35 | Os Desastres Começaram...


*Sophia Fonseca*
O que dizer sobre todo este tempo, simplesmente a minha maior alegria estava dentro de mim, Steve fazia-me sentir uma mulher realizada e cheia de garra. Ter um grande apoio como ele a meu lado era a coisa mais gratificante na vida, como hoje ele ia para outra cidade resolver uns assuntos de polícia durante alguns dias eu perguntei ao pessoal se não podia passar estes quatro dias com eles.

Desde o momento em que eles souberam da gravidez e desde que Hugo fez aquele escândalo todo eu poucas vezes colocava os pés em casa e quando colocava era só para saber de notícias e passar algum tempo com as meninas até Steve sair do trabalho.

Agora tinha que ultrapassar os meus medos e estar lá ainda mais de noite, ele tentava falar comigo, todavia era complicado demais para mim falar novamente com ele depois do que ele me disse. Quando ele disse aquelas palavras meu coração partiu por completo era como se algo dentro de mim morresse junto com o amor que eu tinha por ele, provavelmente não iríamos ficar mais juntos.

Estava perto da casa do pessoal até que vejo todos eles entrando na Van, eu não sabia o que se estava a passar por isso estacionei logo o carro e corri para tentar captar alguma informação a esse respeito, mas pelo jeito de todos parece que tinham ficado a saber de algo há pouco tempo.

-Bom dia pessoal! O que se passa aqui?

-É o meu pai Soso, ele supostamente traiu a minha mãe. — Oliver com cara de choro entra na Van e não dirige mais nenhuma palavra.

-Bem...vou com vocês! Onde é que vão mesmo?

-Para a casa dos pais dele. - argumenta Lexus sentando-se no banco da frente com a minha ajuda e logo me sento perto dela. -Parece que a situação não é das melhores!

-Porquê o que se passou? Eu hoje não fui ao telemóvel ainda! Além do mais esqueci dele em casa.

-Bem estão a dizer nas notícias que o Charles traiu a Mónica enquanto ele fazia uma viagem e já sabes como é. Nem quero imaginar a reação do Pedri!

-O meu pai já deve estar lá em casa deles, o temperamento dele não é bom em relação a isso. - murmura Math olhando para nós as duas. -Além do mais não duvido nada de que Charles esteja a fazer as malas.

-Não fiquemos assim, tudo vai se resolver. Aliás, Lexus posso telefonar ao Steve para dizer que deixei o meu telemóvel em casa e logo que possa irei buscá-lo?

-Claro amiga pega.

Toda aquela situação estava de cabeça para baixo, Oliver não queria falar com ninguém. Ver os pais brigarem e muito provavelmente separarem-se é complicado e eu não sei como estava Peter também. Eles não mereciam sofrer desta maneira, Mónica não merecia sofrer desta maneira. Era horrível pensar que o último casal de 2023 a apaixonar-se seria o primeiro a separar-se.

Esperemos que não aconteça com mais nenhum.

Chegamos a casa dos pais de Oliver e o clima estava meio pesado. A porta estava aberta e havia malas na parte de fora de casa, Oliver saiu logo da Van com a esperança de tentar amenizar a situação, todavia não deu em nada. Aquilo era um completo desastre, tudo aqui não estava nos planos de ninguém e o que mais queríamos era que Mónica e Charles se resolvessem.

Entremos na casa e como Math havia dito, Pedri estava lá tentando acalmar a Mónica enquanto Charles colocava todas as suas coisas fora de casa. Supostamente o que a internet postou eram rumores, mas acho que ia além do que imaginávamos. Aquilo era o caos total, tudo estava prestes a desabar se não fosse corrigido o erro da melhor forma possível.

-Porque estás a ir embora pai?! Não se podem resolver?

-Não filho! As coisas não se resolvem apenas de um dia para a noite e eu e a tua mãe já temos a decisão tomada mesmo ela não acreditando que eu não a trai.

-Outra vez essa conversa Charles, as provas estão contra ti! Vídeos comprovam tudo e ainda queres que eu esteja com um homem em casa ainda mais com o Peter em crescimento e vendo a figura paterna que ele tem?

-Eu vou levar o meu filho! Eu terei a guarda total dele. E além do mais eu sou um excelente pai para os meus filhos.

