Izzy Stradlin #7

Agora estou aqui para atender aos pedidos da kurt_lindao e da candy_guns <3 <3 <3 Espero que gosteeeem!!!

✨ 𝐒𝐡𝐞'𝐬 𝐚𝐧 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 𝐒𝐞𝐧𝐭 𝐓𝐨 𝐌𝐞 ✨

Aquele show de 1990 havia sido um dos piores da história do Guns, não porque a banda tocou mal, mas porque aconteceu uma briga, uma briga muito feia com alguns caras da plateia, tudo porque estavam todos muito alterados pelo álcool... E o guitarrista, Izzy, saiu muito machucado daquela bagunça toda. A sorte dele é que sua esposa, S/N, estava nos backstages e logo correu ao socorro dele. Passado o choque inicial, ele falou que queria ir para casa, não para o hospital... Portanto, com a ajuda dos outros membros da banda, S/N o levou até o carro e, então, partiram.

Izzy estava muito quieto durante o percurso e S/N ficou observando-o pelo espelho retrovisor enquanto dirigia. Quando percebia que ele estava prestes a dormir, ela alertava para que ele se mantivesse acordado, com medo de que o marido pudesse acabar desmaiando.

-- Já estamos chegando, meu bem... Aí vou poder cuidar de você... -- Ela dizia, sentindo os olhos encherem-se de água sempre que pensava no que poderia ter acontecido. Num momento súbito de emoção, ela colocou a mão na coxa dele e apertou ali. -- Eu pedi pra você não se meter em encrencas... Pedi para você maneirar na bebida... Nada disso teria acontecido... Você estaria bem... Eu estaria bem... Você não faz ideia de como está meu coração agora...

Izzy se mantinha calado, olhando para os próprios joelhos, segurando a toalha que lhe foi dada para estancar o sangue que escorria de seu nariz, agora já pesada por este.

-- Desculpa... -- Ele disse num tom quase inaudível. S/N o olhou pelo espelho e não conseguiu conter as lágrimas, erguendo a mão da coxa para a nuca dele, fazendo uma carícia trêmula e firme ali.

-- Só... Não faz uma coisa dessas de novo, ok? -- Ela pediu e ele assentiu, pousando uma mão manchada de sangue seco na perna dela para acalmá-la.

Não demorou muito para que chegassem em casa. Naquele momento, S/N agradeceu à duas coisas: por terem mudado no mês anterior de um apartamento para uma casa e por seu filho de um ano, Justin, não estar ali... Não seria nada legal para ele ver o pai daquele jeito.

S/N saiu do carro e deu a volta para ajudar Izzy a sair também. Agradeceu a mais uma coisa: o fato de ele já estar mais lúcido e conseguir andar melhor do que estava andando para chegar ao carro. A mulher o abraçou lateralmente e o ajudou a andar até a porta da casa. Quando finalmente entraram, S/N o guiou até o sofá e o fez sentar ali.

-- Acho melhor você tomar um banho antes, então, depois, cuido desses machucados... -- Ela afirmou de forma pensativa. Izzy assentiu. -- Espere aí enquanto eu coloco a banheira para encher e, por favor, não durma!

Ela estava meio desnorteada naquele momento, sem saber direito o que fazer primeiro. Correu ao banheiro e ligou a água para encher a banheira. Izzy, por sua vez, estava se sentindo péssimo, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Odiava ter que depender da sua esposa daquela forma, como se ele fosse uma criança, e, pior, odiava saber que havia a desapontado.

S/N retornou para a sala e o encontrou neste modo reflexivo.

-- A água já está enchendo... -- Ela informou, apontando com o dedão na direção do banheiro. Izzy assentiu. Ela viu sua expressão triste e sentou-se ao seu lado no sofá, passando a mão com cuidado e delicadeza pelo rosto dele, estudando os ferimentos que haviam sido abertos ali. -- Oh, meu Deus...

-- S/N, me desculpa, de verdade... Eu não... Eu não queria ter brigado, eu só não consegui me segurar... -- Ele desatou a falar, desesperado, mas S/N o interrompeu, colocando o polegar sobre os lábios dele, contornando estes até chegar num corte aberto no lábio inferior dele. Izzy ergueu a mão e a colocou sobre a da esposa, com carinho, pressionando mais a palma dela contra sua bochecha, reconfortado pelo calor corporal dela.

-- Relaxa, relaxa... Não precisa se explicar... -- Ela sorriu para ele, um sorriso arrebatador que fez o coração dele aquietar-se. -- Agora vem, deixa eu cuidar de você...

Ela levantou-se e ajudou o marido a fazer o mesmo, o levando pela mão até o banheiro. A banheira já estava quase completamente cheia, então, S/N fechou a torneira. Em seguida, ajudou Izzy a desfazer-se de suas roupas ensanguentadas. Ela abafou um grito ao ver que ele estava cheio de manchas arroxeadas nas costelas e nos ombros. Izzy percebeu a expressão horrorizada da esposa e olhou para o próprio corpo, arregalando os olhos.

