↪16.
16. o recomeço.
— Mãe, nós vamos ter visita por um tempo indeterminado. – Disse Angelina entrando na cozinha.
— O que? – Perguntou a mulher.
— Oi Sra. Johnson. – Disse Diana entrando logo atrás de Angelina.
Antes que Diana pudesse se explicar ou falar qualquer coisa, Angelina fez por ela.
— Mãe, essa é a Diana Fawley, ela foi expulsa de casa simplesmente por que não é uma sem noção preconceituosa como os pais dela. – Explicou Angelina. – Ela não tem para onde ir, ela pode por favor ficar aqui?
— Eu não quero atrapalhar. – Disse Diana.
A mãe de Angelina a olhou por alguns segundos, Diana sabia que já esteve melhor, tinha olheiras, o cabelo bagunçado e sua cara com certeza não era das melhoras.
— Angelina você pode pegar o colchão do sotão e arrumar as coisas para Diana? – Perguntou a mulher.
— Sério? Diana pode ficar? – Angelina sorriu. – Obrigada mãe.
— É claro que ela pode ficar, não vamos deixá-la sozinha. – Disse a mulher.
— Obrigada, muito obrigada mesmo Sra. Johnson. – Disse Diana suspirando aliviada.
— Pode me chamar de Daisy e o pai da Angelina ainda não chegou mas o nome dele é Hank. – Disse a mulher. – A Angie vai te mostrar a casa e eu vou preparar alguma coisa para você comer, parece com fome.
— Eu estou. – Ela disse.
— Ainda temos muita coisa para conversar, quero conhecer você bem. – Disse Daisy. – Mas você com certeza pode ficar aqui, é uma Johnson por hora.
— Você não vai me apresentar? – Disse um garoto entrando na cozinha.
— Esse é o pequeno piralho de 7 anos. – Disse Angelina. – Meu irmão.
— Eu tenho 10 anos, Angie! – Exclamou ele. – Prazer, sou o Nate.
— Diana. – Ela disse e apertou a mão do mais novo.
— Nathan se tiver deixado sua vassoura jogada de novo, vamos ter que ter uma conversa séria. – Daisy disse.
— Ah mãe! – Suspirou ele. – Pelo menos quando eu estiver em Hogwarts não vou ouvir broncas todo dia e por Merlin só vou entrar depois que a Angelina tiver saído.
— Ei! – Retrucou ela.
Diana observou a dinâmica familiar dos Johnson, todo aquele carinho e aqueles sorrisos e concluiu como eles eram diferentes dos Fawley, como aquilo era algo que ela nunca teve.
— Acho que acabamos. – Disse Angelina terminando de colocar o colchão no chão de seu quarto. – Vamos precisar comprar roupas para você mas eu posso emprestar algumas.
— Vou precisar comprar tudo de novo, deixei meu malão e todos os livros no meu quarto. – Disse Diana. – Antigo quarto, pelo que parece.
— Sinto muito pelo que aconteceu. – Disse a morena.
— Não sinta, já era de se esperar. – Disse Fawley. – Nem sei por que fiquei tão chocada.
— Pode ficar aqui o tempo que quiser, minha mãe está bem disposta a ajudar. – Disse ela.
— Obrigada. – Agradeceu Diana. – Nem somos tão amigas e você está fazendo tudo isso por mim.
— Estou fazendo isso por que vai ser bom ter alguém para treinar Quadribol comigo. – Brincou Angelina. – Nate é péssimo.
— Quer perder para mim na sua própria casa? Uau. – Respondeu ela ironicamente.
— É você quem vai ter que usar a bandeira da Grifinória nas costas. – Disse Angelina.
— Ainda sinto pena de você por acreditar que existe a mínima chance disso acontecer. – Diana disse. – Posso usar sua coruja?
— Pode. – Disse ela. – Vai mandar uma carta para quem.
— Frorge.
O dia passou voando e quando Diana se deu conta já era a hora do jantar. A Sra. Johnson havia preparado tanta coisa que Diana nem sabia por onde começar a comer.
O clima na mesa era agradável, a conversa fluia, Nate contava a Diana todos os planos que ele pretendia realizar em Hogwarts ou provocacava Angelina, o Sr. Johnson já havia chegado e era bem quieto mas parecia ser uma boa pessoa.
Diana se perguntou como deveria ser um jantar nos Weasley, se com os dois pais e os dois filhos, o jantar nos Johnson já era agitado, ela nem imaginava como seria nos Weasley, com tantos filhos.
Os pensamentos de Diana foram cortados pelo som da campainha, Nate saiu correndo da mesa para ir atender.
— Mãe, é um tal de Fred! – Exclamou o garoto e Diana tentou disfarçar o sorriso.
— É para você Diana. – Disse Angelina.
— Eu já volto. – Disse ela.
