Boa leitura, Wolves ❤️

Escutem a música em quanto lêem :)

#CapitaoDeQuinta

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Lar...

É o lugar onde você se reergue quando o mundo te derruba;

É onde o nosso coração encontra seu ponto de paz e tranquilidade;

É onde você cria raízes;

Lar é onde seu coração está.

Para Jungkook seu lar estava em sua frente, dois pequenos ômegas e sua progenitora.

- Mamãe, Jungoo tlavou... - A Jeon mais nova chamou a mãe, pois viu seu irmão parado olhando com cara de bobo, e tirando Jungkook de seus devaneios.

Estavam a família Jeon e Jimin, após um dia agitado sentados ao redor da grande mesa de vidro na sala de jantar. Comiam bibimbap em um silêncio agradável, apenas o tilintar dos jeotgarak nos pratos. Park já estava se sentindo em casa, a sensação de lar se instalava cada vez em seu peito, as risadas que Haneul soltava algumas vezes por não conseguir mexer os talheres e precisar da ajuda de Dae, Jungkook muitas vezes o perturbando para que comece mais e também sua madrinha lhe servindo mais e mais comida, deixava seu peito quentinho.

- Eu não tlavei, não! - O alfa deu língua para a irmã.

- Mamãe, Jungoo feio. - Cruzou os bracinhos, fazendo um biquinho adorável nos lábios.

Dae apenas ria, já era rotineiro a "briga" dos irmãos na hora do jantar.

- Parem vocês dois, o Mimi vai achar vocês dois feios por estarem brigando durante a refeição. - A mais velha brincou, apontando para Jimin.

Jungkook e Haneul arregalaram os olhos e olharam para o ômega que apenas sabia rir. Os irmãos estavam adoráveis, olhos arregalados, bochechas cheias e bocas sujas de bibimbap.

- Tudo bem, madrinha. - Disse envergonhado por agora chamar a alfa, por aquele tratamento.

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Jimin havia subido para o quarto de Han com a mesma em seu colo, já que insistira que queria dormir no colo do seu amigo 'Mimi'. Mesmo com Dae dizendo que ele não precisava fazer isso, e que Haneul estava sendo manhosa, ele foi assim mesmo. Com a garotinha devidamente banhada e escovada os dentinhos era mais fácil.

No andar de baixo da casa, na área de lazer, estava um capitão olhando para o céu, enquanto em seus dedos estava um Marlboro aceso.

- Até nisso você se parece com ele. - Escutou a voz de sua mãe, atrás de si. - O que está te deixando nervoso, posso saber?

Jungkook tragou um pouco e soltou a fumaça: - Eu não estou nervoso, relaxa senhora Jeon.

- Acho que você esquece que te carreguei na minha barriga por nove meses e cuidei de você a vida toda. - Sentou ao seu lado. - E você é igual a seu pai, sempre buscando no cigarro uma fuga para a ansiedade e o nervosismo. - Riu ao lembrar do marido.

- As coisas aconteceram tão rápido e ao mesmo tempo que isso me alegra, me trás medo, mãe. - Olhou para o céu estrelado. - Nos conhecemos em tão pouco tempo, mas sei que nossas vidas estão conectadas e eu quero fazer isso dar certo.

- Príncipe, não precisa ficar assim. - Afagou os cabelos negros. - Converse com ele, se abra, diga seus medos e receios.

- Eu não consigo... - Descartou o cigarro no cinzeiro e acendeu outro. - Eu não consigo me abrir, desde a última vez...

Dae abraçou os ombros do filho.

- Sei que seu histórico de relacionamentos não é o dos melhores, mas não significa que ele é igual, meu bem. - O mais novo apenas assentiu.

"Realmente espero mãe, eu não aguento me quebrar de novo." - O alfa pensou.

- Converse com ele, sei que assim como você, ele também deve estar sentindo medo. - Aconselhou. - Não é porque tudo aconteceu rápido que não possa dar certo, filho.

Mesmo com medo, o capitão queria tentar, queria fazer valer a pena. Pois só com os momentos atuais que teve com Jimin, foi o bastante para sentir seu coração bater de novo.

- Obrigado, mãe.

- De nada, meu príncipe. - Beijou a bochecha do mais alto. - Sua felicidade é o que eu mais preso.

Ficaram ali por alguns minutos curtindo a presença um do outro até Dae voltar a falar:

- Filho... Sabe que eu me preocupo muito com você assim como com a sua irmã, e esses dias a senhora Choi veio me perguntar de onde eram algumas cartelas de remédios para guardar, e... - Respirou antes de falar. - Fui verificar, você não a-acha que seus remédios estão acabando muito rápido?

O alfa ficou tenso dentro do abraço de sua progenitora.

- Tenho que conversar com o Jimin antes que ele durma, o dia foi cansativo para ele. - Se levantou e beijou a testa de sua mãe. - Até amanhã, mãe.

A senhora Jeon suspirou cansada, sabia que não conseguiria chegar aquela conversa tão fácil assim.

- Tudo bem filho, vá lá. - Pegou no pulso do outro antes do mesmo sair. - Não tenha medo de amar, meu amor.

