Cap. 24 - O maior susto que um dia pudera levar e um minuto sem ar

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O sequestro de Inojin fez com que a festa acabasse imediatamente e os convidados foram educadamente dispensados por Itachi. Sasuke e Ino foram com Konan até a sala de controle ver o segurança da noite e conferiram as câmeras assim que ela disse que deveria estar registrado a passagem do sequestrador. Infelizmente eles não viram ninguém suspeito aparecer na tela.

— É um bug — disse Konan, ao ver a mesma filmagem pela segunda vez — Essa tremida bem pequena, quase invisível.

Ela desacelerou a imagem e foi possível notar o bug.

— As câmeras foram hackeadas, por isso não vimos nada anormal — Concluiu Konan.

— O que faremos, Sasuke? Levaram nosso Inojin — Ino estava aos prantos.

Seis grupos de busca foram enviados por Sasuke para procurar por Inojin e o avô do bebê foi avisado do seu desaparecimento.

Para acalmar Ino, Sasuke precisou chamar um médico porque ela não parava de tremer e passou a não falar com ninguém. Com o auxílio de um remédio, Ino se acalmou e adormeceu.

— Por que está tão pensativa, Konan? — perguntou Itachi notando que ela estava muito quieta.

Sasuke prestou atenção nela assim que Itachi chamou o nome de sua assistente.

— Eu conheço bem o sistema de segurança que eu coloquei... — disse ela, ainda pensativa — Se fosse um ataque hacker nas câmeras, elas teriam dado pane, mas a cena foi colocada pra repetir, isso só pode ser feito daqui de dentro. E além disso...

Konan lembrou de quando parou para perguntar a Tenten se ela realmente não viu o rosto da pessoa. Tenten repetiu a mesma história que disse à Ino, mas não parava de passar as mãos umas nas outras, um sinal de nervosismo. As passagens para o segundo andar estavam fechadas, a não ser que a pessoa já estivesse nos andares acima, não tinha como ter entrado e apagar as filmagens.

— Você tá desconfiando dela? — Sasuke entrou na conversa, seu pensamento estava sintonizado com o de Konan.

Konan olhou para Sasuke e assentiu.

— Ela disse que caiu no chão ao tentar escapar, então devia ter visto o rosto quando viu que ia ser atacada de novo. Ela estava muito nervosa pra quem não era culpada e também temos as câmeras, essa história parece ter sido mal contada — Konan compartilhou o que tanto pensava.

— Também estranhei isso.

— Estão achando que a Tenten apagou as provas e está acobertando o sequestrador? — Itachi achou aquela ideia um absurdo, mas logo deixou seu ar de incredulidade quando os olhos dos outros dois presentes demonstraram certeza — Mas ela é a melhor amiga da Ino e apaixonada pelo Inojin, ela não armaria para um bebê, não é?

— Sim, não acho que ela machucaria o Inojin, mas não podemos descartar a possibilidade. Tenho certeza que ela sabe quem é, deve ser conhecido dela — Konan deu um soco de lado na palma de sua mão mostrando sua confiança em seu instinto.

— A Ino estava instável e por isso achei melhor não comentar nada na frente dela, mas agora, precisamos ver a Tenten — Sasuke entrelaçou seus dedos e apoiou os cotovelos nas coxas dobrando suas costas.

— Ela ainda está no quarto com a Ino, vou chamá-la — disse Itachi e se retirou.

Ele foi até o quarto onde Ino estava dormindo e para não fazer muito barulho, apenas fez um sinal com a cabeça virando-a para o lado e Tenten assentiu. Do lado de fora do quarto, Itachi caminhou sem falar nada, deixando Tenten ansiosa. "Será que ele já sabe que fui eu?", ela perguntou-se mentalmente.

Óbito já havia voltado quando Itachi retornou com Tenten. Itachi se sentou ao lado de seu irmão. Konan estava em pé do lado do sofá onde Itachi estava na ponta.

— Fez alguma pesquisa do ciclo de amizade dela? — Itachi olhou para Konan ao perguntar.

— Eu já fiz isso — Óbito respondeu por Konan, Itachi ergueu as sobrancelhas surpreso — A Konan já havia me pedido pra ver, ela me contou sobre a suposição que tinha.

Óbito deu um envelope para Itachi, esse que passou para Sasuke. Por um momento, Itachi pensou em como os dois estavam íntimos, íntimos o suficiente para compartilharem informações primeiro entre si e lhe contar somente depois que não tivesse mais graça, sendo o último a fazer. Sabendo o que priorizar no momento, Itachi deixou seu ciúmes de lado e focou no que realmente interessava.

