❦| thanks for make me smile; and don't fuck, make love
O relógio marcava exatas dez da noite em ponto. Jungkook estava na mesa da cozinha de sua casa, bebendo um copo d'Água, e esperando...
Sua expressão encontrava-se séria, e bebendo mais um gole, ele suspirou algumas vezes e fechou os punhos. Ele só não quebrava o vaso de flores que estavam na mesa, porque iria acordar a sua mãe que já dormia no quarto, no andar de cima. Além da própria adorar aquele vaso.
Seus pés descalços sentiam o chão frio, e as luzes estavam apagadas apenas com a iluminação vinda das janelas e do abajur da mesinha da sala.
Passa mais uns minutos, e a porta da casa finalmente é aberta. Seu pai entra em silêncio.
Jungkook se deu ao luxo de apenas observar calado, até o outro percebê-lo na cozinha.
— J-Jungkook? O que está fazendo aí?
— Te esperando. Não ia chegar às cinco horas hoje?
— Tive... um problema pra resolver. — estava nervoso.
Observando o jeito recuado de seu pai, Jeon apenas concorda com a cabeça, levantando e se direcionando até o outro.
— Só uma dúvida, esse problema por acaso se chama Lizz, sua secretária?
Senhor Jeon imediatamente arregalou os olhos, pego de surpresa pela acusação do filho.
— D-do que você está falando? — ele até riu nervoso.
— Ué, muito simples. — fez a expressão mais cínica que poderia. — Vamos continuar fingindo que eu não sei, aí você continua fazendo isso com a minha mãe. Não fica bom assim?
E sem esperar sequer uma resposta, Jungkook bateu o seu ombro com o pai, pôs um chinelo qualquer e caminhou em direção à porta.
— Jungkook, volta aqui. Deixa eu falar com você, você não pode contar. Sabe disso! — o homem estava desesperado nessa hipótese de tudo ser exposto.
E abrindo a porta da casa dos Jeon, Jungkook riu seco e falou antes de se retirar dali:
— O seu jeito de amar a minha mãe é muito estranho. Se amar significa fazer isso, então o amor é uma grande merda, mais do que eu já penso ser.
Não pode extravasar batendo fortemente a porta, não queria acordar sua mãe. Então se contentou em fechá-la normalmente, mas quando estava completamente fora do ambiente, logo se ajoelhou e colocou as mãos na frente do próprio rosto.
Estava com raiva, enfurecido. Ao mesmo tempo que queria contar pra sua mãe sobre o merda que seu pai era, sabia que ela sequer trabalhava. Dependia cem por cento dele, se tivesse separação hoje, não teriam nada porque ele com certeza levaria tudo o que pudesse. Com certeza faria isso, apenas por vingança.
Queria sustentar sua mãe, mas ainda precisa terminar o ensino médio e dar orgulho para ela. Tudo o que poderia fazer agora era incentiva-lá à fazer outras coisas, não continuar dependendo daquele homem. Mesmo sabendo que, ele sempre a impediria de evoluir.
— Merda! — extravasou ali, tentando se libertar um pouco do que estava o sufocando no peito.
Enquanto isso, Jimin estava no seu quarto trocando mensagens de texto em um grupo novo que seu melhor amigo tinha criado, onde estava eles dois e Hoseok, o amado de Taehyung.
Hoseok até que tem se mostrado alguém divertido, estava feliz que seu amigo estava conhecendo alguém legal assim. Tudo o que Tae menos precisava seria um babaca nessa altura do campeonato de sua vida.
Estava concentrado no vídeo engraçado que o amigo enviou, que até se assustou com alguns barulhos próximos de seu quarto que escutou. Por um momento, pensou se não seria roedores, lhe deu até um arrepio na nuca... mas caramba, segundo andar?
Até que olhou pela sua janela, e percebeu uma movimentação na tal casinha da árvore de Jungkook, isso definitivamente chamou sua atenção. Infelizmente, o vídeo engraçado que Tae tinha enviado não parecia mais tão interessante agora, e sim o porquê Jeon estava aquele horário da noite ali.
