Two-shot| "Touché, Falena."
QUERO AGRADECER A TODOS QUE FIZERAM PARTE DA EDIÇÃO DESSA FANFIC ❤️🌻.
Escrito por: parkning
Co-Autor: PurpleGalaxy_Project
Betagem por: Singularity97
Designer por: AngustDri
Sinopse: Todos nós temos algo pelo que temer e, à medida que crescemos, percebemos sentimentos novos que acabam nos afetando. Eu, Jungkook, sou chamado de "fabricante de lágrimas" por causar tantos sentimentos confusos e surpreendentes. No orfanato onde morava, as coisas eram diferentes para mim. Eu era um solitário que não queria nenhum tipo de amizade e isso poderia ser prejudicial, mas eu não ligava.
Até que conheci uma mariposa. A fábrica principal.
Contudo, quando crescemos, as coisas ficam diferentes. Tomamos rumos distintos em nossas vidas e finalmente pude me sentir livre. Consegui a minha liberdade da Sra. Fridge, e hoje vivo liberto das suas loucuras.
Quando entrei na idade adulta, percebi que aquela fase não era tão divertida assim e, sim, uma montanha-russa de irritação, ainda mais tendo Jackson para me atormentar com sua banda, que é rival da minha. Como somos duas pessoas competitivas, criamos o jogo "Touché", onde tentamos encontrar algo para ganhar um do outro.
Até que ela aparece. Alguém que não se lembra de mim, mas que se torna a principal responsável pelo giro que o meu ciclo de vida dá.
Nabi, minha Falena.
CAPÍTULO DOIS
Não podia descrever a imensidão da minha satisfação ao ver o rosto irritado do Jackson, não só por ter sua ex-namorada ao meu favor, mas ter ela pra mim. Minha Falena. Mesmo que ela não tivesse terminado, se eu descobrisse desde o início que a namorada do meu rival se tratava dela, iria fazer de tudo para separá-los.
Ela estava uma tremenda gostosa usando uma de suas saias apertadas que abraçava com gosto suas coxas fartas junto ao quadril cheio onde minha mão estava se encarregando de dedilhar a carne macia. Na parte superior, o top preto de couro e alça fina deixava sua pele branquinha exposta e eu só precisava descer minha boca um pouquinho para estar distribuindo beijos nela. Contanto, me contentei em só encher meus dedos com sua gostosura.
— Então quer dizer que passou essas semanas todas longe de mim somente pra estar com ele? — pergunta o moreno irritado à nossa frente enquanto nos olha.
Na noite em que nos vimos e montamos sua vingança foi o começo de tudo, ainda que no dia seguinte as coisas não aconteceram do jeito que planejamos enquanto bebíamos. Minha Falena havia esquecido que tinha uma viagem com as amigas, por isso, só agora tivemos a oportunidade de colocar nosso plano em prática.
Soltei um riso soprado e o olhei com escárnio. Era interessante ressaltar que Nabi estava falando com Jackson sobre essa viagem há muito tempo, mas ele se importava tanto com a namorada que nem fez questão de se recordar onde ela estava.
Ele realmente não a merecia, como eu soube desde o princípio.
— É tão difícil assim aceitar que ela esteve comigo? — o provoquei, usando meu melhor sorriso provocativo, aquele que ele tanto odiava. — Você estava ocupado com suas amantes, por isso se manteve bem distraído da vida da sua ex-namorada.
É claro que eu ressaltei que ela era sua ex. Ela com certeza não voltará a ser dele depois de tudo que ele fez. Ainda mais depois de descobrir que Nabi sempre foi minha, só fugiu por um tempo das minhas garras e, mesmo assim, não foi o suficiente para ela se manter em um relacionamento sólido. Fingindo não me importar com tudo isso, rocei meu polegar na pele nua do seu quadril, para a consolar e mostrar que compreendo como — mesmo que o relacionamento não fosse um dos melhores — ainda tem o restinho de afeto por conta dos mínimos momentos que tiveram juntos.
— E enquanto se manteve ocupado com ela, seu querido dançarino estava dormindo com a minha guitarrista — Jackson rebate, fazendo todo o meu corpo tensionar. A pergunta é: qual deles? — Park Jimin estava bem entretido com a língua da So-ra enfiada na boca dele.
Minha mandíbula endurece de tanta raiva por descobrir sobre isso no meio de uma discussão com o Jackson. Solto uma risada incrédula por não acreditar que Jimin teve a coragem de manter a merda desse relacionamento com So-ra em segredo, sendo que aquela desgraçada mexe com várias coisas erradas.