-- Acho que levei alguns murros... -- Ele comentou com um toque de humor, o que deixou a esposa atônita.

-- Você acha?

Então, quando ele já estava completamente nu, S/N o ajudou a entrar na banheira. Izzy soltou umas exclamações de dor e uns impropérios quando a água quente entrou em contato com os machucados de seu corpo. Mas ele logo relaxou - o tanto que se permitiu numa situação daquelas. A mulher puxou um banquinho e sentou-se atrás dele, ao lado da banheira, enfiando as mãos na água e passando-as nas costas do marido.

A esposa precisou ajudar o homem a se banhar, já que este não estava conseguindo fazer muitos movimentos sem sentir dor. Ela fazia aquilo com muito afinco e dedicação, Izzy sentia-se grato, mas, ao mesmo tempo, sentia-se um inútil.

Quando S/N terminou de ajudar Izzy a se lavar, também ajudou-o a se secar e a se vestir. O homem soltou um grunhido ao abafar um riso sarcástico enquanto sua esposa dava um laço nos cordões da calça dele para mantê-la firme ao redor da cintura.

-- Disse alguma coisa, querido? -- Perguntou S/N, olhando-o nos olhos. O que era aquele brilho estranho que ela havia percebido? Raiva? Rancor? Frustração?

-- Eu não disse nada... -- Ele respondeu num tom que claramente expressava o mesmo que seu olhar. S/N soltou um suspiro, mostrando que se compadecia dele, erguendo a mão para tocar no rosto do homem, afastando a franja molhada de cima das sobrancelhas dele.

-- O que foi? Por que está tão chateado? Já disse que está tudo bem, essas coisas acontecem e...

-- Eu estou me sentindo um inútil, é isso... Que tipo de homem eu sou se até para tomar banho dependo de ajuda? -- Ele reclamou, desviando o rosto, e S/N quase riu do exagero dele. Como se ele fosse ajudado a tomar banho todo dia... -- Agora você, que já está sobrecarregada com o trabalho e com Justin, ainda precisa cuidar de mim! Tudo porque eu sou um idiota temperamental...

-- Izzy, meu bem, você não é um idiota temperamental! -- Ela agora segurava o rosto dele com as duas mãos, fazendo-o a encarar novamente. Havia ternura cintilando nos olhos dela, e aquilo acalentou o corpo de Izzy e o fez relaxar um pouco. -- E eu sou sua esposa, é meu dever cuidar de você e garantir seu bem-estar, assim como sei que você faz comigo... Isso não é sacrifício algum, eu amo você e sempre, sempre, cuidarei de você, está bem?

Izzy mal sabia como responder a tudo aquilo. Era exatamente assim que ele se sentia em relação à esposa, faria o possível e o impossível para cuidar dela, e se sentiria feliz fazendo o que quer que fosse. Por isso, abriu um sorriso para ela - torto, já que o corte em seus lábios não permitia que ele erguesse muito o canto direito de sua boca.

-- Eu também te amo... -- O músico respondeu, acariciando a nuca da mulher com dedos trêmulos, sentindo todo o peso em seu peito se esvair e o nó em sua garganta ser desatado.

S/N deu um beijo delicado no canto esquerdo dos lábios do marido, ainda segurando as bochechas dele com as duas mãos.

-- Agora, vem... Vamos cuidar desses cortes... -- Ela pontuou, puxando-o pela mão até o quarto, trazendo consigo o kit de primeiros-socorros.

Izzy sentou-se sobre o colchão da cama. S/N colocou-se ao seu lado, abrindo a caixinha cheia de remédios e pomadas sobre suas coxas. A primeira coisa que S/N precisou fazer, para a infelicidade do marido, foi passar antisséptico em todos os cortes abertos que se encontravam espalhados por todo o rosto de Izzy - que não economizou nos palavrões e nos gemidos de dor - e, também, nos nós de seus dedos.

-- Izzy, pare de gritar, os vizinhos vão achar que eu estou te torturando! -- S/N exclamou, segurando a mão do marido firmemente sobre seu colo para que conseguisse passar o antisséptico num machucado que havia sido aberto ali, provavelmente por conta de um soco desferido. Mas aquilo era difícil, ele não conseguia parar de se mexer.

-- Mas você está me torturando! Antisséptico?! Sério?! -- Ele reclamou, o rosto retorcido numa careta dolorida.

-- Prefere ficar à mercê das infecções?

-- Pra ser sincero, prefiro! -- O homem respondeu e a esposa revirou os olhos, não contendo uma risada.

-- Ah, como você é dramático... -- Ela balançou a cabeça, soltando a mão dele. -- Pronto, a pior parte já foi...