Jungkook estava sentado ali, no conforto único de sua casinha, e propôs-se um minuto de silêncio para tentar se acalmar. Pena que um barulho de CD's caindo foi ouvido pelo moreno, lhe fazendo olhar para o lado.
Vinha do quarto de Jimin.
Esperou mais uns segundos em silêncio, para tentar ouvir algo à mais, e de repente a música 505 do Arctic Monkeys começou a soar.
Agora tinha certeza que ele estava ali, acordado.
— Jimin? — lhe chamou, não demorando muito para logo ver a imagem do outro aparecendo na janela de seu quarto, com os cotovelos apoiados na borda e mãos no queixo, sem contar sua cara de paisagem.
— Oi? — tentou agir naturalmente.
Jungkook precisou dar uma risada seca.
— Estava se escondendo, por acaso?
— Escondendo?! Tá louco? Por que eu ficaria me escondendo? — suas atitudes lhe entregavam ainda mais.
— Hum, sei... — olhou-o desconfiado.
— Eu estou só esperando uma ligação, mas aí você apareceu... e aparentemente chateado. — resolveu comentar. — Hm... está tudo bem?
Ah... sobre isso. Lembrando de sua chateação, Jungkook solta um suspiro prolongado, sua expressão se torna rígida de repente.
— Não se preocupa. — não queria deixá-lo preocupado com besteira. — Você não tem que ir dormir?
— Jungkook, ainda são dez horas, e eu não vou dormir agora. Já disse que estou esperando uma ligação. — ironicamente, estava mesmo.
— Hum, entendi. — assentiu, tentando não parecer tão desanimado. — Está esperando ligação de quem?
— Da tal revista, eles vão me explicar hoje o job e se eu confirmar, já vou fotografar amanhã. — ele parecia radiante sobre a oportunidade.
— Ah... Boa. — assentiu algumas vezes. — Vai dar certo. Não se preocupa.
Jimin assentiu junto, porque também estava confiante. Mas ainda conseguia sentir que o outro definitivamente estava chateado com algo. A verdade é que Jeon nunca iria falar espontaneamente que estava com problemas, mas vê-lo triste era estranho. Jimin não gostava nada desse tipo de cena.
— Jungkook. — o chamou, sorrateiramente. — Será que eu posso ir aí com você?
O pedido do mais velho de alguma forma deixou Jungkook indeciso. Ele não queria que Jimin o visse triste pois ele teria que explicar, e normalmente não curtia muito falar seus problemas, principalmente preocupar os outros sem razão. Por outro lado, se dissesse um "não" pra Jimin agora, ele tinha certeza que se sentiria culpado mais tarde.
O que lhe restou foi devolver um sorrisinho fraco e responder:
— Vem.
Jimin ficou tão animado que nem reclamou de estar indo para a casinha da maneira que Jungkook normalmente invadia seu quarto, e que em geral achava perigoso de uma queda rolar. Mas visando a forma que o outro não estava pensando muito sobre, Jungkook foi legal em levantar para ajudá-lo a atravessar, dando sua mão.
Com um pouco de dificuldade e agarrando firme na palma do mais novo, Jimin logo conseguiu pôr os pés dentro daquele pequeno ambiente.
— Consegui! — comemorou, satisfeito. — Se eu continuar assim, vou me viciar em entrar pela janela dos outros assim como você. — brincou.
— Ué, já falei que a única janela que eu entro é a sua. — deu os ombros, fornecendo aquela resposta enquanto torna a sentar em uma das almofadas que tinha por ali.
— Hm... eu não sei definir se isso é bom ou ruim. — Jimin retrucou com uma expressão pensativa, logo se acomodando ao lado do outro.
— É ruim. — Jeon afirma, checando rapidamente as notificações de seu celular.
— Por que?
— Por várias e várias razões, mas a principal é que eu posso invadir seu quarto e roubar tudo. — apontou tal ponto de vista, guardando o celular para dar total atenção ao outro. — E quando eu digo "roubar tudo", posso incluir o dono do quarto nessa também.
