Capítulo 19 - Anjo?

Monsterrá Mikaelson

Após acordar, Monsterrá sentiu um cheiro adventício e logo em seguida abriu os olhos contemplando a plenitude branca do local. O ar frio e puro penetrava sua pele cândida. Alguém segura sua mão, eram dedos quentes e atrevidos. Ela tombou lentamente a cabeça para ver quem estava ali é principalmente onde estava.

Adrew estava dormindo na enorme poltrona azul ao lado da cama, sua mão grande e quente estava sobre a dela. Monsterrá deslizou a mão lentamente para longe dele, o movimento fez com que ele despertasse do sono e a olhasse aflito.

── Oi. ── ele sussurrou se aproximando. ── Como você está? ── ele perguntou tomando novamente a mão dela.

── Eu... ── tentou falar.

── Quer que eu chame seu pai? ── perguntou gentilmente.

── Não. ── respondeu simultaneamente.

Estava envergonhada demais para encarar o pai naquela situação, como iria explicar aquilo para ele? Ela havia falhado em se matar e agora todos iriam fazer perguntas das quais ela não queria se lembrar.

── Você tem certeza? ── ele insistiu.

── Tenho. ── bufou.

── Por que fez aquilo? ── perguntou abstruso.

── Isso não é da sua conta. ── respondeu puxando a mão que estava entre as dele.

── É sim. ── levantou. ── Você tentou se matar. ── se apoiou na cama enquanto se inclinava para ela. ── É isso com certeza e da minha conta. ── seu rosto estava próximo demais.

── Eu não tenho que te falar nada. ──

Monsterrá tentou permanecer calma, mas o monitor acima de sua cabeça denunciava o quão desesperado o seu coração estava.

── Monsterrá. ── Estefânia adentrou voando para dentro do quarto. ── Você acordou. ── sorriu. ── Como se sente? ── perguntou.

── Vou deixar vocês sozinhas. ── disse Adrew enquanto saia.

── O que deu em você? ── perscrutou. ── Por que fez isso? ── perguntou. ── Quase nos matou de preocupação.

── Eu-sinto-muito. ── gaguejou.

── Nunca mais faça isso. ── clamou.

── Estefânia. ── chamou Tony.

── Pai ela acordou. ── gritou de dentro do quarto.

Tony adentrou desesperadamente no quarto.

── Como se sente querida?

── Melhor. ── sussurrou.

── Você nos assustou. ── deu um sorriso meio sem graça.

── Quando posso ir embora? ── perguntou.

── Eu não sei. ── confessou. ── Perguntarei ao médico. ── Falou saindo.

── O que Adrew está fazendo aqui? ── perscrutou.

── Ele salvou sua vida.

── O que?

── Ele parou o sangramento dos cortes, e nos ajudou a trazer você para o hospital. ── sorriu aliviada. ── E ele foi o seu doador.

── DOADOR?

── Doou sangue... ── explicou-se.

Seu coração acelerou só de pensar que o sangue dele corria nas veias dela agora.

── Se não fosse ele, não sei o que teria acontecido. ── agradeceu com os olhos. ── Ele foi um anjo. ── sussurrou.

Monsterrá queria poder dizer alguma coisa, mas não tinha palavras que pudessem expressar seus sentimentos. Adrew tinha salvo a vida dela, e mesmo que não quisesse ser salva, era um ato nobre da parte dele. Ninguém nunca tinha feito nada por ela.

── Ele não quis ir embora de jeito nenhum. ── sorriu. ── Tive que o arrastar para fora desse hospital. ── começou a tagarelar. ── Ficou horas sentado naquelas cadeiras duras da recepção. ── fez uma careta. ── Acho que ele dormiu lá algumas vezes. ── gargalhou. ── Estava mais grudento que o papai.

── Ele dormiu aqui? ── perguntou abismada.

── SIM. Não sabe o quanto foi difícil faze-lo sair para comer. ── sorriu. ── Acho que ele gosta mesmo de você.

── O que, não claro que não. ── falou nervosa.

── Não negue. ── apontou para mim. ── Você gosta dele. ── deu um sorrisinho.

── Como amigo, sim. ── tentou se acalmar.

Ela estava ficando nervosa de novo e o monitor denunciava novamente.

── Você nunca será uma boa mentirosa. Nem preciso disso. ── falou apontando para o monitor de batimentos cardíacos.

── Ah. ── resmungou arrancando o prendedor de seu dedo.

── Vai me contar o que aconteceu? ── perguntou.

── NÃO. ── murmurou. ── Se puder, quero que esqueça....

── Esquecer...você só pode estar de brincadeira Monsterrá. ── brigou. ── Você tentou se suicidar. Como eu posso esquecer isso? Eu quase perdi a minha única irmã. Isso não é algo que poderei esquecer.

── Eu sei. Mas, eu não quero lembrar disso. ── metralhou.

── Está bem. ── concordou.

Estefânia suspirou irritada, mas no fim cedeu ao pedido da irmã, pois não adiantaria de nada que ela continuasse com aquelas perguntas. Monsterrá jamais lhe contaria os motivos de sua tentativa de suicídio.

── Prometa-me que nunca mais fará isso. ── suplicou com os olhos cheios de lágrimas. ── Eu não quero perder você. ── confessou.

As lágrimas de Estefânia provocaram profunda dor em Monsterrá. Ela sabia que a irmã tinha razão. Sua escolha tinha sido egoísta...mesmo que tivesse motivos plausíveis para preferir a morte, ela não poderia simplesmente abandonar todos de uma hora para outra.

── EU PROMETO. ── meneou a cabeça concordando.

Olá meus amores aqui está mais um capítulo de TQM.

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