Este é um pedido da Vvitoriia_ eeeee eu espero que goste... Não sei muito sobre a personalidade do Brian, mas espero que te agrade! <3

✨ 𝐖𝐡𝐞𝐧 𝐖𝐞 𝐖𝐞𝐫𝐞 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐈 𝐖𝐚𝐭𝐜𝐡𝐞𝐝 𝐘𝐨𝐮 𝐅𝐫𝐨𝐦 𝐀𝐟𝐚𝐫 ✨

O ano é 1965.

A primavera na Califórnia havia colorido as ruas com suas flores. O perfume se espalhava pelo ar e o sol brilhava, apesar de não estar fritando os miolos, como no verão. Todos pareciam estar de bom humor.

Menos Brian. 

Brian estava nervoso, pilhado e ansioso. Sentia-se pressionado a criar novas músicas para sua banda e aquilo o deixava ainda mais bloqueado das ideias. Estava debruçado sobre o piano de sua sala de estar, melancólico, pressionando teclas aleatórias de maneira desanimada, até que seu cachorro, Louie, adentrou pela porta que dava aos jardins e caminhou até seu dono, deitando a cabeça no joelho de Brian. O homem acariciou a cabeça do animal.

-- O que você quer, rapaz? -- Ele perguntou, recebendo um latido como resposta. O cão continuou a latir, então Brian se levantou do banquinho do piano. -- Quer dar uma volta? Bem, vamos então... Estou precisando de um pouco de ar fresco mesmo...

O animal ficou todo animado, o que fez seu dono rir e abaixar-se para fazer carinho mais uma vez na cabeça dele, antes de ir atrás da coleira para poderem sair. 

Já na rua, o ar quente primaveril do litoral logo envolveu todo o corpo de Brian, que respirou fundo, sentindo o perfume das flores. Ele não conseguiu segurar um sorriso que brotou em seus lábios. Então, já mais animado, Brian e Louie caminharam pela rua, até chegarem num parque  bem arborizado onde as pessoas costumavam levar seus cães para passear.

Depois de darem uma volta completa pelo parque, Brian decidiu soltar a coleira de Louie, sabendo que este era um cachorro comportado e que não o traria problemas. Deram mais uma volta, porém, no meio do caminho, uma moça havia estendido uma toalha de piquenique na grama e comia um belo sanduíche de...

-- Presunto... Ah, não! -- Sussurrou Brian consigo mesmo no mesmo momento em que Louie pareceu ficar enlouquecido pelo aroma do embutido, correndo para cima da moça para tentar roubar seu sanduíche. Brian correu atrás. -- LOUIE, NÃO! VOLTA AQUI!

Porém, quando chegou mais perto da moça - que estava, sim, sendo atacada pelas lambidas do cachorro -, percebeu que ela estava rindo. Mesmo assim, Brian correu para cima do cachorro e prendeu a coleira nele, o puxando para que saísse de cima da moça.

-- Louie, seu cão malvado! -- O homem ralhou com o animal, apontando o dedo para ele, antes de voltar-se para a moça... E pela primeira vez viu o rosto dela de fato... E harpas começaram a soar em seus ouvidos. Embasbacado pela beleza dela, ele pigarreou. -- D-desculpa, moça... Geralmente ele é mais comportado...

-- Tudo bem, eu estou bem! -- Ela sorriu, ajeitando seu vestido, ainda sentada sobre a toalha. Ergueu o sanduíche de presunto e viu que estava todo babado, por isso, fez uma careta. -- Mas acho que meu sanduíche não...

Então, rindo, ela deu o resto do sanduíche pro cachorro, antes de acariciar a cabeça dele. 

-- Me desculpa, de verdade... Ele é louco por presunto... -- Brian falou de forma ligeiramente envergonhada. Ainda estava vidrado nos belos olhos da mocinha.

-- Quem não é... -- Ela riu mais uma vez, um som magnífico que aqueceu todo o corpo do rapaz. -- Pelo menos ainda me restam as uvas... -- Ela tirou um cacho de uvas de dentro de sua cesta, pegando uma. Então, estendeu-o na direção de Brian. -- Quer uma?

-- N-não... Muito obrigado... Eu... Na verdade, preciso ir... -- O homem respondeu, gaguejante, segurando firme a coleira de seu cachorro. A garota deu de ombros, enfiando as uvas na boca. -- Até a próxima...

-- Até mais! -- Ela sorriu, acenando. Então, fez mais uma vez carinho na cabeça de Louie e o deu uma uva na boca. -- Tchau, garotão!

Então, sem jeito e apressado, Brian arrastou seu cachorro de volta pelo caminho para poderem voltar para casa. Vez ou outra, ele olhava por cima dos ombros para ver se ainda conseguia ter um vislumbre daquela mocinha encantadora. E havia aquela melodia mágica em seus ouvidos...

