Capítulo 12 - Sonho Azul
Mesmo que não fizesse a menor ideia do que tinha acontecido, Monsterrá sabia que as palavras de Adrew eram afiadas, e que daquela vez, suas palavras tinham atingido Scarlet de forma dolorida. A verdade era que ver Scarlet daquele jeito, há deixou um pouco triste. O que estava acontecendo com Monsterrá Mikaelson, tanto tempo sem se importar...
Ela caminhava sozinha pelos corredores, pensando em coisas que em mesmo ela sabia, quando de repente deparou-se com o seu pai.
── Monsterrá... Que ótimo. ── ele sorriu se aproximando. ── Estava mesmo procurando você.
── O que foi? ── perscrutou.
── Por que não foi passar o final de semana conosco? ── perguntou.
── Não estava afim. ── respondeu de forma rude.
O pai de Monsterrá fez uma expressão estranha.
── Prefiro ficar aqui. ── ela disse evitando olha-lo.
── Seus amigos foram te procurar lá em casa. ── ele avisou.
Ela rapidamente se virou.
── Que amigos? ── perguntou aflita.
── Tal de Peter.
Seus olhos saltaram para fora, como Peter poderia ir atrás dela? Depois do que ela fez. Monsterrá havia quebrado seu nariz na escola, por que ele estaria procurando por ela? Queria se vingar?
── Eu não tenho amigos pai. ── metralhou.
Aquelas palavras saltaram de seus lábios tão rapidamente que percebeu tarde demais que o havia chamado de pai pela primeira vez. A palavra soava bem, quando ela pronunciava. Mas, era estranho dizer aquilo, principalmente depois de tantos anos, ela nunca havia chamado ninguém de pai, nem se quer tinha conhecimento da palavra.
── É quanto a Scarlet? ── perguntou erguendo as sobrancelhas. Sua voz estava notavelmente mais contente.
Quando ouviu o nome, ficou pensativa, como ela classificaria Scarlet?
── Eu não sei. ── corroborou.
── Ela parece legal. ── sorriu. ── Quero que você vá para casa este final de semana. ── pediu.
── Eu não quero ir...
── Você faz parte da família. ── ajeitou a manga da blusa. ── Quero que esteja lá conosco.
── Não me sinto parte da sua família. ── rebateu. ── Prefiro ficar na escola. ── insistiu.
── Por que não leva seus amigos? ── perguntou sorridente.
── Que amigos? Eu...
── Scarlet... Adrew... Josh. ── pronunciou com raiva os nomes dos garotos. ── Devia escolher melhor suas companhias. ── olhou sério para ela. ── Adrew e uma má influência. ── bufou.
── Pai. ── Estefânia materializou-se do nada assim que ouviu o que o pai estava dizendo. ── Por que está dizendo essas coisas? ── perguntou irritada.
── Que coisas? ── ele perguntou confuso.
── Sobre os amigos de Monsterrá. ── respondeu.
── Eles são uma uma má influência querida, só disse a verdade.
── Pai. ── bufou. ── Você disse que não ia mais interferir nos amigos de sua filha. ── lembrou-o.
── Nos seus! ── ele sorriu.
── Pare com isso. ── pediu sorrindo. ── O senhor sabe...não importa o quão ruim a pessoa seja...ela nunca vai ser igual.
── Eu sei. Desculpe-me querida. ── pediu.
── Dê mais tempo a ela pai. ── olhou com carinho para a irmã. ── Não fique pressionando. ── sorriu.
── Eu não estou pressionando.
── Está sim. Quando ela quiser ir, ela vai. ── avisou. ── Quando estiver pronta! ── falou olhando carinhosamente para a irmã.
── Tem razão. ── abaixou o olhar. ── Não precisa ir se não quiser. ── falou para Monsterrá.
Monsterrá meneou a cabeça concordando e saiu em silêncio.
#
Monsterrá permaneceu sozinha por mais algumas horas, até que decidiu fazer isso em outro lugar, – O JARDIM – era um lugar que ela gostava de ficar. Ela sentou-se em um dos bancos de mármore e enquanto fumava seu último cigarro, começou a admirar os pássaros que sobrevoavam as flores.
── OI. ── uma voz soou atrás dela.
Monsterrá se virou rapidamente, mesmo após ter reconhecido o dono.
── O que você quer? ── perguntou.
── Por que está aqui sozinha?
── Talvez porque eu queira. ── rebateu.
── Eu já pedi desculpas a ela. ── ele metralhou se aproximando.
