Cap. 20 - Um encontro desgostoso e uma nova esperança
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No início do dia Sasuke já estava de pé. Ele cuidou de limpar toda bagunça da noite anterior enquanto Ino dormia, já que seu sono pesado não lhe acordava fácil.
Já que o café seria servido somente duas horas depois, Sasuke comeu três bananas e colocou uma roupa para correr.
Seu corpo estava pesado e se movimentar ajudava aliviar sua tensão.
Uma hora e meia depois ele voltou para o hotel. Ino estava saindo do closet quando ele seguiu pro banheiro.
— Eu te espero? — Ino perguntou enquanto passava a escova em seu cabelo.
— Eu agradeceria — respondeu e fechou a porta do banheiro.
Em alguns minutos, Sasuke já tinha saído e se arrumado. Ao terminar, os dois desceram para tomar seu café da manhã.
Pouco depois de se sentarem, um garçom chegou para servi-los. O café da manhã do dia era leite, cookies de chocolate, torradas, requeijão e o tradicional café. Assim que a mesa foi servida, eles iniciaram seu café da manhã.
Sakura acordou antes de Yahiko. Ele não havia se mexido, como Sakura pediu, e passou a noite, melhor, madrugada, ali com ela.
Devagar, ela saiu da cama e deixou Yahiko dormindo ali. "Parece um anjinho", pensou consigo para não falar em voz alta e acordar Yahiko.
Sakura pegou seu celular e tirou uma algumas fotos de Yahiko dormindo, guardaria pra outro dia usá-las.
Ao ver o horário, Sakura percebeu que havia dormido muito mais do que de costume, eram 9:30AM.
Ela estranhou que ninguém tivesse acordado, já que o café da manhã era servido às 8:00AM, mas logo deixou esse assunto de lado.
Em sua mala, ela escolheu uma roupa nova e foi para o banheiro tomar um banho e fazer suas higienes matinais.
Temendo acordar Yahiko de seu sono de Bela Adormecida, Sakura fechou as janelas do quarto para diminuir a claridade.
Às 11:00hrs Sakura saiu do quarto para caminhar pelos corredores, parou em frente à uma sala cheia de crianças e brinquedos, havia um médico vestido de palhaço e uma mulher usando roupas de paciente do hospital com um livro em mãos.
— Não fique de fora, pode entrar — Falou o médico vestido de palhaço.
Um pouco receosa, Sakura entrou e ficou ao lado do médico ouvindo a história que estava sendo contada.
— É uma história bíblia? — perguntou baixo para o doutor ao perceber que havia certa fé na história que a moça contava.
— Sim, Davi e Golias — respondeu o médico — Ela está aqui desde muito jovem, já foi uma dessas crianças que estão a ouvindo hoje. Como pode perceber, ela não tem cabelo e essas crianças também não.
— Ela é mesmo uma paciente então — disse confirmando.
— Sim, ela tem Alzheimer, nasceu com uma doença no cérebro, mesmo com todos os cuidados, ela continua esquecendo as coisas — Contou o médico sobre a história da jovem — A família dela a deixou aqui com seis anos quando estava convulsionando e desapareceu. Cuidamos dela dando nosso melhor e sua saúde melhorou muito.
— Se a família dela desapareceu, eles não voltaram, não é?
Ele assentiu.
— Ela não foi mandada pra um orfanato, quer dizer que ela mora aqui desde então? — Sakura analisou em mente e não parecia certo.
— Não, uma médica psicanalista daqui a adotou. Ela era estéril, não podia ter filhos e a esposa dela, uma terapeuta daqui também, temia fazer a inseminação artificial, quando a conheceram — Olhou para a garota — Se apaixonaram por ela, a adotou e a criou.
— Nenhuma delas tinham nada, mas ganharam uma a outra... — pensou alto.
— Sim, não foi fácil, mas elas conseguiram ver quem realmente estava do seu lado e se abraçaram — Sua mente parecia estar bem longe, ele lembrava de todo trajeto delas três — É muito difícil almejar alguém que tá longe e é doloroso rejeitar quem tá perto, a família dela teve que passar por tudo isso, já que a lembrança mais persistente era a lembrança de seus pais.
As palavras daquele médico mexeram profundamente com os pensamentos de Sakura. De repente, ela se deu conta que vivia em uma situação idêntica. Por muito tempo, ela estava almejando viver com Sasuke, mas ele era inalcançável. Enquanto isso, Yahiko apenas a apoiava quando ela tinha plena consciência de seus sentimentos. Ela só havia visto seu próprio sofrimento e ignorado o de Yahiko.
