Roger Taylor #6

Este é um pedido da lindinha_Princess eeee espero que gosteee <3 <3 <3 

✨ 𝐀𝐧𝐲𝐛𝐨𝐝𝐲 𝐒𝐞𝐞𝐧 𝐌𝐲 𝐁𝐚𝐛𝐲 ✨

No ano de 1974, um tumulto se formava diante de uma das casinhas suburbanas no lado oeste da capital inglesa.

-- Onde ela está?! -- Bradava Roger Taylor, desesperado, tentando adentrar a casa, sendo barrado pela dona furiosa da residência. A mulher em questão era a melhor amiga de infância de S/N, a namorada de Roger.

-- Já disse que não sei! E mesmo que eu soubesse, por quê eu te falaria?! -- A moça respondeu de forma cáustica. Roger a fuzilou com o olhar.

-- Porque eu sou o namorado dela! Eu sou o pai da criança que ela está esperando! -- O loiro bateu no próprio peito. A mulher o olhou com uma expressão de nojo e Roger sentiu-se miserável.

-- Você nem queria aquela criança! Que moral você tem para ir atrás dela? 

A resposta acertou o peito de Roger como uma adaga afiada e ele podia jurar que estava sentindo o gosto férreo do sangue subindo por sua garganta. Ele perdeu a capacidade de retrucar e recebeu um olhar vitorioso da mulher. 

Roger sabia que já havia feito algumas burradas em sua vida, mas nenhuma chegava sequer aos pés da verdadeira merda que ele tinha feito daquela vez. Tudo começou em uma tarde qualquer...

*Flashback, alguns meses atrás*

Roger havia acabado de retornar para o apartamento em que vivia com sua namorada, S/N. Estava cansado e irritado, afinal, o Queen estava se preparando para sair para a primeira turnê mundial e o trabalho nos ensaios era interminável.

Assim que saiu do vestíbulo diante da porta, viu a namorada sentada no sofá da sala. Parecia distante e preocupada, perdida em pensamentos. Suas mãos se retorciam uma na oura e ela parecia murmurar algo, como se estivesse falando sozinha. Além disso, ela não dera indícios de que percebera a presença de seu namorado ali. 

-- Oi... -- Roger falou, aproximando-se. S/N levou um susto e o olhou com os olhos meio arregalados. -- Você está bem?

-- O-oi, Roger... -- S/N respondeu, a respiração um pouco desregular. O homem se curvou para poder dá-la um selinho, mas, ainda assim, havia uma certa tensão no ar. -- Eu... Eu preciso te contar uma coisa...

O baterista sentou-se ao lado dela no sofá e a olhou, atento. S/N desviou os olhos e voltou a retorcer as mãos. Estava muito nervosa e não conseguia encontrar as palavras que precisava. Roger aguardava, sem desviar sua atenção. 

-- O que foi, S/N? -- Ele perguntou, tentando instigá-la a falar. Mas ela ainda não havia encontrado a coragem necessária. Roger suspirou. -- S/N, por favor, eu estou cansado e...

-- Eu estou grávida! -- Ela finalmente encontrou a voz que precisava e esta soou alta e levemente desesperada. Roger a observou por um momento, atônito, os olhos esbugalhando-se e a respiração tornando-se pesada e desregular. S/N engoliu em seco, sentindo um nó em sua garganta, e finalmente olhou nos olhos do namorado. -- Eu estou grávida...

-- C-como... Como você foi deixar isso acontecer? -- Roger perguntou num tom baixo e incrédulo, sem ter muito controle sobre seus pensamentos e sua própria voz naquele momento. -- Você sabia que a gente não podia ter um filho agora...

S/N o olhou incrédula e seu rosto adquiriu um tom avermelhado.

-- O que disse, Roger?! Você está me culpando por isso?! -- Ela levantou-se do sofá de forma rápida e, com as mãos na cintura, lançou uma expressão severa ao namorado. -- Que eu saiba, eu não fiz essa criança com o dedo!

-- Eu sei! Eu sei! Ah, meu Deus... Eu não estou te culpando! -- Roger também se levantou, desesperado, passando as mãos pelos cabelos de forma nervosa. -- É que nós sempre tomamos todos os cuidados! Você deveria estar tomando a pílula...

-- E eu estava, Roger! -- S/N retrucou, seu tom de voz se elevando. -- Eu tomei aquelas malditas pílulas religiosamente! E ainda assim, algo deu errado! Então, você não tem direito algum de me culpar por isso! 

-- Já disse que não estou te culpando! É só que... -- Roger caiu sentado no sofá e esfregou o rosto com as duas mãos. -- Nós estamos num momento muito complicado para termos um filho...

-- E você acha que eu não sei disso? -- S/N soltou um riso irônico, amargo, desprovido de qualquer humor. Ela tentava segurar as lágrimas que já embaçavam seus olhos.