Encarar Jungkook por uns segundos foi inevitável, vendo um sorriso sacana repentinamente se manter em seu rosto. Especialmente quando Jimin decide afastar-se uns centímetros dele, aquilo lhe arrancou uma risada.
— Só tira esse sorriso da cara, por favor. — avisou, sequer conseguindo manter seu olhar conectado no do outro, apenas colocando sua mão em frente ao sorriso dele.
— Por que? — Jeon tirou a mão do outro dali, achando ainda mais graça.
— Porque esse seu sorriso me deixa sem graça, é sério. — foi sincero, e apesar de constrangido, percebeu que aquela pequena algazarra valeu a pena por se tocar que Jungkook não estava mais cabisbaixo, e sim rindo daquilo. — Continue sorrindo assim. Pelo menos por causa disso, deixar você me envergonhar valeu à pena. — ressaltou. — Viu? Não está mais pra baixo.
Percebendo tal fato apontando, Jungkook apenas deu os ombros e abaixou o olhar.
— É... não sei, talvez.
— Ah, qual é. Se anima, vai. Deixa eu te contar uma coisa engraçada que aconteceu lá no curso hoje. Foi assim, o Taehyung...
A continuação dessa história poderia até ser ouvida pelo outro, se não fosse por um Jimin não conseguindo completar a frase de jeito nenhum. Sempre caindo em uma gargalha, completamente sozinho.
— O que tem ele? Diz logo! — Jungkook sequer sabia o porquê estava rindo, afinal, não sabia a história completa. — Você tá me deixando curioso por provavelmente uma besteira...
— Espera, silêncio, deixa eu contar! — respirou fundo para tentar controlar sua crise de riso. — O Taehyung estava passando no corredor do nosso curso, mas não sabia que o chão estava molhado. Aconteceu a cena mais humilhante e previsível que você pode imaginar, ele pisou em um pano e escorregou, ele fez praticamente uma abertura no chão!
Está bem, Jeon até tentou se manter sério pelo final da história ser tão previsível comparando com o início, mas não deu. Não importa se era previsível, imaginar a cena era engraçado pra caramba. Quando deu por si, estava rindo junto com Jimin como se aquilo tivesse sido a piada do século.
Até que foi bom de imaginar essa cena.
— Quando alguém está no seu momento pra baixo, você não devia interrompê-la com risos, sabia? — o mais novo tentou repreender, mas um sorriso sempre aparecia no canto de sua boca.
— Na verdade sim, deve-se fazer a pessoa rir pra ela não ficar mais se afundando na tristeza. Independentemente do motivo.
Fazer o quê? O mais novo precisou assentir algumas vezes. Era verdade, nunca curtiu muito áurea baixa prolongada.
— Jeon, tem uma coisa na sua bochecha. — ao observar o rosto do outro, Jimin notou tal coisa. — Deixa eu tirar pra você, seu moleque.
Aproximou seu braço, retirando da bochecha de Jungkook um pedaço de grama qualquer que estava grudado. Estava tão distraído passando o dedo no local para garantir que tirou, que demorou para notar o clima estranho pairando por aquilo parecer um carinho um tanto romântico.
Mas aproveitando que já estava ali, seus olhares não abandonaram o que estava visando, que era o conjunto de elementos lindos que formavam o rosto de seu vizinho. Jungkook era uma pessoa bonita, isso era fato... E mesmo que não dissesse isso em voz alta, seus olhos contavam tudo o que pensava.
Exatamente por esse motivo, que depois de um tempo Jungkook piscou algumas vezes e virou seu rosto para o lado, quebrando os olhares, mas especialmente... a visão que Jimin admirava naquele momento.
— Valeu. — tossiu forçado algumas vezes. — Jamais iria ver que tinha algo no meu rosto, obviamente.
— Ah. — ainda acordando do transe, Jimin respondeu. — Claro. Tranquilo.
E um silêncio super constrangedor acabou pairando no ar, sem motivos específicos. Um silêncio que graças ao destino, foi quebrado com o toque do celular do mais velho.