— Pela manhã ela faz seu tratamento, a tarde conta histórias e no finalzinho vai embora com sua família, de certo modo ela achou um final fel- — Ele parou de falar ao perceber que Sakura chorava — Algum problema?
— Não — Sakura enxugou suas lágrimas — Me senti um pouco melancólica, só isso.
— ... Por essas e muitas outras razões, vocês nunca podem perder a fé que tem — Concluiu a contadora — Agora vocês podem ser pequenos diante de um grande problema, mas se ainda tiverem fé, um dia esse problema vai se tornar pequeno e vocês vão superá-los!
As crianças bateram palmas com belos sorrisos nos lábios. Um rapaz de cabelo laranja passou pela porta e Sakura reconheceu na hora.
— Yahiko! — Ela chamou da porta e ele deu meia volta.
— Você estava aqui! Me deu um baita susto, você tá bem? — Ele procurou algum sinal de mal estar nela a virando de um lado para o outro.
— Estou sim! — Sakura disse entre risos.
— São um casal muito afetivo — O doutor comentou ao ver os dois juntos.
Sakura franziu a testa e sorriu sem graça.
— Não, não, somos apenas amigos.
— Porque ela quer assim — Yahiko brincou e passou o braço por seu pescoço.
— Você tá tão engraçadinho — Lhe passou um rabo de olho e uma leve cotovelada.
— Parece um casal — Sorriu o médico — É a minha vez agora.
Deu tchau e se juntou às crianças cheio de energia.
Sakura e Yahiko saíram da sala e continuaram uma caminhada pelo corredor. Yahiko notou seus olhos curiosos entre os médicos.
— Está procurando a Dra. Chiyo e a Hana?
— Estou procurando sim — disse olhando o refeitório até que se voltou para Yahiko — Espera, "Hana"?
— Sim, esse não é o nome dela? — Yahiko a olhou confuso e então passou seus olhos pela área — Ela não vai estar aqui, disse que estaria de folga hoje.
Sakura levou suas mãos às bochechas de Yahiko e o fez se inclinar para encará-la.
— Hana, né? Desde quando vocês são tão próximos?
Yahiko levou três segundos para começar a rir, irritando Sakura.
— Explique-se!
— Tá com ciúmes? — perguntou fazendo bico já que suas bochechas estavam sendo amassadas.
Sakura o largou na hora. Cruzou os braços e virou o rosto com os olhos fechados.
— Não faça perguntas idiotas, claro que não! — respondeu apesar de saber que aquilo era sim ciúmes.
— Tem razão, não tem como a garota que acabou de dizer que só éramos amigos ter ciúmes de mim — Yahiko provocou e começou a andar — Acho melhor eu levar a Hana então pra praia já que não tenho chances com você.
Sakura o olhou fazendo um "o" com a boca, mas ele não podia ver, estava de costas e cheio de si.
— Você vai me levar à praia? — Acompanhou seus passos.
— Ia, agora vou levar a Hana — Continuou provocando.
Sakura puxou uma de suas orelhas.
— Pare de tratá-la como íntima, é "Dra. Hana", entendeu? Eu deixo você sem orelha se fingir que não me ouviu! — Sakura disse ainda puxando sua orelha.
— Ai, ai, eu entendi, não precisa ficar brava, é "Dra. Hana" agora — Reclamou, mas estava se segurando pra não rir.
— Você a conheceu ontem e tá me trocando por ela né? — Sakura o largou e olhou desconfiada — Eu devo estar louca quando pensei que podíamos ter algo.
Ela resmungou baixo, mas audível, e saiu andando irritada.
— Calma, Sakura. Falei brincando — Ele a segue — Como eu poderia deixar você?
Sakura o ignorou.
— Eu já falei que tava brincando, não leve tão a sério! — Continuou a seguindo, mas ela nem o olhou, se fazia de difícil enquanto segurava o riso.
[...]
Sakura e a Dra. Hana não tinha nada para vestir na praia. Primeiro que Sakura não imaginou que iria à praia e a Dra. Hana sempre passava suas folgas resolvendo os assuntos pessoais que não conseguia resolver durante a semana, ela nunca foi a praia desde que se mudou para Indonésia.
Yahiko e a Dra. Chiyo ficaram responsáveis por levarem tudo que seria necessário para a praia e encontrariam as outras duas lá.
