Duff McKaggan #3

Atendendo ao pedido da cherry_honeyl (hehehe apoiado por JuliaMaciel473 ), aqui está!! Espero que gostem!! <3 <3 <3

✨ 𝐒𝐚𝐯𝐞 𝐈𝐭 𝐅𝐨𝐫 𝐋𝐚𝐭𝐞𝐫 ✨

O ano é 1986.

-- Vamos, S/N! Por que é que você não quer ir? -- Duff pergunta mais uma vez após longos minutos tentando convencer a namorada a sair naquela noite de sexta-feira. Ele havia recebido a ligação de seus antigos colegas da época em que ele tocava em bandas underground convidando-o juntamente com a moça a encontrá-los num pub da cidade.

-- Já disse que não quero ir, Duff! -- Ela responde, já irritada com tanta insistência, andando de um lado para o outro na pequena cozinha do apartamento que divide com o baixista. Ele anda atrás, acompanhando seus passos.

-- Mas até agora você não me disse uma razão convincente para não querer ir! -- Ele retruca, já se cansando também.

-- Como não? Pela milésima vez, está caindo o mundo lá fora! -- S/N aponta para a janela onde pingos de chuva raivosos se chocam fazendo altos ruídos. -- Além disso, tive um dia cansativo... Você não entende isso?

-- Eu também tive um dia estressante, sabe? Por isso mesmo queria dar uma volta com meus amigos, esfriar a cabeça... -- O moço responde com leves bufadas de irritação, recostando-se na pia, cruzando os braços, olhando enquanto a namorada, sem olhá-lo no rosto, enche uma chaleira com água para preparar um chá.

-- Exatamente, são seus amigos! Olha, eu não estou em um bom dia, só queria descansar com você aqui em casa, tá? Dá licença que eu preciso pegar uma xícara atrás de você! -- Ela pede, impaciente, mas o homem não se mexe, a olhando de braços cruzados. -- Vai, Michael, dá licença!

-- Não! -- Ele retruca sem muita firmeza na voz. -- Não até você me falar, de verdade, porque você não quer ir!

-- Ah, meu Deus! Você quer que eu desenhe?! -- A mulher pergunta, olhando-o nos olhos com deboche, colocando a chaleira com raiva sobre o mármore da pia e, em seguida, repousando as mãos na cintura. -- Está cho-...

-- Está chovendo, você tá cansada e blá-blá-blá... -- Ele revira os olhos. -- Você já disse isso! S/N, o que é que há? Pensei que você gostasse de sair comigo...

Duff vê a namorada se apoiando de frente na pia, logo ao seu lado, os olhos fechados e a cabeça levemente inclinada pra frente, respirando fundo.

-- S/N? Ei? Se você não me falar o que está passando na sua cabeça eu nunca vou adivinhar!

-- Ok, Michael! -- Ela bate as mãos na pedra fria da pia e se volta pra ele, o rosto vermelho, as lágrimas começando a brotar em seus olhos, tornando-os, de certa forma, mais vivos. -- Não sei se você se lembra mas, ainda no começo dessa semana, você prometeu, prometeu, que guardaria a sexta dessa semana para ficar inteira e totalmente comigo, íamos descansar, assistir algum filme, eu já havia até planejado alguns jogos que podíamos fazer, mas, pelo visto, você só se lembra do que quer e tudo o que você quer é uma desculpa para beber! -- Sua voz sai mais alta e embargada nesta última frase enquanto ela dá as costas pro rapaz que a olha um tanto quanto atônito e, a passos pesados, vai para a sala.

-- Olha, ok, eu admito, eu me esqueci da promessa, está bem? Me desculpa! -- O rapaz a segue novamente. -- Eu sinto muito se não posso ser o namorado perfeito e por não ter memória fotográfica! Mas também, você devia saber o tanto de coisa que eu venho fazendo! Pelo amor de Deus, eu passo pelo menos quinze horas do meu dia trabalhando ou pensando em coisas relacionadas à banda, as vezes bem mais que isso! Você, mais que ninguém, devia saber disso! Eu estou cansado, exausto! E é por isso que me acho no direito de sair para curtir um pouquinho!

A garota, já sem conseguir conter o pranto, se apoia no parapeito da porta da sala. Duff mantém-se a alguns passos dela, olhando-a, passando as mãos pelos cabelos de forma nervosa.