Jimin não tarda em pegar o celular e conferir, aumentando suas pupilas assim que lê a telinha.
— São eles!
— O que está esperando? Vai, entende! — Jungkook estava tão animado quanto.
Jimin assentiu, respirando fundo e ficando de pé. Ele se direcionou para um canto particular para atender essa ligação com calma.
— Oi, alô... Sim, sou eu Park Jimin. Sim, pode falar... — então, apenas começou a escutar o que estava sendo dito.
Enquanto a ligação rolava, um Jungkook bem ansioso encarava o outro, super curioso. Queria que tudo desse certo, Jimin merecia muito cada oportunidade profissional que aparecesse em sua vida, ele até lhe inspirava com tanta dedicação em tudo o que se propunha a fazer.
– Ah, minha nossa, sério?! Eu não fazia ideia. — Jimin riu de algo que escutou, e procurando palavras para continuar, apenas complementou: — Tipo, tudo bem por mim. Amanhã então? Que horas...? — escutou atentamente. — Certo, combinado. E nem se preocupe com o horário do retorno, estava acordadíssimo. Obrigado! Até amanhã.
Jimin finalmente desligou aquela chamada, e soltou umas risadas sozinho. Jungkook foi muito rápido em ficar na frente do mais velho.
— E então? — quis saber, ansioso.
— Deu tudo certo, amanhã às duas da tarde.
— Que bom então, mas por que diabos você está rindo? Ainda não entendi essa parte. — coçou a nuca.
— Jungkook, uma das mulheres da revista acabou de me falar como vai ser o projeto das fotos, e meu Deus... Eu não fazia ideia. — o olhar de Jeon permanecia perdido. — Eu vou ter que fotografar uns caras pelados pra uma revista LGBT. Você acredita nisso?!
Sabem aquela famosa reação de perder o brilho completamente? Nada poderia definir mais Jungkook naquele momento do que aquilo. Qualquer um que o visse, acharia impagável aquela mudança de humor repentina só por causa de uma fala de Jimin.
— ...Mas eles vão pagar bem. Isso que importa, ah, interessante não?
— Jimin, você acha isso interessante? — sua voz estava tentando disfarçar um nítido tom cabisbaixo e contrariado.
— Como assim? — arqueou a sobrancelha.
— Sei lá... fotografar caras pelados.
— O que tem de errado nisso? — queria entender onde Jeon queria chegar.
— Nada mas... quer dizer, tudo! — disse, impulsivo. E aquilo fez Jimin lhe lançar uma expressão incrédula. — Quer dizer... — suspirou e procurou palavras. — Digo, pra que logo isso?! Meu Deus, tanta coisa legal pra fotografar... por que... isso, sabe? Parece até que estão se aproveitando da sua boa vontade, como se soubessem que você precisa iniciar no mercado.
— Olha, Robin Hood, defensor dos oprimidos. Eu realmente concordei em fazer esse trabalho, eu quero, tá bem? Mas obrigado pela consideração. — falou, um tanto irônico a última parte.
— Hum... sendo assim, entendi. — Jimin realmente tentava estudar aquele tom de voz e aquela expressão um tanto debochada. — Você quer. Entendi. É, acho que vai ser bem legal... pra você.
Jimin riu, desacreditado.
— Quer saber Jungkook, é meu primeiro projeto pra uma revista conhecida aqui na cidade, então não estou com tempo pra me estressar com você. — deixou claro, tentando ignorar o outro e voltando ao seu sorriso animado. — Preciso verificar se está tudo certo com a minha câmera agora mesmo! Com licença.
E sem mais nem menos, Jimin foi fazer aquele caminho estratégico para dentro de seu quarto novamente. Jungkook estava indignado na forma que o medo dele de passar por ali parecia ter sumido completamente de um segundo para o outro.
— Jimin. Jimin, volta aqui. — chamou, mas foi inútil. Quando percebeu, o mais velho já estava conseguindo adentrar seu quarto novamente. — Só pra deixar claro que não vou mais te ajudar a atravessar essa janela, você nem parece ter medo de repente...