-Ei, ei, ei! - surpreso Oliver se mete no meio de ambos. -Vamos lá parar com isso, vocês estão a ser crianças atuando dessa maneira vocês não vêem que estão a prejudicar-vos?

-Oliver tem razão tios! As coisas podem ser resolvidas da melhor maneira e esta não é uma delas. Ok, eu admito, Charles pode ter cometido um erro mas tens que entender o lado dele percebes?

-Não á nada para falar Sophia! - diz Pedri me abraçando. -O divórcio já foi assinado. Mas nas cláusulas não havia nenhum ordem para Peter ir contigo Charles.

-Além do mais Peter não vai contigo a lado nenhum. Ele está na casa dos avós para não ter que precensiar isto.

-Ele vai comigo e ponto final Mónica! Não repito novamente. - exaltado Charles agarro no braço de Mónica, o que antes não tinha feito. -Eu vou buscar o meu filho.

-Meu filho! Meu também, pensas que só tu é que te importas com ele? Além do mais Peter precisa de mim.

-Precisa nada, ele já é bem grandinho, tem 7 anos e não precisa mais de ti para de o tratar como se ele fosse uma criança!

-Eu vou sentar-me que é melhor, antes que tenha aqui um treco isso sim! - argumenta Lexus e logo Matheus puxa uma cadeira para perto dela. -Obrigada amor.

-Ele é uma criança Charles, ele não irá perceber nada do que irás fazer.

-Não tentes virar a cabeça dele contra ela Charles porque se não a conversa ficará pior para o nosso lado.

-Eu o irei levar para o Mónaco, é a cidade onde ele nasceu e onde nunca deveria ter saído.

Um estalo. A única reação de Mónica foi apenas dar-lhe um estalo. Aquilo tudo estava a descambar de uma maneira absurda, seus corpos estavam prestes a explodir e muito provavelmente sobraria para nós.

-Pai! Tu vês o que é que estás a causar?

-A causar? Eu não trai ninguém a tua mãe é que não quer saber disso para nada. Além do mais não terás dinheiro nenhum meu se era isso que querias!

Mais um estalo. A situação não era das melhores Mónica estava a perder a cabeça com toda aquela situação e acho que eu e Lexus também estávamos. O estresse não nos fazia bem e só prejudicava os seres dentro de nós.

-Se queres sair de casa, sai pai! Mas eu não vou deixar a mãe desamparada numa situação que tu criaste. Além do mais eu sou bem crescidinho e posso pedir a guarda do Peter.

-Só podes estar a brincar comigo Oliver, não podes fazer isso eu sou o pai dele. Tirando isso tudo o teu contrato com a Ferrari está encerrado.

-Estas a brincar com a minha cara, eles não vão aceitar isso! Tu sabes que eu sou o melhor piloto da Ferrari e se eu não correr pela Ferrari irei vingar e correrei pela Mercedes ou pela Redbull!

-Charles sai daqui! Deixa o nosso filho fora dos nossos problemas. Oliver nem Peter tem que ouvir desaforos pela tua parte, se Oliver corre pela Ferrari é porque é um bom corredor e dá lucro para a equipa já que tu não vês isso.

-Eu nunca devia ter-te engravidado isso sim!

Pedri o olhou como nunca tinha olhado, tudo estava contra o antigo piloto de fórmula 1. Era terrível demais pensar que um dos casamentos mais bonitos da fórmula 1 acabou assim de repente e por causa de uma mulher, mas também quantos não acabam por traição não é mesmo.

Tudo aquilo era um completo caos. Tentamos conversar mas sem sucesso, Oliver havia ficado em casa dos pais para tentar resolver os problemas pois foi ele mesmo que disse que não nos queria aqui a ter que ouvir os pais discutirem ainda mais quando não temos culpa de nada. Heloísa queria ficar e o moreno acabou cedendo e a deixou, eu acho que ela iria fazer muito bem a ele nesta situação.

Dirigimo-nos para casa e logo sai da Van, fui descarregar a minha pequena mala em casa e logo entrei no meu carro para ir buscar o telemóvel que havia deixado para trás hoje de manhã.

-Soso queres que alguém vá contigo? - questiona Thiago vindo ter comigo e se abaixando perante o vidro. -Eu posso fazer-vos companhia! Gostaria muito de estar com a pequenita.

-Thiago ela ainda está na barriga, como é que podes querer a companhia dela?