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Jungkook subiu as escadas rumo a seu quarto esperando encontrar Jimin. Dobrou o corredor e olhou para porta rosa - que era o quarto de Haneul -, e viu que Jimin já não estava mais lá, escutou vozes em seu quarto e seguiu para o mesmo.

- Tá bom mamãe, amanhã eu peço para o Jun me levar aí. - Riu baixinho. - Me manda o endereço novo por mensagem.

A Park falou mais algumas coisas do outro lado da linha que Jeon não conseguiu escutar e logo se despediu.

- Até amanhã, amo você mamãe! - E desligou.

Jungkook em passos leves seguiu em direção ao mais baixo e quando chegou atrás de Jimin logo tratou de cheirar os fios roxos, que por conta de sua altura conseguiu cheirar o topo da cabeça do ômega sem dificuldades.

- Aí que susto! - O mais baixo dá um leve pulinho. - Não faça mais isso seu capitão de quinta, vai acabar me matando. - Riu se aconchegando naquele peitoral largo.

- Prefiro Jun... - Murmurou ainda cheirando os fios arroxeados.

- O quê? - Virou para o alfa.

- Prefiro quando você me chama de Jun, igual quando você falou com a sua mãe. - Começou a descer beijos dos cabelos até o ponto fraco do ômega, o pescoço.

O arroxeado tombou a cabeça para o lado, liberando passagem para o outro.

- E-Eu não te chamei assim, sua cabecinha está inventando coisas. - Mordeu os lábios para conter o arfar, quando Jeon chupou levemente seu pescoço.

- Hhmm, vamos ver então. - Foi empurrando Jimin para a cama.

Jimin apenas riu quando encostou as costas no colchão.

O moreno parou para analisar de pertinho o rosto de sua alma gêmea e chegou a conclusão do que já sabia, ele era perfeito. Os olhos afiados como os de uma raposa, o nariz que mais parecia um botão, as bochechas gordinhas que empurravam os olhos até que fizessem duas linhas, as orbes em um tom de castanho claro, a boca carnuda e vermelhinha como suculentos morangos, o dentinho torto que fazia um contraste de fofura e por fim, os fios arroxeados que batiam na altura de suas orelhas adornadas em brincos. Jimin era como um boneco de porcelana tão belo, mas ao mesmo tempo tão frágil que só aqueles com a verdadeira maestria deveriam tocar.

E Jeon era um maestro na arte de tocar Park Jimin.

- Capitão... - Jimin se sentia excitado apenas com o olhar do alfa pelo seu corpo, era luxurioso porém ao mesmo tempo de... admiração.

- Diga, meu bem. - Jungkook umedeceu os lábios com a língua, enquanto olhava aqueles olhos claros.

- Me beija...

Sem menos responder, o moreno selou os lábios do ômega, colocou sua mão direita na nuca de Jimin e a outra apoiou na cama para não depositar seu peso no mais baixo. Começaram um ósculo com calma, os lábios iam se explorando e experimentando o gosto um dia outro, o gosto de hidratante labial se misturando com o gosto do Marlboro sabor menta.

Jimin adentrou com seus dedos nos fios médios do capitão e puxou devagar arrancando um arfar do outro. Abriu suas pernas para que o outro pudesse se aconchegar ali e assim o mais alto fez, com as pernas do menor em sua cintura sua mão foi para a coxa torneada e grossa do outro apertando só para ouvir um gemido baixinhos vindo do outro.

O gemido manhoso do ômega fez com que o moreno sentisse seu baixo ventre fisgar em desejo, por impulso estocou no ômega por cima de todos aqueles tecidos e ambos gemeram. O beijo já estava mais afoito, as línguas dançavam em um ritmo sensual e pornográfico durante aquele ósculo, as respirações ofegantes e o ar estava escasso, mas nenhum dos dois queriam de desgrudar.

Estavam se beijando como se fosse a última vez que degustariam dos lábios um do outro.

- A-Alfa... - Jimin gemeu quando o moreno apertou sua bunda com força, como ele gostava.

Sendo chamado pelo ômega, Jungkook teve um estalo de consciência. Precisavam conversar! Daquela maneira a última coisa que fariam era conversar como duas pessoas civilizadas.

"Vamos lá, Jungkook! Você tem muito tempo pela frente, vocês precisam conversar antes do que virá pela frente." - Falou o lobo de pelagem negra.

Diminuindo a velocidade do ósculo para algo mais calmo, Jeon mesmo que contra gosto teria que encerrar aquele ósculo por enquanto.

- Meu bem, precisamos parar por enquanto... - O mais velho sussurrou, rente a boca do arroxeado.

- Por quê? - Perguntou Park.

- Precisamos conversar algumas coisas, anjo. - Deu um selinho no bico descontente do ômega. - Depois fazemos o que você quiser e o quanto você quiser. - Saiu de cima do ômega.

Recuperando o fôlego, ambos ficaram de frente um para o outro para iniciarem a tal conversa. Porém, mal sabiam eles que aquela conversa traçaria o caminho dos dois, que aquela conversa estava mostrando para seus eu's do passado que não iriam repetir os mesmos erros cometidos a um tempo atrás. Naquela conversa onde inseguranças, medos e receios seriam postos à mesa e quem sabe, descartados da jogada para dar espaço apenas para outros sentimentos...

