Pete Townshend #5

E chegamos ao 100° imagine!!! Para comemorar, decidi fazer um imagine do amorzinho da minha vida todinha, o Pete Townshend, afinal, foi com ele que comecei este livro, nada mais justo do que o 100° imagine ser dele!!!

✨ 𝐈'𝐦 𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐮𝐝 𝐅𝐚𝐭𝐡𝐞𝐫 ✨

O ano é 1970. Pete chegou mais que estressado em casa esse dia. Sua esposa, S/N, que estava em seu sétimo mês de gestação, foi ao encontro dele na sala, o abordando assim que ele saiu do vestíbulo. Ela hesitou ao ver a expressão transtornada do marido, mas o deu um abraço mesmo assim, sendo recebida por um selinho que, por Deus, ela podia jurar que o deixou um tantículo mais calmo...

-- Pete, meu amor... O que houve? -- S/N perguntou, ainda abraçada a Pete que não parecia dar sinais de que queria soltá-la. O homem conseguia sentir uma movimentação dentro do ventre dela que estava em contato com seu próprio peitoral. Aquilo o estava, ao mesmo tempo, acalmando e o deixando mais apreensivo.

-- Lambert arranjou para o The Who uma turnê de um mês pela Inglaterra... -- O homem contou, a voz transpassando sua irritação, por mais que falasse baixo. Ele finalmente soltou a esposa do abraço e começou a gesticular, indignado. -- Sem me consultar antes! Quer dizer, sem consultar nenhum de nós! -- Pete soltou um riso de escárnio, andando de um lado para o outro como um tigre enjaulado. S/N o observava, atenta, acariciando a própria barriga. -- Acontece que Roger, John e Keith não estão com um bebê para nascer!

-- É com isso que você está preocupado? -- S/N perguntou em tom de curiosidade, mas recebeu um olhar exasperado do marido, que parou de andar com as mãos na cintura.

-- É claro que estou! É o que se espera de um cara que está prestes a se tornar pai! -- Ele exclamou, passando as mãos nervosas pelos cabelos um tanto quanto compridos. S/N riu e se aproximou do marido, colocando uma mão gentil em seu ombro tenso.

-- Querido, fique calmo, ainda vão levar dois meses pro neném nascer... Você não disse que a turnê vai levar só um mês? -- A voz da mulher soava tranquila e maternal, e Pete não conseguiu resistir à tranquilidade que começou a entrar no lugar da irritação. Ele soltou os ombros e suspirou.

-- Eu sei, você está certa... Mas... Sei lá, também não queria te deixar sozinha nesses últimos meses! -- O homem olhou profundamente para a esposa, seus olhos azuis transbordando de preocupação que fizeram o coração de S/N derreter. Ela sorriu e ergueu a mão para acariciar o queixo do marido, onde uma barba fina começava a crescer. S/N precisava admitir que ele estava ficando muito bem de barba...

-- Não se preocupe comigo, eu ficarei bem... Meus pais moram aqui perto, posso ir passar uns dias com eles até você voltar... E outra, aproveite para ficar longe agora, porque quando o neném nascer... Aí sim você vai precisar ficar uns dias sem sair em turnê... -- S/N deu uma risadinha e Pete ergueu a mão e a posicionou sobre a dela, ainda em seu rosto.

-- Mas eu não quero ficar longe... -- Ele comentou, a voz soando não mais do que num sussurro. S/N começou a sentir vontade de chorar. Ela estava bem sensível durante a gravidez.

-- Eu sei, amor, eu sei... Mas vai ser rapidinho, logo você está de volta e, fique tranquilo, o neném vai te esperar para nascer... -- A mulher retrucou e Pete a abraçou novamente, espalmando uma mão sobre o ventre dela e a beijando com ternura.

-- Eu espero... -- Ele comentou, entre beijos. -- Eu espero...

Na semana seguinte, ainda contra sua vontade, Pete e os meninos do The Who saíram no enorme ônibus que os levaria a várias cidades britânicas (além da Inglaterra, eles também fariam alguns poucos shows na Escócia) para tocarem seus maiores sucessos. S/N precisou garantir ao marido que ficaria bem, pois só depois de muita insistência o homem se convenceu e partiu.

Acontece que S/N e Pete ainda não haviam aprendido a habilidade de prever o futuro...

