19 | Rivais de Gerações
Sábado / 16:20h
Autódromo || BARCELONA
• 2 de abril de 2044
Autora Narrando
O dia estava quase acabando, mas não precisamente para uma pessoa em especial, Oliver iria correr para ganhar o Mundial que tanto desejou e seu pai tanto queria que ele ganhasse.
Tudo estava a apostos no Autódromo e a grande corrida prometia imenso um bom espetáculo em todos os sentidos, os amigos e os familiares do moreno foram convidados por Charles para assistir a corrida dentro da Box e sempre foi algo que eles desejaram e hoje iria se concretizar.
Oliver nunca ficou nervoso com uma corrida, todavia esta em especial era a corrida do época para ele. O moreno sabia exatamente que se não ganhasse seu pai não o deixaria correr no próximo fim de semana no grande premio do Qatar. Ele queria isso, ele queria imenso ganhar ainda mais quando Benjamin estava presente.
-Boa sorte Ferrari Boy! - Benji indaguei-o passando. -Daqui a pouco estaremos lá! Combatendo.
-Mal posso esperar. Daria a minha vida! - recebe um tapa no peito de Helo. -Calma amor é no sentido literário.
-Aham aham sei! Não brinques com isso.
-Eu???? Nunca. Aliás onde está o pessoal?
-Foram comer alguma coisa. Já já estão aqui.
-Tudo bem. - a beija. -Mãe! Maninho. Vieram ver o campeão foi?
-Tem cuidado Oli, hoje acordei com uma sensação ruim em relação a ti!
-Está tudo bem mãe nada irá acontecer. Tem calma eu sempre corri e nada aconteceu, não seria hoje!
-As coisas mudam Oliver e mudam drasticamente quando menos esperamos. - é Heloísa.
-Vem agora terei que preparar-te! Vem receber informações bem filho.
-Estou indo. Certeza que ficam bem? - abraçou mais uma vez sua mãe. -Qualquer coisa avisem.
-Nós ficamos bem, esperaremos por eles aqui.
-Tudo bem.
Hoje era um dia história para a equipa da Ferrari, ainda mais pela simples razão de que ganhariam o Mundial na maior tranquilidade do mundo ainda mais com Oliver conduzindo o carro.
O moreno foi ensinado pelos mais experientes e tinha em conta tudo o que podia acontecer neste prémio, ficar em primeiro era a sua maior prioridade.
Já com o pessoal não se podia dizer a mesma coisa, eles não estavam vendo nada a não ser comida na sua frente. A corrida estava a prestes a começar e eles continuam no bar pedindo mais e mais comida.
-Alguém sabe se o tempo estará a favor? - é Sophia.
-Que pergunta Soso! Não vês o tempo, está sol o que há de dar errado?
-Acordei com uma sensação ruim apenas isso. Telefonei para a Lexus e ela disse que também acordou com a mesma sensação.
-Ui! Quando grávidas se juntam eu hem! Não irá acontecer nada.
-Tenta ficar grávida para ver Thiago. Seria irónico.
-Não sou mulher para esse tal feito. - desarruma o cabelo da loira. -Além do mais estou bem! Vamos para a box antes que a Helo nos venha puxar as orelhas.
Desceram as escadas e logo entraram na Box pela porta lateral. Tudo tinha mudado ao longo do tempo e desde a época passada o autódromo tinha recebido mais algumas remodelações com o dinheiro que a família Torres havia investido para a reforma.
Oliver apareceu novamente, porém sem Charles e convenhamos que sua mãe se tranquilizou. Depois do término Charles tenta ao máximo convencer Oliver de que não teve culpa, porém o moreno não se interessa nem um pouco com isso.
-Tens mesmo a certeza que queres ir Oli?
-De novo isso loirinha? - Theo exclama. -Já percebemos que acordaste mal indisposta mas não precisas preocupar todo o mundo.
-Preocupar todo o mundo?
-É, ela e Lexus acordaram com uma sensação estranha de que algo ruim ia acontecer apenas isso!
-Minha mãe também. - sorriu ligeiramente. -Desculpa mãe.
-Não é para rir Oliver, eu me preocupo ainda mais sabendo a velocidade que vocês arrancam e dirigem!
