Cap. 10 - A um passo de curar uma cicatriz e abrir uma ferida
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O vento quente da noite de verão estava pairando sobre o quarto de Sakura. Os poucos movimentos de sons audíveis — por mais que não fossem altos — estavam incomodando o sono leve daquela Haruno.
Sonolenta e sentindo-se sem forças, Sakura lutou para abrir seus olhos.
Uma mão acariciava seu rosto levemente. Sakura conhecia aquele toque, aquela mão áspera, mas familiar, aqueles olhos azuis e cabelos amarelados.
"Naruto?", pretendia falar em voz alta, mas sua voz havia sumido "Estou sonhando?".
Os olhos de Sakura estavam assustados, até onde sabia, Naruto devia estar em uma prisão cumprindo sua pena.
— Não tenha medo, minha flor de cerejeira, não vou machucá-la — Havia uma doçura desconhecida na voz daquele Uzumaki.
Era tudo muito real para se tratar de um sonho. Não se passou na mente de Sakura como ele teria entrado ou quem o deixou entrar, ela só pensava o que ele fazia ali e o porquê estava ali.
— Soube que não passou bem, por isso vim vê-la. Em breve você vai voltar pra mim, está bem? Eu voltarei para torná-la minha, meu amor — Beijou sua testa.
Naruto pôs à vista de Sakura um frasco transparente com tampo de rolha e líquido transparente dentro.
— Não fique preocupada, é um aromatizador específico. Não queria que descobrissem que vim ver você, eles não iam deixar. Achei que você gritaria então coloquei um pouco na sua boca — Ele olhou para o fraco o pegando pelo pequeno pescoço e girando em círculos em sua mão — Apenas cheirando ele faz com que as pessoas fiquem desacordadas, porém, se for ingerido, ficará sem voz e imobilizada por algumas horas.
Um sorriso esperto estava em seus lábios, para ele aquilo era um motivo para se orgulhar, se achava incrível por conseguir enganar a todos.
"Ele me drogou?", perguntou-se Sakura, a cada minuto ficava ainda mais nervosa.
— Irei vê-la em breve, agora tenho que ir — Aproximou-se de seu pescoço, sentindo o cheiro de seu perfume, o cheiro único que para ele, só existia nela.
Naruto saiu tão silencioso quanto entrou. Sakura ainda não conseguia se mexer, para seu pânico. O que Naruto tinha ido fazer ali? Foi ele quem a traiu e quem a humilhou, havia voltado procurando vingança por ele ter ido pra cadeia? Se fosse assim, ele não devia ter ido atrás da família Uzumaki.
Nada estava fazendo sentido, talvez pela droga que havia sido forçada a ingerir ou talvez porque simplesmente não havia lógica.
Sakura só tinha uma certeza, se ele disse que ia voltar, ele voltaria. Se Naruto conseguiu se aproximar dela em um Hospital público bem vigiado, o que o impedia de voltar a ir atrás dela em outro local?
[...]
Achar alguém ou pesquisar a fundo nunca havia sido um problema para Itachi, afinal, ele tinha um dos melhores agentes quando se tratava de pesquisa de pessoas, Óbito e Konan.
Seria tudo mais fácil se a pesquisa solicitada por Itachi fosse apenas uma pessoa qualquer, eles já teriam resolvidos, mas era a herdeira da maior empresa que ele procurava, era da NRH, claro que seria difícil.
— Perdoe-nos por nossa incompetência! — Óbito pediu com uma reverência junto com Konan.
Itachi bateu sua mão de lado com punho fechado na mesa.
— Eles realmente tem uma boa equipe! Quão protegidos estão os seus dados com o governo?
Konan e Óbito se olharam.
— Totalmente, eles têm acordo com a Agência Federal, há criptografia de cinquenta e dois códigos, é uma programação que não está registrada, não consigo me infiltrar — respondeu Konan.
— Por que eles se escondem tanto? O que querem esconder? — Itachi pensou alto, houve um silêncio de alguns minutos até que ele tomasse uma decisão e voltasse para as duas pessoas à sua frente — Vamos ter que fazer à moda antiga então para conseguirmos algo.
— Perdão, mas o que seria "à moda antiga"? — Óbito não fazia ideia de qual forma se trataria.
— Konan, você consegue os contatos dos mais próximos aos Haruno?
— Como quiser!
Sem precisar de mais explicações, os dois entenderam o que Itachi pretendia. Se a tecnologia não podia ajudá-los a saber da vida de alguém, nada melhor do que a língua alheia de quem convivia com eles.
Na sala de reuniões da NRH, os sócios e membros mais importantes estavam ali, dando um total de nove membros.