-- Tem razão, Duff, você tem o direito! Mas eu também tenho o direito de ficar chateada por você se esquecer das promessas que me fez, ou por sempre colocar o trabalho como prioridade, ou por não se abrir comigo e me contar sobre seus problemas! Você sabe que eu só quero te ajudar, por que é que você não confia em mim? -- Ela o encara de forma suplicante, as lágrimas descendo por suas bochechas ruborizadas.

-- Quer saber? Você tem razão, preciso parar de colocar o trabalho como prioridade e me colocar em primeiro lugar! -- Duff bate no próprio peito com o dedo indicador, fazendo um som quase que surdo soar. -- Nós não nascemos grudados! Eu não preciso que você vá comigo pra todo canto! Você não manda em mim!

E, dessa forma, S/N o observa com o cenho franzido enquanto este pega seu casaco pendurado ao lado da porta, tal como sua carteira, maço de cigarros e chaves do carro que apresentavam-se, até então, sobre a mesa da sala.

-- Onde você vai? -- A garota pergunta, já sabendo a resposta, desesperando-se um pouco mais.

-- Eu vou sair com meus amigos! -- O baixista responde, saindo, batendo a porta atrás de si. A namorada fica olhando para a porta por um tempo, deixando-se levar pelo choro.

Duff, nervoso, as narinas mexendo freneticamente, desce à passos pesados as escadas do prédio, já colocando um cigarro entre os lábios, aguardando estar ao ar livre para poder ascendê-lo. Ele pragueja enquanto isso, à beira do choro também, se segurando. Não era fácil discutir com a namorada... Ele sabia que devia desmentir o que ela lhe havia dito, sobre ele se esquecer dela, não confiar nela e coisas do tipo, mas, no calor do momento, só pensou em sair dali. Sentiu-se à beira de mais um de seus surtos, uma voz gritando angustiada dentro de sua mente e o coração apertando-se contra o peito.

Ele não sabia do tamanho do temporal que se fazia naquele dia até abrir os portões de metal após atravessar o saguão do prédio para poder sair à rua, sendo recebido por uma lufada forte de vento, sentindo o rosto encharcar-se com as gotas de chuva que eram trazidas por tal. Ele sente um arrepio percorrer toda sua espinha, apertando o passo para chegar logo em seu carro estacionado rente ao meio-fio da calçada, adentrando este assim que possível, secando o rosto com a manga de seu casaco... Não sabia ao certo se tudo aquilo era chuva ou se haviam lágrimas misturadas...

Antes de mais nada, respirou fundo, acendeu seu cigarro e deu a partida no carro. Sua cabeça lateja e sua vista está embaçada, mas, mesmo assim, ele arranca com o carro, fazendo os pneus cantarem. O céu já havia escurecido há tempos, porém, por conta do temporal, a lua estava totalmente escondida e as luzes dos postes também faziam-se difíceis de se enxergar por trás da grossa névoa.

O pub que os amigos de Duff haviam combinado de se encontrar localiza-se do outro lado da cidade então, querendo evitar o trânsito urbano, ainda numa sexta-feira à noite com um caos daquele, o músico decide dar a volta por uma longa rodovia que se encontra ao redor da zona central de Seattle.

Durante o percurso pela longa rodovia aparentemente vazia, ele sente a cabeça distante, aquele berro angustiado que ouvia enquanto descia as escadas de seu prédio continuava a clamar por socorro ao fundo de sua alma. Seus olhos começam a marejar novamente, segurando o cigarro em uma das mãos e conduzindo o volante com a outra. Ele praticamente não enxerga nada, apesar dos limpadores de para-brisa não pararem por um segundo que fosse.

Então, neste misto de escuridão, lágrimas, fumaça, surto, caos, culpa, solidão... O homem perde o controle de seu carro e, numa velocidade extremamente alta, o veículo derrapa pela pista molhada. Num ato de desespero, Duff vira com tudo o volante, com medo de bater em algum outro carro mais adiante... Ele sentiu que aquele seria seu fim, podia até imaginar as manchetes: "Baixista do Guns'n'Roses morre aos 22 anos após capotar com o carro em alta velocidade em uma rodovia em Seattle!"... Viu, também, a face horrorizada de sua amada aos prantos debruçada sobre seu caixão...

Porém, ao abrir os olhos em meio às batidas aceleradas de seu coração e da respiração ofegante, percebeu que estava vivo... Havia jogado o carro para fora da estrada mas, por um milagre, não capotou, não bateu em nada e em ninguém... Estava bem!