-Eu só! Bem...posso?

-Amorzinho eu venho e volto não demoro nada e se me acontecer algo eu ligo pode ser.

-Mas ias ligar como Soso?

-Quando eu estiver com o telemóvel na mão eu ligo-te para te sentires mais seguro pode ser?

-Hum...Hum! Assim fico descansado. Obrigada princesa. 

-Além do mais tenho que passar na casa da minha irmã para ir buscar uma coisa que ela tem para mim!

-Posso ver depois?

-Podes, mas quando chegar aqui está bem!

-Ok, ficarei á espera. Hoje também é sábado não tenho nada importante para fazer mesmo, por isso estão feliz que venhas para cá estes quatro dias!

-E eu fico feliz de estar com vocês, já com...

-Eu entendo, ele não vai chegar perto de ti eu não irei deixar. Eu andei nas aulas de jusitso quando pequeno, foi o meu pai que me quis colocar lá. Eu gostei mas não sei para que serve agora!

-Em caso de emergência já sei a quem ligar. Bem...agora eu vou indo, até já Thiago!

Dei partido no carro, coloquei a minha playlist de músicas favoritas e entretida nem vi o tempo passar. Estacionei o carro aqui fora mesmo e logo entrei no prédio, ainda bem que tinha elevador pois subir estas escadas todas até ao último andar ainda mais grávida é uma coisa bastante complicada.

Demorando cerca de 10 minutos á procura do telemóvel finalmente o achei caído no meio das almofadas do sofá. Não me lembro de o ter lavado para lá e muito menos ter estado no sofá ontem, mas como estou grávida esqueço-me de algumas coisas entre elas esquecer o telemóvel, a carteira, os brincos e entre muitas outras coisas.

Steve ajudava-me o máximo possível. Desci pelas escadas pois seria mais rápido ainda mais porque o elevador estava a ser utilizado e descer é muito melhor para mim do que subir. Bem...indo para o carro começo a ter um pressentimento bastante ruim, ligo para Thiago a dizer que já tinha o telemóvel e ia voltar para casa o quanto antes.

Entro no carro mas logo sinto um cheiro a gasolina bastante forte, me afasto do carro o máximo que posso, me agacho no chão protegendo a barriga como Steve me ensinou e logo o carro explode. Parece que o meu anjo da guarda pressentiu algo ruim e não me deixou entrar no carro pois se entrasse eu e Esperanza já não estaríamos mais aqui.

-Senhora está tudo bem? Vi que era o seu carro! Quer que chame uma ambulância?

-Sophia estás bem? Sophia?! - grita Manuella a vizinha do 4°esquerdo. -Sophia estás a sangrar de lado perto da barriga.

-Eu...eu...........eu!

Desmaio a minha única reação é desmaiar. Provavelmente alguns componentes do carro na hora da explosão acabaram por voar e mesmo eu fazendo todos os protocolos de segurança corria o risco de um me acertar. Eu nunca pensei que seria perto da barriga.

(...)

— Em Valência —

-Steve! Steve! Tens uma chamada de emergência, é de Barcelona. - diz Nathan o recepcionista da esquadra. -É a Sophia, pelo que reparei.

-A Sophia? Dá-me já o telefone, agora.

-Lexus? O que se passa, eu até já decorei o teu número, diz lá o que se passa com a Sophia e a minha filha?

-Elas sofreram um acidente e já estão no hospital!

-No hospital? O que se passou?

-Ela foi buscar o telemóvel a casa e quando ia a sair o carro explodiu.

-Elas estavam lá? -deixo cair a caneca de café que havia na minha mão direita. -Lexus! Fala.

-Bem...ela afastou-se como a ensinaste, ela começou a sentir cheiro de gasolina e afastou-se e agachou-se protegendo a barriga, porém na hora da explosão uma das peças do carro acabou acertando a lateral da cintura dela perto da barriga. Ela foi levada para o hospital desmaiada e só acordou á pouco tempo perguntando por ti!

-Porque não ligaram mais cedo?

-Só soubemos á pouco também! Vem logo, ela quer-te aqui. - diz Lexus até que Steve desliga o telefone.

-Então Steve o que se passa? - diz Paul vendo-o vestindo o casaco. -Ei! Fala comigo.

-É a Sophia ela sofreu um acidente eu tenho que ir para Barcelona agora. Depois eu dou notícias e falo com o nosso chefe!