Diana saiu apressadamente da mesa, queria ver Fred, queria escutá-lo dizer coisas como "eu vou azarar eles" ou consolá-la, Diana havia se acostumado e apegado a ele tanto que chegava a se assustar com esse sentimento.
Quando chegou na porta viu que Nathan encarava Fred, depois se virou para ela.
— É o seu namorado? Você é bonita demais para ele! – Exclamou Nate. – Mas é perfeita para mim.
— Sai para lá tampinha. – Disse Fred enquanto Diana ria.
— Com ciúmes Fredzinho? – Perguntou ironicamente.
— Na verdade o único sentimento que tenho desde que li a sua carta é a raiva dos seus pais. – Ele disse. – Por Merlin, eu vou azarar eles.
Fred se aproximou da namorada e a abraçou, ela permaneceu estática.
— Ainda não gosto de abraços. – Disse ela.
— Eu namoro a pior das insensíveis. – Disse ele se afastando dela.
— Eu nunca achei que você fosse namorar alguém, então já é um avanço. – Disse Diana e Nate riu.
— Você ainda está aqui? – Perguntou Fred para o menor.
— Você sabe onde me encontrar Diana. – Nate disse e saiu.
— O moleque é abusado. – Disse Fred rindo.
— Eu sou muito encantadora, tinham duas pessoas nessa porta loucas por mim. – Disse Diana.
— Quem é a outra pessoa além do menino? – Perguntou Fred e ela mostrou a língua. – Vai ficar por aqui? Pensei que fosse ficar com a minha família.
— Está me convidando para ser uma Weasley? Por que eu sou uma Johnson agora. – Disse ela.
— Não estou não, até parece que quero que você seja minha irmã. – Ele disse fazendo cara de nojo. – Eu não poderia beijar você se fosse minha irmã.
— Ou pode me pedir em casamento agora e boom, me transformo em uma Weasley.
— Casa comigo? – Perguntou ele em tom de brincadeira.
— Não. – Disse ela.
— Espero que quando eu pedir de verdade essa não seja a resposta. – Disse Fred.
O comentário deixou Diana nervosa, a ideia de Fred imaginar que um dia casaria com ela.
— Você está me fazendo esquecer do meu foco. – Disse ele. – A minha raiva dos seus pais.
— Eu não ligo para eles. – Disse ela e deu de ombros.
— Não minta. – Ele disse.
— Podemos falar sobre isso depois? – Perguntou ela. – Cadê o Jorge?
— Angelina não é aquele garoto que você gosta? – Perguntou o Sr. Johnson quando passou perto da porta.
— Não, pai, não. – Disse Angelina em um evidente desespero. – Esse é o namorado da Diana, não é esse.
— Na verdade seu genro querido é o meu irmão gêmeo. – Disse Fred para o pai de Angelina. – Ele esqueceu uma coisa e teve que voltar.
— Pai, vem para cá! – Exclamou Angelina.
Diana e Fred se olharam e começaram a rir.
— Jorge ficaria muito vermelho se estivesse aqui. – Diana disse. – Podemos repetir a cena quando ele chegar?
— Eu quero ser padrinho de casamento. – Disse Fred.
— Casamento de quem? – Perguntou Jorge, que tinha acabado de aparatar.
— Jorge você perdeu a melhor parte. – Disse Fred.
— Eu quero saber de tudo depois. – Disse Jorge. – Agora vamos Diana.
— Vamos onde? – Perguntou ela.
— Ah é, esqueci de avisar, vamos te levar para dar uma volta. – Fred disse.
— Onde? – Perguntou ela.
— Sr. e Sra. Johnson vamos roubar a Diana um pouco, voltamos depois, não nos esperem acordados, prometo trazer ela de volta em segurança mas não vai ser cedo. – Disse Fred em um tom mais alto dentro da casa, antes de puxar Diana para fora e fechar a porta.
— Obrigada, agora os Johnson devem ter uma opinião muito positiva sobre mim. – Ironizou ela.
— De nada. – Fred disse e piscou.
— Vocês podem fazer isso depois? – Perguntou Jorge ao ver Fred se aproximar de Diana. – Você precisa ler isso, não sabe como foi difícil conseguir.
Jorge entregou um pedaço de papel para Diana, ela desdobrou e viu uma caligrafia fina e levemente familiar, só não sabia onde tinha visto aquilo.
— Largo Grimmauld, nº 12, sede da Ordem Da Fênix. – Leu ela baixo e olhou para os gêmeos. – Mas que diabos?
— Tivemos que roubar esse pedaço de papel. – Disse Fred. – Mais tarde te explicamos tudo.
— Tudo bem com você? – Perguntou Jorge.
— Tudo, eu não ligo para eles. – Disse Diana.
— Não minta.
— Por Merlin, vocês são iguais. – Disse Diana.
— Uau, que novidade eu e Jorge sermos iguais, o que entregou? O rosto? – Brincou Fred. – Vem, vamos aparatar lá.
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