P.O.V
JEON JUNGKOOK.

A festa de Jimin estava incrível e fiquei até orgulhoso em fazer parte disso. As pessoas se divertiam e dançavam sem parar, o clima estava agradável e exalando felicidade como o aniversariante merecia.

Eu estava me divertindo também, apesar de estar me controlando muito mais na bebida. Eu curtia beber, e na minha idade, é claro que era o passatempo favorito de muitos amigos meus em festas. Mas a verdade era que Jimin não tinha mais controle de nada que estava acontecendo.

Eu nunca tinha visto Jimin bêbado, e eu deveria estar sério e tentando ser responsável. Mas cara, eu não consigo. Devo admitir que Jimin bêbado que é a coisa mais engraçada do mundo! Sem exageros.

E falando isso, caramba, o que ele está fazendo...?

— Ok, acabou a graça, não vou mais rir. Desce de cima da mesa, você não deveria estar deitado aí... — eu estava passando por uma prova tensa na minha vida, porque minha imaturidade mandava gargalhar das atitudes de Jimin, mas o meu lado que me importava muito com ele me aconselhava que eu deveria ser seu suporte agora que ele estava neste estado de espírito.

Mesmo que ele estivesse deitado no balcão da sua cozinha cheia de salgadinhos, gargalhando sem motivo algum. Esse pessoal está completamente alterado? Porque ninguém para pra me ajudar com ele? Devo ser o único sóbrio à essa altura, e não está sendo por escolha e sim porque a prioridade é que Jimin se divirta no próprio aniversário.

Deixa ele se divertir... Só preciso ficar atento, claro.

Tomei mais um gole do meu energético enquanto o observava ali, sendo feliz e com toda certeza em uma situação que o seu eu sóbrio morreria de vergonha. Acabei soltando uma fraca risada.

— Queria ficar sério mas sua situação é hilária. — lhe avisei. — Espero que lembre de tudo sóbrio, está parecendo uma tartaruga com o casco virado.

— Não me chame de tartaruga, seu inconveniente! — ele tentou gritar comigo com sua voz embaçada que sequer dava para entender certas coisas. — De casco virado, então? Cascudo é você!

Prendi uma risada.

— Se você diz. — tomei mais um gole.

— Ahh você vai ver! — o observei tentando se por de pé novamente, fora daquela mesa. — Eu vou levantar e você vai se arrepender amargamente de ter me chamado de tartaruga!

Ergui uma de minhas sobrancelhas, enquanto o esperava fazer algo. Acontece que tudo o que Jimin conseguiu fazer foi sentar-se na borda e chacoalhar as pernas sem nenhuma explicação.

— Vai descer? — incentivei.

— Não tá vendo que não tem como? Tá alto pra caralho! — exclamou, demonstrando-se chocado e eu balancei a cabeça negativamente.

— Jimin, é centímetros de distância. Só pula!

Talvez eu não devesse ter dito "só pula" para uma pessoa alcoolizada, porque em decorrência disso, Jimin acabou caindo de bunda no chão desastrosamente e eu me repreendi na certa. Que merda.

— Meu Deus, tá vendo? — mas não dei o braço a torcer e lhe repreendi enquanto o levantava daquele chão e o fitava esfregando a mão na bunda, justamente no lugar do baque. — Para de subir em lugares assim, tá bem? Se você cair de novo, eu não vou rir, vou gargalhar. Já está avisado, viu?

E aparentemente ignorando tudo o que falei, ele caminhou rapidamente para bem longe de onde eu estava, me fazendo sentir na obrigação de segui-lo para vigia-lo nesse estado. Larguei meu copo em um canto qualquer e fui atrás.

Eu vou parar de beber por aqui, sei muito bem como fico quando estou bêbado e bem, hoje não. Tenho muita vergonha do que sou bêbado, porque de alguma forma a genética do meu pai aflora. Quando o álcool me atinge em um certo limite, ou eu falo muita merda ou fico com um tesão do caralho.

Ou os dois. Bem, de qualquer forma ficar só com tesão posso considerar a hipótese menos fodida, porque sabe, ninguém explode de tesão.

Eu sou muito escroto como bêbado, isso é muito fodido.

Mas sobre Jimin, o acompanhei adentrando em um corredor próximo do que deveria ser o quarto de seus pais, lugar o qual era mais distante daquela bagunça toda e música alta.

