↪17.
17. largo grimmauld, nº 12.
Quando Diana e os gêmeos aparataram, ela observou o lugar sem entender.
— Um bairro trouxa? – Perguntou ela. – Todo esse suspense por um bairro trouxa?
— Sim, eu comprei uma casa nesse bairro para você e o Fred morarem. – Brincou Jorge. – Comigo, obviamente.
— Eu ainda não entendi o que querem com isso. – Disse ela.
— Só observe Diana, você reclama demais. – Disse Fred mostrando a língua para a namorada.
Diana seguiu o olhar dos garotos, foi aí que notou que uma casa começou a surgir entre as casas nº 11 e nº 13. Ela arqueou as sobrancelhas ao ver o enorme casarão que a minutos atrás nem estava ali.
— Mas o que? – Perguntou ela.
— Senhorita Diana, seja muito bem-vinda ao Largo Grimmauld, nº12. – Disse Fred. – É aqui que temos ficado.
— Um detalhe engraçado é que ninguém sabe que estamos trazendo você para cá e o lugar é muito secreto. – Disse Jorge.
— Nossa que detalhe minúsculo. – Disse Diana. – Sua mãe vai ter uma ótima primeira impressão sobre mim.
— Preocupada em impressionar a dona Molly? – Provocou Fred. – Não se preocupe com ela, somos filhos da vizinha.
— Minha mãe passou meses pedindo para o Fred para te conhecer, ela não vai poder reclamar da nossa surpresinha. – Completou Jorge.
— Aposto que ela achou que você tinha inventado uma namorada. – Comentou Diana. – Acho que você faria isso.
— Se eu inventasse, aposto que ela não seria como você, provavelmente mais carinhosa, do tipo que adora abraços. – Disse Fred.
— Abraços já é pedir demais Frorge. – Disse ela. – Me trazer aqui não vai causar problemas para você?
— Podemos ser expulsos de casa mas eu soube que os Johnson abrigam. – Disse Fred.
— Não vai ser a primeira vez que seremos a causa dos problemas. – Comentou Jorge.
— Vamos nessa então. – Disse Fred.
Diana seguiu os gêmeos para dentro da casa. Assim que entraram ela notou como aquele lugar se parecia com sua antiga casa, escuro, sombrio e úmido.
— TRAIDORES DE SANGUE, IMUNDOS, DESONRANDO O MEU ILUSTRE LAR! – Berros invadiram o local e Diana olhou para os lados, para conferir de onde vinha a voz.
— É o quadro da senhora Black. – Disse Jorge. – Faz isso o tempo todo.
— Tentaram tirar da parede várias vezes mas não sai. – Completou Fred.
— Onde estamos? – Perguntou Diana.
— Fred, Jorge, por Merlin, finalmente chegaram, já estava começando a ficar preocupada. – Disse Molly Weasley que vinha pelo corredor.
A mãe dos gêmeos, era uma ruiva, baixinha e de aparência simpática, ela parecia aliviada ao ver os filhos mas quando seu olhar cruzou com Diana, ela congelou.
— Como? O que? – Ela arregalou os olhos. – O que vocês dois aprontaram dessa vez? Não tem nenhum pingo de juízo, sabem que não podem trazer pessoas para cá, ARTHUR!
— Calma mamãezinha. – Disse Fred. – Não trouxemos pessoas, só uma pessoa.
— Como conseguiram? Ah isso explica o sumiço do cartão que Dumbledore tinha escrito para entregarmos para o Harry. – Molly comentou nervosa.
— Dumbledore é o fiel do segredo, você só fica sabendo sobre o segredo se de alguma forma ele te contar. – Disse Jorge.
— Eu sei o que é ser fiel de um segredo. – Disse Diana. – Sua mãe vai me matar.
— Mãe, você está passando uma péssima impressão para a Diana, que tipo de família ela vai pensar que nós somos. – Disse Fred se fingindo de ofendido.
— Vocês dois não tem nenhum pouco de juízo, não pensam, meu Merlin, isso é um lugar secreto garotos, secreto! – Exclamou ela e pausou, olhando para Diana. – Essa é a Diana? Ela é muito bonita.
— Por que está chocada? Acha que eu não conseguiria arrumar uma namorada bonita? – Perguntou Fred.
— Tenho certeza que ela achou, que bom que sou mais bonito que você. – Disse Jorge.
— Molly, o que aconteceu? – Perguntou Arthur vindo atrás da esposa. – Meninos o que aprontaram dessa vez? Vão matar sua mãe do coração.. Não acredito que trouxeram alguém.
— Quem está ai? – Perguntou uma voz se aproximando, quando ele chegou perto, Diana notou que era Olho Tonto Moody.
Segundos depois Remus Lupin saira da cozinha e se juntava a aglomeração de pessoas encarando os gêmeos, um homem que Diana não conhecia estava lá também. A atenção só foi tirada dos gêmeos quando uma garota de cabelo rosa acidentalmente derrubou um quadro.