Sakura e a Dra. Hana decidiu ir até o shopping e lá, foram até uma loja que vendia roupas de banhos. Experimentaram mais de seis peças diferentes até achar uma que as agradasse.
— Vamos levar essas — Sakura disse à moça do caixa.
A caixista a olhou para elas de cima a baixo, elas já estavam usando as roupas de banho.
Cada uma pagou sua conta separadamente, isso depois de insistirem uma querendo pagar a conta da outra.
Para chegar à praia elas pegaram um táxi, o carro da Dra. Hana tinha ficado com Yahiko e a Dra. Chiyo que tinham ido na frente.
Ao chegarem à praia, não havia como Yahiko ficar totalmente sem expressão.
A Dra. Hana usava maior bem sexy preto, era de alças normais, havia um decote no meio de seus seios que se complementava logo abaixo e abria novamente no umbigo e fechava, nos lados tinham alguns círculos finos em posição horizontal e nas costas havia novamente um decote como da frente.
Já Sakura estava com um biquíni rosa, a parte de cima era normal com seis alças trançadas e a de baixo trançada nos lados.
Podia ser que o biquíni de Sakura fosse simplista em comparação ao da Dra. Hana, mas havia um charme que só Yahiko via; ele não tinha olhos pra mais ninguém que não fosse a dona de seu coração.
— Pisca garoto — disse a Dra. Chiyo trazendo-o de volta para realidade.
— Que cheiro bom! — Sakura disse se aproximando da churrasqueira.
— Ah, eu quero provar! — A Dra. Hana se juntou à Sakura.
As duas arrastaram seus garfos, estavam prontas para atacar a comida quando Yahiko pegou um espeto e mirou nelas a fazendo se afastar.
— Nem pensem em beliscar, só vão comer quando tiver tudo pronto! — Ameaçou com um espeto nas mãos.
As garotas o olharam com desdém e se afastaram. Levou alguns minutos para a carne ficar pronta. A Dra. Chiyo arrumou a mesa pro almoço e com a chegada do churrasco, elas começaram seu almoço.
Após o almoço, ajudaram a passar o protetor solar uns nos outros, Sakura e a Dra. Hana aproveitou para usar um bronzeador para pegar um sol a mais.
Sasuke e Ino almoçaram juntos, como ele havia programado. Ino havia feito alguns planos para seu dia com ele, mas Sasuke simplesmente disse que estava ocupado.
O Uchiha passou o dia na frente do computador e fez a mesma coisa quando voltou do almoço.
— Eu vou até Manado buscar meu celular — disse Sasuke colocando uma jaqueta preta por cima de sua camisa branca.
— Manado? Você vai buscar seu celular ou indo atrás da Sakura? — Ino perguntou em tom piadista, mas Sasuke não respondeu, o que claramente queria dizer que sim, ele estava indo atrás dela — Vou querer dar uma volta na cidade, posso ir com você?
— Eu posso te levar, mas não te acompanhar.
Ino apenas levantou e o seguiu. Estava usando uma roupa bonita, não tinha porquê trocar.
Ao chegarem em Manado, Sasuke realmente deixou Ino sozinha. Ele tinha uma lista de hotéis para checar a estalagem da Haruno.
Depois de uma hora e meia de descanso e sol na pele, decidiram jogar vôlei, foi um jogo divertido, Yahiko fez dupla com Sakura e as médicas acabaram ficando juntas. O resultado foi surpreendente, 9x7, a Dra. Chiyo podia não ser nova, mas jogava vôlei muito bem.
Na água eles jogaram cinco cortes com uma bola leve. Yahiko acabou sofrendo no jogo, era péssimo auxiliando a água e o jogo ao mesmo tempo.
Para registrar aquele momento, tiraram muitas fotos, algumas extremamente engraçadas e outras bem pousadas.
Depois do pôr-do-sol eles arrumaram as coisas para irem embora. A Dra. Hana os deixou em casa antes de ir embora.
Após um banho e um jantar com todos reunidos, cada um foi para seu quarto.
Yahiko e a Dra. Chiyo estavam exaustos, caíram no sono rapidinho, enquanto Sakura, apesar de cansada, ainda tinha energia pra gastar e estava sem sono.
Sem querer ficar em casa sem fazer nada, Sakura decidiu dar uma volta no centro da cidade, colocou um vestido branco e saiu.
Sem conseguir passar muito tempo longe de seu local de trabalho até mesmo no seu dia de folga, a insônia da Dra. Hana a fez voltar para o hospital.