-Tudo bem tudo bem, tenham calma eu irei correr na maior segurança.
-Esperemos que sim antes que elas tenham um ataque cardíaco.
-Aliás onde está o Matheus e a Lexus? - Helo se sentou. -Não vieram?
-Estão atrasados como sempre, talvez deixando Daniel e Hope com os avós.
-Fazem bem, não é ambiente para bebés que acabaram á pouco de nascer!
-Tens razão.
Riram!
Finalmente um sorriso na cara de todos depois de largos minutos todos tensos. Eles sabiam perfeitamente que este prémio era importante para a Ferrari, mas também para Oliver, mas a saúde do moreno vinha sempre em primeiro lugar.
(...)
Toto Wolff - na noite anterior
-Patrick! Finalmente te encontrei.
-Senhor? Deseja algo?
-Quero que me resolvas um assunto no carro do Benjamin para amanhã!
-Esta tarde chefe, não acho apropriado fazer remodelações no carro. É contra as regras!
-Compreendo isso, mas é uma coisa urgente. Todos sabemos o quão bem a equipa da Ferrari e o seu piloto Oliver tem estado bastante bem ultimamente.
-E o que seria?
-Tu vais colocar um dispositivo no carro do Benjamin para prejudicar o Oliver!
-Senhor?
Eu sabia extremamente o que estava a fazer e também sabia que o colocaria em muito mal estado ou até o matasse pela minha inresponsabilidade, mas ninguém poderia tirar este prémio da equipa por nada neste mundo.
-Faça e a recompensa será grande!
-Poderá o matar.
-Estou ciente disso, faça e logo veremos isso.
-Ok! Sem problema terá o que quer fique descansado. Até amanhã.
(...)
(...)
• Na Box da Mercedes •
O ambiente era harmonioso ao contrário do ambiente da Box da Ferrari. Toto tinha o seu plano bem assente e não se importaria se magoaria pessoas terceiras para ganhar o prémio.
-Benjamin! - indaguei-o Toto. -Preciso falar contigo antes da corrida.
-Claro. O que queria?
-Quero que dês tudo na pista, quero que dês tudo para ganhar novamente o Mundial estamos entendido?!
-Eu sempre dou chefe. O que mudou desta vez?
-Nada! Nada. - engole seco. -Apenas......apenas faz o que eu te disser tudo bem?
-Tudo bem. Posso me despedir do meu pai?
-Claro! Mas rápido Benjamin.
(...)
Voltando a uma forma mais generalizada todos estavam felizes por Oliver correr o seu primeiro mundial após seu pai se reformar das corridas.
Matheus e Lexus já haviam chegado e trouxeram uma companhia extra, Zeus veio com eles, o rapaz gostava imenso de estar com todos e como eram autorizados animais eles sempre tinham que o trazer para a alegria de todos.
-Parece que a hora chegou! - Oliver sorri. -Até mais pessoal, vou realizar a corrida de reconhecimento e logo estarei a correr.
-Tem cuidado. - exclamaram todos.
-Sempre.
Colocando o capacete, logo o moreno entra dentro do carro e parte em direção á pista de partida. Ele sabia exatamente o ambiente que estava em Barcelona e nesse sentido ele tinha que jogar contra isso, jogando contra o tempo para ganhar ele conseguia por vezes até ultrapassar as adversidades para tal coisa.
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*Radio ON*
Oliver:
-Me coloquem em sintonia com o Benji antes de dar a largada.
Equipa:
-Tudo bem!
(...)
Benjamin:
-Cara para quê tanto amor?
Oliver:
-Apenas vim aqui dizer que te verei perder para mim este Mundial. Prepara os foguetes para mim cara!
Benjamin:
-Amigos mas rivalidade acima de tudo. Ai como é bom.
Oliver:
-Cara é tesão ou é amor?
Benjamin:
-Tenho mais com que me preocupar. Até perdedor.
Oliver:
-Perdedor! Sei! Até Benji!!!!
(...)
Equipa:
-Oliver! Concentra-te a corrida está prestes a começar.
Oliver:
-Estão todos muito tensos, porque não vão comer e beber enquanto eu ganho a corrida?! -todos riram.