O observando simplesmente encostado na parede e bem, acho que brisando de alguma forma, me encostei ao seu lado.

— Ei tartaruguinha, quer ficar parado um segundo?

— Argh! Inconveniente. — eu até ri seco das coisas aleatórias que ele estava me chamando. — Eu já disse que não sou uma tartaruga, se é pra ser algum animal, eu com toda certeza do mundo seria um gatinho! Então fique ciente.

— Ah, um gatinho, é? — se você não pode lutar contra ele, junte-se ao papo dele. — Então quer dizer que você sabe miar?

— É claro que sei! — ele estava realmente chateado que eu estivesse duvidando. — É assim, ô... Meow, meow!

— Meu Deus, Jimin, o que você está fazendo? — eu não estava acreditando na imitação que estava fazendo, principalmente na simulação de lambida na "patinha" que representou. A minha pergunta nesse momento era: o Jimin sóbrio sabe como o Jimin bêbado fica? Porque eu mesmo, nunca imaginei que ele ficasse tão engraçado e necessitado de cuidados.

— Meow...meow... — até me assustei quando ele aproximou seu rosto e o esfregou conta o meu peito. Ali, eu não aguentei, me explodi mesmo de rir. Ele estava imitando a porra de felino, cara! — Meow...meow!

— Jesus, Jimin, para com isso porque é fofo e bobo ao mesmo tempo. Eu não sei se é certo rir de você assim!

— Mas você está rindo!

— E quem não riria disso? Agora chega, chega de esfregar seu rosto em mim. — afastei delicadamente o seu rosto do meu peito e o fiz me olhar nos olhos. — Sabe o que você precisa? Água! E vamos voltar pra lá, a qualquer momento você deve cair de sono mesmo.

Ele continuou com suas risadas sem motivos nítidos, mas até que cede ao meu pedido e caminhamos de volta para onde seu aniversário estava rolando. Queria dizer que já está na sua hora de dormir pelo seu jeito, mas a verdade é que era seu aniversário. Ele tinha o direito de aproveitar até onde aguentasse, e vou tentar fazer o mesmo curtindo sua festa que estava repleta de pessoas agradáveis.

Afinal, eu não preciso de álcool para estar me divertindo.

[🌳]

O relógio do meu celular marcava duas e pouco da manhã, e a festa de Jimin ainda acontecia. Não tinha tanta gente quanto antes, mas o clima estava suficientemente agradável para ter pessoas ainda aproveitando.

Eu sinceramente achava que o clima seria bom até o final, mas eu estava conversando com Jackson em um canto quando um grupo de pessoas adentrou a festa de Jimin. Aquilo chamou minha atenção apenas depois de uns minutos, e eu não estava reconhecendo o rosto de ninguém até que meus olhos bateram na figura de Yoongi e fechei minha expressão na hora.

Eu não estava acreditando que ele teve a coragem de estar aqui, e depois dessa, ele ia muito além de um cara de pau. Ele era um completo inconveniente.

— Não acredito... — resmunguei, insatisfeito.

Respirei fundo, e me despedi de Jackson para caminhar até a figura convencida e parar em sua frente, chamando sua atenção. A hipótese de não deixar ele saber o quão idiota é, me incomoda. Minha raiva aumentou quando ele riu fraco.

— O que está fazendo aqui?

— Só vim dar os parabéns para o Jimin, não é aniversário dele?

— Se fosse pra fazer isso, deveria ter vindo pelo menos mais cedo. Ele nem tá em condições de falar com você.

— Oh, sério? Ele está bêbado? — ele riu com a hipótese, o que me fez pensar que esse idiota conhecia o Jimin bêbado.

— Só não quer falar com você.

Eu não queria imaginar Jimin próximo dele, no estado em que estava. Simplesmente não queria.

— Que adorável... Ele realmente tá bêbado. — Yoongi falou, observando Jimin de longe nitidamente zero sóbrio.

— Como sabia que tava rolando festa? — desfoquei ele, para que se concentrasse em mim. — Pra aparecer aqui do nada, além te contou.

— Ué, o Jimin me convidou. — o fuzilei com os olhos de uma maneira que ele logo se adiantou: — Brincadeira, cara. Relaxa, fica mais tranquilo. — bateu em meu ombro. — Vi nas redes sociais da galera, e claro, lembrei do aniversário de Jimin. Fica de boa, eu só quero curtir um pouquinho a festa como todos aqui.

