↪15.
15. diana nem tão fawley.
A chuva caia do lado de fora do Três Vassouras apesar de ser verão, uma marca típica do clima local. Dentro do bar, o clima não poderia estar melhoras, em todas as mesas havia alguém rindo.
As risadas mais altas com certeza vinham de uma das mesas ao lado da janela, onde Fred e Jorge Weasley se sentavam junto de Angelina Johnson e Diana Fawley.
— Precisamos sair em mais encontros duplos. – Comentou Fred após beber mais gole de cerveja amanteigada.
— Não estamos em um encontro duplo. – Disse Jorge, sem graça afinal ele e Angelina não eram um casal. – Somos só amigos saindo.
— Na verdade não, afinal o tonto aqui é meu namorado. – Diana disse apontando para Fred que mordeu o ombro da mesma e recebeu um tapa no braço, em resposta. – Eu ainda acho que estava bêbada e não sabia, quando aceitei namorar com você.
— Não minta Diana, todo mundo sabe que você é louca por mim. – Fred provocou.
— Vocês dois são fofos, de um jeito estranho mas fofos. – Disse Angelina.
— Você e o Jorge seriam fofos também. – Disse Fred. – Ele é afim de você.
Jorge que estava bebendo, engasgou, Angelina bateu nas costas dele e o ruivo começou a tossir.
— Uau Frorge, como você é sutil. – Disse Diana ironicamente e pegou o copo de Jorge. – Engasgou então vou fazer o favor de ficar com sua bebida.
— Eu gosto da nossa rotina de férias. – Disse Fred. – Por que as aulas tem que voltar?
— Se anime, é o nosso último ano. – Disse Angelina. – E eu vou ser capitã do time da Grifinória, eu vou morrer.
— Ou matar a gente, seu plano de treinamento é de matar. – Comentou Jorge. – Mas você vai se sair bem.
— Obrigada Jorge. – Ela disse e sorriu para o mesmo.
— Eles não são fofos? – Fred perguntou para Diana.
— As coisinhas mais lindinhas que eu já vi na vida. – Retrucou em tom de brincadeira.
— Vocês dois realmente se merecem. – Angelina concluiu e bebeu mais um gole.
— Angelina eu sinto muito em avisar mas a Taça das Casas vai para Sonserina esse ano. – Disse Diana. – Eles tem uma artilheira lendária, maravilhosa, sem contar o time fenomenal.
— Quem é a artilheira da Sonserina? Di você saiu do time e eu não fiquei sabendo? – Fred perguntou se fazendo de desentendido e Diana mostrou a língua.
— Sinto muito, a Grifinória vai ganhar esse ano. – Disse Jorge. – Tente não chorar Diana.
— Nós deixamos você participar da festa de comemoração para Grifinória. – Completou Angelina.
— Por Merlin, vocês são tão iludidos. – Ela disse e revirou os olhos. – Eu vou amar sacudir a Taça das Casas bem na frente do rosto de vocês.
— Vamos fazer uma aposta. – Disse Jorge e Fred sorriu.
— Nada bom pode sair disso. – Disse Angelina.
— Eu concordo com você. – Disse Diana fazendo um high five com a mesma.
— Se a Grifinória ganhar, Diana vai ter que usar a bandeira da Grifinória pendurada no pescoço durante a nossa formatura e se a Sonserina ganhar, nós três usamos. – Disse Jorge.
— Feito. – Disse Fred. – Eu posso te emprestar a minha bandeira, Diana.
— Silêncio, eu estou meio atordoada, acho que vou ter uma visão. – Disse Diana.
Os três ficaram em silêncio, ambos sabiam sobre as visões, ela contara para os gêmeos e Jorge sem querer citara algo como "foi uma visão?" na frente de Angelina e Diana teve que contar a história.
Diana se apoiou na mesa e fingiu estar vendo alguma coisa, Fred colocou a mão no ombro da namorada.
— O que foi? O que você viu? – Perguntou Fred.
— O time da Sonserina. – Mentiu ela. – Com a Taça das Casas.
— O que? – Perguntou Angelina frustada. – Eu nem sou capitã ainda e já sei que sou péssima.
