riu. – A Molly vai matar vocês dois.

— Provavelmente. – Ele riu. – Mas não precisamos ganhar N.I.E.M.S, nosso plano é a loja de logros.

— Queria estar despreocupada com o meu futuro. – Ela disse. – Mas eu não consigo, eu me sinto perdida, sabe? Antes eu era Diana, a Fawley, que se tornaria Diana, a curandeira, mas agora eu não sou mais a Fawley e se eu não conseguir ser curandeira, então quem eu sou?

— Por que não pode ser simplesmente a Diana? Sem nenhum título no final. – Fred disse. – E você vai conseguir, é esforçada para caramba.

— Acho que meus pais sempre me ensinaram que ser só a Diana, sem nenhum título, significava que eu tinha falhado. – Ela contou. – E eu..

— E você nunca falha. – Fred completou. – Pare de colocar pressão em si mesma, você vai conseguir.

— Obrigada.

— Acabou de me agradecer? Você está bem? – Ele provocou.

Diana levantou a cabeça para olhar para o namorado, no ano anterior ela só o considerava um traidor de sangue mas agora tudo era diferente, ele havia se tornado tão importante que Diana mal conseguia compreender a extensão de seus sentimentos por ele.

— Eu devia agradecer mais, eu acho que nem mereço você. – Ela disse e deu de ombros, voltando a se deitar. – Eu nunca me senti assim, isso me assusta as vezes e acho que não sei demonstrar o suficiente.

— Pode repetir, eu quero gravar. – Ele brincou. – Diana eu te conheço, sei como você é, não espero que diga o tempo todo como se sente ou que vá ficar me abraçando o tempo todo, e está tudo bem, eu gosto do nosso relacionamento do jeito que ele é.

— Eu também. – Ela disse. – Oh, eu me lembrei de uma coisa.

— O que?

— No ano passado a professora Trelawney previu que teriamos filhos ridiculamente ruivos.

Assim que Diana disse, Fred começou a rir.

— Mas não crie expectativas, aquela velha é a maior charlatã. – Disse Diana.

— Essa previsão parece bem real para mim, ter filhos ruivos te assusta, Diana? – Ele brincou. – Se serve de consolo, espero que eles tenham seus olhos.

— Nossa, estou muito consolada. – Ela retrucou ironicamente.

Ao notar que estavam conversando sobre filhos, filhos dos dois, Diana se assustou um pouco, sempre pensara em salvar Fred e mantê-lo vivo no futuro, mas nunca tinha pensado em seu futuro com ele, nunca tinha pensado em ser mãe.

— Meu ombro amorteceu, levanta dona realeza. – Fred disse se sentando e Diana fez o mesmo. – Está vendo a Zonko's ali.

— Estou.

— Acredita que estão pensando em fechá-la?

— O que? – Arqueou as sobrancelhas. – Por que?

— Medo de Você-Sabe-Quem. – Ele disse. – Parece que só estão esperando por um sinal de que ele realmente voltou.

Diana contraiu os lábios, nem todos tinham acreditado que Voldemort tinha retornado, mesmo depois de Harry contar o que acontecera no Torneio Tribruxo no ano anterior, e o Profeta Diário fazia questão de difamar Harry.

Apesar de muitos não acreditarem, ainda havia os que acreditaram e estavam assustados.

— Hogsmeade sem o Zonko's, isso vai ser esquisito. – Ela disse.

— Não totalmente. – Fred sorriu. – Se eles fecharem, Jorge e eu queremos comprar o lugar e abrir a Geminialidades Weasley ali.

— Então está torcendo para eles fecharem?

— Talvez. – Ele brincou. – Você devia torcer também.

A bruxa olhou bem para o letreiro em sua frente e logo em seguida olhou para o ruivo.

— Eu consigo imaginar o letreiro da Geminialidades Weasley ali. – Diana disse. – E espero que o letreiro seja bonito como eu imagino, por que se não for, eu bato em você.

Fred riu e em seguida passou alguns segundos olhando para Diana.

— Por Merlin, eu amo você. – Ele comentou naturalmente, como se já tivesse dito aquilo para ela milhões de vezes.

O coração de Diana acelerou após ouvir aquilo, não esperava aquilo e nem sabia como reagir, as únicas pessoas que ela já tinha dito isso eram seus pais e em ocasiões raras.

Fred pareceu não notar ou se importar com o silêncio de Diana, empurrou para ela o saco de feijõezinhos.

— Tenta a sorte. – Ele disse.

A garota colocou a mão no saco, tirando de lá um dos feijõezinhos e colocou na boca.

— Eca! – Ela exclamou fazendo uma careta de nojo. – Eu nem sei o que é isso, é tão nojento, caramba, é vômito, eu acho que eu vou vomitar.

— Essa vitória é minha! – Exclamou Fred abrindo os braços.

Diana se levantou para procurar água e apesar daquele gosto horrível em sua boca, o dia em Hogsmeade não poderia ter sido melhor.

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