Equipa:
-Não podemos te abandonar. Boa corrida de reconhecimento e daqui a pouco boa corrida Ferrari Boy!
Oliver:
-Até!
*Rádio OFF*
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Oliver demostrava ser forte até quando não o podia ser e por vezes isso o desconcentrava da realidade ainda mais em corridas importantes como esta.
Todos estavam tensos!
-Oliver ainda mata alguém de coração com tudo isto. -Emma se pronunciou.
-Meu filho é complicado quer tudo até demais ás vezes.
-Aprendeu com quem? Hem Mónica?!
Tensão dentro e fora da Box também fazia parte do dia á dia dos pilotos e das equipas. Não havia um momento sequer que o ambiente ficasse pesado e estranho.
-Bem gente que tal falarmos de outra coisa? Seria algo maravilhoso, Oliver já está a correr a corrida de reconhecimento até.
-Tens razão Theodoro, á pessoas aqui que não tem mesmo coração.
-Ao que é que te estás a referir Mónica? Hem?
-Ao nosso filho pode estar doente ás vezes e mesmo assim o fazes correr. Obrigar é a palavra correta.
-Aham Aham. Ele é que quer correr eu não obrigo nada.
Os rapazes intervirão no meio de ambos.
-Chega! Vem Mónica sente ali comigo um pouco. -Lexus a abordou.
-Se não te sentes bem aqui a porta do teu lado direito é serventia da casa.
-Olha só! Á quem se preocupe com os filhos e outros que não querem saber.
-Chega! Acabou vocês os dois. - Soso falou um pouco alto. -Estamos em um local público o ambiente estava bom, não o façam piorar para nós também. Vem Charles vamos ver o Oliver.
Oliver
A corrida estava prestes a começar e eu estava ansioso demais para ganhar o Mundial ainda mais depois da equipa da Mercedes andar a dizer que a equipa da Ferrari não tem qualidade nenhuma para tal coisa. Isso em irritava bastante.
Todas as equipas e todos os carros são bons, mas á sempre uns que se dedicam mais e outros que apenas correr basta. A mim apenas não bastava correr, mas sim vencer e mostrar o meu melhor para o mundo ainda mais tendo 18 anos.
Um silêncio total se fez sentir no Autódromo e logo percebi que a corrida estava prestes a começar. Vi os vários sinais vermelhos em cima e logo comecei a ligar o carro novamente, segurei bem firme o volante e logo dei partida após o verde aparecer, ia em 4°lugar, mas a mim isso não dava a mínima ainda mais quando daqui a três voltas estaria em primeiro.
O carro de Benjamin estava um pouco atrás de mim e logo percebi uma sensação bastante ruim e logo vi tudo girando, meu carro estava girando e eu estava girando, uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete voltas até embater contra as grades da pista.
Não sabia o que havia acontecido porém boa coisa não tinha sido. Noto a voz de Benjamin chamando por mim, estava difícil de respirar e responder.
(...)
Helo - na Box da Ferrari
-Deixa-me falar com ele! Por favor.
-Senhora.
-Deixa Óscar. - Charles assentiu e logo saiu correndo. -OLIVER! - diz em alto e bom som após sair.
-Oliver! Oliver ei amor, me ouve. Me responde por favor. Oliver....
-....
-Oliver! Vai responde, por favor.
-....
-Não faças isso comigo, connosco. Por favor vai responde!
-Eu estou bem! Tudo vai ficar bem.
-Benjamin está aí contigo! Ele deixou a corrida.
-Eu.......eu sei. - tosse. -Eu vou ficar bem.
(...)
Meu corpo doía, tudo doía porém não tinha nada partido andem de duas costelas, Talvez por causa do impacto as tivesse partido, mas nada além disso. Eu sou forte e ficaria bem logo.
Logo fui tirado do carro e logo senti meu pai me abraçando com todas as forças, eu sabia que tinha feito a coisa certa em correr a corrida porém devia ter dado ouvidos a elas ainda mais quando três delas tiveram filhos.
-Estás bem?! -Benjamin veio ter connosco. -Desculpa-me Oliver não sei o que houve eu não consegui desviar mesmo eu tentando fazê-lo.
-Tu tentaste fazê-lo?
-Sim!