Kizashi e Mebuki, os CEOs e donos da empresa, estavam na ponta da mesa retangular. Entre os outros oitos membros, estava Tsunade, que além de ser a Visual da empresa também era responsável pela área de relações públicas, Sai que respondia pela Contabilidade da empresa, Kabuto do setor de Recursos Humanos, Shino que pertencia às fabricações, Minato que somente os membros da liderança sabiam que era um sócio, Kaguya que era a apoiadora e Kurotsuchi e Kiba que eram responsáveis por todas informações privadas da empresa.
— Ultimamente a Sakura não tem se passado muito bem, não é Tsunade? — Minato foi o primeiro a comentar.
— Eu que vou saber? Aquela garota é muito malcriada, anda me desrespeitando, não quero saber dela! — Tsunade ainda estava furiosa com sua afilhada pelo último encontro que tiveram, estava tão chateada que nem apareceu para lhe visitar.
— Perdoem a Tsunade, como conhecem sua personalidade e a Sakura passou muito tempo com ela, sabem que as duas são teimosas e cabeça quentes — Kizashi explicou a desavença entre as duas.
— Por qual motivo fomos convocados? — Kabuto não estava interessado nos problemas familiares e sim em assuntos empresariais.
— Alguém está tentando invadir nossa empresa — Kurotsuchi falou diretamente e obteve a atenção de todos, prosseguiu com sua fala — Há algum tempo percebemos que há pesquisas sobre a família Haruno. Inicialmente julguei ser apenas mais um repórter, mas seja quem for, pertence a área de Computação e Comunicação.
— O que estão buscando? — Mebuki respirou fundo ao perguntar.
— Informações privadas. Tentaram hackear os códigos do nosso sistema de informações — Kiba se pronunciou — O código hacker também é avançado, 57289943, consegui achar a localização usando o ID. É um ID criado pelos Uchiha.
Ninguém falou nada. Kizashi olhava para Mebuki esperando uma reação.
— Por que eles estão tentando nos invadir? — Sai, sem emoção ou expressão como sempre, resolveu perguntar o que todos pensavam.
— De acordo sabemos, o senhor Sasuke e a senhorita Sakura estão em um relacionamento. Não acredito que o namorado dela esteja a pesquisando, e sim o irmão dele — respondeu Kiba.
— Itachi Uchiha é o atual CEO da empresa Uchiha. É muito minucioso e observador — Kurotsuchi continuou — Confirmamos que ele desconfia sobre a vida da senhorita ao fazermos um check-in no Hospital.
— Também haviam tentado invadir com o mesmo ID — Concluiu Kiba.
— O relacionamento dos dois é sério? — Kabuto fez sua primeira pergunta, esperando uma resposta da loira que mais sabia da vida de Sakura.
— Não que eu saiba — Tsunade fingiu irritação — Mas ela está bobinha por ele — suspirou.
— Não seria melhor nós o incluímos no Setor Maior? — Sugeriu Kaguya — Sasuke pareceu realmente estar interessado na Sakura, ele veio até mim. Pode ser que nós possamos fechar um contrato de casamento deles.
— O que você acha? — Kizashi olhou para sua esposa.
— Acho que esses tipos de riscos não estão nos nossos planos, o Naruto também era namorado da Sakura e vejam bem no que deu.
Minato não tinha o que falar. Parte da revolta de Minato com as ações de seu filho não era por perder uma oportunidade de crescer com a NRH, e sim porque ele havia aprontado com a filha das pessoas que ele mais respeitava, ele não tinha como encará-los.
— Se o Naruto soubesse quem ela era, talvez os nossos rumos seriam diferentes — impôs Kabuto — É bem mais fácil aceitar alguém de dentro na empresa do que arriscar uma pessoa asquerosa como o Itachi.
— Devo dizer que ele também me preocupa... — Tsunade pensou alto.
— Vamos afastá-lo da Sakura — Mebuki deu sua palavra final.
— Mebuki... — Kizashi tentou intervir, mas recebeu um olhar repreensivo.
— O Sasuke já perdeu alguém antes. O Itachi não vai querer ver o irmão sofrer novamente — Encostou na cadeira — Ele pode ser sigiloso, mas também cuida de sua família. Se ele souber da Sakura, vai querer afastá-la tanto quanto nós. Não aceitaremos os Uchiha.
Ninguém disse mais nada. Mebuki tinha suas razões, temia quem Itachi realmente era por saber como ele agia. Agora que estava sendo alvo dos olhos daquele Uchiha, tudo que ela precisava era cegá-lo, assim sairia de sua vista.