── O que? ── Monsterrá sussurrou confusa.
── Scarlet. ── ele disse sentando-se ao lado dela. ── Já pedi desculpas a ela. ── falou. ── Eu não queria fazer nenhum mal. ── começou. ── Só estava brincando. ── explicou-se. ── Não pensei que ela fosse ficar zangada comigo.
── O que você queria? ── Monsterrá perguntou. ── Por acaso, em algum momento você se colocou no lugar dela? ── fez uma careta enquanto olhava para ele.
── SIM! ── ele respondeu simultaneamente. ── Isso me fez perceber que eu estava errado. ── confessou. ── Provavelmente se algo desse tipo tivesse acontecido comigo... ── hesitou. ── Eu ficaria completamente louco se não pudesse ver a pessoa na qual me apaixonei. ── sussurrou próximo demais.
Monsterrá ouviu atentamente as palavras ditas por Adrew, sem acreditar que era ele mesmo que falava.
── O que fez com o verdadeiro Adrew? ── ela perguntou enquanto fingia curiosidade.
Ele tombou a cabeça para trás enquanto gargalhava, mas logo em seguida tornou-se sério demais.
── Quero te mostrar uma coisa. ── falou levantando-se do banco.
── Que coisa? ── ela perguntou.
── Só vai saber se vier comigo. ── proferiu chistoso.
Monsterrá anuiu se levantando e pôs-se rapidamente ao lado dele. Os dois andaram por algum tempo em silencio, enquanto retornavam para a escola. Adrew tomou o caminho dos túneis, conduzindo Monsterrá em silencio.
── Não se preocupe. ── ele pediu.
── Como posso não me preocupar? ── perguntou sorrindo. ── Sabe lá o que você planejou fazer comigo. ── falou chistosa.
── Ah, não se preocupe com essa parte. ── sorriu. ── Eu sou um assassino psicopata, não vou estuprar você. ── brincou. ── Eu sou do tipo que gosta de torturas e sangue....
── Está bom, eu já entendi Sr. Assassino.
Fazia muito tempo que Monsterrá não se divertia daquele jeito.
── Por aqui. ── ele chamou.
Monsterrá nunca tinha visto aquele túnel antes, então lembrou-se do que Scarlet disse sobre as marcações nas paredes. Ela caminhou ao dele sem tirar os olhos dos tijolos. Começa a perder as esperanças, quando a marcação que ele queria finalmente surgiu. LUZAOHNOS.
── Sonho azul. ── ela sussurrou.
Seu sussurro não foi tão baixo quanto ela gostaria que fosse.
── Scarlet te ensinou? ── ele perguntou inclinando a cabeça para trás.
── Sim. ── ela confirmou sem graça.
── O que acha que tem no final desse corredor? ── ele perguntou.
A diversão era notável em seu tom de voz. Adrew se divertia com aquele momento.
──Ainda estou esperando a sua revelação. ── ela respondeu.
── Revelação? ── ele repetiu.
── De vilão. ── ela brincou. ── Não é agora que eu tenho que correr e gritar? ── perguntou.
── NÃO! ── ele respondeu sorrindo. ── Acho que primeiro eu tenho que me revelar e dizer "Você vai morrer", aí depois disso você pode correr desastradamente.
── Por que acha que eu seria um desastre correndo? ── perguntou curiosa.
── Está no script. ── falou. ── A protagonista sempre corre de forma desastrada. Caindo ou derrubando as coisas. Isso pouco antes de ser morta.
── Bem, esse filme também é meu. ── ela começou. ── Então eu escolho correr graciosamente de forma rápida e útil. ── sorriu. ── E por fim, escolho me vingar do meu ex-assassino.
── Ex-assassino? ── ele repetiu sorrindo. ── Jura? Quando foi que ele matou você? ── perguntou. ── Acho que me perdi nessa história.
── NÃO FODE ADREW. ── ela rebateu.
── Ei, eu não falo desse jeito. ── reclamou.
── Fala sim. ── ela sorriu.
── Acho que agora é a hora certa para você correr. ── ele proferiu enquanto se preparava para ataca-la.
── NÃO! ── permaneceu firme. ── Agora é a hora que você morre. ── sorriu.
Monsterrá permaneceu firme em seu lugar por alguns segundos, mas por fim, ela acabou correndo.
Ooooi meus amores, finalmente estou postando mais um capítulo. Se você gostou não se esqueça de comentar e deixar o seu voto.
Até a próxima.
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