Mas Jackson ainda não ganhou essa batalha. Mesmo que essa notícia faça eu questionar minhas habilidades, além de dar a entender que sou fraco por não conseguir manter meu dançarino longe da inimiga, ele ainda não me derrotou.
— Tou... — Mordi os lábios tentando não rir do brilho de esperança que surge em Jackson ao ouvir o início da minha fala não concluída. — Nabi está grávida, Jackson — conto, e logo sinto o corpo sobre as minhas pernas se sobressair. Observo, pela minha periférica, sua expressão confusa ao se virar em minha direção, provavelmente se perguntando como eu descobri sobre a gravidez. — Mas não fique surpreso — digo ao ver sua reação. — O filho é meu.
Não, o bebê não é meu. Porém, desde o momento em que Nabi voltou para mim — ainda que seja um relacionamento falso —, ela continua sendo minha.
Só minha.
— Seu filho da... — interrompe sua fala, deixando visível os dentes cerrados num conjunto com as sobrancelhas e testa franzidas, logo, solta uma risada quebrada enquanto olha para a minha Falena. Como se ele tivesse o direito de sentir alguma mágoa depois de tudo o que fez a ela. — Touché, Jeon Jungkook.
E, mais uma vez, eu ganhei.
[...]
— Como você descobriu? — perguntou quando saímos do meio da multidão que estava dentro da boate e entramos no corredor vazio.
Depois daquela pequena provocação minha e do Jackson, a boate alcançou seu horário de pico e assim acabamos fugindo da pequena invasão de pessoas, que não era um número tão alto devido a falta de apresentação. O cronograma da noite possuía apenas diversão e bebidas.
— Você não é muito discreta em esconder as coisas — murmurei, deixando-a sem saída ao prensar seu corpo contra a parede. Abro um sorriso quando ela arfa e ergue seu rosto para me olhar nos olhos. — Você estava vomitando muito quando chegou — revelei uma das primeiras coisas que achei estranha em seu comportamento. Minha mão direita vai em direção ao seu joelho e escorrego meus dígitos pela sua pele macia. Sinto seu corpo estremecer e mordo os lábios para não sorrir tão abertamente. — Também achei que devia verificar o que você havia jogado fora e achei o teste de gravidez.
— Você é um lunático — diz enquanto tenta escapar do meu toque. Entretanto, seu corpo parecia estar controverso às suas vontades quando, em vez de mostrar querer fugir, movia-se em minha direção.
— Lunático por você? Óbvio que sim — respondo, colando meu peitoral contra os seus magníficos seios firmes pelo top, sentindo seu hálito quente me arrepiar ao bater no meu pescoço.
— Jungkook... — chama meu nome. Esperei que ela dissesse algo, até mesmo parei de passear meus dedos na sua pele porque seu tom parecia confuso ao perguntar: — Nós nos conhecemos? — Meu coração acelera como louco ao ouvir suas palavras, ao passo que fixo o meu olhar ao dela. — Eu sonhei com você, depois que te vi, e os sonhos são recorrentes.
Em vez de responder exatamente sua pergunta, eu sorri para provocá-la.
— Você anda sonhando comigo então? — pergunto em um tom maldoso e ela solta um resmungo, me fazendo rir. — Me diga mais sobre seus sonhos. Foram bons? Estávamos nus?
Sussurrava as perguntas sobre sua orelha enquanto voltava a distraí-la, desejando poder beijar sua boca carnuda e depois espalhar beijos por toda sua pele. Pensei que minhas perguntas maliciosas seriam ignoradas por Nabi, só que fui surpreendido ao receber a confirmação delas.
— Estávamos, e foi muito bom — respondeu às duas perguntas de uma só vez, e abri mais um de meus sorrisos cafajestes. — E, em um deles, você estava de joelhos aos meus pés e com a boca ocupada — descreve, me fazendo entender seu sonho de imediato. Logo, mordo o lóbulo da sua orelha enquanto subo a barra daquela saia.
— Então, vamos tornar um dos seus sonhos realidade — digo, deixando rastros de beijo sobre sua pele. Desço os toques úmidos até o centro das suas pernas, concentrando minha língua ali para deixá-la em delírios.
Nabi narrando.