— Nossa aposta não vale mais então. – Jorge disse.
— Cancela a aposta. – Fred disse.
Fred, Jorge e Angelina começaram a discutir entre si sobre táticas e se lamentar pela visão. Diana se segurou para não rir mas acabou rindo.
— Por Merlin, eu não tive visão nenhuma. – Ela disse e se levantou ao ouvir os protestos dos três. – Chorem mais, eu não ligo. Agora eu vou embora.
— Mas já? – Perguntou Fred.
— Já está tarde e meus pais querem que eu jante com eles hoje. – Explicou ela. – Eles estão radiantes agora que Você-Sabe-Quem voltou, sério, minha mãe está até sorrindo.
— Sua família me dá medo. – Comentou Jorge.
— Tá legal, eu vou com você. – Fred disse se levantando. – Pelo menos aparato com você.
Tanto os gêmeos, quanto Diana haviam passado no teste de aparatação e os gêmeos não paravam de aparatar o tempo todo.
— Se eles te virem teremos problemas. – Disse ela.
— A gente se vê amanhã? – Perguntou Fred.
— Já está com saudades de mim? Eu nem fui embora. – Ela provocou.
— Isso por que você é carinhosa. – Provocou Fred.
— Nos vemos amanhã. – Disse ela. – E chamem o Lino, desde que começou a sair com a figurante do baile, está sumido.
— O baile de inverno rendeu bons casais. – Comentou Fred.
— Não somos um casal! – Jorge e Angelina exclamaram juntos.
— Logo agora que o Lino estava virando secundário, se continuar sumido vai ser rebaixado ao nível figurante novamente. – Disse Diana. – E a garota dele vai ser a figurante do figurante.
— Você não perde uma oportunidade mesmo, Diana. – Jorge comentou rindo.
— Tá, eu tenho que ir. – Ela disse e acenou para todos. – E não me olhem assim, eu não vou abraçar ninguém.
Fred riu e puxou Diana pela cintura a beijando.
Quando Diana entrou na Mansão Fawley, encontrou seus pais na sala de estar. Os dois pararam o que estavam fazendo para encará-la e já não estavam mais tão sorridentes quanto nos últimos dias.
— Atrasada. – Reclamou Garrett Fawley.
— É, eu acabei me distraindo na casa da Eadlyn. – Mentiu Diana.
— Está mentindo para nós. – Disse Penélope.
— O que? – Perguntou ela sem entender.
— Fomos para a casa dos Avery, nos convidaram para tomar chá lá. – Disse o homem. – Então imagine a minha grande surpresa ao chegar lá e não ver você?
— Eu – Ela começou mas foi cortada por Penélope.
— Eadlyn também congelou, depois disse que você tinha saído a alguns minutos mas os pais dela nem tinham te visto. – Começou a mulher. – Entramos em contato com os Dashwood e Ashton não sabia de você, falamos com os Malfoy, os Pelts, então falamos com os Howard e sua amiga Lacey nos contou um detalhe importante que você deve ter esquecido.
Diana não demonstrou mas por dentro se sentia extremamente nervosa, sabia que se alguém iria entregá-la, esse alguém era Lacey. Lacey que havia parado de falar com Diana desde o baile de inverno e desde então ignorava sua existência, Diana ignorava de volta.
— Estava com ele, não estava? – Perguntou Penélope.
— E ainda tem coragem de aparecer aqui após desonrar a sua família, você nem merece ser chamada de Fawley, desonra todos os ideias dessa grande família. Um traidor de sangue imundo, Diana, você consegue coisa bem melhor, por que desceu a um nível tão baixo? – Perguntou o Fawley – Lacey ainda nos disse que ele só conseguiu 3 N.O.M.S, ainda é burro!
Penelope tinha o olhar para o meio do nada, como se seus pensamentos estivessem perdidos em algo que não a agradava. Ela se controlou para não começar a tremer enquanto lembrava da profecia, tinha certeza que quando saísse dali, correria para o banheiro e vomitaria.
— Um Weasley para piorar, a pior escória de traidores de sangue, você quer nos envergonhar, imagino o que as pessoas pensam quando te veem com um Weasley. – Disse Garrett.