É oficial, estava falando sozinho. A animação do apreciador de homens pelados era bem maior do que lhe ouvir. Jungkook até cruzou os braços, disposto a deixar ele pra lá. Mas uns dois minutos ali, sozinho e com uma expressão inconformada, foi o suficiente para o mais novo estar fazendo a famosa rota para o quarto do mais velho.
Quando adentrou o ambiente, Jimin já está mexendo em todo o seu equipamento de fotografia, extremamente sorridente. Parecia o coringa.
Jungkook apenas observou aquilo por um tempo, até dizer após uma risada sarcástica:
— Olha, parabéns pelo trabalho acima de tudo. Mas eu não acredito que você está sorrindo igual um louco por causa disso. — precisou apontar. — Eu não acredito nisso.
— O trabalho é o ponto principal, Jeon. Foca no trabalho! — lhe respondeu, ainda sequer olhando-o, apenas mexendo em seu equipamento.
— Nunca neguei isso. Mas ah, então vai me dizer que não vai gostar de fotografar homem pelado?! — provocou, sabendo que no fundo estava sendo um pouco apelativo e babaca. Mas a verdade era só uma: Jungkook não fazia ideia do porquê estava se comportando assim com seu amigo.
— Eu não disse isso. — Jimin finalmente virou de frente pra si, com a câmera em mãos. — E se eu estiver gostando, algum problema?
Jungkook riu seco.
— Problema nenhum. Só não me impeça de te achar um pervertido... — murmurou, virando o rosto para não precisar ver a expressão indignada que com certeza o mais velho fez.
— Pervertido?! Eu?!
— É, ué!
— Mas olha só, você é um babaquinha mesmo, hein? Vou te contar... — Jimin acusou, negando com a cabeça. — Já falei que não tenho tempo para me estressar com você... Vou contar a novidade pra minha mãe. — largou o equipamento ali e foi até a porta.
— Vai contar pra ela também o que exatamente você vai fotografar?
— Para de implicar comigo, você deveria ficar feliz por mim! E aff... minha mãe saiu sem me avisar. — falou, ao perceber toda a casa escura assim que saiu de seu quarto rapidamente. — Você viu meu pai saindo em algum momento?
— Sei lá.
— Nossa, hein? Se é pra me responder assim, não precisava nem falar nada, tá bom, Jungkook? Que merda.
Sem ter muito que retrucar, mas ainda com uma expressão franzida, Jungkook apenas continuou ali no canto do quarto de braços cruzados. Enquanto Jimin, sentou-se na cadeira em frente ao seu computador, e tentou distrair sua chateação conferindo se tudo o que precisaria amanhã estava nos conformes.
Lidando com uns minutos pra si para refletir, Jungkook fechou os olhos por um momento e suspirou profundamente, frustrado consigo mesmo. Não estava se entendendo, não queria estar agindo assim e por isso se arrependeu de alguns pontos de sua atitude. Considerando isso, tornou a se aproximar do mais velho que estava sentado.
— O que foi? — Jimin lhe olhou dos pés à cabeça, curioso sobre a aproximação. — Está me assustando com esse olhar...
— Foi mal, tá bem? Se ofendi em algum momento, não foi a intenção. Tô feliz por você. Só quero ter certeza que está confortável com esse projeto... que não está fazendo apenas porque foi a oportunidade que surgiu.
Jimin suspirou, mas no fim precisou rir fraco. Conseguia ver nos olhos do outro a resposta que ele queria, mas o mais velho não poderia dar esse gostinho.
— Jungkook, pela milésima vez... sim, eu quero. Não me importo se você fica me chamando de pervertido, ou jura pelas vozes na sua cabeça que posso ficar desconfortável com isso. Eu quero ir mesmo, é importante pra mim e se você não se importa com isso, que pena né... grande apoio você está me dando. Eu disse, e vou dizer de novo... sim, estou tranquilo com tudo, achando até interessante, aliás. É uma experiência diferente.