Vimos meu pai furioso e com o punho cerrado saindo do local provavelmente tirando respostas com alguém que me queria prejudicar e definitivamente conseguiu.
-Me perdoa Oliver. Sério!
-Tu deixaste a corrida para me ver? Tu fizeste isso por mim?
-Claro! És meu rival mas não deixas de ser meu amigo e além do mais teve mão criminosa nisto eu tenho a certeza. - diz e logo somos interrompidos pelos bombeiros.
-Venha vamos monitorá-lo! A corrida terminou para o senhor. É para o senhor também que se cortou na mão.
-Não é nada?
Nada? Benji estava com a mão cheia de sangue e se o sangue não fosse meu talvez pudesse ser dele e definitivamente era. Me lembro da primeira vez que nos cruzamos quando crianças bem aqui, nos aleijamos e nos magoamos ambos nas mãos.
-Cara! Lembraste daquela fez que nos vimos pela primeira vez e nos aleijamos?
-Esse dia foi memorável isso sim, nós aleijamos tu nos joelhos e eu nas mãos. - rimos e logo tussa.
-Por favor, não tussa fará pior!
-Tudo bem!
Passei pela Box da Mercedes antes de ir definitivamente para a minha e ouço meu pai discutindo alto e bom som tentando chamar a atenção do chefe da equipa, Toto Wolff.
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*Charles*
Eu estava totalmente furioso com tudo isto. A equipa da Mercedes já andava á bastante tempo a mandar indiretas para nós, todavia nós nunca demos ouvidos a isso. Eu fiquei irritado ainda mais com o que Benjamin havia dito.
-Me deixem falar com o Toto agora! - irritado sou segurado por alguns membros da equipa da Mercedes. -Me larguem agora, eu quero falar com ele. -alteio a voz.
-O que foi Charles Marc Hervé Perceval Leclerc? Que raio tens tu agora?
-Que porcaria veio a ser aquela ali na pista hem Toto me fala?
-Que Oliver é um mau piloto? Que Oliver não sabe dirigir e vai contra o meu piloto é de facto é isso mesmo. Até merecia pior.
Um soco foi tudo que lhe dei, ele não tinha o direito de falar assim de ninguém, especialmente do meu filho. Oliver era a pessoa mais generosa, podia ser com uma personalidade forte porém nunca desejou mal a ninguém e Toto só fez isto com toda a certeza para ganhar a corrida, mas nem isso ele fez.
Benjamin SAIU da corrida!
-Não voltes a falar assim dele, não voltes a falar de ninguém nesse modo. Se gostas tanto de ganhar encoraja mais os teus pilotos, encoraja mais a eles fazerem um melhor trabalho.
-Olha só, se vens aqui me acusar de coisas que eu fiz podes estar descansado pois eu aqui sou tanto a vítima como tu.
-Se fosse a ti não acreditaria muito nisso Toto! - Óscar veio com um dispositivo. -Isto foi encontrado no carro do Benjamin, tens algo a dizer?
-Seu canalha! - sou parado desta vez. -Que eu saiba estes dispositivos são controlados. Tu vais pagar por tudo Toto, eu colocar-te-ei em tribunal.
-Ui que medo! Que provas tens tu contra mim hem? Quem não te garante que foi o Benjamin que o colocou?
-Não coloques as culpas num jovem, eles nem sabem montar isso no carro e muito menos como é que ele conseguia o ativar e o comandar estando a dirigir?! - irritado vejo seguranças vindo em minha direção. -ME FALA!!!!!
-Vai discutir para outro sítio Leclerc. Vai com a tua família e deixa-me em paz. Ainda bem que a Mónica se divorciou depois do que fizeste!
Outro soco é desta vez ele mereceu ainda mais, ele não tem o direito de falar da minha família e muito menos da mulher que esteve sempre comigo todos estes anos. NÃO TINHA!!!
-Charles! - Mónica apareceu por trás de mim. -Nosso filho está a chamar-te antes de ser transportado para o hospital.
-Eu já vou.
-Vai vai e me deixa em paz. Deixa as tuas especulações de lado, quem me garante que não foste tu que colocaste o dispositivo no carro do meu piloto para o prejudicar e acabaste por prejudicar o teu piloto?