-Tudo bem! Manda as melhoras para ela e para a bebé.

-Claro.

(...)

🍩
— No Hospital, em Barcelona —
*Steve Portland*
Entrei na receção mas não havia lá ninguém do pessoal, falei á moça que queria ver Sophia Fonseca e logo me informou o quarto e fui correndo ter com ela. Chegando lá vejo todos, a família e amigos, todavia sem sinal da mãe dela. Eu estava completamente desesperado, tinha medo que acontecesse algo a ela mas também á nossa filha.

-Lexus! Pessoal. Então como ela está?

-Está melhor e a bebé também. Ambas não correm risco, mas se o objeto perfurasse mais podia comprometer a vida da Esperanza e dela!

-Ok obrigado. Posso ir vê-la?

-Claro Steve, ele está lá com o António e com a Natasha.

-Tudo bem! Mais uma vez obrigado!

Entrei no quarto e a visão que tinha era da loira completamente arrasada. Seus pais me deram autorização para entrar e logo disseram para eu tomar bem conta dela enquanto estava no quarto. Eu não iria sair da beira dela, depois do que aconteceu eu não ia sair nunca na vida.

Sentei-me na poltrona a seu lado e limpei suas lágrimas, com a mão em sua barriga a loira fazia carinho na pequena. Os aparelhos em sua barriga indicavam o batimento cardíaco da Esperanza e estão ótimos, com todo este justo ela podia nascer prematura o que tanto eu quanto a Sophia não queríamos de forma alguma.

-Eu tenho medo! - sua voz era de extremo medo, seu olhar avassalou me indicava que eu jamais poderia sair de perto dela até ao final da gestação. -Eu não a quero perder Steve! Eu não a quero perder!

-Não vais loirinha, eu estou aqui com vocês. Eu irei falar com o meu chefe para eu ter todo o tempo disponível para ti!

-Não faças isso, tu gostas do teu trabalho. Não te prejudiques por mim por favor.

-Eu amo o meu trabalho sim, mas eu amo mais vocês e além do mais vocês são a minha família! Ou seja, a minha única família, eu não tenho mais ninguém no mundo a não ser vocês.

-Oh amor. Como é que eu não te encontrei antes?

-O destino quis desta forma e aqui estamos hoje, a vida nem sempre é como queremos e eu às vezes me culpe de ter me intrometido no meio de ti e do Hugo.

- O quê? Não, para não te sintas culpado. Hugo fez asneira e sabe disso e além do mais eu e ele não teremos mais nada confia em mim.

-Aham, bem podes comer? É que eu trouxe um lanche para ti!

-Oh amor que fofinho, todavia eu não sei se posso!

-Daqui a pouco pergunto ao médico.

Os dias iam passando e o pessoal vinha cá de vez em quando saber como elas estavam, já tinha falado com o meu chefe e ele disse que pelo menos uma vez ao mês tinha que comparecer na esquadra pelo menos meio período do dia para resolver algumas coisas. Paul também já tinha trazido balões de boa recuperação e digamos que a loirinha gostou quando o viu pela primeira vez depois do acidente.

-Boa tarde! Posso entrar? - exclama Thomas com um tablet na mão. -Desculpem o incomodo.

-Não há incomodo nenhum Thomas, então eu estou melhor já posso sair?

-Tenho uma má notícia para vos dar e outra boa.

-Fale doutor por favor está a assustar-nos!

-Bem...então a má notícia é que tens uma gravidez de risco Sophia, mais exames foram feitos ontem e qualquer movimento involuntário nestes primeiros dias a bebé pode nascer prematura.

-Gravidez de risco? Não. - Sophia começou a chorar, tentei acalmá-la mas sem sucesso.

-E a boa notícia doutor?

-Pode ir para casa, não pode fazer esforço subindo e descendo nada nestas primeira duas semanas e tem que vir aqui depois na terceira semana para retirar os pontos.

-Tudo bem obrigada. Então vou estar livre do hospital?

-Sim, mas com precaução. Amanhã irei visitá-la para saber como está!

-Eu moro com ele não com o pessoal.

-Eu sei disso, eu ando informado das situações. Bem vou deixar vos arrumar, depois passem na receção e peguem o papel de alta que irei enviar para as enfermeiras.

-Tudo bem! Muito obrigada doutor.

