Rurik Jakov
Personagem: Rurik Jakov
Advogado. Jovem. Bem-sucedido. Todas essas palavras poderiam ser usadas como uma primeira definição de quem sou. Pelo menos, é assim que as pessoas me veem. Tenho 30 anos e trabalho no escritório Jakov & Filho. Costumo dizer que Dr. Jakov é meu pai. Eu sou o Rurik. Os novos escritórios ficam na Avenida Paulista, mas meu pai gosta do velho escritório na Rua Benjamin Constant, na Sé. Perto do Fórum Central João Mendes. Digamos que isso facilita as muitas idas e vindas.
Busco a perfeição em tudo o que eu faço. Gosto de ter o controle de tudo. Assim, a vida não pode dar rasteiras. O fracasso fica longe. E tem coisas na minha vida que precisam ser minuciosamente controladas. No mundo em que eu vivo as aparências são tão importantes quanto os zeros na sua conta bancária.
O único lugar em que permito deixar o controle ir. Onde me deixo guia são as masmorras de algum clube de couro ou balada fetichista. É um alívio ceder o poder a outra pessoa. Não precisar decidir, só esperar. Entregar-me a dor, a imobilidade, nem que seja por algumas horas por mês. Nesses momentos permito-me ser eu mesmo, expor minhas fraquezas. Mas, evitando ficar preso em uma armadilha, tão fácil nesse universo, não tenho um Dom fixo. Entro no clube e coloco meu nome na lista. Sempre é alguém diferente. Alguém que faço questão de não registrar. Um anônimo.
Takumi Ito. Por duas vezes ele foi pareado comigo em festas não muito convencionais que frequento. Isso poderia ser uma coincidência. Mas, quando a terceira vez acontece.... Eu fiquei desconfiado. Por que o tatuador Tebori, Ito Takumi, estaria interessado em mim? Envolvimento com a Yakuza brasileira é a última coisa que eu quero na minha vida. Odeio complicações desnecessárias. E preciso arranjar um jeito de me livrar desse stalker indesejado. Não interessa se ele é lindo. Se seu cabelo preso em uma longa trança me excita mais do que qualquer coisa foi capaz de fazê-lo. Se só a visão de suas tatuagens me fazem cair de joelhos. Preciso tirar ele da minha cola de uma vez por todas.
Enfim, só quero levar minha vida numa boa, sentindo o vento no corpo ao acelerar minha moto. Viajar com minha namorada cuidadosamente escolhida entre as famílias importantes e de status. Que a minha vida secreta fique onde ela deve estar... em segredo. E herdar o escritório do meu pai, continuando com seus clientes e dinheiro entrando na conta. Pois, afinal, preciso manter meu guarda-roupa de grife, meu cabelo impecável, meu café Starbucks, e vício em sexo não convencional.
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olá querides,
bora ver o que Rurik vai aprontar nesse conto nada doce. sobre amor na sua expressão mais desesperada.
bjokas e até a próxima att.
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