Tudo o que estava passando pela mente confusa de Jeon, era que estava sendo um tanto estranho saber que Jimin iria ver outros caras pelados e ainda ter que fotografar, ou até mesmo... sei lá, acabar desejando eles. Que sentido tinha esses seus pensamentos? Nenhum, afinal, Jimin tinha o poder de fazer o que quisesse.
Assim como se Jungkook quisesse ter ficado com alguém na boate quando saiu (coisa que acabou por não fazer), também não teria problema. Eram amigos afinal, não?
Motivo pelos seus instintos, invenções momentâneas e nem tanto o racional, o mais novo foi conquistando uma aproximação a mais com o outro.
Retirou a câmera de sua mão, colocando-a em cima da mesinha, e é claro que Jimin lhe fitou confuso.
— Tudo bem, Park Jimin. Já entendi que você acha interessante. Mas agora eu tenho uma pergunta muito particular pra te fazer que está rodando pela minha mente agora: — se aproximou, o suficientemente para os seus rostos estarem próximos. — Você ver homem pelado? — simplesmente lançou o questionamento, arqueando a sobrancelha e com um sorrisinho cínico. — É isso que você quer?
A mente de Jimin desnorteou. Para onde diabos aquela discussão boba de agora pouco estava se encaminhando?
— Jungkook...
— É isso, Jimin? — e sem nem pensar mais sobre, o moreno simplesmente arrancou sua blusa do corpo e jogou em qualquer canto do quarto. Assim como sua calça moletom, e Jimin não conseguia desprender os olhos daquela cena, ainda sem muito o que dizer.
— Caramba, Jungkook... — colocou as mãos nas bochechas, apenas pra checar a temperatura de seu próprio rosto. — O que você está fazend-
— Shhh! — aqueles dedos maldosamente bonitos pousaram em seus lábios, lhe pedindo silêncio. E quando Jimin acordou de um breve transe de segundos, pôde observar perfeitamente Jungkook apenas com sua cueca azul-marinho, e seu dedo indicador descendo para o seu queixo, como quem direcionasse Jimin a fazer o que aconteceu em seguida: um calmo e necessitado de ambas as partes, beijo de língua prolongado.
Jimin não demorou muito naquela troca gostosa para colocar-se de pé novamente, facilitando o contato entre eles. As mãos do mais novo logo se posicionaram na cintura de Jimin, lugar a qual não demorou muito... pois logo chegou onde queria: em seu bumbum empinado e volumoso.
As mãos dele adentraram a calça frouxa e a cueca do outro, tocando (ou devemos dizer apertando e batendo) na pele gostosa das nádegas dele. Talvez ele estivesse se empolgando cada vez mais em seus desejos e atitudes, mas não estava sendo nada que Jimin não correspondia na mesma intensidade.
Especialmente quando aquele moleque começou a devorar seu pescoço de uma forma tão boa, que caramba, Jimin jurava que apenas homens mais velhos tinham esse tipo de pegada. Estava completamente enganado.
Após uns minutos naquilo, Jimin já estava tão envolvido, que se deixou ser despido da forma mais rápida que o outro conseguia se livrar de suas roupas. Quando piscaram, o mais novo posicionou-se em cima de si em sua cama, retirando a última peça que envolvia o seu corpo: a maldita cueca. Jimin precisou revirar os olhos quando suas peles e suas partes íntimas se encostaram, provando mais que tudo que aquele desejo estava sendo muito mútuo.
Jungkook, apressado da forma que estava, chupou seus próprios dedos os molhando o suficiente para poder esfregá-los provocantemente na entrada cheia de vontade do outro, até gemidos só com isso foram ouvidos.
— Vou te fazer me querer... só coloco os dedos quando você quiser. — Jungkook sussurrou em seu ouvido, fazendo Jimin sequer pensar em um lubrificante naquele momento.
— Coloca, por favor... — praticamente implorou. — Vai!
E então, Jungkook fez. Dedicando um tempo necessário e delicioso naquelas preliminares. Tempo suficiente para que logo Jungkook não estivesse aguentando mais, queria parar de enrolação e fazer o que seu corpo estava formigando de vontade.