Sophia visivelmente arrasada a ajudei vestindo, a loira estava completamente sem chão. Não sabia mais o que fazer, tudo o que ela tinha que fazer até ao final da gravidez era ficar na cama ou no sofá sem fazer o mínimo de esforço.

Já havia lhe dito que num período uma vez por mês tinha que ir á esquadra mas agora tinha que colocar alguém com ela, alguém que ela conhecesse. Tínhamos tempo para pensar quem podia ser, todavia eu já sabia quem ela ia escolher para esse trabalho já que os seus irmãos, e pais tinham trabalho todos os dias e muitas das vezes viajavam e como agora iam começar as férias essa pessoa não se importaria passar algumas horas com ela.

-Steve!

-Diz loirinha. Já sabes quem vais querer para ficar contigo?

-Hum hum! O Thiago, ele é o meu melhor amigo e não podia ser mais ninguém se ele além do mais se acontece alguma coisa que esperemos que não ele disse que aprendeu Jusitso quando pequeno.

-Espero não ter que o prender por desacato. - falo sorrindo e a ajudando a calçar as sapatilhas. -Bem...prontinho, já podemos ir! Estás pronta?

-Não é tu?

-Eu também não mas iremos ultrapassar isto juntos eu prometo.

-Eu te amo.

— Na casa do Pessoal —
*Lexus Branco Mount*
Soubemos á pouco tempo que Sophia já estava em casa, a loira estava abalada com tudo isto. Depois de tudo o que ela passou não só na infância mas também agora isto era a única coisa que ela menos queria e que acabou por acontecer.

Dias atrás também ficamos a saber por Paul que não foi um acidente o carro explodir. Alguém a queria prejudicar de propósito e consegui o que queria, espero que nesta fase Steve não lhe disse-se nada sobre isso para não prejudicar a ela e a bebé.

-O que é que o Steve tem que eu não tenho? - exclama Hugo olhando para o telemóvel. -Alguém me pode dizer?

-Hugo então? Queres que diga a verdade ou a verdade? - pergunta Thiago na maior inocência se sentando no banco.

-A verdade por favor. - questiona Hugo segurando-se na bancada e parando de comer a maçã. -Então...por onde começar! Bem tu sabes o que lhe fizeste depois que vocês terminaram a fingir, sabias muito bem que a Soso estava a namorar com ele forçosamente e mesmo assim não quiseste saber disso. Segunda coisa, deitaste-te com a Addison na cama e acho que a partir que a Sophia soube ela cortou logo relações e o seu maior apoio quando estavas com a Addy foi o Steve que não saiu de perto dela de forma alguma.

-Deixa eu eu continuo! Terceira coisa, a Sophia já não namorava contigo á alguma tempo por isso que ela e Steve se relacionaram amorosamente e agora ela está grávida e depois que ela nos contou acho que  ela não irá mais querer falar contigo isso sim! - falo carinhosamente perto dele e ele sai de lá e sobe para o andar de cima. -Será que ele vai ficar bem depois do que dissemos?

-Eu acho que sim! Ele tinha que ouvir a verdade e está foi a verdade, ele sabe que procedeu errado e não soube esperar as coisas se resolverem.

-Oh Matheus vamos desanda a casa estamos na cozinha a preparar o jantar! - fala Theo afastando os dois até que ouvimos a porta de entrada a bater com força. -O Zeus está aqui?

-Está ali perto do Oliver e da Helo na sala! Ele percebe que o clima não está nada bom. Nós realmente parecemos os nossos pais na adolescência.

-Tu que o digas não é Thiago? - rindo Emma o sujando com farinha. -Vem anda fazer um bolo, para levar á Sophia e depois na sábado fazes um com ela!

-Hum! Vou gostar é de quê?

-Logo saberás. Agora vem!

-Alguém devia ir atrás dele não acham? - questiona Safira olhando para as redes sociais para ver se não aconteceu nada. -Eu posso ir se quiserem!

-Ele fica bem, ele tem a localização do telemóvel ligada por isso se ele parar a não ser na casa do pai nós vamos ver o que se passa. Ele precisa de um tempo sozinho para processar o que acabou de ouvir! É difícil eu sei, todavia nós fizemos para o bem dele.

-Tens razão Jo, Hugo precisa de espaço! - digo lhes entregando o chocolate para derreter no lume. -Venham vamos meninas, esta tarefa é fácil.