Ela visitou alguns pacientes, examinou alguns papéis, orientou sua equipe em algumas situações em que estavam analisando o que fazer.
Enquanto estava numa emergência, uma equipe dos primeiros socorros adentrou a sala com uma moça jovem na maca.
A Dra. Hana apenas observou o atendimento, quase uma hora depois, quando o quadro da paciente se estabilizou, ela se dirigiu ao médico que estava no atendimento.
— O que aconteceu?
— Estávamos atendendo uma emergência num bairro muito pobre da cidade onde uma casa pegou fogo — Começou a explicar o médico — Por sorte não havia ninguém na casa, então não houve feridos. Na volta encontrei essa garota na rua. Seu pulso estava fraco, assim como os batimentos.
— Desnutrição?
— Sim, de acordo com os sinais de seu corpo, ela passou dias sem comer, não parece que ficou muito tempo sem beber água, mas se bebeu foi de péssima qualidade, também acredito que ela foi violentada — Concluiu.
— Faça os exames completos de sangue e peça para que o laboratório adiante ele para hoje mesmo — Orientou para se retirar em seguida — Peça que me mandem quando tiver pronto.
O médico assentiu.
A procura de Sasuke foi bem vazia, ela não estava em nenhum hotel da lista. Ino seguiu ele durante a tarde e notou que ele não ia desistir dela.
Ino sabia onde Sakura estava graças ao grupo da NRH que tinha em seu celular.
Por fim, Sasuke alugou um quarto na cidade para passar a noite. Atrás de confirmar se Sakura estava mesmo na cidade, Ino se dirigiu à localização da casa de férias da NRH até que esbarrou com ela.
— Ino? — Sakura estava surpresa, já que Ino deveria estar em qualquer lugar, menos na mesma cidade que ela.
— Você realmente tá aqui — disse rancorosa — Veio encontrar o Sasuke não é sua destruidora de lares?!
— Você tá maluca? Seu marido tá aqui? Eu nem sabia que ele estava aqui, por que eu iria atrás dele? — perguntou incrédula, achando que Ino só podia estar fora da casinha.
— Não se faça de sonsa, dele estar indo encontrar ele agora! Você não vale nada! — Exclamou infeliz.
— Ah, eu entendi — Sakura assumiu uma expressão provocadora — Você não segurou seu homem e acha que ele te largou porque de mim, não é?
Ino não disse nada, só cerrou seus punhos.
— Olha, quem gosta do que pertence aos outros é você, desejo toda felicidade do mundo pra vocês dois, vocês merecem um ao outro, são da mesma laia — A voz dela estava cheia de desprezo.
Sakura passou por Ino e voltou quando ela puxou seu cabelo.
— Ai, me solta! — gritou Sakura.
— Eu vou acabar com essa sua cara cínica!
Sakura rodou a mão acertando o rosto da Yamanaka, essa que a soltou e ficou perplexa com o tapa que recebeu.
— Você me bateu..?
— Se tocar em mim de novo vai levar muito mais do que uma bofetada na cara!
Sakura continuou a andar e passou as mãos em seus cabelos. Ino estava muito mais irritada agora.
Ela continuou a andar, até que passou por um beco onde foi abordada por dois caras.
— Ei gatinha, o que faz a essa hora sozinha? — Um dos homens perguntou.
Ino lhe deu um olhar matadouro que fez o cara se afastar. Uma ideia perversa passou em sua mente, cheia de ódio daquela mulher, ela se deixou levar pelo calor do momento.
Sakura comeu alguns doces na confeitaria da cidade, parecia estar necessitada deles e eram realmente gostosos.
Pagou a conta e saiu retomando o caminho pra casa. Já era tarde, a cidade não estava muito iluminada se não fosse pelas luzes dos postes.
Sua caminhada estava tranquila, até que o pressentimento de estar sendo seguida a deixou alerta.
Inicialmente, Sakura achou que era Ino, mas percebeu que se tratava de outras pessoas ao olhar pelo vidro do fundo de um carro.
Seus passos aumentaram de velocidade e de seus seguidores também. Quando viu que a acompanharia, Sakura começou a correr.
Temendo que se corresse para casa e fossem assaltantes trouxesse problemas para seus amigos que estavam dormindo, Sakura correu em outra direção.
Fez de tudo para despistá-los, mas não deu conta. Em sua correria sem rumo, acabou indo parar em um beco sem saída, encurralada.
