31 | Nunca Aprendemos


*Safira Martinez Torres*
Era domingo e hoje por incrível que parece o Barcelona não tinha jogo mas o pior de tudo isso era que Matheus teria que perder dois dias de aulas pois o jogo era na quarta-feira á noite mas ele sempre recuperava as aulas perdidas. Lexus e ele ainda não tinham se resolvido e parece que a situação estava complicada para os dois, eu acho que a morena não queria ter solto aquilo não no chá revelação do seu sobrinho.

Eu estava ainda no meu quarto a preparar-me, hoje iríamos ficar por casa mesmo não tínhamos mais nada que fazer por isso decidimos maratonar os filmes todos que ainda não tínhamos visto até então. Nestes últimos dias eu estava mais próxima do Hugo, ele sentia-se culpado e estava a sofrer pelo que fez mas também falar aquilo para a pessoa que sempre esteve com ele nos piores momentos é compreensível se ela não quiser mais namorar com ele.

-Safira vens para baixo? - diz Helo batendo na porta. -Estamos á espera para tomar o café da manhã.

-Já vou amiga, só estou aqui a ajeitar a minha pulseira.

-Ok, esperamos por ti então.

A amizade que todos tínhamos era absolutamente maravilhosa e não a trocava por nada neste mundo, Lexus ainda não tinha vindo cá para casa e Matheus sentia-se culpado por isso. Eu acho que eu e as meninas tínhamos que dar um jeito para que ela viesse e falasse com ele custasse o que custasse nem que o trancássemos num cómodo até ele assumirem que gostam um do outro e principalmente se desculpassem.

-Bom dia, bom dia a todos! Como vai a vida? - diz Lexus chegando em casa enquanto eu descia as escadas. -Sentiram saudades?

-Muitas. - murmura Math para ele mesmo. -Não sabes a falta que me fizeste. - acrescenta ele.

-Bom o que tem bom de comer? - digo sentando-me perto de Theo. -Nossa que mesa cheia de cor é esta.

-Gente queria falar uma coisa pra vocês! - afirma Lexus e todos acenam com a cabeça. -Eu queria me desculpar com todos e principalmente com Matheus eu sei que não devia ter falado daquela maneira e nem nos exposto daquela forma.

-Eu é que peço um pedido de desculpas, eu fui um babaca e errei mas não era eu naquela notícia, sim eu estava no mesmo restaurante com um amigo mas não era eu na foto.

-Eu sei, uma pessoa me contou!

-Quem? - pergunta o moreno mais confuso do que eu. -Lexus quem?

-Bom...que tal comermos? Thiago me passa aí o pão.

-Aqui princesa vamos comer. - fala o moreno em piscando para ela percebendo o recado. -As fotos serviram?

-OQUÊ? - exclama Hugo ainda mais confuso. -Alguém nos pode ajudar a entender o que está a acontecer?

-Foi o Thiago que me enviou as fotos de outro ângulo apenas isso!

-Ahhhh está explicado! Nem para me contar né maninho.

-Que foi Jo, só fiz o que me competia apenas isso.

-Uhum! - diz Math dando um tapa de leve nas suas costas e rindo bobo. Ótimo, Lexus por favor passa-me o pão.

-Já viram aquela cantada do padeiro? - fala Oliver rindo deles mais que tudo e não parando. -Vocês.meu.Deus! -acrescentou ele pausadamente.

-Nem tentes Oliver.

-Deixa ele Lexus! - diz Thiago rindo junto com ele.

-Deixo nada daqui a pouco fico desconfortável e saiu daquela porta pra fora.

-Eu não iria deixar isso acontecer, não mais. - fala Matheus e todos nos engasgamos.

Matheus e Lexus conseguiam ser o casal não assumido mais engraçado de Barcelona, estes dois foram simplesmente feitos um para o outro e isso eu podia dizê-lo para sempre e continuaria a insistir sem parar.

O comer estava maravilhoso, mas pena que ele acaba, lavamos tudo e deitamos o lixo fora e logo fomos assistir ao novo filme que lançou na Netflix, era de terror, e como todos gostávamos desse estilo não tinha problema nenhum. Peguei no comando e fui lá eu em busca do filme que todos estavam á espera, estava muito frio aqui em Barcelona, por isso os rapazes foram buscar cobertores ao quarto deles e nos cubrimos.