Os pulmões da garota estavam perdendo o ar à medida em que ela corria para longe do orfanato. Seu rosto estava inundado com lágrimas de raiva e tristeza. Os soluços compulsivos e os pés esmagando a trilha de pequenas pedrinhas eram os únicos sons emitidos na floresta deserta. A noite estava calma e perigosa por conta dos animais que estavam ali apenas observando a garota ao longe.
Ter dezesseis anos não era fácil, pelo fato dos hormônios estarem sempre querendo tomar o controle das ações do nosso corpo. Nabi, ao invés de seguir a voz da razão, preferiu suprir as necessidades curiosas do seu corpo. Mas seu companheiro, que pareceu tão fiel e protetor consigo, na verdade, estava a traindo com a garota que ela pensou ser sua amiga. Agora, a raiva da traição gritava entre sua garganta. O som estridente da traição saindo da sua garganta ressoou por todo o local e foi tão potente que assustou alguns pássaros em prontidão.
Um riso chamou sua atenção e ela olhou para trás, sentindo as lágrimas fazerem caminho pelo seu rosto.
— Você realmente é patética. — A amiga falsa ri da garota em prantos. — Achou mesmo que ele iria amar você? Muito iludida, lindinha. — Desdém era o principal tom da garota de cabelos loiros e curtos.
Os sentimentos da adolescente enganada estavam confusos, nada daquilo fazia sentido na sua cabeça. A sinceridade dele consigo em cada olhar, a cada beijo e na primeira vez que tiveram juntos. Tudo isso foi especial ao ponto de ter a certeza que nada do que sua antiga amiga dizia era verdade, mas a insegurança fazia a dúvida dar voltas em sua mente.
O coração encurralado de dores e apertos insensíveis que parecem estar querendo fazê-la ficar sem seu órgão mais precioso. Seus pulmões pareciam estar parando de funcionar à medida que ela tentava respirar. O desespero em seus olhos é nítido, a bombinha não estava mais presente dentro dos bolsos da sua vestimenta e, ao notar isso, o desespero piorou mais que tudo.
— Procurando isso? — a loira perguntou, instigando Nabi a erguer seus olhos outra vez para aquele ser desprezível que sustentava entre a destra o medicamento que a garota tentou alcançar em meio ao seu nítido pânico causado pela crise de asma. Mas ela não lhe entregou e jogou o objeto no penhasco onde havia um lago com baixa quantidade de água e as pedras eram o maior dos destaques ali. — Então, vai pegar — manda, em um tom maldoso. Em meio à luta para respirar corretamente, Nabi engatinhou sobre as pedrinhas, tendo as pequenas pontadas no joelho sendo ignoradas pelo seu cérebro.
A única coisa que importava naquele momento era drenar o ar para seus pulmões, sentir o total pânico e sobreviver em meio aquele caos. Contudo, as lágrimas tornaram sua visão turva ao ponto de não perceber que havia chegado até a ponta do penhasco e, antes que percebesse, sua mão vacilou na rocha frágil. Seu corpo se curvou para frente e o pânico duplicou quando tudo se tornou leve, de sua garganta fugiu o maior grito da sua vida e, então, ela caiu.
Porém, enquanto seu corpo flutuava em meio ao ar e a adolescente fechava seus olhos por perder a consciência, ela ouviu alguém em seu chamado.
— FALENA!
Meu corpo se levantou rapidamente assim que a falta de ar incomodou os meus pulmões. Imediatamente, me curvei em direção a escrivaninha ao meu lado direito e abri a gaveta com desespero. Peguei minha bombinha de e suguei seu conteúdo medicinal até meu controle respiratório voltar ao normal.
Quem é esse garoto?
No dia seguinte.
Bar.
O barulho dos meus saltos eram os únicos ruídos transmitidos pelo barulho oco do piso a cada passo que eu dava. Eu nem podia acreditar que estou vindo com tanta frequência aqui, mas um certo moreno de mechas roxas me encantou depois de realizar um dos meus sonhos. Não só pela sua língua ser maravilhosa e me fazer subir pelas paredes de tanto êxtase, mas também pelo fato de eu me sentir única a cada vez que ele beija minha pele com delicadeza, a cada vez que seus olhos brilham e sorri como se eu fosse a coisa mais bela que ele já viu.
Eu me sinto realizada, mas havia uma sensação estranha que me puxa para perto dele, e eu ainda vou descobrir o motivo de tudo aquilo.
— Até que enfim você chegou — diz, levantando seus olhos até mim para me inspecionar dos pés à cabeça.