— Você é a Sakura, não é mesmo? — Um homem de jaqueta preta perguntou — Com certeza é você.
Ele olhou a foto em seu celular para confirmar que era realmente ela.
— Acho que você mexeu com quem não deveria — falou o outro de jaqueta jeans.
— C-como sabem meu nome? — Sakura estava nervosa. Não podia ser coincidência, eles pareciam ter sido mandado — Não me machuque, quem mandou vocês? Eu pago o triplo do que foi prometido à vocês!
Eles apenas olharam entre si e riram.
— Fomos muito bem pagos e sabe, a moça pagou dez vezes o valor que pedimos — Se aproximou ainda mais — Você é bonita, sabia?
— A gente podia se aproveitar dela antes, não é? — O outro perguntou.
— Seu lunáticos, estão malucos? — Sakura gritou.
Ela chutou um dos rapazes, mas acabou acertando sua coxa. Empurrou o outro, mas foi agarrada pelos cabelos com força.
— Onde pensa que vai sua vadia? — O rapaz de preto a jogou na parede, levou suas mãos ao pescoço dela e a gargelou.
Sem ar, Sakura não conseguia nem gritar por ajuda.
— Não facilite as coisas pra ela — O segundo rapaz de jeans disse e o outro à soltou.
Sem forças, Sakura caiu no chão tossindo e puxando o ar para seus pulmões como se fosse morrer se não fizesse isso.
— Agora você me paga por ter tentado acertar meu menino! — disse abrindo e fechando os dedos de sua mão direita.
Sakura tentou se rastejar para sair dali, mas foi puxada pelas pernas e recebeu um soco em cheio no meio de seu peito, cuspindo sangue assim que caiu.
— Então, dói? — Provocou o de jeans.
O outro rapaz chutou seu rosto a fazendo virar para o outro lado.
— Seria menos doloroso se você tivesse sido uma boa menina — falou o de preto.
Sakura recebeu três chutes seguidos e apesar de sentir muita dor, virou e encolheu seu corpo procurando proteger sua barriga.
Eles se juntaram para continuar os ponta-pés.
Sua consciência estava fugindo de si, e ainda assim, tudo com que ela se preocupava era proteger a vida dentro de si.
— Parados! — Alguém gritou na ponta da rua.
— Mata ela! — O homem de jeans disse para o cúmplice.
O de preto tirou uma adaga escondida em sua cintura. Os policiais atiraram, mas pegou de raspão.
O rapaz conseguiu virar o corpo de Sakura, ela viu a adaga e se virou de novo quando sua mão desceu, acertou seu braço.
Mais dois disparos. O outro rapaz paralisou. Seu amigo caiu no chão com os olhos abertos, com certeza estava morto.
— Não se mexa! — Gritou o policial — As mãos para cima na cabeça, agora!
Ele fez o que o policial mandou. Em seus ouvidos, Sakura começou a ouvir as vozes como ruídos, mas ainda conseguia identificar.
— Sakura!
Ela olhou para figura que vinha correndo em sua direção em total desespero, mas não a tocou com medo que tivesse quebrado alguma coisa e piorasse a situação.
Sakura se esforçou para reconhecer aquele rosto na pouca luz daquele beco, mas sua visão não obedecia, mas aqueles cabelos, ela conhecia bem.
— Yahiko... Salve ele... Estou com... Muita dor... na barriga... — Desmaiou logo em seguida.
O som da ambulância se tornou audível, logo a equipe desceu do automóvel e prestou os primeiros socorros.
Em sua sala, a Dra. Hana recebeu os exames que pediu da garota. Ela olhou os papéis e os examinou, encontrou muitos dados compatíveis à de uma paciente que ela conhecia bem.
Abriu uma gaveta de sua mesa onde tinha um envelope branco, tirou os papéis de dentro e os comparou.
— Ela é totalmente compatível, essa garota pode ser a doadora dela! — falou para si, de todas as pessoas que vinham ao hospital doar sangue, ela encontrou uma com maior compatibilidade em uma situação totalmente inesperada.
A paciente que havia chegado em estado tão crítico, talvez pudesse salvar a vida de Sakura.
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Notas da Autora
Oi pessoal, como estão? Beberam água hoje? O que acharam no capítulo? Comentem seus surtos durante o capítulo e me digam qual a opinião de vocês! Deixem seu voto nesse capítulo e ajudem essa humilde história a crescer. Estão ansiosos pra o próximo capítulo?
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