-Ok! Então vamos lá. Tira as mãos Thiago, não comeces.

-Eu só queria uma barrinha de chocolate apenas isso!

-Deixa de ser criança e vem me ajudar aqui anda.

Eu acho que Hugo tinha que aprender os seus limites e ouvir aquilo não foi fácil e eu compreendo esse seu lado, eu também já passei por isso com o Matheus quando soltaram aquelas notícias, todavia ele tinha feito asneiras e tinha que aceitar as consequências.

*Safira Martinez Torres*
Já tinha passado uma hora desde que Hugo tinha saído de casa e sem nenhum sinal dele ainda, Theo havia dito que ele estava na casa do pai por isso não havia do que nos preocupar, porém eu preocupava-me. Eu gostava do Hugo devo admitir, mas é natural que a Sophia era a mulher que ele amasse e isso não fazia diferença para mim pois a loirinha para mim é como uma irmã.

Bem...o pessoal decidiu ir á casa de Steve e perguntou se eu queria ir pois eu já estava a subir as escadas para o quarto. Afirmei que não pois eu queria estar aqui quando Hugo chegasse para pelo menos o consolar, era duro demais pensar em defende-lo, todavia ele era um ser humano e também erra como todos os outros.

Passados alguns minutos do pessoal ter saído, entra Hugo em casa. Espreito do cimo das escadas e o vejo subindo, dei boa tarde ao moreno, mas nada nem uma palavra me disse. Eu fiquei com medo que ele tivesse feito alguma asneira por isso o segui até ao quarto e consegui que ele não fechasse a porta na minha cara.

-Hugo tem calma, tu precisas desabafar com alguém. Porque não falas comigo eu estou só de ouvidos!

-E esse alguém és tu por acaso? - rispidamente fala pousando a sua carteira na escrivaninha. -Desculpa Safira, não quis falar assim contigo me desculpa.

-Hugo! Ok se não quiseres falar eu compreendo mas tens que te libertar com alguém, não podes ficar com isso para sempre dentro de ti.

-Eu consigo aguentar Safira! Eu já aguentei antes, eu consigo superar eu sou forte.

-Hugo! Olha para mim. -colocando a minha mão sobre a sua cara o mesmo solta uma lágrima do seu olho. -Ninguém é forte o suficiente e acabará por explodir da pior maneira, porque não contas.

-Eu nunca fui bom para a Sophia pois não?

-Hugo! Então..........isso não é verdade vocês se amavam e eu admiro muito isso, todavia o tempo passa e as coisas mudam.

-O que queres dizer com isso?

-Que! Bem deixa para lá, eu vou preparar um chá para ti.

Naquele momento quando saia do quarto, Hugo me agarra pelo braço e os nossos olhares ficaram sincronizados por mais de um minuto seguido o que nunca tinha acontecido na vida. Aquilo era diferente e eu não sabia o que eu tinha feito, confundir os meus sentimentos de amizade por ele por sentimentos de afeto era o que eu havia feito.

Foi um erro eu tenho a certeza!

Com toda a certeza eu tinha confundido os meus sentimentos pelo Hugo e agora não sabia mais como remediar, me vejo a poucos metros da porta, todavia o meu coração me dizia para lá ficar. Hugo já me havia largado da mão e voltado para a sua cama, ele precisava de ajuda ou pelo menos era o que o meu coração dizia naquele momento.

-Estás bem Safira?

-Estou sim! Mas...

-Mas? Ok agora quem não está bem és tu? O que se passa?

-Nada não deixa para lá são coisas de mulher, eu sei que não é só tu agrado o que eu vou falar agora, mas promete para mim que o que eu dizer não mudará nada entre nós.

-Estás a querer dizer que gostas de mim? Safira eu... - diz Hugo e no mesmo instante o moreno vem em minha direção e me beija. -Me desculpa, sério! Eu não queria foi um erro.

Aquilo foi um erro? Sim, foi! Mas foi o melhor erro das nossas vidas, eu não pensava que Hugo fizesse aquilo e muito menos naquele momento, fiquei surpresa que ele aceitasse tão bem a frase que eu havia dito antes do beijo. Sinceramente eu tinha perdido o juízo e agora não mais o podia resgatar.

____________________________________
*Feed da semana*

🍩

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top