Seu sorriso ladino arranca de mim todas as inseguranças e me traz confiança. Ele é um adorador da beleza feminina e, se eu fosse sua namorada, com certeza ficaria enciumada ao pensar que ele já apreciou mais garotas, além de mim.
— Estava com tantas saudades assim? — perguntei ao me pôr em sua frente. Em vez de responder minha pergunta com palavras, ele optou por puxar minha cintura e comprovar minha tese com sua boca.
O choque da sua boca na minha faz todos os meus poros se arrepiarem. Arfei ao sentir a pontinha da sua língua querendo invadir lábios, que nem sabiam que estavam tão necessitados até ele me provocar e pedir passagem. Tentando não pensar nisso, eu o recebo de bom grado. Os nossos beijos sempre são rápidos e recheados de desejo, mas esse parecia mais próximo de um sentimento que busca matar a saudade das poucas horas que ficamos longe.
Depois da nossa conversa com Jackson, nós dois começamos a ficar e, desde então, já se passaram uma semana. Durante essa semana, já nos vimos quatro vezes e em todas elas aproveitamos para perder o fôlego com nossas línguas se entrelaçando ao fazer parceria uma com a outra.
— Você não sabe o quanto fiquei excitado essa manhã, por sua causa — murmurou, separando os nossos para escorregar os seus pela minha pele. Abri meus lábios inchados para buscar fôlego. — Sua maldita gostosa insaciável — disse, fazendo-me sorrir enquanto tombo minha cabeça para o lado. — Você me tira todo o juízo, minha Falena.
A última palavra sussurrada fez todo o meu corpo paralisar no lugar e meu cérebro deu um pequeno nó, confuso. Eu me afastei dos seus beijos e o fiz olhar para mim.
— Do que você me chamou? — perguntei em um sussurro frágil e ele pareceu perdido.
— Te chamei de Falena — a resposta fez minha cabeça doer pelas recordações que ela traz, por isso, acabei soltando um grunhido de dor. Fechei meus olhos e dei passos pra trás. — Nabi?
Era horário de almoço no orfanato e todos estavam juntos nas mesas para almoçar. Todavia, Nabi, com seu senso de bondade e desejo de se enturmar com todos, acabou parando de frente ao mais temível dos seus colegas.
— Posso sentar com você? — perguntou, receosa por já conhecer o regular mau humor que o menino de semblante fechado possuía.
— Não — disse, curto e grosso. — Sai fora, Falena.
Mariposa... Era ele que me chamava de mariposa. Foi ele que me traiu e é por causa dele que tenho uma maldita borboleta tatuada na poupa da bunda.
Minha visão ficou escura e a última coisa que senti foi meu corpo batendo contra o chão.
Hospital.
Ao abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi uma cabeleireira preta misturada com roxo sobre os lençóis brancos, também notei uma parte das vestimentas escuras.
Meu primeiro ato foi apertar sua mão, o suficiente para ele entender que eu havia acordado já que eu não tinha forças para recitar o quanto minha garganta está precisando de água. As lembranças, o reconhecimento da pessoa que aparecia com o rosto borrado nos meus sonhos e as memórias dos nossos momentos felizes juntos.
Tudo se restaurou. Até mesmo sua traição, que voltou a me sufocar.
— Amor, que bom que acordou. — Eu estaria surpresa, não fosse minha fraqueza física.
Como ele pode me chamar de amor depois de ter me traído com a Felicia? Ele ainda tinha coragem de demonstrar tamanho afeto por mim?
Viro meu rosto para o lado oposto, ignorando-o, então, a atitude que eu não estava esperando veio. O peso dos seus braços rodeando minha cintura, da sua cabeça em minha barriga e os soluços compulsivos que descarreguei naquela noite.
Era isso que Jeon Jungkook estava fazendo agora.
— Por favor, me perdoa — pediu, entre soluços. Me neguei a olhá-lo, mesmo eu já estando em prantos junto com ele, em silêncio. — Eu não queria beijá-la, ela me beijou à força. Eu não gostava dela. Eu amava você... — disse, fazendo meu coração se apertar. Amava? — Mas, agora, eu te amo muito mais, minha Falena — completa, fazendo meu coração voltar a acelerar. — Me desculpa por não ter chegado a tempo, me desculpa por ter ido embora e me desculpa por não ter ficado ao seu lado.
Seus pedidos com a voz quebrada só fazem as lágrimas rolarem ainda mais pelo meu rosto. Os baixos soluços saem pela minha garganta e logo senti seu abraço.