— No hospital —
*Levi Branco*
Tinha chegado ao hospital ás pressas após receber várias mensagens e telefonemas da Mel a dizer que Diogo foi internado em estado grave, eu não estava a acreditar que isto está realmente a acontecer, eu acho que o corpo dele deixou ele me preparar para o pior e depois ele desmoronou por dentro.

A minha ficha ainda não tinha caído pensando que ele estava no hospital, tudo o que eu menos queria era vê-lo partir para longe de mim...mas isso era tarde demais, Munique ainda estava na sua empresa de moda aqui em Barcelona por isso não a quis incomodar com isto ainda mais ela estando grávida.

Cheguei no hospital e estacionei o carro logo na primeira vaga que vi, nem reparei se o carro estava torto ou não. Corri para dentro e fui até ao balcão a perguntar por Diogo, a senhora me deu o papel de visitante e logo me indicou o quarto, corri pelo corredor fora até que vejo Mel á porta chorando, meu coração pensou o pior quando a vi naquele estado.

Será que eu tinha chegado tarde demais?

-Ainda bem que chegaste Levi!

-Então como ele está? O que aconteceu?

-Ele está mal, muito mal. Ele quer que sejas o último a falar com ele!

-Oquê?

-Só vai!

O último a falar?

Quando Mel me disse aquilo eu comecei a chorar e entrei pelo quarto, indo em direção a ele com leves passos para não o acordar mas eu acho que ele não estava a dormir pois quando eu suspirei ele abriu os olhos e retornou o seu olhar para mim, ver os seus olhos brilhando em efeito de alegria me partiu ainda mais o coração eu não estava preparado para aqui não naquele momento. Eu temia pelo pior.

-Levi...que...bom...que vieste! - afirma Diogo deitado na cama do hospital e dando-me a mão. Obrigado por vires, não podia ir sem me despedir de ti.

-Não digas isso, tu viverás mais foi só uma recaída.

-Não foi Levi, está na hora, a minha hora chegou eu sinto isso. Cuida das pessoas que amas como sempre o fizeste e ensina os teus filhos da melhor maneira possível ok.

-Diogo não! Por favor não faças isso. Não...não por favor não me deixes.

-Tem que ser amigo, o meu fígado está a entrar em falência!

-Assinas estas minhas chuteiras por mim pelo menos? - digo rindo e dando-lhe a caneta. -Agora sim as chuteiras tem um significado mais especial.

-Cuida da Melissa por mim Levi, diz a ela para ter muitos filhos e que os ame como eu a amei.

-Não digas isso.

...

-A gente se vê do outro lado! Antes cedo do que tarde.

-Que seja tarde! Adeus Levi eu te a.....

Naquele momento as máquinas apitaram consecutivamente e eu gritei mais que tudo, eu tinha perdido o meu amigo, o meu melhor amigo. As enfermeiras me tiraram de lá e fui abraçar a anel que estava completamente acabada eu ainda não estava a acreditar que ele tinha partido.

Eu estava inconformado e terrivelmente acabado por dentro, tudo o que eu queria fazer era gritar mais que tudo e tirar esta dor de fora de mim, meu corpo tremia por todo o lado e os médicos não conseguiram ressuscita-lo.

-Hora da morte enfermeira! - afirma o médico colocando os estetoscópio no pescoço.

-16:21h senhor.

-Bem...vou lá avisá-los.

Eu tinha ouvido o que o médico tinha dito e não o precisava ouvir novamente, a hora da sua morte foi a mesma hora em que ele nasceu á 26 anos atrás, ele faleceu 2 semanas após ter completado os seus 26 anos. O meu mundo desabou enquanto o médico falou, eu não estava a prestar muita atenção, sentei-me na cadeira e comecei a chorar ainda mais colocando a minha cabeça sobre as mãos.

Após o médico sair eu fiquei mais um pouco com a Melissa, ela estava totalmente acabada, tanto quanto eu nós não nos preparamos para isto e eu sei que ninguém está ainda mais partir tão cedo é devastador para qualquer pessoa.