Então, com muita paciência e cuidado, S/N passou pomada cicatrizante em todas as feridas dele. Enquanto se ocupava em preencher de remédio um corte aberto na testa do marido, este começou a rir. S/N olhou nos olhos dele de cenho franzido.

-- O que foi? -- Perguntou, confusa. Izzy continuou a rir, balançando as cabeças para os lados.

-- A cara que você faz... Quando está concentrada... É muito engraçada... -- Ele respondeu, fazendo uma imitação da expressão dela, franzindo as sobrancelhas e entreabrindo os lábios, moldando-os num biquinho. S/N riu e, mais uma vez, revirou os olhos, dando um empurrãozinho no peito do marido, que, instantaneamente, fez uma expressão de dor. S/N havia se esquecido dos murros que ele havia levado no corpo... Aquilo a fez se sentir muito culpada. -- Ah, meu Deus, Izzy, me desculpa! Me esqueci disso!

Izzy precisou de um segundo para se recompor, mas, quando o fez, abriu um sorriso para a esposa, tentando despreocupá-la.

-- Tudo bem, querida... Mas, acho que vou precisar de algum remédio ou pomada que tire a dor... -- Ele respondeu, sincero. A esposa prontamente se pôs a fuçar a caixinha do kit, retirando de lá um tubo verde.

-- Tem essa pomada para dor muscular, talvez ajude...

Então, depois de ajudar o marido a tirar a camiseta de pijama que estava usando, S/N espalhou o creme de aspecto gelado por todo o peitoral dele, massageando-lhe os ombros e descendo até as costelas. Ele estava cheinho de marcas arroxeadas. Izzy não despregava os olhos do rosto da esposa, estudando todos os movimentos de seus olhos, sobrancelhas e lábios enquanto se encontrava concentrada.

-- Sabe, se eu não estivesse todo arrebentado, te agarraria agora mesmo... Porque você é muito sexy... Tudo que você faz é sexy, mesmo o que não é para ser sexy... -- Izzy comentou num tom casual e divertido, notando o riso deixar os lábios de sua esposa, que ainda não havia acabado de espalhar a pomada nos ossinhos da costela dele. -- Eu tô falando sério!

-- Eu sei... É uma pena mesmo que você esteja todo arrebentado... Por isso... -- Ela finalizou sua tarefa, esfregando as próprias mãos uma na outra, olhando o marido nos olhos. -- Acho melhor você dormir...

-- É... Também acho... Quem sabe amanhã cedo já não acordo totalmente recuperado e pronto para a ação? -- Ele estreitou os olhos de forma maliciosa, sorrindo, mexendo a sobrancelha direita (já que o imenso corte da esquerda não o permitia fazer o mesmo) para cima e para baixo. S/N espremeu os lábios num sorrisinho irônico e balançou a cabeça.

-- Acho difícil... Mas, quem sabe...

Então, ela ajudou-o a deitar-se sobre as cobertas na cama e avisou que só ia tomar um banho e logo se juntaria a ele, mas Izzy segurou o pulso dela e, com os olhos brilhantes, a encarou.

-- Fica aqui comigo, por favor... -- Ele pediu, acariciando a pele fina do braço dela com o polegar. S/N sorriu de forma suave, passando a mão pelos cabelos dele.

-- Tudo bem... -- Respondeu, cedendo, colocando-se sob as cobertas ao lado de Izzy, que, assim que ela se mostrou acomodada, a abraçou, deitando a cabeça sobre os seios dela, buscando conforto em seu colo. A mulher sorriu e enlaçou os dedos das duas mãos nos cabelos longos do marido.

Houve um longo e confortável momento de silêncio. S/N chegou a achar que Izzy havia caído no sono, porém, a voz dele cortou a escuridão, baixa e tranquila.

-- Obrigado por cuidar tão bem de mim... Você é um anjo enviado pra mim, eu sei que é, não adianta negar... Só queria saber o que eu fiz para merecer um anjo tão bom como você...

-- É porque você é o meu anjo... -- Respondeu S/N, inclinando a cabeça levemente para conseguir dar um beijo no topo da cabeça de seu marido.

Então, ela percebeu que ele havia realmente pegado no sono... E ela ficou acordada, um sorriso estampado nos lábios, as mãos segurando cada vez mais perto o corpo daquele homem contra o seu, sentindo-se reconfortada por tê-lo ali, tão perto, num lugar onde podia protegê-lo de todos os males do mundo, consciente de que estava igualmente segura.


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Óóóóó, mais um imagine para vocês aqui... Eu já estava com esse pela metade e só precisava acabar, massss, aqui está, espero que gosteeeeem!!!  Amanhã tentarei atualizar pelo menos três imagines (quero acabar com os pedidos antes das minhas aulas voltarem *emoji de palhaço*)... Mas, é isso! Boa noite, durmam todos bem, beijooooo <3 <3 <3

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