— Está nervosa? — Itachi perguntou ao ver Tenten passar suas mãos umas nas outras dentro de suas pernas.

— Por que me chamaram? — Tenten passou suas palmas na calça e depois as apoiou nos joelhos.

— Você viu quem foi, não é? — Itachi foi direto ao ponto, Tenten mordeu seu lábio inferior e baixou o olhar — Você apagou as filmagens?

Tenten fechou suas mãos no sofá.

— Por que fez isso? Sabe que o Inojin não passa de um bebê e a Ino confia tanto em você, por que está acobertando o sequestrador? — O tom de Itachi soou um tanto irritado.

— Não planejei isso, é que... É que...

— Ela vai matar o Inojin — Sasuke entrou na conversa e a atenção dos olhos de todos foi voltada para ele.

— Está achando que tá protegendo a Hinata, mas ela vai matar o Inojin desse jeito — Sasuke disse com convicção.

No envelope que Óbito trouxe, estava uma lista de ciclos de amizades de Tenten, por sorte, ela não tinha muitos amigos, a maioria era homens em que o conselho de sua empresa insistiu em que ela conhecesse possíveis noivos. O único detalhe que fez Sasuke concluir que quem Tenten protegia era Hinata, era que elas estavam juntas desde a infância até a faculdade, antes de Hinata abandonar tudo e passar para Neji.

— Ela não é uma assassina! — Tenten defendeu, confirmando que era realmente Hinata.

— Você sabia que se recebesse o golpe um pouco mais embaixo você poderia ter morrido? Ela pode não ter sido uma assassina, mas agora ela pode ser! — Sasuke perdeu sua paciência.

Com a situação presente e sendo atacada pela pessoa que tanto estava protegendo, como Tenten ainda a defendia com unhas e dentes?

— Não, ela errou de propósito, ela não ia... — Engoliu em seco para segurar suas lágrimas.

— Tem certeza? Então posso confiar que ela vai devolver o Inojin ileso?

Tenten lembrou de como precisou desviar e como Hinata havia sido impiedosa consigo, mesmo depois dela ter visto que foi reconhecida. Ela começou a chorar.

— Salvei uma cópia no meu celular — Ela tirou seu aparelho do bolso traseiro de sua calça.

Konan se aproximou e o pegou. Óbito subiu e pegou um notebook que estava na sala de Itachi. Konan fez a conexão via cabo e abriu o vídeo. Era realmente Hinata, ela havia entrado como convidada, mas desviou de todos convidados antes de ser notada. Ela usou um acesso pouco utilizado e com poucos seguranças para chegar até o quarto de Inojin, um tempo depois, ela saiu do quarto e a última câmera pegou um táxi que teve sua placa registrada.

Konan tentou fazer contato com o taxista, mas não conseguiu. Uma nova busca começou, era importante contatar o taxista para saber onde ele havia deixado Hinata, mas onde ele estava?



Ino acordou pouco depois que Sasuke e Tenten formaram um grupo e Itachi, Óbito e Konan formaram outro para procurar pelo taxista.

Levou alguns minutos até que a Ino se lembrasse dos últimos acontecimentos, já que ainda estava sonolenta pelo remédio que tomou.

Ao descer e não encontrar ninguém na casa, Ino perguntou à governanta para onde eles haviam ido e recebeu a resposta de que eles estavam procurando pelo taxista que levou Hinata embora da Mansão.

— A polícia já está ajudando na procura? — Ino perguntou passando as mãos pelos seus cabelos apenas uma vez.

Ela sabia que se ficasse nervosa como ficou antes, seria sedada pelos médicos, então se esforçava para manter a calma.

— Eles disseram que não podem iniciar as buscas antes de 24 horas — respondeu a governanta.

— Pode me trazer aquele mix de chá calmante que você faz? — Pediu com um sorriso fraco.

— Como quiser, senhorita.

A governanta saiu em seguida indo para a cozinha. Ino sabia que Sasuke podia ter mandado que a governanta voltasse da sua noite de folga para vigiá-la e com essa deixa, ela pegou um carro e saiu de casa com um endereço em mente.

Em alguns minutos, ela tocava incansavelmente a campainha da casa de alguém que se fosse em outro momento, nunca pediria ajuda.

— Ino? — Sakura olhou extremamente surpresa.