Perguntei se Mel não queria boleia para casa e ela disse que iria ficar mais um pouco, sai dali pois para qualquer canto que olhava só o via a ele, peguei novamente no carro, dei partida e dirigi sem nenhum rumo, até que foi por mim no meio de uma área florestal muito longe da felicidade. Aquele era o meu momento, fiquei ainda um pouco dentro do carro mas logo sai, desliguei o motor e só queria estar lá.

Gritar era o que eu queria, ajoelhei-me no chão e olhei para o céu e gritei o mais que podia colocando a minha tristeza toda para fora, não resultava eu eu só queria o meu melhor amigo. Quando me acalmei senti uma presença atrás de mim me tocando no ombro não estava lá ninguém, inclinei um pouco a cabeça e parecia que tinha encostado em alguém mas nada estava lá.

-Diogo? Diogo és tu? Por favor diz-me que és tu eu não consigo viver sem ti por favor! Volta para nós, eu sei que és forte por favor diz que isto é mentira. POR FAVOR!!!........................Leva-me á noite em que nos conhecemos.

Custava-me a acreditar que ele tinha ido e ainda não me tinha caído a ficha do ocorrido, eu estava totalmente sem chão...ouso o meu telemóvel a tocar mas não fui ao carro ver quem era o que eu mais queria era estar só por algumas horas na expectativa que Diogo viesse ter comigo e que tudo não passa-se de uma brincadeira.

E inacreditável de como uma pessoa pode fazer tanta falta na tua vida!

-Levi! Levi. - diz uma voz muito familiar, era António, eu tinha ouvido um carro parar mas nem virei para ver quem era. -Oh meu Deus, está tudo bem isso vai passar!

-Como vai passar António? Eu o perdi, eu perdi o meu melhor amigo.

-Eu sei, eu sei Melissa me contou! E eu vi quando saíste do CT a correr mesmo antes do treinamento começar.

-Ele não está morto pois não. - ele acena que sim e eu desabo a chorar em seus braços. -Não pode! NÃO PODE!!!

-Levi, olha para mim! Escuta o que eu vou falar pode ser?

-...

-Por onde começar! Sabes o ano em que a minha mãe morreu não sabes?

-Foi em 2023 porquê?

-Esse foi o ano mais difícil da minha vida, quando eu soube também não queria aceitar isso e isso doía-me demais e demorei muito a fazer o luto e me arrependo disso pois se eu tivesse feito nos dias seguintes eu não tinha ficado tão mal. Quando ela morreu eu mal queria sair de casa, até mesmo a S/n ambas eram muito ligadas e foi difícil para ela gerir aquilo tudo mas como ela estava grávida ela tinha que ser forte pelo filho e foi o que ela fez.

-Mas isso é totalmente difícil eu compreendo ela é sua mãe e Diogo é o meu melhor amigo são lutos totalmente diferentes!

-Não! Luto é luto não importa a pessoa vais estar mal da mesma maneira como uma pessoa perto de ti morrese. Aurora foi a melhor mãe que eu podia ter e ela sempre me ensinou a não chorar pelo leite já derramado pois as coisas não voltam ao ponto inicial!

-Acho que estou a compreender sim presidente!

-Olha, demora o tempo que quiseres a voltar para a equipa eu não irei colocar um limite para ti pois também não mereces esse limite, faz o luto que tiveres que fazer e conta comigo e com o clube para o que precisares!

-Eu quero fazer o funeral o quanto antes, mas quero antes do jogo de quarta-feira. Eu quero jogá-lo e sei o quão importante esse jogo é para a equipa.

-Ótimo, vou já providenciar.

António além de ser um bom presidente era um excelente profissional e nós tínhamos muita sorte em tê-lo connosco ele nos ajudava em tudo e algo que se passa-se ele nos levava aos melhores médicos, cirurgiões e até psicólogos quando precisávamos. Eu acho que a terceira opção já estava aberta para mim no clube desde o momento que António veio aqui ter comigo.