— Olha cara, sério... — esfreguei meu rosto, exausto só de pensar em ter que explicar isso para aquele sem noção. — Daqui a pouco as pessoas vão embora e Jimin precisa-

— E aí, aniversariante! — sua irritante voz me interrompeu porque Jimin tinha repentinamente chego próximo da gente, olhando curioso para a presença de Yoongi. — Feliz aniversário, ursinho. Tá se divertindo? — eu não vou mentir que me incomodei absurdamente quando ele puxou Jimin para um abraço. Eu sei que sou ciumento, mas de verdade? Quando se trata desse cara, eu preciso que minimamente seja passado um pano pra mim. Ninguém suporta ele.

— Jungkook... — Jimin acabou chamando-me, e claro que logo dei atenção. — Avisa pra ele que eu sou um gatinho, não um ursinho!

Ok, só ele mesmo para me arrancar uma risada sincera mesmo estando em frente a um babaca.
Pois é Jimin, você tem razão! E eu vou informar mesmo para esse malfeitor.

— Pra sua informação, ele é um gatinho. Corta esse ursinho. — lhe lancei o sorriso mais falso do mundo, enquanto tentava ficar mais tranquilo com as mãos nos bolsos.

— Ai Ai, Jimin, você é uma figura bêbado. — começou a rir. — Que tal a gente dançar um pouquinho? O que acha? Você quer?

— Claro! Quero muito. — a empolgação de Jimin me murchou completamente, mas é claro que eu não poderia impedi-lo.

— Ótimo, então vamos? — levantou sua maldita palma, mas para a minha sorte e alívio, Jimin pouco estava interessado em pegar sua mão. Foi correndo sozinho para onde os amigos estavam dançando e se divertindo. Meu sorriso voltou.

Boa Jimin.

— Não ria. E com licença que eu vou dançar. — Yoongi avisou-me, mas antes que ele pudesse se retirar, eu instintivamente agarrei seu braço.

— Não inventa de se aproveitar dele só porque ele está bêbado, isso seria muito idiota. Até pra você.

— Relaxa! — largou seu braço do meu aperto. — Eu só estou aqui pra aproveitar e festa e vê-lo se divertir.

Claro que eu não me senti melhor, principalmente com o sorriso malicioso que ele lançou ao se retirar dali. Eu estava frustrado, incomodado com sua presença. Ao mesmo tempo, algo me dizia que eu seria muito imaturo de fazer um barraco ou birra em um momento tão feliz para Jimin.

Certo que ele não está nem um pouco sóbrio, mas mesmo assim, estava extremamente feliz. Se tivesse uma forma de expulsar aquele idiota sem que ele criasse algum tipo de situação que me deixasse completamente transtornado, eu faria.

É Yoongi, eu espero que você realmente se comporte. Sequer é bem-vindo aqui! Por um instante, queria Jimin sóbrio para te expulsar sem dó e com a autonomia que eu não tenho.

      [🌳]

Só as três e pouco da manhã que a casa de Jimin começou a esvaziar. Mas para o meu ódio, nenhuma dessas pessoas que foram embora incluíram o jogador de basquete e sua turma.

Desde que ele chegou, eu fiquei o vigiando descaradamente principalmente durante sua presença na pista de dança improvisada que criaram na sala dos Park. O momento que cheguei perto de me descontrolar foi quando observei no canto conversando com um colega seu e seus olhares irritantes na direção de Jimin.

Me contive muito para não ir lá e perguntar sobre o que era a porcaria do assunto, mas o que priorizei foi afastar um pouco Jimin dali e deixá-lo sentado, bebendo um pouco de água.

De tanto ficar cismado, vigiando, o único momento que me retirei foi para pegar algo para beber na cozinha e respirar um ar puro.

— Pega, tem mais aqui. — lancei a latinha de cerveja para Jackson, que me acompanhou até o ambiente.

— Cara, são três da manhã. Essa é minha última, vou já vazar. — verificou no relógio do celular, em seguida dando um gole. — Que horas você acha que o resto dessas pessoas vão embora?

— Pois é, não faço ideia. Mas espero que logo, o Jimin precisa dormir. Você viu como ele está?