Segurança, cumplicidade e... Amor.

- Bom... - O alfa coça a nuca nervoso. - Sei que as coisas entre nós aconteceram bem rápido, não estou jamais. - Jimin riu do nervosismo do outro. - E como já estamos um tanto próximos, eu queria que isso desse certo, Ji, de verdade.

Jimin puxa a mão do alfa para si.

- Ei calma, capitão! - Faz um carinho singelo na mão do outro. - Sei que você está um pouco nervoso e eu também não estou diferente, mas acalme-se. - Olhou nos olhos do moreno. - Eu também quero que possamos dar certo, porque estar do seu lado, m-me faz muito bem...

Jungkook suspirou aliviado, era como se um peso enorme tivesse sido tirado de suas costas. Se sentia mais encorajado para falar tudo que estava guardado, esperava não se arrepender depois.

- Vamos fazer assim, minha mãe fazia comigo e sempre dava certo. - O mais baixo diz. - Eu te pergunto uma coisa e você vai me dizendo, e assim você vai ver como as coisas se tornam mais fáceis de falar, certo?

Jeon respirou fundo criando mais coragem e pedindo aos seus que soubesse se expressar bem, ele não sabia falar sobre sentimentos ou qualquer coisa que estivesse guardado dentro de si, mas ele tentaria.

Tentaria e conseguiria, por Park Jimin.

- Por quê o futebol americano? - O arroxeado pergunta. - Digo, há vários esportes e você escolheu o futebol americano.

- Desde pequeno, sempre gostei de muitos esportes sabe e sem me saí muito bem neles. Porém, sabe quando você olha para aquilo e é como se fosse a coisa mais perfeita do mundo e é aquilo que você quer? - O ômega assente.

"Assim como quando eu olho para você, Park." - Jeon completou em pensamento.

- Como eu pela dança. - Park diz.

- Exatamente, foi assim com o futebol americano. Lembro como se fosse ontem quando eu olhei o meu pai jogar, eu gritava tanto da arquibancada, eu queria estar ali, receber todos os passes e chegar lá no fim só para ouvir o narrador gritar touchdown. - Jungkook sorri com a lembrança. - Depois daquilo, meu pai sempre jogava comigo quando seu tempo permitia e mesmo que às vezes não permitisse, ele fugia dos treinos para me treinar.

- Queria ter conhecido o senhor Jeon, ele parecia ser uma pessoa muito boa e legal.

- Ele era sim, e sei que ele adoraria conhecer o Jimin versão adulta. - Falou para o ômega. - Eu ia dizer versão grande, mas você não cresceu muito. - Jimin fez uma careta indignada.

Bateu no peitoral do capitão, logo se arrependendo pela dureza daquele lugar.

"Geladeira desgraçada, além de alto ainda é todo durinho." - Park pensou.

- Enfim, eu me apaixonei pelo futebol americano e com o passar do tempo fui crescendo, até que comecei a jogar no time da faculdade quando entrei. Já que na escola não tinha, lá só joguei os outros esportes tipo vôlei, basquete e handball.

- Na escola eu passava longe desses esportes, só jogava queimada e olhe lá. - Jimin deu de ombros. - Não sei como você dava conta, me dá preguiça só de pensar.

- Também não sei. - Riu e puxou o arroxeado para mais perto de si.

Ficaram ali em um curto silêncio até que Jimin decidiu explanar a pergunta que martelava em sua mente.

- Capitão... É, eu... - Gaguejou. Droga, como ele iria perguntar algo assim, seria invasivo demais!

- Uh? Diga, meu bem.

- Nós estamos aqui e tudo, dormimos juntos... - Começou a mexer nos fios de cabelo escuro. - E a Mina? Vocês não-

Jungkook sabia que ele iria perguntar isso, só não sabia se estava preparado para desenterrar tudo.

Antes de falar qualquer coisa, Jimin falou: - O que foi isso na sua testa? Você se machucou quando brincávamos com a Haneul? Não tinha visto, parece que te acertaram com algo pontiagudo.

- Ah, não foi nada, eu bati na pia quando fui banhar. - Falou e Jimin desconfiou.

Como bater na pia poderia cortar tão fino, mas ao mesmo tempo fundo? Sabia que muitas vezes dependendo da força podia machucar e chegar a cortar, mas estaria ao menos roxo, entretanto não estava, só estava lá o pequeno e pouco fundo, corte.

- Não liga para isso, sara rápido. - Beijou os dedinhos do ômega que estava em seu rosto.

- Você não respondeu minha pergunta... - Murmurou, Jimin.

- Eu e a Mina não temos nada, não mais. - Falou.

Park suspirou aliviado, pelo menos não teria mais aquela coisa insuportável o infernizando, pelo menos não pelo alfa.

Bom, esperava.

- Dei fim ao que já deveria ter acabado a muito tempo, meu bem, não se preocupe. - Diz por fim. - Agora sou completamente teu.

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Até logo!

Com amor, Danda ❤️