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— Terça-feira —
- 11:00h no cemitério -
*Munique Gomez*
Hoje era o funeral do melhor amigo de Levi, ele nestes últimos dias estava um desastre quase na queria comer mas eu o obrigava e muitas vezes tinha que vir a irmã para insistir com ele, eu não o julgo pois eu sei que não deve ser nada confortável perder uma pessoa tão próxima para ele.

Os únicos jovens que vieram da Universidade foi Heloísa, Emma, Matheus e Lexus o resto tinha que estar na universidade. Natasha também estava cá mas logo ela como os quatro iam novamente para a universidade. Levi queria ficar um pouco sozinho por isso o deixei um pouco em paz, Pedri e Ansu foram os únicos do Barcelona que tinham vindo e António também cá estava pois foi ele que organizou tudo isto.

Bem chamaram-nos para perto do portão e logo puxei Levi para perto de mim e ele foi buscar a Mel para perto dele também, logo de seguida nós sentamos e sem pressa peguei na carta que Levi tinha escrito ontem á noite mas ele não sabia que o tinha trazido por isso ele ficou surpreendido quando o viu na minha mão.

Enquanto mais e mais as lágrimas se ensopavam na cara de ambos eu tentava estar firme pois eu precisava de mostrar a minha forma ainda mais na gravidez. Como Levi passou a maior parte do tempo chorando ele estava vermelho e com os olhos inchados, dei-lhe um papel e ele ensopou todas as suas lágrimas e logo para de chorar e suspira muito forte.

-Queres ler comigo Mel? - exclama o moreno dando o papel a loira do lado esquerdo dele. -Ele ficaria feliz se lêssemos!

-Posso ler sim! Diogo gostaria mesmo se disséssemos coisas mínimas.

-Eu sei ele era simples, mas o mais interessante é o que tenho para te dizer no fim!

-Tudo bem então.

Uns breves instantes depois o Padre começa a falar as coisas habituais durante um funeral. Logo de seguida pergunta se Levi ou até mesmo Mel querem dizer algo e ambos se levantam e vão á frente do caixão, estavam abalados mas neste momento tinham que ser fortes. Levi se chegou mais á frente e abriu o papel que estava amassado na sua mão, apesar da sua compostura todos nós sabíamos que ele estava a passar pelo pior momento da sua vida.

-Primeiramente obrigado a todos por virem, significa muito para mim mas também para a Melissa.

Ele começou e respirou bem fundo, dando uma pausa leve mas logo começam a cair lágrimas na sua cara. Olhou para baixo, para a sua folha e pude ver sua respiração falhando. Ele olhou para cima, seus olhos marejados, e começou, com a voz pesada.

- Diogo era o melhor namorado, o melhor amigo, a melhor pessoa do mundo que qualquer pessoa poderia desejar. Ele era fiel, divertido, sempre dava os melhores conselhos e sempre tinha tempo para tudo e para todos. Se ele não tinha, Diogo arrumava tempo. Diogo sempre colocou os interesses dos outros na frente dos seus, sempre deu até o que não poderia dar. Por mais que eu sempre quisesse vê-lo ele fazia a questão de o realizar, Diogo saiu dessa vida deixando sua marca, talvez não no mundo, mas no coração de cada um de nós. E é isso que importa, é isso que importa para ele.

Logo de seguida se aproximada Mel do moreno e deixa Levi ficar com o papel, o seu coração estava bastante acelerado e limpa as lágrimas antes de falar, visivelmente ela estava destroçada e depois disto voltaria para Madrid onde viveu estes últimos 5 anos.

-Diogo... Diogo provavelmente está sorrindo vendo todos aqui. Provavelmente está elogiando o cabelo de todos nós. - diz ela arrancando sorrisos de todos nós. -Ou talvez falando do sapatos novos de Levi, ou até, do seu seu lindo terno quando entrou no paraíso. O que realmente importa é que Diogo foi em paz, e permanece em paz. Ele está olhando por todos nós, e tendo seu tão merecido descanso. Obrigado por tudo, Diogo. Eu não seria nada se não fosse por você. Eu te amo e sempre te amarei. Obrigado.