Duas semanas depois, S/N acordou sentindo muitas dores. Estava na casa dos pais, como havia prometido ao marido, e, depois do almoço, a mãe insistiu para que ela fosse ao hospital para dar uma olhada no que poderia ser aquela dor toda. 

Eis que ela havia entrado em trabalho de parto...

E em pânico, afinal, ela havia acabado de entrar no oitavo mês de gravidez e, bem, seu marido estava do outro lado do país, tocando num maldito show na maldita Liverpool! (A dor e o desespero fizeram com que S/N xingasse mais que o normal dentro daquela sala de parto...)

Havia mais um problema: ninguém estava conseguindo entrar em contato com Pete. É claro que não daria tempo dele chegar para o parto, mas, ainda assim, S/N queria pelo menos avisá-lo de que estava prestes a dar à luz o primeiro filho deles!

Mas não havia mais tempo para se preocupar com isso... O bebê estava nascendo.

Duas horas depois, no litoral inglês, a secretária de Kit Lambert, o empresário do The Who, recebeu uma ligação importantíssima do sogro do guitarrista da banda, tão importante a ponto de tirá-la de seu quarto de hotel e levá-la até a enorme casa de shows onde a banda estava tocando. A mulher entrou apressada nos backstages e foi direto ao encontro de seu chefe.

-- Sr. Lambert! Sr. Lambert! -- Ela chamou, atônita, o puxando para longe da lateral do palco para que escutasse melhor. Ele a olhou impaciente. -- O filho de Pete nasceu! É um menino! Não faz mais que uma hora! 

Lambert estava de olhos arregalados. Aquilo o daria algumas dores de cabeça depois, mas, por hora, sabia que o que deveria fazer era contar a notícia ao guitarrista.

Enquanto isso, no palco, Pete estava começando a fazer a introdução de Tommy, a parte preferida de todos os fãs.

-- Agora... Gostaria de chamar o Sr. Keith Moon para reger nossa orquestra... -- O guitarrista começou, fazendo as piadinhas de sempre. -- Keith, você está pronto? -- E o baterista o complementava. -- Ótimo, porque agora, senhoras e senhores, quero apresentá-los...

Mas Pete não terminou sua fala, já que observou, atônito, enquanto um roadie invadia o placo e ia até ele... Era bom que ele tivesse um bom motivo para aquilo - Pete não sabia lidar muito bem com pessoas que invadiam o palco.

-- Seu filho nasceu, Pete... É um menino... - O homem falou, com medo de levar um chute na bunda por ter atrapalhado o show. Mas, ao contrário do que Pete havia imaginado, aquele era um motivo mais que perfeito para se atrapalhar um show...

O queixo do guitarrista caiu e seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ele encarava aquela multidão de pessoas, sem conseguir falar nada e sem estar enxergando algo em si.

-- Pete, você está bem? -- Foi Roger quem perguntou, se aproximando do amigo, tapando o microfone para não sair som.

-- Estou, Roger... Estou ótimo! -- Pete falou, repleto de júbilo, sua voz soando amplificada, afinal, ao contrário do vocalista, ele falava diretamente ao microfone. -- Meu filho nasceu! Eu sou pai! 

A plateia foi à loucura, aplaudindo e soltando assovios e gritos. Roger abraçou o amigo, sendo seguido por Keith, que havia saltado de sua bateria, e John, que atravessara o palco para parabenizá-lo. Pete passou as mãos nos olhos para limpar as lágrimas e soltou o ar pela boca, mal conseguindo conter sua euforia.

-- Alguém tem um charuto por aí? Preciso comemorar a notícia! Não é todo dia que se vira pai, não é mesmo? -- Pete falou ao microfone e a plateia riu. Alguém o jogou um charuto e ele o acendeu, sorrindo orgulhoso. Depois de mais duas tragadas, ele deixou o charuto com um roadie e voltou a pegar o microfone. -- Então, quero apresentá-los... Theodore!

Pete e S/N já haviam decido que, se fosse menino, o neném se chamaria Theodore, e, se fosse menina, seria Elizabeth. Houve mais uma salva de palmas. Pete trocou umas palavras rápidas com seus colegas de banda antes de se aproximar do microfone de novo.