Sem esperar convite ou dizer o porquê estava ali, Ino adentrou a casa e se sentou no sofá da sala abraçando a si mesma.

Sakura inicialmente pretendia colocá-la para fora, mas quando a viu se sentar e ficar protegendo seu corpo como se estivesse em perigo, ela deixou essa ideia de lado e fechou a porta.

Ino foi observada por alguns segundos, até que Sakura a deixou sozinha e foi para cozinha.

Não era a intenção de Sakura ajudar aquela mulher, mas ela colocou um pouco de água quente em uma xícara de meio litro e colocou cinco sachês diferentes nele; erva doce, camomila, maracujá, alecrim e capim limão. Quando achou que estava à temperatura bebível, ela levou pra Ino.

— Beba e explique-se.

— Obrigada — Agradeceu sincera, levou suas mãos à xícara e tomou quase metade do chá num gole.

— Não te fiz um favor, não me agradeça — falou indiferente — O que faz de madrugada aqui? Devia estar com seu marido procurando seu filho.

Ino bebeu o que ficou na xícara em dois goles, depois baixou a xícara e encarou Sakura.

— Por favor, me ajude a procurar o Inojin, a governanta me disse que a Hinata levou ele, a polícia não vai fazer nada antes de um dia do desaparecimento — Ino estava quase chorando, só de lembrar que seu filho foi levado, entrava em pânico de novo — E se ela matar o Inojin?

Levou as mãos às orelhas e virou sua cabeça para os lados para afastar o pensamento.

— Eu não tenho nada haver com isso.

— Por favor, sei que tem muita gente que trabalha com investigações na NRH, me ajude a achá-lo! — Pediu deixando suas lágrimas descerem.

— Por que eu ajudaria a mulher que matou meu bebê a salvar o bebê dela? — Sakura lhe deu um olhar assustador.

— A Hinata quer matar o Inojin pra se vingar do Sasuke pelo Naruto, mas o Inojin é inocente. Você também tem culpa no cartório! — Apelou para outra linha de pensamento.

Sakura se pôs de pé pra sair.

— Ele vai pagar por dois então, quando sair bata a porta.

Virou para sair, mas teve seu braço agarrado por Ino, que se ajoelhou.

— Eu imploro! Por favor, me ajude a achar o Inojin. Eu não pediria sua ajuda se não fosse caso de vida ou morte e eu achasse que poderia te convencer! — Choramingou sem largar Sakura.

Sakura se soltou e se dirigiu à escada.

— O Inojin não é filho do Sasuke! — Ino gritou achando que isso a faria repensar, Sakura parou, mas continuou de costas — Eu traí o Sasuke, o Inojin é filho de outro homem.

Sakura voltou e se aproximou de Ino, agachou-se e a encarou nos olhos para ver se falava a verdade ou não.

Ino não mentiria com uma dessas coisas, não na cabeça de Sakura, mas as circunstâncias eram graves, ela podia tentar qualquer coisa para convencê-la.

— Ah é? De quem ele é filho então? Me fala, se isso for mesmo verdade, talvez eu ajude você — Sakura sabia o quanto Ino era apaixonada por Sasuke, duvidava se ela era capaz de traí-lo.

— O pai do Inojin é... — Ino baixou o olhar um pouco excitante, mas logo voltou a encarar Sakura e terminou o que estava falando — O pai do Inojin é o Sai.

O sorriso que brincava nos lábios de Sakura desapareceu quando ela concluiu que Ino não estava mentindo.

— Você traiu o Sasuke com o Sai? — perguntou perplexa.

— Eu estava bêbada e com raiva dele, foi só uma vez, e eu engravidei.

— O Sai sabe disso?

— Ele não quis assumir, quase ninguém sabe disso.

— O Sasuke sabe?

— Sim, ele aceitou o Inojin mesmo assim.

— Ele é tão bom para você, que aceita até criar um filho que não é dele como se realmente fosse — Sakura abriu um sorriso amargo — Vou falar com os policiais e fazer eles começarem a procurar a Hinata, isso é o máximo que posso fazer por você. Agora saia daqui.

Ino saiu como foi dito. "O Inojin nasceu prematuro e não tem nada do Sasuke, até a cor da pele dele é pálida, como a do Sai e da família dele", Sakura pensou um pouco consigo.

Para tirar a dúvida, Sakura ligou para Sai e quando quase desistiu, ele atendeu.

— Por que está me ligando uma hora dessas? — O tom de Sai era mau-humorado.

