Mick Mars #1
Este é um pedido da gatadofreddie eee espero que você goste!! <3 <3 <3
✨ 𝐀𝐭 𝐓𝐡𝐞 𝐀𝐢𝐫𝐩𝐨𝐫𝐭 ✨
O ano de 1975 estava chegando ao fim, então, para sua felicidade, você viajaria de volta para sua terra natal, o Brasil, para passar as festas com sua família. Desde que se formou na faculdade, você se mudou para os Estados Unidos para fazer um mestrado e, também, começar a trabalhar. E ficou por lá.
Mas isso não anulava as saudades que você sentia de casa.
Enfim, no dia da viagem, você estava ansiosíssima, com os nervos à flor da pele. Chegou no aeroporto com muito tempo de antecedência. Depois de fazer o check-in, você decidiu dar uma volta, afinal, ainda faltava um bom tempo para o embarque. Decidiu que tomaria um café e coisa do tipo.
No meio do caminho, parou no corredor ao ver que, mais adiante, num guichê da enfermaria, uma enfermeira e um rapaz um tanto quanto jovem batiam boca. O moço, estressado, decidiu terminar com aquela discussão e saiu caminhando de forma pesada, praguejando. Você percebeu que ele mancava um pouco e se apoiava no corrimão do corredor, Você decidiu ir até ele.
-- Sacanagem! Isso é uma baita duma sacanagem! -- Ele dizia de forma irritada. -- Um desrespeito!
Um pouco hesitante - afinal, aquele era um homem verdadeiramente nervoso -, você encostou no ombro dele para chamá-lo. Ele se virou, te olhando com uma expressão severa que te fez engolir em seco.
-- O que é?! -- Ele perguntou, irritado. Você deu um passinho para trás, vislumbrando com o canto dos olhos um segurança que se encontrava a alguns passos. Qualquer coisa, era só você correr...
-- Des-desculpa, eu só... Vi você discutindo com aq-aquela enfermeira e... E quis saber se está t-tudo bem... -- Você perguntou, abrindo um sorrisinho nervoso. A expressão do moço se suavizou, adquirindo um toque meio chateado. Você reparou que ele era bem bonito quando a face não estava retorcida de forma raivosa.
-- Me desculpa a irritação... É que me recusaram uma cadeira de rodas... Acham que eu sou apenas um arruaceiro querendo fazer bagunça... Mas, não! Eu estou morrendo de dor nas costas! Eu preciso daquela cadeira apenas para conseguir chegar a tempo de pegar meu avião! -- Ele desabafou e você assentiu em concordância.
-- Se me permite perguntar, para onde você vai?
-- Para o Canadá... Vou fazer um tratamento de saúde... -- O moço admitiu, desviando um pouco os olhos. Você queria muito perguntar qual era o problema dele, mas sentiu que não seria adequado. Mesmo assim, ele pareceu ler a pergunta em seus olhos. Com um sorrisinho ladeado e resignado, ele comentou: -- Tenho espondilite anquilosante... Não está num estágio muito avançado, mas, mesmo assim, às vezes tenho umas crises de dor, como é o caso de agora... E é por isso que preciso de uma cadeira de rodas! Meu avião sai em vinte minutos e eu preciso cruzar esse aeroporto inteiro para chegar até o portão de embarque!
Você se sentiu muito tocada pela história dele, afinal, era um rapaz tão jovem... Queria dar um jeito de ajudá-lo... Então, com o canto dos olhos, você viu uma mulher passar ao lado de vocês com um carrinho lotado de malas. Aquilo te deu uma ideia...
-- Olha, sei que vai parecer estranho, bem estranho, na verdade, afinal, você nem me conhece e tal, mas, você confia em mim? -- Você perguntou com seriedade, olhando no fundo dos olhos confusos do moço, que franziu o cenho.
-- O quê?! -- Ele parecia atônito. Você aprofundou ainda mais seu olhar sério.
-- Perguntei se você confia em mim...
-- Moça, me desculpa, não quero soar ofensivo, mas, como você mesma disse, eu nem te conheço!
-- Ainda assim, eu sou a única pessoa que pode te ajudar aqui... -- Você respondeu. O moço ficou olhando de forma enigmática para você, como se ponderasse se você era louca ou psicopata.
-- O que tem em mente? -- Ele finalmente perguntou.
-- Espere um instante... -- Você pediu e começou a andar pelo corredor, deixando aquele homem totalmente confuso para trás. Menos de dois minutos depois, você retornou, trazendo consigo um carrinho de levar malas vazio. O homem ficou ainda mais confuso. -- Tcharam!