— Vi sim, acho que daqui a pouco você já pode colocar ele pra deitar. Muito tarde. — Jackson aconselhou, fazendo-me assentir com a ideia porque estava pensando a mesma coisa.

— Vou fazer isso, e vou tentar fazer aqueles idiotas jogadores vazarem.

— Quem são aqueles caras?

— Ex do Jimin e os amigos dele. — falei, com contragosto.

— Puta merda, que situação. Olha, se você quiser eu começo a falar com o resto da galera aos poucos sobre estar encerrando tudo por aqui, aí você aproveita e coloca Jimin para dormir.

— Nossa, ajudaria muito, na real. Valeu, Jackson! Vou lá atrás dele.

E depois de um aperto de mão, voltei para onde eu tinha deixado ele. Não estranhei muito quando não o encontrei lá, afinal, da forma que Jimin estava, para levantar-se e ir se divertir era rápido. O que verdadeiramente começou a me preocupar foi quando não o achei em canto nenhum no meio daquele pessoal que ainda estava presente, e por isso comecei a perguntar de alguns. Até que Hyuna me avisou que viu Jimin indo para tal corredor, que era o do quarto de seus pais, e ela imaginou que ele fosse se deitar.

Não perdi tempo em correr até lá, e quando dobrei aquele corredor isolado, o que vi de repente me fez pouco me lixar se eu iria agir impulsivamente ou não.

— Tá louco?! — sem cerimônias, empurrei o sem noção que estava praticamente colado em Jimin. Ele quase caiu no chão se não fosse por se segurar pelas paredes, mesmo com a surpresa.

Jimin parecia sonolento, apesar de acordado. Completamente vulnerável para tudo.

— Jimin, tá tudo bem? — primeiro perguntei, vendo-o sorrir fraco com os olhos fechados e assentir algumas vezes, aéreo. E com isso, minha carranca se voltou para a imagem do idiota próximo. — Não toca nele nunca mais! Tá me ouvindo?! Tá me entendendo? — quando dei por mim, já tinha dado mais um empurrão nele.a

— Ai, cara! Calma! — colocou as mãos em frente ao corpo, para se proteger. — Para de ser maluco! Eu só vi ele vindo pra cá e seguir ele pra ajudar, eu tava perguntando se ele tava bem!

— Não me interessa suas desculpas, seu idiota. — o clima estava tão tenso, que eu acredito que a única coisa que tenha conseguido me acalmar minimamente, foi Jimin aleatoriamente me abraçando pelas minhas costas, de forma super carinhosa me apertando contra si.

— Moleque, tá me interpretando errado. — Yoongi tentou se explicar, mas nada do que ele falasse adiantaria para mim. Até ri seco.

— Não interessa o que eu interpretei, eu cheguei e você tava praticamente colado com ele. Tem noção, não? Se ele tivesse sóbrio, você iria ser a última pessoa que ele gostaria de estar sozinho em um corredor.

— Não tente dizer o que eu ia fazer... — ele estava começando a ficar putinho. Enquanto eu? Já estava há tempos. — E se ele se machucasse sozinho? Não fique insinuando merdas!

— Porra, ele está namorando comigo! — eu não aguentei e simplesmente desabafei. — E mesmo que não estivesse, ele não te quer! Mas se você precisa que ele esteja em uma relação para deixá-lo em paz porque é babaca, pronto! Agora ele está.

— Jimin... Jimin, eu fiz alguma coisa à força? — seu ego estava amargamente ferido só de eu ter insinuado que ele quis se aproveitar de Jimin. — Jimin... Ah, com licença! Eu estou tentando falar com ele, mas você mal me deixa pisar um centímetro próximo dele!

— Yoongi, ele não está bem pra conversar. Assimila isso! Tenho que te ensinar como ser um ser humano decente, seu atleta egocêntrico? Vaza da casa dele.

Ok, se dependesse dele, aquela conversa não se encerraria tão cedo. Então eu dei um basta, segurando Jimin pela mão e o levando comigo para bem longe desse sem escrúpulos.

Sentei com ele nas cadeiras de sua cozinha, apenas porque naquele momento era um dos cômodos mais vazios, e logo comecei a analisá-lo cuidadosamente.

— Me diz, você está realmente bem? Ele não fez nada, né?

E meio sonolento, Jimin sorriu e apontou para os próprios lábios. Aquilo foi o suficiente para eu me arrepiar negativamente só de imaginar.