Realmente, a vida dos dois não estava nada fácil naquele momento. Enquanto o Queen, a banda de Roger, estava decolando nas paradas de sucesso, S/N estava estudando como louca para terminar a faculdade. Ou seja, um filho naquele momento seria um empecilho e tanto para ambos. 

-- Eu não sei o que fazer... -- S/N admitiu, finalmente deixando as lágrimas caírem. Ela escondeu o rosto nas mãos e, ainda estando de pé, apoiou as costas na parede. Sabia que seus pais, que já não iam com a cara de Roger, nunca aceitariam aquilo, religiosos fervorosos que eram. Ou seja, com o apoio deles ela já sabia que não poderia contar. 

-- Quanto tempo você está? -- Roger perguntou, objetivo. S/N ergueu o rosto e o olhou, demorando um momentinho para assimilar a pergunta dele.

-- O médico disse que estou, mais ou menos, de três semanas... -- A moça respondeu. 

-- Sabe, ainda é cedo... Você podia recorrer ao aborto. -- Roger deu a ideia e S/N espantou-se um pouco, afinal, aquilo nem sequer havia se passado pela cabeça dela (ela havia sido criada em uma família muito religiosa).

-- Aborto? -- Ela ecoou e Roger assentiu. -- Mas... Mas eu não quero abortar... Eu quero ter meu filho!

-- S/N, você não está pensando de forma racional e...

-- Eu vou ter meu filho! -- Ela vociferou, colocando os braços em volta dá própria barriga como se quisesse proteger seu neném. Seu rosto estava vermelho e apresentava uma expressão feroz. Roger ficou um momento sem reação, olhando nos olhos dela. -- Ele pode ter vindo no momento errado e estar totalmente fora dos nossos planos, mas, ainda assim, é meu filho e eu vou tê-lo, independente do que você ache certo ou não!

-- S/N, você só precisa se acalmar e pensar melhor nisso quando sua mente estiver mais limpa... -- Roger se levantou e andou até a mulher, tentando segurar os ombros dela, mas ela se desvencilhou.

-- Não, Roger! Eu já pensei sobre isso! Nem que eu fique totalmente sozinha nesse mundo, eu vou ter meu filho... -- Ela respondeu, séria, olhando profundamente nos olhos do namorado.

-- S/N, por favor... -- Roger começou a falar mas S/N se virou e começou a caminhar rapidamente até o quarto do casal. Roger foi atrás. -- Você precisa pensar melhor nisso, S/N! Um filho é coisa séria! Você nem terminou a faculdade, você já se forma no ano que vem, falta tão pouco! Você precisa parar para pensar nisso! 

Enquanto falava, Roger percebeu que S/N pegava alguns pertences - poucos, diga-se de passagem - e os guardava numa bolsa. 

-- O que é que você está fazendo?! 

-- Pegando minhas coisas! Vou passar a noite na casa de Anna! -- S/N respondeu, referindo-se à melhor amiga que não morava tão longe dali. Roger piscou atônito.

-- O quê?! Mas, S/N, a gente precisa conversar!

Mas a mulher o ignorou e, depois de terminar de pegar algumas poucas coisas, partiu, deixando o namorado nervoso e indignado sozinho o apartamento, pensando sobre aquilo que havia acabado de acontecer. No dia seguinte, S/N voltaria para casa e, os dois estando mais calmos, conseguiriam conversar melhor sobre aquilo.

Acontece que, no dia seguinte S/N não voltou para casa... Roger tentou ligar para a casa de Anna mas esta, em defesa da amiga, disse que S/N não queria falar com ele. Com raiva, Roger decidiu mandar tudo aquilo às favas. Sairia em turnê dali a dois dias e tinha muita coisa em que pensar antes disso. Se S/N não queria falar com ele, então ele também não queria falar com ela.

Porém, durante todos os meses que passou fora, viajando com o Queen, S/N não deixou seus pensamentos. Roger precisava admitir que estava preocupado com ela, queria saber se ela estava bem, se ela estava se cuidando... Estava com saudades dela... Havia sido muito duro com ela no assunto da gravidez e a lembrança daquilo o estava consumindo por dentro. Tentou ligar, mas raramente era atendido. Quando era, a amiga de S/N, com quem esta passara a morar, dizia que a mulher estava indo muito bem e que não precisava conversar com ele. Roger escreveu cartas para a namorada mas não recebeu nenhuma em resposta. 

Frustrado, ele não sabia mais o que fazer. Estava em pânico e tudo o que queria era uma chance de consertar as coisas. Queria ficar com S/N e queria ter aquele filho com ela, queria voltar todos os dias para a casa deles e ficar ao lado dela... Acontece que ele estava do outro lado do oceano e, pelo que entendia, S/N não queria vê-lo nem que ele aparecesse pintado de ouro. 

Quando finalmente retornou à Inglaterra, no início de 1974, ele estava decidido a ir atrás de sua amada, por isso, assim que pisou os pés em solo inglês, tomou um táxi para ir até a casa de Anna.