Já em casa, Brian sentou-se novamente sobre o piano. Sua cabeça estava longe, mais precisamente naquela toalha vermelha e branca de piquenique, ao lado da garota que amava presunto e uvas...

Brian nunca havia acreditado em amor à primeira vista... Mas, agora, sabia que era real. Por Deus, ele havia ouvido música quando seus olhos encontraram os dela pela primeira vez! Se isso não era amor à primeira vista...

Então, quando se deu conta, Brian estava cantarolando a melodia que havia escutado. Quando se deu conta, ficou empolgado e logo começou a trabalhar...

Horas mais tarde, depois de ter passado a noite em claro, ele já tinha um esboço de uma letra e uma melodia para esta, totalmente inspirados na garota do parque por quem ele havia se apaixonado...

Ele sentiu que precisava mostrá-la sua nova obra. Nada mais justo, afinal, ela era sua nova musa... Por isso, decidido, na tarde seguinte, Brian pegou seu violão, que estava guardado no case, e rumou novamente para o parque, desta vez, sem Louie para acompanhá-lo. 

O homem deu uma volta no parque, confiante, buscando a garota com os olhos. Mas ela não estava ali. Deu mais uma volta, afinal, no dia anterior, ela só havia aparecido em sua segunda volta, talvez acontecesse a mesma coisa... Mas nenhum sinal dela. Uma terceira volta foi dada e Brian já estava se cansando, principalmente por estar seu pesado instrumento consigo... E, de novo, nada da garota aparecer...

Brian decidiu que aquilo era loucura. Ele a havia encontrado no parque no dia anterior mas foi pura coincidência! Como ele tia tanta certeza de que a encontraria de novo! Além disso, o dia anterior fora um domingo, hoje já era segunda! Ela devia ter muito mais o que fazer na tarde de uma segunda-feira do que ir ao parque comer uvas num piquenique!

O homem já se encaminhava para a saída do parque, frustrado, os passos pesados e a face cabisbaixa, quando trombou com alguém logo no portão de entrada.

-- Me desc... -- Ele começou a pedir, até que ergueu os olhos e a viu, ali, diante dele. Sorriu. -- Você!

-- Oi! Bom te ver por aqui de novo! -- Ela sorriu em resposta. Brian percebeu que, desta vez, ela não trazia consigo nenhuma cesta de piquenique nem nada do tipo. Ela deve ter notado que ele a estudava, pois mexeu os ombros como quem pede desculpas. -- Hoje só vim dar uma volta... Faço faculdade aqui pertinho e gosto de passear por aqui nos intervalos...

-- Olha, sei que é meio esquisito, afinal, eu te conheci ontem e, ainda assim, nem seu nome eu sei... Mas, fiz uma música para você... -- Brian anunciou, deixando a menina boquiaberta o encarando. 

-- U-uma música p-pra mim? -- Ela perguntou, desacreditada. Brian assentiu e a chamou com a mão para que o seguisse até um banquinho de madeira do banco. Pediu que ela se sentasse.

Então, o homem tirou o violão do case e começou a dedilhar as cordas.

-- Wouldn't it be nice if we were older? Then we wouldn't have to wait so long... And wouldn't it be nice to live together... In the kind of world where we belong? -- Ele cantou com sentimento e a garota apenas o observou com muita atenção, balançando o pé no ritmo da canção. Estava surpresa, lisonjeada e levemente assustada por ter servido de inspiração de um estranho...

Quando terminou de cantar, Brian a olhou como quem esperava aprovação. Ela sorriu, aquele sorriso arrebatador.

-- É uma linda canção e fico lisonjeada por ter servido de inspiração... Mas...

-- Sempre tem o "mas"... -- Brian riu com uma certa tristeza. 

-- Mas precisamos nos conhecer melhor... -- Ela se levantou do banco e, erguendo-se na ponta dos pés, deu um beijinho na bochecha do homem, que sentiu seu rosto queimar e sorriu como um besta. -- Por quê você não me convida para jantar? -- Ela pontuou a pergunta com uma piscadela.

-- B-bem... Quer sair para jantar comigo... -- Brian sentiu-se envergonhado, pois não sabia o nome dela.

-- S/N. -- Ela informou, alargando o belo sorriso.

-- Que nome mais lindo! -- Brian elogiou. Até o nome dela era perfeito! -- Bem, S/N, quer sair comigo para jantar? 

-- Eu quero... -- Ela também não sabia o nome dele.

-- Brian. -- O músico se apresentou e S/N sorriu de novo.

-- Eu quero, Brian...

Então, naquela mesma noite, os dois saíram para jantar. E este foi só o começo de uma era muito criativa na vida de Brian Wilson, sempre pensando em sua musa inspiradora.

*****

Oiii, galera, blz?? Bem, desculpa se esse imagine ficou meio bagunçado, eu não sabia muito bem como desenvolver a ideia que eu tinha tido... Mas, apesar disso, espero que tenham gostado!! Até a próxima (que eu espero não demorar muito para postar). Beijooos <3