— Eu senti saudades, Cookie — balbucio em meio ao choro e ri pela lembrança do apelido. Ele me acompanhou ao também lembrar e compartilhamos de um sorriso cúmplice.
— Você me perdoa? — pergunta com os olhos brilhando em arrependimento. Concordei, com um sorriso frágil.
— Eu te amo, Cookie — me declaro, colando todas as nossas memórias, depois os nossos sentimentos antigos e os sentimentos de reciprocidade no agora. — Mas eu preciso beber água.
Ele riu quando falei isso. Não aguentava mais minha garganta doendo, implorando por água.
— Vou trazer para você, minha Falena — se prontifica, fazendo meu coração acelerar e um sorriso bobo sair dos meus lábios. Ele me entrega o copo cheio do líquido transparente e fica me olhando fixamente.
— O que? — perguntei, meio perdida com seu olhar.
— Te amo, Falena.
Noite.
Casa do Jungkook.
Minutos depois de um sexo incrível, estamos em uma aura mais relaxada. Meu corpo nu está sobre o seu e eu amo esse calor humano. Jeon, de repente, agarra minha bunda e a empina.
— Me dá uns minutinhos — reclamo, tentando fazê-lo parar com a safadeza.
— Não ‘tô te provocando, amor. — Sorri ao ser chamada assim e relaxo. — É que eu conheço tua tatuagem de algum lugar — murmurou, apertando o local.
— Fizemos ela quando fugimos do orfanato. Você aprendeu a dirigir e fomos para a cidade mais próxima. Eu lembro que te desafiei a beber duas garrafas inteiras de cerveja e você me desafiou a fazer uma tatuagem na nádega — relembro, dando risada da situação ridícula. — Acho que você tava tão bêbado que nem lembra mais.
— Você é a Kiss — diz, fazendo meu corpo tensionar e as lembranças daquela noite vêem como flash na minha cabeça. — Nabi, era você naquela noite?
Ergo meus olhos em direção aos seus e compartilho ali sentimentos confusos com ele, mesmo sabendo que suas perguntas têm respostas positivas. Mas, quando algo na minha cabeça se passou, eu ri.
— Desculpa — pedi ao ver sua confusão.
— Do que está rindo, Falena?
— Nós estamos grávidos, Cookie.
— E não devíamos estar chorando? A fralda e o leite estão caros — fala, parecendo nervoso, o que não ajuda muito porque agora passo a gargalhar de nervoso pela situação cômica e, ao mesmo tempo, séria.
— Eu sou médica, ganho consideravelmente bem e você é guitarrista. Seus shows devem lucrar pra caramba — digo na tentativa de acalmar seu pânico e acariciou os cabelos da sua nuca.
— Pelo amor de Deus, Nabi. Como você parece estar tão calma? — pergunta, incrédulo, me tirando mais risadas.
— Eu ‘tô nervosa, caramba! Eu não tenho jeito com crianças — confesso em meio aos risos e ele me acompanha.
— E nem eu — diz, fazendo combo com a minha situação e acabamos parecendo dois loucos rindo.
Meses depois.
Chá de bebê.
Não somente é a data que casamos no civil e nos tornamos um casal oficialmente, como também é o mesmo dia que vamos descobrir o sexo do nosso bebê e estamos mais ansiosos para essa ocasião do qualquer outra coisa.
O jardim da nossa casa está decorado com vários balões e coisas fofas de bebê. Eu já tirei várias fotos de tantos surtos que tive com tamanha beleza e, também, porque saiu do meu bolso, então eu precisava aproveitar.
— My Baby Girl — meu esposo me chama, abraçando-me por trás, e suspiro molinha nos seus braços enquanto ouço sua voz rouca adentrando minha audição.
— Hum? — murmuro já fechando os olhos e deitando minha nuca no seu ombro.
— Está na hora de começarmos os jogos — avisa acariciando minha pequena protuberância na barriga. Suspiro, mais uma vez, relaxada.
— Me seduzindo assim vai mesmo conseguir me levar até os jogos — minha insinuação tira uma risada dele. Abro um sorriso quando Jungkook me dá um beijo no pescoço.
— Vamos, Falena — me chama, fazendo meus lábios soltar um resmungo enquanto sou arrastada até o pequeno palco que colocaram em um canto do jardim.
Com várias pegadinhas insensíveis. Na quarta eu já estava prestes a pegar meu tamanco lindo e tacar na cabeça do Jimin por ele me deixar ansiosa. Porém, na sexta pegadinha finalmente conseguimos saber qual seria o sexo e de um modo especial.