-- Eu tô... Eu tô vivo... -- Disse quase que num sussurro, os olhos arregalados e desfocados, as mãos agarradas ao volante com tamanha força que os nós de seus dedos estavam esbranquiçados e doloridos. Piscou algumas vezes tentando recompor-se, respirou fundo algumas vezes e olhou em volta, atônito... Viu seu cigarro caído no banco ao seu lado, apagado, as cinzas espalhadas em volta e uma pequena marca de queimadura no tecido estofado... Aquelas cinzas poderiam ter sido ele!

E, diante desse pensamento, as mãos trêmulas, com muito cuidado, colocou novamente o carro na pista, virando-o para voltar pelo mesmo caminho que o tinha levado até ali.

*****

As lágrimas demoraram à cessar depois que o namorado havia saído mas, finalmente, S/N havia conseguido se acalmar, sentada em sua poltrona predileta ao lado da janela da sala com um livro em mãos sendo iluminada pelo abajur disposto ao lado. Não conseguia se concentrar direito pois a chuva tamborilava fortemente no vidro atrás de si, deixando-a cada vez mais preocupada com Duff.

Sabia que não podia culpá-lo por ter se esquecido de suas promessas... A vida andava estressante para o rapaz, ainda mais para um de tão pouca idade. Mas, naquele momento isso não importava mais, só queria ter certeza de que ele estava bem, não importando a hora que ele chegasse, mas, sim, que chegasse bem.

E, quase que como uma resposta para suas súplicas silenciosas, ouviu passos apressados no corredor do lado de fora de seu apartamento, seguido pelo tilintar das chaves que batiam contra a madeira da porta, aberta no momento seguinte com uma certa fúria e urgência.

Viu o namorado ali com uma expressão atônita, olhando-a fixamente. S/N coloca o livro de lado.

-- Ah, que bom que você está aqui... Eu estava preocupada... Mas, voltou tão cedo... Eu...Duff? -- Ela diz sem obter resposta alguma, observando enquanto Duff se aproxima, pega-a pelas mãos, fazendo-a levantar, olhando-a nos olhos de forma profunda (ela nota lágrimas querendo escapar) antes de, de forma desesperada, unir seus lábios, agarrando-a pela cintura com uma das mãos e trazendo a cabeça dela para mais perto da sua com a outra. S/N fica um segundo sem reação antes de se entregar totalmente ao beijo, também, agarrando a nuca do namorado para aprofundar o contato de seus corpos.

Eles se soltam quando o ar faz falta, mantendo-se abraçados o mais apertado que podiam, ambos emocionados, limpando as lágrimas um do outro com os polegares.

-- Oh, Duff, me desculpa pela discussão, eu devia ter sido mais compreensiva com voc-...

-- Shhh... -- Duff coloca suavemente seu dedo sobre os lábios dela. -- Deixe isso pra depois, meu amor... Agora eu só quero que você saiba que significa tudo para mim e que eu confio em você mais do que em qualquer outra pessoa... Eu te amo! Eu te amo demais!

-- Eu também te amo, querido! -- A namorada responde, estranhando um pouco a atitude urgente e sôfrega do rapaz, mas feliz por tê-lo ali com ela, beijando-o mais uma vez da forma mais apaixonada que sabia. Os dois se soltam mais uma vez e Duff vai fechar a porta que deixou aberta devido seu afobamento. A moça o observa com curiosidade. -- Aconteceu alguma coisa?

-- O quê? -- O rapaz franze a testa com um sorriso, voltando para perto da namorada e a abraçando mais uma vez, caindo com ela no sofá. -- Deixe isso, também, para depois... Vamos só aproveitar a nossa noite de sexta-feira...

E, assim, eles unem novamente seus lábios e continuam com a troca de carinhos, apaixonados e calorosos.


***********

Oioioi, galerinha, como estão? Sim, eu sei, eu ando meio sumida... Sim, vocês podem me xingar kkkkk mas, fazer o quê, tenho menos de uma semana para arrumar tudo antes das minhas aulas começarem, então, né... Mas, enfim, aqui está mais um imagine para vocês!! Não prometo nada, mas vou tentar postar mais imagines hoje!! É que, sabe, domingo é meu aniversário (não estou pronta pra fazer 21 anos, não estou pronta pra fazer 21 anos, não estou--) e eu estou querendo muuuuuito escrever alguma fic do Pete Townshend para mim mesma kkkkkkk acho que mereço, então, talvez eu foque nisso hoje... Ah, enfim, aí está, espero que gosteeeem!! Beijão aí! <3 <3 <3 <3

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