Ambos foram aplaudidos por um enorme aplauso e todos sentimos os seus olhos marejados. Os discursos foi tudo o que se esperava de ambos, mesmo estando triste eles tiraram tudo de bom de Diogo e acho que não tinham errado em nada pelo que o conheço. Agora era a vez do irmão mais velho  de Diogo eu às vezes achava que eram gémeos, mas o moreno era mais venho uns dez anos, era a sua vez de falar e esperávamos que ele também falasse algo de bonito pois a relação de ambos era extremamente maravilhosa.

-E...o meu nome é Leon, eu sou o irmão mais velho do Diogo. -ele se apresentou brevemente, olhando para baixo. - O meu irmão nos deu bastante tempo para preparar um discurso, o que foi bem difícil... foi bem difícil vê-la adoecendo cada dia mais, deixando de ser ele mesma aos poucos. A última coisa que ele me disse foi Leon, eu sempre estarei olhando por você. Mesmo quando você fizer alguma besteira. Na verdade, especialmente quando você fizer alguma besteira. Se você sentir sua orelha sendo puxada, fui eu! -todos riram um pouco.

Ele respirou fundo e virou a cabeça para o caixão que tinha atrás do moreno, visivelmente abalado ele se aproximou e colocou a mão na madeira como se estivesse a colocar a sua mão diretamente no irmão.

-Todos os dias da minha vida eu quis dar-te uma educação decente e foi o que consegui, antigamente não éramos ricos de poder monetário, mas sem sombra de dúvida éramos ricos de coração e compaixão. Nada me alegra mais do que deixar uma obra prima inacabada para tu, Melissa e Levi cuidarem na minha ausência. Sim estamos a falar de um abrigo para animais em África ele desde que começou a ganhar o seu próprio dinheiro tentou de tudo para tornar um lugar melhor e acho que conseguiu em um dos aspetos.

Enquanto Leon fazia o discurso enchendo os nossos corações de esperança e de amor de que Diogo tinha deixado para nós devo admitir que desabei a chorar com todas aquelas palavras ditas nem mesmo o coração mais forte estava pronto para ouvir aquilo tudo.

O funeral foi decorrendo e agora era a hora de colocar o caixão enterrado na terra, o momento que todos menos queriam havia chegado e Levi não o aceitava de forma nenhuma, abraçou-se a mim e começou a chorar novamente ter que se despedir do melhor amigo era duro para ele, colocaram o caixão e logo deitamos algumas rosas para cima dele. Levi foi o último a sair do local e teve que ser António a tirá-lo de lá para ele espairecer.

— 1 dia depois —
*FcBarcelona*
Autora Narrando.
Hoje era o dia de um jogo bastante importante para o Barcelona para a liga espanhola contra o Osasuna, era um jogo vitalício onde os três pontos eram importantíssimos para ficar com liderança isolada após o Real Madrid perder na casa do Atlético de Madrid horas antes. Todos estavam triste com a notícia do falecimento do melhor amigo de Levi, mas eles sabiam que tinham que continuar a vida e vencer por Diogo que amava demais a equipa.

António disse para que Levi ficasse em casa este jogo mas ele não queria e queria fazer o jogo mas o mais importante para ele era marcar e honrar o golo á sua pessoa especial, mesmo estando com dores no pé ele tinha que ser forte até ao golo chegar e aí podia pedir para ser substituído.

A equipa já se encontrava no estádio e foram recebidos por vários fãs, Levi mesmo estando mal foi carinhoso com todos os fãs pois foi educado dessa forma, mesmo quando as coisas apertassem e se sentisse encurralado ele tinha que ser forte e passar as adversidades.

-Levi estás mesmo bem e tens a certeza que queres entrar para o onde inicial? - pergunta Ansu com a placa na mão para depois entregar ao pessoal do marketing para colocarem nas redes sociais. -Nós sabemos como estás e não queremos que entres mal no jogo! - acrescentou ele colocando a mão sobre as minhas costas.

-Podes sim colocar Ansu, eu estou bem! - respondo mesmo estando visivelmente abalado com tudo aquilo. -Aliás, vai ser bom arejar a cabeça, vou agora trocar-me até já.

-Ótimo então!

-Levi! Levi! Vais jogar? - grita Pablo Gavi do outro lado do corredor.