— E-Ele te beijou? Foi isso...?

— Não, Jungkook! É pra você me beijar.

Ok, meu coração se acalmou. Até suspirei aliviado, e devolvi um sorriso menos nervoso.

— Claro. — me aproximei apenas para dar um selinho, no estado que ele estava, óbvio que era o suficiente. Eu só consegui dar esse selinho porque estamos oficialmente namorando e sei que ele aceitaria, mas se não tivéssemos nada oficializado como há horas atrás, acho que nem isso eu estaria fazendo.

Sem explicações, só era a primeira vez que eu lhe via bêbado e isso realmente me fez ter um senso protetivo ao extremo especialmente pelo o que acabou de acontecer. Se arrependimento matasse, eu provavelmente estaria enterrado no chão por ter saído naquele momento para pegar mais bebidas.

— Fica aqui que eu vou encerrar essa festa oficialmente, tá?

E precisei apenas de uns vinte minutos para esvaziar a casa dos Park. Para a minha sorte, antes que eu começasse a falar para os que ficaram que encerrou, Yoongi e sua turma já tinham vazado. É aliviante porque eu com certeza não estava com cabeça para interagir com ele mais uma vez.

Talvez, só talvez, eu tivesse criado uma aversão monstruosa contra ele. E depois de todas as coisas que ele fez depois que retornou para a cidade, o buraco era muito mais embaixo do que apenas ciúmes porque é o ex do Jimin. Claro, envolve, mas definitivamente o atleta deu mais motivos para que eu não queira ele nunca mais perto do meu oficialmente namorado.

De qualquer forma, antes que fique a dúvida de onde estava o melhor amigo de Jimin nisso tudo, ele acabou indo embora bem mais cedo depois de beber e ficar quieto demais. Hoseok aproveitou para levá-lo para casa em um certo momento.

E agora, com portas trancadas, luzes apagadas e não faltando tanto assim para começar a amanhecer, eu tinha um Jimin destruído que eu precisava urgentemente colocar na cama.

— Jimin, sei que está cansado, mas vai precisar colaborar. — pedi enquanto tentava lhe fazer subir as escadas para o seu quarto e ele dificultava jogando muito peso no próprio corpo, consequentemente me impedindo que o levasse.

Ele está caindo de sono, posso ver.

— Tô sem forças! — o mais velho resmungou, frustrado. — Tem muitos degraus!

— Vamos, se concentre... Você consegue.

— Meow...meow...

— Bebê, o Jimin gatinho agora não... — eu resmunguei, quase choramingando.

— Meow!

Lembrete importante: lembrar de perguntar ao Jimin sóbrio se ele sempre fica miando bêbado desse jeito.

Com muita luta, depois de cinco minutos finalmente consegui colocá-lo em sua cama e comecei a tirar seus sapatos. Ele se cobriu logo com o cobertor, e ficou me encarando, como se esperasse algo de mim mesmo que morrendo de sono.

Não há dúvidas que deixá-lo sozinho me parece uma má ideia, mesmo que daqui há algumas poucas horas seus pais com certeza já cheguei da noite de casal. Não importa, sei que eu precisava ficar ali com ele porque eu imagino o pior. Já pensou ele se levanta e cai pelas escadas? Quero nem imaginar.

— Afasta, vou deitar com você. — lhe informei.

— Sério? — e ele sorri, me fazendo subtender que era isso que ele esperava ao me encarar. Pareceu até mais relaxado, sinceramente.

— Não te deixaria sozinho. — aproveitei o espaço e me acomodei ao seu lado depois de tirar meus calçados. Eu estava tão exausto quanto ele, mesmo que não tivesse me afundado na bebida. Você sabe que está morto quando está de calça jeans, mas só por estar em uma cama, está mais que confortável para uma boa soneca.

— Você vai ficar de novo... — antes de adormecer, ouvi Jimin murmurar enquanto estava agarrado à mim. — E olha que nem está chovendo.

Não resisti em sorrir ao ouvir aquilo de seus lábios, mesmo sabendo que são palavras com bebida alcoólica, também é a sinceridade acima de tudo.
É Jimin, nem está chovendo e eu vou ficar. De novo.

  Treehouse em:
Oficialmente namorados,
porém amanhã uma ressaca de matar.

[N/A]:

Até o próximo capítulo com nosso
casal oficialmente namorando ❤️