— Foi mal. – Disse ela. – Eu vou colocar no lugar.
— Eu coloco querida, da última vez que tentou colocar uma coisa no lugar, acabou quebrando ela, não se preocupe Tonks. – Disse Molly gentilmente.
— Não, eu ajudo. – Insistiu Tonks até que se virou para os gêmeos e Diana. – Quem é aquela?
— Diana. – Remus disse.
— Professor Lupin. – Diana disse.
— Ela é de confiança, pessoal. – Jorge tentou tranquilizar. – Não traríamos alguém que não é de confiança.
— Na verdade vocês não deviam trazer ninguém, jovem. – Disse Olho Tonto.
— Diana! – Exclamou Rony descendo as escadas. – Não que eu não esteja feliz em te ver mas tá fazendo o que aqui?
— Acredite, eu também não sei. – Disse ela.
— Diana é minha namorada, vocês podem confiar nela, é uma boa pessoa, ela foi expulsa de casa, por favor deixem ela ficar pelo menos para jantar. – Disse Fred. – Mãe você vive dizendo que quer conhecer ela.
— Não em circunstâncias como essas filho. – Molly disse. – Mas é um prazer conhecer você, Diana.
— O prazer é meu, Sra. Weasley. – Ela disse.
— Você foi mesmo expulsa? Sinto muito. – Disse Arthur.
— Não tem problema, eu não ligo. – Ela disse. – Meus pais queriam que eu me tornasse uma Comensal e eu não quis, eles acharam que não poderiam viver com isso, fim.
— Outra desertora e desonra da família? Eu já gostei dela. – Disse um homem saindo da cozinha e Diana arregalou os olhos quando viu que se tratava de Sirius Black. – Relaxa garota, eu não sou um assassino, é uma história longa que seu namorado pode te contar depois.
— Devíamos lançar um Obliviate nela. – Sugeriu Moody.
— Ninguém vai lançar nada nela. – Disse Fred.
— Acho que devemos fazer uma reunião na cozinha. – Remus sugeriu. – Fred e Jorge parecem ter o que dizer.
— Sim, temos uma série de argumentos muito bem pensados. – Disse Jorge e se virou para Diana sussurando. – Vamos pensar em alguma coisa na hora.
— Vamos para lá, pessoal. – Disse Remus voltando para a cozinha.
— É melhor você ficar esperando aqui Diana, mas eu gostaria de falar com você depois. – Disse Molly.
— Ei. – Diana disse puxando Fred pelo braço antes que ele fosse até a cozinha. – Não deviam ter me trago aqui, se eu soubesse o que era, não teria vindo.
— Não ia te deixar passar pelo que está passando sozinha. – Fred garantiu e Diana suspirou.
— Você é um namorado muito bom. – Ela disse.
Diana se aproximou e se esticou um pouco para ficar na altura do namorado e beijá-lo, segundos depois se separaram.
— Eu vou cobrar um beijo de verdade quando eu voltar. – Ele disse.
Fred acenou e saiu, Diana ficou para trás pensando em tudo que os gêmeos estavam fazendo por ela, se sentiu muito grata e com uma dívida enorme com eles.
— E aí Diana. – A garota do cabelo colorido disse se aproximando dela. – Sou a Tonks.
— Tonks?
— É o meu sobrenome, por que meu primeiro nome é ridiculo. – Disse ela.
— Você não vai participar da reunião? – Perguntou ela.
— Não, eu não te conheço então não posso ser contra ou favor. – Disse Tonks e acabou trombando em um vaso e o derrubando. – Ops.
— Reparo. – Disse Diana apontando a varinha para o vaso.
— Limpando minha bagunça, já ganhou pontos comigo. – Disse a outra sorrindo. – Espero que te deixem ficar, vai ser legal ter uma amiga quase da minha idade.
— Não vai querer ser minha amiga, eu odeio pessoas. – Deu de ombros.
— Você deve ser legal, se não os gêmeos não estariam fazendo isso. – Disse ela.
— Os dois é que são legais. – Disse Diana. – Mas nunca conte para eles que eu os elogiei.
— Tudo bem, não vou contar. – Sorriu. – Quer ver uma coisa legal?
— O que?
— Isso. – Disse Tonks enquanto transfigurava sua mão em uma pata de cachorro.
— Metamorfa. – Constatou Diana sorrindo.
— Eu posso me transformar no Fred se você quiser. – Disse ela e Diana riu.
— Se quiser que eu te beije. – Disse ironicamente. – Ou te de um tapa, são os meus estados de espirito sobre o Fred.
Tonks riu e as duas ficaram conversando até os outros saírem da cozinha.
— Então? – Perguntou Diana.
— Eu disse que tinhamos ótimos argumentos. – Disse Jorge.
— Arrasamos. – Disse Fred. – Você tem um namorado incrível.
— Aposto que devo isso ao meu cunhado incrível. – Disse Diana.
— Amor jovem, tão fofo. – Comentou Tonks sorrindo, antes de derrubar outro vaso.
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