-Vou! - retribui do mesmo modo. -Eu estou bem não precisam perguntar a cada 5 minutos.

-Nós só queremos o teu bem.

-Matheus não se passa nada comigo estou ótimo me deixem em paz agora.

Era notório em seu olhar a dor que sentia mas o moreno tinha que seguir em frente mesmo que por mais difícil que fosse, trocou-se e logo esperou que os seus colegas ficassem prontos também para entrar em campo.

Uns cinco minutos depois a equipa foi recebida com vários aplausos das bancadas mesmo já estando a equipa do Osasuna em aquecimento, mesmo os adeptos da equipa rival fizeram a questão de aplaudir mas não só á equipa mas também como forma de homenagem ao melhor amigo de Levi que havia falecido e a sua fota com a data de nascimento e morte estavam no placar gigante do estádio, Levi não se importou e era uma forma de tornar o luto ainda mais a fundo.

Todos no estádio estavam apreensivos, os minutos foram passados e tinha chegado a grande hora, a hora da verdade tinha começado á menos de 20 segundos e a equipa do Barcelona teve uma grande investida pela parte de Lamine mas o guarda-redes defendeu bem a bola. Não demorou muito para o Barcelona ampliar a vantagem e foi ele, ele mesmo Levi Branco a marcar o golo.

-Este é para ti irmão! Que Deus esteja contigo nesta nova jornada. - digo em frente á câmara e mostrando a camisola que tinha por baixo com uma foto nossa. -Nunca te esqueceremos. Eu te amo.

-Que belo golo Levi, vem vamos continuar o ótimo trabalho. - diz Gabi me abraçando. -Vamos marcar mais golos para ele!

As palavras do moreno soaram como uma nova conquista para Levi fazer e agora estava mais ansioso, tinham-se passado quinze minutos e a bola estava mais na posse do Barcelona mas sem mais nenhuma investida pela parte da equipa. O pé de Levi já começava a doer bastante e não aguentou mais a dor e sentou-se no chão até o árbitro perceber.

Ele ficou agarrado ao pé com bastantes dores, os seus companheiros de equipa perguntavam o que estava a acontecer mas não sabiam de nada até que teve que aturar a equipa médica e até a Levi já tinha deixado a chuteira de lado pois o seu pé começou a inchar.

-Levi o que aconteceu podes nos explicar? - exclama Gavi apalpando a região do tornozelo e logo ele tira o pé com dor. -Levi!

-Foi desde aquela vês no treino que dei um jeito nele, e agora joguei com ele magoado.

-Que irresponsabilidade é essa? Não podes fazer isso, a tua carreira pode terminar por não tratares bem da tua saúde!

-Eu sei mas eu não queria preocupar ninguém e na altura não era nada demais como viram nos exames não sei o que se passou!

-Eu sei o que se passou, é a pressão destes últimos dias não é? - fala Gavi agachado-se perto de mim. -Podes dizer a verdade.

-É sim!

Levi já estava a demorar imenso no relvado e o jogo tinha que continuar por isso ele foi para fora da linha lateral e foi trocado por Leo que passou a extremo e Matheus a avançado esquerdo, ele estava triste por não poder jogar mais, mas o que ele queria fazer estava feito e estava feliz.

Levi nunca tinha sofrido nenhuma lesão nos anos de carreira que já estava no clube, esta era a primeira e a mais devastadora para ele. O restante da primeira parte foi bem tranquilo e com algumas investidas do Barcelona á baliza adversária mas sem sucesso. Para a segunda parte a equipa da casa entrou com tudo e logo no primeiro lance que ia para a baliza, um jogador do Osasuna coloca a mão na bola ao tentar defender o que dá direito a penálti.

Gavi se posicionou na marca dos onze metros e estava pronto para dar o penálti, o som do apito do árbitro fez-se soar e logo a bola entrou na baliza. Um excelente golo digno de ir para as manchetes dos jornais, o resto do jogo foi com alguns desentendimentos por parte dos jogadores de ambas as equipas mas nada de especial acabando por ficar 2-0 no final do jogo. Finalmente o Barcelona era líder isolado da LaLiga com 9 pontos de vantagem contra o segundo colocado.

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