— Esse tipo de comportamento é inaceitável, nós criamos você com o bom e o melhor, não pode estragar tudo por causa de um traidor de sangue. – Os lábios dela pareciam tremer. – Não sabe o que vai acontecer se fizer isso.
Diana olhou para a mãe que definitivamente parecia estar escondendo alguma coisa. As palavras da profecia martelavam na cabeça de Penelope, misturadas a uma voz conhecida que a atormentava durante toda sua vida.
— Como vai se tornar Comensal desse jeito? – Perguntou o pai revoltado.
— Não se preocupe, não tenho nenhum interesse em me tornar Comensal. – Retrucou Diana.
Ela não sabia de onde tinha encontrado coragem para falar e observar os olhares de seus pais incrédulos e assustados dificultou tudo.
— Desonra seu sobrenome, devia ter vergonha! – Exclamou Garrett, tomado pela raiva. – No que eramos na sua criação? Agora é amiga da escória, esse é o maior desgosto que podia dar.
— Vamos te manter para Durmstrang, chega de Hogwarts para você. – Disse Penélope.
— Ótimo, me mandem para lá. – Disse Diana. – Eu vou continuar mantendo a minha opinião, defendendo o que eu acredito.
— Diana você não vai sacrificar tudo o que tem por um namoro ruim, é adolescente, não sabe o que está fazendo. – Disse Penélope.
— Vai se sair bem como Comensal mais tardo.
— Matando e torturando? Não obrigada, eu passo. – Respondeu ironicamente.
— Minha filha não vai ser amiguinha da escória. – Ele disse segurando o queixo da mesma. – Não vou tolerar isso na minha casa.
— Não posso ser o que vocês esperam que eu seja, essa é a única Diana que eu sei ser. – Disse ela.
Penelope quis gritar, com Diana, com sua própria cabeça que parecia pregar peças nela, a lembrando de seus maiores medos. Precisava fazer Diana desistir daquela ideia de confraternizar com traidores de sangue e precisava fazer isso rápido, algo que a fizesse voltar atrás.
— Então vai fazer isso fora da nossa casa. – A mãe de Diana disse.
— Penelope. – Disse Garrett se virando para mulher.
— Ótimo. – Disse Diana. – Qualquer lugar vai ser melhor do que aqui.
— Esqueça que um dia foi uma Fawley. – A mulher disse se aproximando dela. – Vou te dar uma última chance de mudar de ideia.
— Eu não vou.
— Então aceite as consequências. – Disse Penelope. – Só nos procure quando colocar a cabeça no lugar, até lá eu não tenho uma filha.
O coração de Penelope pareceu se quebrar em pedaços enquanto observou a filha ir embora. Depois daquilo, não houve um dia em que ela não chorasse, ou esperasse que sua filha voltasse atrás, que não fosse a garota da profecia e sofresse as consequências. Durante tantos anos, a Fawley tinha feito de tudo – da maneira errada mas era o que pareceu certo na época – para que sua filha odiasse não puro sangues, se mantesse longe, bem longe da profecia, tinha se tornado fria, cruel, para que isso não se concretizasse. No final acabou não impedindo que sua filha fosse embora e ainda se tornando uma pessoa que desprezava, pensar que estava parecida com sua mãe a vez vomitar. De repente todos os seus dêmonios estavam de volta. Não que eles tivessem ido embora um dia.
Do lado de fora, Diana ficou estática, não sabia o que fazer e não acreditava no que tinha acabado de acontecer e também não tinha para onde ir.
Não sabia onde os Weasley estavam ficando – Fred mencionou que não estariam na Toca mas não quis contar onde estavam – e não achou que seu estado físico e psicológico eram os ideias para conhecer sua sogra e seu sogro.
Pensou em Eadlyn mas os pais dela nunca aceitariam Diana, que tinha sido renegada pelos pais por ser uma desonra para a família, uma família de Comensais como a de Eadlyn nunca aceitariam Diana que namorava um traidor de sangue e tinha ideias contrárias a eles. O mesmo servia para Ashton.
Então uma pessoa veio em sua mente, não sabia se daria certo mas era sua única opção.
hoje tem atualização de quatro capítulos, uhul
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