Ia me virar para ele de novo porém Mónica me para e me beija no meio de todos. Bem, desta eu não esperava, mas ela sabia muito bem como me acalmar numa situação destas e esta a solução mais vitalícia.
-Agora vamos!
-Tudo bem.
...
-Como estás?
-Bem! - ele riu. -Au!! Vou ficar bem sim, talvez só parti umas costelas aí.
-Sempre sarcástico.
-Claro!!! Mas eles me obrigam a ir para o hospital. Posso não ir?
-Não!!!! O senhor vai sim. Nem que o arraste. Agora vamos logo.
Oliver era muito valente até provar o contrário e com o que o carro captou ele tem até sorte de ter só partido algumas costelas. Naquele momento eu vi minha vida andar para trás, meu filho podia ter morrido por culpa de Toto....ele irá pagar.
A chegada ao hospital foi tranquila, mas eu não parava de pensar um só segundo de como tudo aquilo ocorreu. Sempre verificávamos carro do Oliver no dia anterior e no dia da corrida, talvez lá também apanharam uma falha....DROGA!!!
As horas foram passando, estava a demorar imenso dar um prognóstico. Eu estava até pirando de certa forma. Não queria que nada se pior acontecesse.
-Charles! - Thomas apareceu atrás de mim.
-Então? Meu filho ficará bem?
-Sim....terá que ficar esta noite cá para observação, é protocolo e tu sabes disso.
-É! Mas afinal, o que ele tem?
-Três costelas partidas e desmanchou um pouco o pulso. Ele ficará bem, está agora a ser medicado.
-Podemos ir vê-lo? - Heloísa se acercou a mim. -Por favor tio!
-Claro.
Eu estava tranquilo para ser sincero. Ver meu filho feliz e pronto para outra corrida era até de certa forma uma piada. Ele amava nos irritar, sempre foi assim de pequeno.
-Quando posso voltar a correr? - ele soltou sorrisos. -Eu quero! Detesto ficar parado e o senhor sabe disso.
-É eu sei mesmo, mas além do mais o senhor terá que ficar dois meses fora.
-Nãoooo!
-Oh drama. - Mónica respondeu. -Vais ficar bem, além do mais Peter tem saudades tuas.
-Onde ele está?
-Com os avós....ja já eles estarão aqui também. - arrumou seu cabelo. -Descansa um pouco também.
-Não tenho sono.
-Que complicado rapaz. - me sentei. -Além do mais para recuperares rápido terás que fazer tudo como o médico ordena.
-Ah que droga! - cruzou os braços amuado. -Preferia partir a cara do Toto.
-OLIVER!! - Heloísa o repreendeu. -Então. Por favor, deste-nos um susto tremendo.
-Não foi por mal. - beijou a sua testa após falar. -Além do mais......eu viverei por imensos anos! Fica descansada sim.
-Da próxima vez que te avisarmos para não correr é para não correr!! - Mónica se acercou a mim. -Eu e o teu pai quase morríamos na hora.
-Agora eu é que digo! Oh drama!!!!
Rimos.
• 1 dia depois •
Lexus
Já fazia alguns dias que eu estava a sentir-me cansada, enjoada e tonta quando me levantava de certos lugares. Não queria ter que pensar no absoluto, não queria ter que pensar que estava a carregar mais um bebé dentro da minha barriga, isso seria catastrófico.
Eu NUNCA devia ter regressado a casa depois da discussão com Matheus, aquilo foi um autêntico erro que até hoje me arrependo. Estava na casa de meus pais um mês seguido, eles não se importavam de facto, meu pai adorava brincar com os gémeos e eles o amavam.
Ele sempre foi ótimo com crianças.
-Vou abrir. - me levantei, mais uma tontura e um enjoo veio. -Acho que não.
-Está tudo bem? - minha fala me questionou enquanto subia as escadas. -Lexus?!?!?!
Eu estava aterrorizada, entrei no quarto e tranquei a porta....entrei no meu banheiro e deitei tudo e absolutamente tudo que havia comido para fora, eu estava mal, eu estava fraca. Esta sem dúvida está a ser a pior suposta gestação que eu tive. Na primeira foi tudo tão bom.