Fora os mais próximos dos Uchiha e Yamanaka, ninguém sabia que Inojin tinha sido sequestrado.

— Tenho uma informação importante sobre o Inojin, mas antes, me responda, fale a verdade: O Inojin é seu filho? — Sakura recebeu o silêncio por alguns minutos.

— A Ino te contou sobre isso? Achei que eram inimigas letais. Se tiver pensando em usar isso-

— A Hinata sequestrou o Inojin para se vingar do Sasuke pelo Naruto — Interrompeu Sai falando logo o que queria — Vai continuar agindo como se ele não fosse seu filho e não fosse do seu interesse ou vai atrás dele também? Cabe a você decidir!

Sakura desligou. Como prometeu, Sakura falou com os policiais e eles não negaram seu pedido e começaram a procurar Hinata.

Resolvendo os problemas com os policiais, Sakura pediu que Kurotsuchi e Kiba se juntassem à ela, e eles chegaram em poucos minutos, ela contou o que estava acontecendo e que também acionou os policiais.

— Você quer mesmo ajudar a Ino? Depois de tudo... — Kurotsuchi não comentou o resto, mas claro que os outros dois sabiam o que ela queria dizer.

— Sakura, já cumpriu sua parte do combinado, mas se nos chamou aqui, é porque pretende se envolver pessoalmente, não é? — Kiba perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

— Eu não estou ajudando a Ino, estou ajudando o Inojin. Ele é apenas um bebê, não tem nada haver com a mãe dele, é só que... — Sakura baixou o olhar por um momento — Podia ter sido meu bebê, a Hinata é capaz de matar aquela criança, e ela não merece pagar pelos erros de outra pessoa. Vão me ajudar?

Eles trocaram um olhar e assentiram.

— Consegui saber da Konan que ela saiu de táxi, os outros devem estar procurando o taxista pra saber onde ele deixou a Hinata — Sakura sentou e virou seu notebook para os dois à sua frente — Acho mais fácil conseguir as filmagens das ruas.

— Posso cuidar disso — Kurotsuchi disse confiante e pegou o notebook para si, já começando a trabalhar.

Ao achar o táxi que levou Hinata nas imagens, eles seguiram até onde as câmeras deram.

As últimas imagens do táxi dava para uma área afastada da cidade, mas havia cinco rumos diferentes mais à frente, difícil era descobrir por qual delas Hinata seguiu.

— Não vamos conseguir pegar a Hinata facilmente — Sakura olhou para Kiba.

— Vou falar com nossos seguranças, eles vão se dividir em grupos para ajudar, cada um de nós poderíamos comandar um.

— Antes precisamos avisar eles — Sakura não citou nomes, mas sabiam a quem ela se referia, ela pegou seu celular e começou a escrever uma mensagem.

"As últimas filmagens dão para o final da cidade sentido noroeste, mas há seis caminhos. Eu, você e quem você quiser levar vamos pela quarta entrada. Sasuke pode ir com Óbito pela primeira, Itachi e Konan na segunda, Kurotsuchi vai na terceira e Kiba na quinta. Siga o plano. É importante ter alguém de peso na cabeça de cada grupo. Haverá dois seguranças em cada entrada em carros pretos, eles vão ajudar a pegar a Hinata. Estarei lá em vinte minutos", e enviou para Ino, que visualizou rapidamente e mandou uma figurinha correndo como resposta.



Hinata voltou para o esconderijo de Naruto se sentindo vitoriosa pelo seu plano de sequestro ter dado certo. Chegou em silêncio no local, mas o bebê começou a chorar antes que ela chegasse até Naruto.

— Que chororô é esse? — Naruto a encontrou no meio do caminho, sabendo que com toda certeza era Hinata.

— Olha só o que eu trouxe pra você! — disse animada com o bebê em seus braços.

Naruto franziu as sobrancelhas, se aproximou e olhou bem para a cara da criança, ele também lia as notícias e tinha visto a foto do bebê antes, quando Sasuke e Ino anunciaram o nascimento do bebê e sua alta.

— É filho do Sasuke e da Ino? — Ele estava desacreditado, surpreso, mas não de um jeito bom, só que Hinata não via essa expressão negativa de Naruto.

— Você pode se vingar dele agora, você tem o filho dele, não é ótimo? — Os olhos de Hinata tinham um brilho sombrio, impiedoso.

— Que merda Hinata, você sequestrou uma criança — Deu uma volta enraivado — Uma criança, porra!