— Madrinha, por favor, tire uma caixa que está embaixo da sua cadeira — o de cabelos azuis pede e todos ficam calados. — Yoongina, ‘tá na sua cadeira.
A garota ruivinha franze o rosto cheio de sardas e abre os lábios na intenção de falar algo, mas, no instante seguinte, volta a fechá-los, meio perdida.
— Eu sou a madrinha? — questiona, deixando todos confusos. Os únicos que dão risadas são Taehyung junto do Yoongi, que gostam de provocar a garota.
— Sim, era pra ser duas surpresas juntas. Mas parece que sua ideia não deu muito certo, Hoseok — Taehyung se dirige ao amigo que está ao seu lado direito e que acaba rindo.
— Desculpa, Gina, mas pode vir logo? A Nabi vai acabar surtando aqui e eu não sei fazer respiração boca a boca — brinca, fazendo meu marido olhá-lo de sobrancelhas arqueadas. Eu apenas ri dele, ficando caladinha no meu canto.
Yoongina parece meio descompensada quando levanta da cadeira já segurando a caixa e caminha até parar em nossa frente. Ela se ajoelhou na minha frente e abre a caixa depois de dizer algumas palavras.
— A titia ama e vai ser a melhor madrinha do... — Faz um suspense enquanto abre a caixa. Grito quando um balão preto sai da caixa.
Todos ficam eufóricos enquanto meus hormônios se afloram e soluço de emoção enquanto os braços do meu marido me envolvem.
— Nosso pequeno Jeon Jung-hyuk.
Jungkook On.
Um tempo depois…
Nosso pequeno menino me mostrou a importância de como um pai arteiro, desesperado e risonho deve agir. Porque foram as emoções que ele mais me tirou até sua fase de gaiatice aos dois anos, onde ele estava andando todo sorridente em nossa direção enquanto carregava as alianças do nosso casamento.
As coisas não estavam favoráveis para nós enquanto Nabi estava grávida dessa minha mini cópia. Estávamos sendo pressionados pelas regras rígidas da Coreia, onde dita que precisávamos ser casados para poder registrar o nosso Hyuk. Então, depois de dois anos morando juntos e construindo o vínculo da nossa família, pedi a minha Falena em casamento e a cada sorriso que ela me lançava eram emoções demais para meu pobre coração, que era o primeiro a ser seu alvo certeiro.
Mas agora, mais linda que nunca com sua maquiagem que só destacava ainda mais seus traços. Os lábios decorados com um batom de tom mais forte e ousado, o vestido branco que fazia dela mais uma das princesas da Disney.
Princesa Nabi, a borboleta que sobrevoa ao redor do meu coração e se alimenta a cada sorriso que meus lábios se atrevem a dar, sem nenhum consentimento meu. A cada vez que meus olhos são usados como ferramenta para fazer meu cérebro dar pane quando ela começa a dançar exclusivamente para mim e, sem que eu perceba, ela consegue me seduzir com apenas alguns pequenos movimentos sutis.
O culpado sou eu por amá-la tanto. Mas quem não amaria?
Ela é a fábrica dos meus sentimentos e não seria menos importante que as outras. Todas as fábricas são importantes e, mesmo que algumas ainda não tenham sido estreadas — ou, até que sim, mas pouco usadas —, todos nós temos a(o) nossa(o) fabricante de lágrimas.
Todos temos alguém para amar, odiar, gargalhar e sofrer.
Você também é um fabricante, então tome cuidado com os sentimentos que vai fornecer ao seu cliente.
No meu caso, a minha está fazendo-me subir pelas paredes com suas curvas maravilhosamente deliciosas e ainda mais brilhante com a lua refletindo na água da sua pele. Estamos em uma ilha em nossa lua de mel e a casa era toda feita de vidro, permitindo que pudéssemos ver tudo lá fora com privacidade.
Era divertido, até. Mas espero não ter lá fora um casal praticando algum atentado ao pudor, como nós estamos fazendo agora.
De repente, minha querida esposa rir.
— Do que está rindo? — questiono enquanto espalho beijinhos pela sua tez macia e saborosa.
— Então, você já gostava de mim desde o momento que entrei no orfanato e só se fazia de difícil, não é, senhor Jeon Jungkook? — me acusa, fazendo um sorriso escapar dos meus lábios em um riso soprado.
— Touché, Falena.
Fim.
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