-- Bem vindo ao mundo, Teddy... Eu te amo, e amo você, S/N! -- Pete falou, sem ter certeza se aquilo estava sendo gravado para que sua esposa pudesse ver, mas, o que importa era que ele precisava dizer aquilo. -- Agora, vamos fazer uma pequena mudança de planos... Gostaria de tocar uma música de uma outra banda de uns caras muito legais, nunca a tocamos ao vivo, mas cai bem para este momento... Teach Your Children, de Crosby, Stills, Nash... e Young!

A banda começou a tocar e a plateia foi à loucura, apesar de ser uma música muito mais suave que as outras que a banda costumava tocar. Mas Pete não se importava... Só queria fazer uma homenagem ao seu filhinho... E ir vê-lo logo de uma vez!

Quando o show acabou, houve uma discussão intensa entre Pete e Lambert, que não queria deixá-lo abandonar a turnê daquele jeito... Mas, por fim, acabou cedendo e, naquela mesma noite, Pete pegou o primeiro avião que iria sair para Londres. Chegou lá de madrugada e foi direto para sua casa, onde tomou um banho e, ignorando que ainda eram quatro da manhã, foi direto ao hospital.

Duas horas depois - a enfermeira havia dito que S/N estava dormindo e Pete quis esperar ela acordar antes de ir vê-la... Ela merecia um descanso -, estava sendo levado por uma enfermeira até o quarto em que S/N estava.

Quando a porta foi aberta e Pete viu a esposa meio sentada na cama com um embrulhinho nos braços, ele sentiu os olhos se encherem de lágrimas de novo. S/N, também, logo o viu chegando e ficou toda emocionada. Pete se aproximou com cuidado, os olhos correndo de S/N para o bebê em seus braços. Quando já estava perto o suficiente, o guitarrista se abaixou e deu um beijo na testa da esposa, antes de se abaixar ao lado dela e olhar pela primeira vez para o rostinho de seu filho.

-- Fale oi pro papai, Teddy... -- S/N falou com a voz embargada, olhando pro filho em seu colo, pegando a mãozinha dele nos dedos e a mexendo. -- Oi, papai!

-- Oi, Theodore! -- Pete respondeu, rindo de forma emocionada, passando a mão cuidadosamente pelo rostinho redondo do neném, que deu uma bocejadinha. -- Oh, meu Deus, como ele é lindo!

-- Sim! Quer segurar? -- A mulher perguntou e Pete assentiu, recebendo nos braços o neném minúsculo, o embalando com todo o cuidado do mundo. Pete havia se sentado ao lado da esposa na cama, um pouco desajeitado mas confortável, e a abraçou com um dos braços enquanto segurava o bebê no outro.

-- Obrigado, S/N... Obrigado por ter dado à luz esse menino lindo... -- Pete olhou para a esposa, se abaixando para beijá-la rapidamente. -- Eu te amo tanto...

-- Eu também te amo... -- Ela respondeu, as lágrimas de felicidade escorrendo pelas bochechas.

-- E amo você, neném... -- Pete se virou para o filho, dando um beijinho na testa dele.

Agora, Pete tinha um ótimo motivo para não sair em turnês...


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Está aí... Não consigo evitar em fazer esses imagines boiolísticos sobre o Pete, eu sofro demais por ele T-T... E essa foto que coloquei no capítulo, creindeuspai... Oh homem que não cansa de ser bonito... Enfim, essa ideia do charuto peguei do livro do Pete, que ele conta que, quando a segunda filha dele nasceu, em 71, ele estava tocando num show e acendeu um charuto na hora que recebeu a notícia para comemorar. Tem áudio disso, no final de uma versão ao vivo de I Don't Even Know Myself presente numa daquelas versões estendidas do Who's Next, ele falando que está acendendo um charuto porque agora é um pai orgulhoso pela segunda vez... Meu coração não aguenta!!! Enfimmm, está aí, nosso 100° imagine!!! Espero que gostem eeeee logo mais estarei voltando à programação normal e atualizando os pedidos de vocês... É que não pude perder a chance kkkkkkkk... Hoje mesmo tentarei postar mais um ou dois imagines, vamos ver como vai ser... Enfim, beijããão aí e beijo especial pro Pete porque eu amo ele <3 <3 <3

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