Hinata fez cara de desentendida, finalmente percebendo que ele não ficou feliz com a "surpresa" que ela havia feito. Inojin não parava de chorar, o que irritava mais ainda Naruto.

— O que você acha que vou fazer com uma criança? Meu problema é com o pai dele, não com ele, o que ele vai resolver? Como ele diminui meu ódio pelo Sasuke? — gritou desenfreado — Suma daqui com essa criança!

— Eu não posso simplesmente devolver — Hinata deu dois passos para frente.

— Nem se aproxime comigo com esse bebê chorão! — disse e ela parou na hora.

— Você podia-

— Suma com ele daqui! — Ele nem esperou ela terminar.

— Mas Naruto-

— Saia daqui agora! E não me volte com essa criança! — gritou tapando seus ouvidos como se fosse parar de ouvir o choro do bebê desse jeito.


[...]


Sem fazer ideia de como devolver a criança sem ser pega, Hinata começou a vagar com ela no colo. Ela havia conseguido acalmar o pequeno Inojin e ele agora dormia, mas logo acordaria com fome. O sol nasceria em breve, dava para ver as nuvens alaranjadas com raios do sol do meio daquela ponte não tão longa, não tão alta do nível da água do rio que passava ali embaixo, mas tinha correnteza firme.

Cansada de andar, Hinata fez uma pausa ali no meio. Estava distraída se perguntando como o Naruto deixou uma oportunidade dessas passar e como ela faria pra devolver essa criança sem ser pega, na sua mente essa era uma missão impossível.



Ino chegou pouco depois de Sakura. Os grupos se dividiram e Sakura permaneceu dentro do carro para não se encontrar com os irmãos Uchiha. Sasuke estava desconfiado da ajuda que Ino conseguiu, por ela não revelar quem era.

— Tem certeza que pode confiar nessa pessoa, esse comportamento de esconder sua identidade não me parece confiável — Sasuke disse do lado de fora do carro.

Os cinco carros estavam à espera dos líderes de cada grupo.

— Tenho certeza, quem achar ela primeiro avisa, está bem? — Ino segurou sua mão tentando passar confiança.

Sasuke decidiu não questionar mais. Todos entraram em seus carros e seguiram para a direção que Sakura havia determinado. Ino encontrou no carro que Sakura estava e só percebeu que ela havia trazido seu pai consigo quando ele entrou do outro lado da porta.

— Sakura? — Inoichi estava surpreso, essa era a pessoa que escondia sua identidade, ele achou confuso, olhou para sua filha, mas achou melhor não perguntar nada quando viu o olhar de Sakura pelo retrovisor interno.

Itachi havia avisado a Inoichi sobre o sequestro de Inojin, ele pegou o primeiro voo que conseguiu e voltou, não queria deixar sua filha sozinha e também queria ajudar a procurar seu neto.

— Podemos ir — Sakura disse para o segurança que estava no volante e seguiram pela pista.

Eles levaram alguns minutos pela estrada até que Sakura mandou o segurança parar.

— Por que paramos aqui? — Ino perguntou e olhou pela janela, ainda não tinham chegado a lugar algum, então não via motivo para parar.

Sakura abriu o porta-luvas do carro e, de dentro, tirou um binóculo de longo alcance, levou aos olhos e depois de confirmar o que tinha visto, colocou a fita pelo pescoço e olhou para trás sentando de lado.

— É a Hinata, ela está na ponte. Vocês dois eu quero que se aproximem pelo lado oposto da ponte, pra não assustá-la e ela fugir — Se dirigiu ao motorista e ao segurança sentado no banco de trás com os outros dois — E vocês vem comigo.

Ino e Inoichi assentiram. Ino enviou uma mensagem para os outros grupos avisando que encontraram Hinata no caminho em que estava seguindo e depois ela e os demais do carro saíram dele e se dividiram em dois grupos, Sakura, Ino e Inoichi se aproximaram pelo mesmo lado que Hinata estava e os dois seguranças pelo oposto.

Antes que faltasse dez metros para se aproximarem da sequestradora, ela notou a presença deles e virou imediatamente com um susto.

— Merda, vocês me acharam! — disse Hinata e de soslaio, ela viu os seguranças tentarem correr — Não se aproximem!

Com um olhar de Sakura eles pararam no mesmo lugar.

— Não queremos causar problemas, apenas queremos o Inojin de volta. Só precisa entregar ele — Sakura tentou uma abordagem para uma negociação.