Me limpei e me coloquei em frente ao grande espelho....eu visualizava tudo ao meu redor. Abri a segunda gaveta e tirei o teste, eu tinha que ter a certeza. Eu tinha que descobrir.......era esse o meu único objetivo neste momento.
Eu estava sem reação, após esperar mais de três minutos para saber a verdade ela caiu como um balde de água fria. Me sentei chorando no chão, tapei minha face e o desespero não parava por aí. Eu queria chorar, eu queria gritar, eu queria desaparecer...eu não estava preparada para novamente carregar um filho dele.
Do lado de fora do quarto ouvi em alto e bom som a voz de minha mãe. Meu coração disparou, eu tinha que a enfrentar...eu tinha que enfrentar esta fase e mesmo que por mais dura que ela fosse eu iria conseguir vencer.
Abri a porta tranquilamente e meu olhar mirou fixamente minha mãe. Eu estava tensa, eu estava tremendo, eu escondia com a minha outra mão o teste atrás das minhas costas. Eu estava APAVORADA.
-Lando está lá em baixo! Quer falar contigo. - disse com um olhar sério. -Está tudo bem aqui?
Se eu dissesse que sim eu estaria a mentir, mas minha mãe me conhecia mais do que ninguém....eu tinha que lhe contar a verdade e nunca lhe ocultar o facto que ela seria avó pela terceira vez consecutiva e em tão pouco tempo.
Me puxou e fechou a porta do quarto de imediato, me sentei na cama e coloquei o teste á sua mercê. O alcançou com o olhar e me olhei por último. Andou de um lado para o outro e aquilo estava me incomodando, ela estava como eu, ela não queria acreditar nisso.
Eu também não!
-De quem é?
-O quê? - sorri em pânico.
-Uma pergunta simples e nem venhas, sabes muito bem ao que me refiro.....quem é o pai dessa criança? Matheus ou o Lando.
-Ah meu Deus.
Me levantei chateada eu não estava a acreditar que numa hora destas ela estava duvidando de mim. Ali, o silêncio, prevaleceu e fiquei observando por mais alguns segundos o teste. Ele estava jogado na cama novamente.....minha mãe por outro lado estava diante da grande janela.
-Não repito novamente a minha pergunta Lexus!
-Do Matheus! Não o trai se é isso que imaginas eu ao contrário dele posso ter muitos defeitos, mas eu preferiria morrer do que trair a pessoa que amo.
-Assim espero. Agora vem, guarda este teste antes que um dos teus irmãos o apanhe e vamos ver o Lando. Ele está lá em baixo te esperando como já havia referido.
Ela saiu do quarto chateada após me jogar o teste de gravidez no peito. O mirei novamente e o ícone de 3+ era real, como da primeira vez. Provavelmente foi quando.....até custava em imaginar que tinha sido aí.
Fechei a porta do quarto e desci as escadas o mais rapidamente possível e um aperto no coração se fez sentir. Daqui a alguns meses a barriga voltaria a crescer e não conseguiria esconder de mais ninguém.
-Está tudo bem? - colocou meu cabelo atrás da orelha. -Pensei em passar aqui antes de regressar a casa. Tive com o Oliver e ele disse que está melhor....ele está com o pessoal lá em casa.
-Ouvi dizer que sim.
Minha mãe me olhava encostada contra a parede a todos os segundos. Ela não gostou de saber disto ainda mais com tão pouco tempo de resguardo que eu tive dos gémeos.
-Lando veio trazer alguns presentes maninha! - Lily sorriu. -Ele trouxe-me uma minnie nova.
-É pequena!! Que máximo. E o Ryan?
-Um carrinho. - ele estava animado.
-Não podia vir cá de mãos vazias eu sei como são as crianças.
-Ficas para jantar? - meu pai se pronunciou. -Vamos amar estar na tua companhia ainda mais as crianças.
-Como ele disse Mason, ele estava de regresso a casa não empataremos mais seu objetivo!
Olhamos todos estranhos para a minha mãe até que a campainha é tocada mais uma vez. Não era meu tio, ele tinha as chaves caso precisasse.