— Pede, pede por mais... — o mais novo queria provocá-lo, mas a verdade é que quem estava precisando implorar por aquilo era ele. — Pode pedir, eu quero muito ouvir.
— Sei que você quer... vem, eu quero bem mais...
E aliviado e ansioso, Jungkook finalmente largou das preliminares que estavam lhe acumulando, e foi para a parte dos finalmente, apenas observando as expressões de prazer do outro quando penetrava calmamente.
Começou devagar, acelerando as ações conforme o seu corpo entrava em combustão e o corpo de Jimin reagia à si.
Bom seria muito pouco para definir o que acontecia naquela cama entre os dois. Um química dessas... Jungkook só conseguia pensar que não era com qualquer um que existia.
— Droga, Jimin... O que me impede de ser só seu amigo é que eu gosto muito da sua bunda grande, dos seus lábios! — continuava a estocar, colocando pra fora tudo o que a emoção do sexo lhe fazia dizer em voz alta. — Eu gosto de morder seu pescoço, de ouvir seus gemidos... — e os gemidos do outro não ajudavam a amenizar o desejo. — Mas principalmente... eu gosto de como a gente se conecta tão sexualmente bem!
— Caramba, continua!
Jimin chegou nos "finalmente" antes mesmo outro, tremendo e se expressando da forma que seu corpo mandava. E após ver que Jimin tinha se derramado em prazer, o mais novo diminuiu a frequência por começar a cansar, com isso Jimin viu a oportunidade perfeita de finalizar o prazer do outro. Decidido, o fez deitar-se completamente em sua cama.
— Jimin... o que vai fazer? — questionou desconfiado, ao ver o outro subindo em cima de si, basicamente invertendo as posições.
— O nome disso é boquete, já ouviu falar? — perguntou irônico, com um sorrisinho debochado.
— Jimin, você- Ah! Merda! Isso tá muito bom...
E digamos que depois disso, eles tiveram a plena certeza que tinham muito mais do que uma amizade legal, a química sexual não ficava pra trás, definitivamente.
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Após aquele momento intenso, Jeon apenas acariciava os cabelos de Jimin, enquanto o mais velho estava com sua cabeça acomodada no travesseiro, descansando. Estavam exaustos, mesmo que muito satisfeitos.
— Posso ir com você amanhã? A verdade é que eu sempre quis ver um ensaio pornográfico de perto. — repentinamente, o mais novo falou.
Aquilo fez Jimin rir.
— Vou fingir que esse sempre foi seu sonho mesmo, por isso está me pedindo pra ir.
— Não julgue sonhos alheios. Vai ser divertido, não? Não seja egoísta e divida essa diversão comigo.
A verdade é que por enquanto ainda não ocorreu do mais novo olhar para outros caras da mesma forma que olha para Jimin. Seu desejo por ele é um tanto... único e particular. Mas não era algo que precisava gritar para os quatro cantos, então podia falar o que quisesse.
— Você é impressionante... Mas fazer o quê? Preciso de um ajudante realmente. Contratado, mas sem comissão. — Jimin declarou, ainda de olhos fechados pelo cansaço. Sentia que dormiria a qualquer momento.
— Se também tiver mulheres peladas, já está mais do que bem pago.
— Ah, quem é o pervertido agora? — Jimin precisou lhe fitar, o acusando. Aquilo tirou uma risada do mais novo. — Seu malandro. Vamos dormir. Amanhã você tem aula, e depois disso... você tem uma tarde cheia comigo, jovem aprendiz.
— Mal posso esperar. — a ironia ficou explícita ali.
Jimin puxou o corpo de Jeon contra o dele em um abraço adorável, e o mais novo o encara a primeiro momento. Esse carinho absurdo era algo que chocava, e podia dizer que até assustava o mais novo... Mas depois, acabou fechando os olhos pelo cansaço e conforto, sem perceber, um sorriso de canto nasceu na sua boca.
Treehouse em:
Química sexual é mais
que complemento.
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