*Fim do Flashback*

-- Por favor, Anna, me deixe entrar! Eu preciso falar com S/N! Preciso vê-la, preciso consertar tudo para que ela volte pra mim! -- Roger pediu, a voz soando sôfrega e dolorida. A expressão da mulher parada à porta se suavizou um pouco, mas ainda se mostrava severa. -- Eu a amo, muito mesmo... E preciso saber se ela está bem! Por favor... -- Então, quando se deu conta, o baterista estava chorando.

-- Roger... Se ela estivesse aqui, eu te deixaria entrar, mas, como eu disse, ela não está!

-- E onde ela está? -- Quis saber Roger, recompondo-se um pouco. Anna deu de ombros.

-- Não sei, ela saiu enquanto eu estava fora... Cheguei não tem muito tempo... Ela deve voltar logo...

-- Posso entrar e esperar ela por aí? Por favor, Anna, eu preciso muito falar com ela! -- Roger pediu e, com um suspiro vencido, a mulher o deixou entrar.

Então, a pedido de Roger, Anna o levou até o quarto que S/N estava usando, afinal, ele queria ter uma ideia de como ela estava vivendo na ausência dele. Mas, ao chegarem lá, ambos tiveram uma surpresa: as coisas dela haviam sumido.

-- Ah, meu Deus! Onde ela está? -- Roger perguntou, desesperado, andando por todos os cantos do quarto à procura de qualquer pista que pudesse dizer onde sua namorada estaria.

Foi então que eles encontraram: em baixo do armário, havia uma caixa cheia de cartas - inclusive aquelas que Roger a havia mandado durante a turnê (e que estavam todas marcadas com lágrimas secas) - e, logo no topo de todas, estava uma carta enviada por uma prima de S/N que vivia em Manchester. Roger pegou a carta e leu o conteúdo. Na carta, a prima de S/N informava que já estava tudo certo para recebê-la em Manchester e que já havia garantido um trabalho para a moça na lojinha da família. Roger sabia exatamente onde S/N estava, afinal, ela não tinha carro, então, a única forma de chegar a Manchester era de trem... E só havia uma estação com trens que saíam para lá.

Sem pestanejar, Roger saiu da casa de Anna e pegou um táxi até a Victoria's Station. Ao chegar na estação, saiu correndo  em meio à todas aquelas pessoas, pedindo informações aos guardas locais sobre o próximo trem para Manchester e onde ficava a plataforma.

E foi então que ele a viu, sentada num banquinho de madeira com a mala aos pés, um livro nas mãos e a barriga bem crescida já. Sentindo a euforia tomar conta de seu ser, Roger correu até ela.

-- S/N! S/N! Ah, graças a Deus te achei! -- Ele exclamou. S/N ergueu os olhos espantada ao ver o namorado ali. Mas mal teve tempo de observá-lo, já que este a puxara para um abraço apertado e sôfrego. -- Ah, S/N!

-- R-Roger! O que está fazendo aqui? -- A moça quis saber, ainda estupefata. Roger a soltou um pouco do abraço apenas para conseguir olhá-la nos olhos. Sorriu para ela e segurou o rosto dela com ternura. 

-- Eu precisava vir atrás de você... Acha mesmo que ia te deixar escapar, assim, de mim? -- O moço respondeu, sentindo sua voz falhar. S/N também estava emocionada e abriu um sorriso trêmulo. Roger segurou o queixo dela e a beijou, descendo a mão livre pela cintura dela, sentindo, pela primeira vez, a barriga crescida dela, o que o fez emocionar-se mais ainda. -- Me desculpa por tudo que aconteceu, S/N... Eu não estava num bom momento... Tudo o que eu quero é ficar com você, porque eu te amo, e, se isso significa que vamos ter um filho, então que assim seja...

-- Oh, Roger... Eu também te amo, muito mesmo! -- S/N sorriu, as bochechas molhadas pelas lágrimas que escorriam, e beijou o namorado mais uma vez. 

-- Agora, vamos para casa... Não é bom para uma grávida ficar andando por aí com uma mala pesada no meio de tanta gente... -- Roger se levantou e ajudou a namorada a fazer o mesmo, pegando a mão dela com ternura. 

Os dois caminharam lado a lado para fora da estação. Ainda tinham muito o que conversar, mas, ambos sentiam que tudo estava bem naquele momento e, mais importante, que tudo acabaria bem, afinal, os dois se amavam incondicionalmente.


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Eeeei, gente, bom dia! Uau, esse imagine ficou longo kkkkkkk, espero que não esteja muito maçante e confuso - me perdi um pouco na hora de escrever esse fim, com medo de que ficasse muito longo. Eeeee espero que gostem! Logo logo estarei postando novos imagines para vocês!! Um beeeeijo aí!! <3 <3 <3

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