— Acha que eu sou idiota, sei muito que não vão me deixar fugir, seus seguranças tem formação em artes marciais, são atléticos, vão me alcançar rápido.

— Hinata-

— Pare aí mesmo ou acabo com esse bebê! — Ela não esperou Sakura dar mais que um passo à frente. Ficou de lado para o parapeito.

Hinata olhou para baixo vendo a altura e a água do rio, passando uma enorme besteira em sua mente perversa.

— Hinata, não faça nada perigoso, podemos resolver isso com calma — Sakura percebeu o olhar dela para o rio.

— Eu não sou tão misericordiosa como o Naruto, pra mim, todos devem pagar! A infelicidade do meu inimigo, é a minha felicidade!

Sakura correu o mais rápido que conseguiu, mas Hinata conseguiu soltar o bebê no rio. Ela voou em cima de Hinata e sentou em cima dela, segurou sua blusa e a sacudiu.

— Você ficou maluca? Ele é um bebê! Um bebê!

— Devia se preocupar com a mãe do bebê, não comigo — Riu se divertindo.

Sakura olhou para trás, Ino vinha correndo. Ela apoiou o pé em um ferro horizontal, ela estava pronta para pular e ir atrás do seu bebê. Com um reflexo mais rápido, Sakura segurou Ino pela cintura e a puxou de volta.

— Ficou maluca? É doze metros de profundidade e água corrente, vai morrer se pular! — Segurou firme, Ino se debatia para sair com todas suas forças.

— Me solta! É o meu filho! Meu Inojin, preciso salvar meu filho! Ele é tudo que eu tenho. Me larga! Deixa eu ir atrás dele! — Ino começou a gritar.

— O que estão esperando? Desçam e salvem o Inojin! — Sakura gritou para os seguranças que começaram a correr para sair da ponte e descer para debaixo dela.

Assim que viu que os seguranças tinham descido, Hinata se levantou e fugiu correndo. Sakura percebeu, mas não podia largar Ino até ela se acalmar, ela pensou em pedir para Inoichi pegar ela, mas ele estava em choque, com as duas mãos presas no parapeito olhando para o rio. Ele não tinha coragem de pular e não podia fazer nada para ajudar.



Sai não conseguiu ficar em paz sabendo que Inojin, melhor, seu filho, estava em perigo, mas também não se achava no direito de se preocupar e ir atrás dele. Sai tinha consciência da rixa entre Ino e Sakura, então para Sakura ajudá-la, devia ser realmente sério.

Ele seguiu Sakura desde que ela saiu de casa e apesar de achar que estava sendo cuidadoso, tinha plena consciência de que ela sabia que estava sendo seguida. O carro de Sai foi parado entre as árvores, Sakura podia saber que estava sendo seguida, mas Ino com certeza não sabia, assim ele pensava, e estava certo.

Sem querer se juntar aos demais, ele se infiltrou entre as árvores, desceu a pequena depressão que deixava o chão ao nível do rio e se escondeu atrás de uma árvore, observando tudo dali de baixo.

Ao ver o bebê ser jogado no rio e Ino quase pular, ele correu para a margem, tirou sua sandália no caminho sem parar de correr e se jogou na água. O bebê chorava e estava sendo carregado pela correnteza, Sai nadou o mais rápido que conseguia e alcançou o bebê. O segurou com um braço e tentou nadar de costas, mas quase não tinha efeito por conta da correnteza forte.

Os dois seguranças de Sakura chegaram e se jogaram na água para ajudar Sai, eles o conheciam por causa da NRH, sabia que era de confiança. Nadando em grupo, eles conseguiram se aproximar da margem.

Um dos seguranças voltou para a terra e o outro esperou um pouco mais embaixo, quando Sai se aproximou do segurança que estava na água, ele entregou o bebê e logo depois passou para o que estava em terra.

Quando virou para procurar Sai, ele já estava sendo levado pela água. Sai tentou nadar, mas sentiu um nó se formar em uma de suas pernas, que depois passou para a outra e seus músculos do braço também o impediram de nadar.

— Ele não consegue nadar! — disse o segurança em terra.

O homem que estava na água tentou achar Sai, mas quando havia descido mais no rio, ele não estava mais à vista.

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Notas da Autora

Oi pessoal, como estão? Beberam água hoje? O que acharam no capítulo? Comentem seus surtos durante o capítulo e me digam qual a opinião de vocês! Deixem seu voto nesse capítulo e ajudem essa humilde história a crescer. Estão ansiosos pra o próximo capítulo?

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