-- Mas que diabos...
-- Suba aqui e eu te levo até o portão de embarque! -- Você afirmou, animada... Bem mais animada que ele.
-- Eu não vou subir nisso! -- Ele protestou. Você colocou as mãos na cintura.
-- Olha, é isso ou perder seu voo... -- Você argumentou. Ele te olhou de forma desconfiada. -- Moço, confie em mim, eu sou brasileira... Você nunca ouviu dizer que brasileiro arruma solução pra tudo?
Ele pareceu achar graça e balançou a cabeça enquanto ria, claramente pensando no quanto você era doida.
-- Com certeza vou me arrepender depois, mas... Acho que você tem razão... -- Então, ele subiu no carrinho e você, abrindo um sorriso, começou a arrastá-lo pelo corredor da forma mais rápida que você podia. As pessoas em volta olhavam, espantadas, mas você nem se importava... Só não sabia se podia dizer o mesmo do rapaz.
Finalmente, chegaram ao portão de embarque dele e viram que este ainda não havia sido aberto, haviam várias pessoas na fila. Ele desceu do carrinho, estava com o rosto vermelho.
-- Ufa, deu tempo... É, muito obrigado, acabou que sua ideia foi ótima... -- Ele riu, parecendo ainda descrente daquilo que havia feito. -- Se não fosse por você...
-- Ah, tudo bem... Eu tenho tempo de sobra... Meu avião sai só daqui umas duas horas... -- Você respondeu, dando de ombros. Houve um momento de silêncio entre vocês, bem estranho. Ambos desviaram os olhos para os lados, um pouco envergonhados.
-- Ah, quase me esqueci... Nem acredito que você atravessou um aeroporto inteiro me empurrando num carrinho de carregar malas e eu nem sei seu nome! -- O moço quebrou o silêncio. Ambos deram risadinhas, afinal, aquele havia sido um episódio verdadeiramente inédito.
-- Meu nome é S/N... -- Você respondeu, sorrindo para ele, que retribuiu.
-- Pode me chamar de Mick... -- Ele estendeu a mão para que você apertasse.
O portão abriu e as pessoas da fila começaram a andar.
-- Acho que é agora que nos despedimos... -- Você comentou, sentindo um leve aperto ao dizer isso, afinal, você tinha gostado daquele moço de aspecto ranzinza.
-- Sim... -- Ele respondeu, desviando os olhos para o portão aberto. -- Ah... Bem... Antes de ir, só queria saber... Err... Você está indo pro Brasil, eu presumo... -- Você assentiu. -- Será que... Sei lá... Você podia me passar seu endereço? Gostaria de escrever uma carta de agradecimento para você... Contar se deu tudo certo... Sei lá, como eu disse, você me arrastou num carrinho de malas, acho que merece saber se deu tudo certo em minha viagem, assim como quero saber se deu tudo certo na sua e... Sabe... Sinto muita vontade de saber mais sobre o Brasil, talvez você possa me contar um pouco numa carta... Mandar um postal, talvez...
-- Claro... -- Você o cortou, dando uma risadinha. Pegou uma caneta de sua bolsa e rasgou um pedaço de uma das páginas da revista que estava levando consigo, anotando neste o endereço da casa de seus pais, no Brasil. Entregou para Mick, que sorriu. -- Boa viagem e bom Natal para você...
-- Para você também e... Obrigado, mais uma vez... -- Ele sorriu e, com um último aceno, se despediram.
Enquanto caminhava para seu próprio portão de embarque, você não conseguia deixar de ter a sensação de que aquela não foi a última vez em que você veria aquele moço... A carta dele que você recebeu uma semana depois confirmava isso. De fato, você passou a vê-lo com muuuuuita frequência no ano de 1976... Muita frequência.
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Oioioi, tudo bem?? Olha, sei que estou meio sumida, mas é porque minhas aulas voltaram, então, né... Mas, enfim, ainda não estou pegando pedidos, afinal, meu tempo tá meio curto, mas quero tranquilizar todas vocês que me fizeram pedidos antes que eu não esqueci de vocês e que logo saem seus imagines, okk?? Quanto a este aqui, tive essa ideia bem aleatória enquanto escrevia o capítulo... Comecei sem ter ideia alguma de como acabar e, bem, deu no que deu... Espero que gostem!! É isso, um beijão e boa semana para vocês!! <3 <3 <3
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