Regressei para perto da mesa de jantar e ouvi a voz de Matheus na mesma hora, retornei meu corpo na mesa hora meu coração acelerou mias do que tudo, aquilo foi gerado extantaneamente....ambos estavam aqui. Ambos não se gostavam e ambos fariam de tudo para ter meu amor.
Ah que droga!
-Que bom ter-te aqui Matheus!!! - minha mãe olhou para mim e falou em forma irónica. -Vieste ver como tudo estava?
-Como assim ver? - respondi discretamente.
-Vejo que estão em boa companhia. Volto noutra altura.
-Espera não. Vem, vem ver os gémeos, eles acabaram de adormecer.
Era cansativo, era de certa forma algo irredutível, ver que as coisas podiam ter sido mudadas na hora certa, ver que eu por um impulso cometi um erro e agora estava a pagar pelo meu pior pecado.
Nunca!!! Nunca!!!!
Nunca mais farei este absurdo de
novo por um homem.
-Acho que irei indo. Amanhã falaremos mais, talvez quando voltar do autódromo!!
-Claro. Claro que sim.
-Ótimo. Bem até mais crianças.
Eles o beijaram e se despediram. Fui até ao sofá e me sentei a poucos metros do moreno que estava acariciando gentilmente a cabeça de ambos. Ele estava agora a ser o pai que eles tanto mereciam, após tudo isto ele conseguia perceber isso.
Foi tarde demais, mas enfim chegou
esse grande momento.
-Como estão os gémeos desde ontem?
-Bem! Bem.....nas medidas do possível claro. Tenho dado meu tempo a eles.
-Não pude vir contigo para cá porque meu irmão teve uma crise de ciúmes com minha mãe quando descobriu que ela estava grávida novamente.
-Ela deve estar radiante.
E mais uma vez vinha tudo na minha mente. Coloquei a mão na minha barriga e a abracei gentilmente, ele tinha que saber e eu tinha que ter a certeza de que de facto eu estava esperando outro filho....bom, eu espero que seja apenas um desta vez.
-Está mesmo! Mas meu irmão disse que quer uma menina para namorar com Ryan no futuro.
-É o quê?!?! - meu pai apareceu. -Como assim meu pequeno Ryan namorar? Ele é novo.
-Não vai ser para sempre papai.
-Ele sabe! - minha mãe sentou-se perto de mim. -Me desculpa por à pouco.... - murmurou em meu ouvido. -Eu não queria ter agido daquela maneira contigo, não assim eu sei que não és dessas mulheres que vejo! - beijou por fim minha bochecha.
-Amanhã após o jogo tem como ficar um pouco com os gémeos?
-Tem claro, só me avisa para quando meu pai os for buscar, ele ama demais passear com eles.
-Ah que calúnia. Eu apenas amo crianças gente!
-Tudo bem. Eu aviso. Bem, agora tenho que ir, parece que meu irmão está com a crise dos ciúmes novamente.
-Até mais!
Beijou os pequenos e logo o levei até á porta novamente, não era assim que eu prometi a mim mesma me despedir do homem que amo, mas pensando por outro lado ele de facto estava a receber aquilo que me tinha feito passar.
Era errado, muito, mas ele sabia que eu agia não por vingança, porém porque estava certa.
Suspirei fundo após fechar a porta e meus irmãos foram com meu pai dormir, minha mãe veio ter comigo e no mesmo instante em abraçou. Meus ombros acalmaram e meu corpo parou de tremer do mesmo momento.
O nervosismo está a agora sendo controlado!!!
-Tudo ficará bem sim. Eu sempre estarei aqui para ti, não deixarei que nada te aconteça. Nunca na vida meu anjinho!!!
Ela me fez chorar.
Ah que merda!!!
-Eu devia ter-lhe contado! - eu estava ofegante. -Ele é o pai, ele não pode ficar sem saber.
-Não claro que não pode, mas neste momento as coisas não estão boas para falar, temos que ter paciência e amanhã pela manhã eu acompanho-te ao hospital.
-S/n pode vir?
-Claro, claro que sim anjinho....claro que ela pode! - acariciou gentilmente minha cara.
Todos os momentos vinham, todos os momentos com Matheus e Lando vinham respetivamente á minha memória. Eu estava sem saber o que fazer.....eu estava devastada demais com esta notícia.
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