[...]
Sakura recebeu alta há quase meio dia e meia. A primeira coisa que fez ao acordar, foi ligar para sua madrinha, mas não conseguiu contatá-la de jeito nenhum.
Tsunade bloqueou sua afilhada e se recusou a ir vê-la ou buscá-la no Hospital. Sakura havia ido longe demais e tocado em assuntos que feriam sua alma, só ela que não havia percebido ainda.
Na frente do hospital, Sakura esperou algum táxi passar quando na verdade esperava que alguém conhecido vinhesse buscá-la.
Desistindo de esperar uma carona, Sakura decidiu ir a pé. Seguiu pela calçada dos pedestres rumo a um ponto de ônibus.
Desceu a calçada atravessando a rua quando um carro em alta velocidade atravessou o sinal vermelho e quase a atingiu se não tivesse sido protegido por alguém que se jogou a tirando da rua.
— Você está bem? — Um rapaz de cara pálida e cabelos pretos perguntou.
Sakura conseguia sentir seus batimentos nos seus ouvidos devido ao susto.
— O que foi isso? Um maluco? — Ela estava em choque.
— Sakura! — gritou uma voz conhecida, ao se virar, Sakura viu seu conhecido se aproximar.
— Você tá bem? — A ajudou a levantar — Deixa eu ver.
Olho-a canto a canto procurando um machucado, mas por sorte, ela não teve um arranhão sequer.
— Não acho que seja um maluco qualquer — O cara pálida disse — Esse carro estava na porta do Hospital, a seguiu até aqui, com vidro fumê e sem placa. Fizeram isso de propósito.
— Você viu que ela tava sendo seguida até aqui e não fez nada? — Achei que era um acaso.
— Eu te conheço de algum lugar? — Sakura tentava lembrar a quem pertencia aquele rosto familiar.
— A última vez que nos vimos foi em um enterro.
A memória de Sakura foi esclarecida rapidamente.
— Sai — lembrou daquele rosto frio como o gelo.
— Espera um minuto! — Os outros dois o olharam — Vocês se conhecem?
Ambos deram de ombros.
— Acho melhor tomar alguma coisa — sugeriu Sai.
Em uma lanchonete pouco afastada do hospital, Sai, Sakura e Yahiko fizeram seus pedidos.
Enquanto esperavam que chegassem, continuaram a conversar.
— O que fazia no hospital? — Sakura perguntou, havia anos e mais anos que ela não o via, muito menos imaginaria que o encontraria em tal situação.
— Fui acertar alguns papéis para seus pais, um favor de fora.
— Está mais calma? — Yahiko ainda a olhava com preocupação.
— Estou bem, só preciso de algo gelado para passar esse calor de adrenalina.
Sakura sorriu, mas estava realmente preocupada. Havia algo que ela notou que tinha medo de falar em voz alta. Desejou do fundo de seu coração que estivesse errada, só que seus olhos não a enganariam.
[...]
A primeira visita dos Haruno à Mansão Uchiha chegou antes que Itachi pudesse prever. Ele pretendia convidá-los outro dia, mas a visita chegou antecipadamente.
— Não imaginei que teria a honra de uma visita inesperada de vocês — Itachi disse se sentando.
— Seremos claros e breve. Você já não iria nos chamar? — Mebuki usou o mesmo tom para questioná-lo.
— Vocês são realmente espertos — Soprou um riso — Me digam, por qual motivo vocês privatizaram tanto sua herdeira?
Kizashi pegou o envelope que segurava e colocou na mesa de centro.
— Aí tem todas informações sobre NRH e a Sakura que você tanto fuça pra conseguir. Como toda empresa, você deve ter interesse na NRH — Mebuki não temia ofendê-lo — Daremos um contrato com a nossa multinacional, desde que afaste seu irmão da minha filha e entre para o Setor Maior. Creio que você tenha seus métodos para lidar com Sasuke. Não quero ninguém xeretando a nossa vida. Para nós, um genro e uma nova família serve para dois propósitos: fazer companhia a Sakura e ser controlada por nós.
Naquele momento, Itachi entendeu que havia muito, muito mais do que ele desconfiava por trás da NRH. Mebuki não iria medir esforços para afastar os curiosos, e ela sempre fazia isso tão bem que todos acreditavam ser os únicos que tentaram desmascará-los.
[...]
Tsunade não estava em casa quando Sakura chegou. Ela seguiu para seu quarto e na cama, encontrou um vestido rosa, um par de sapatos, brincos e acessórios. Um bilhete estava ao lado.
— "Como talvez não tenha tempo pra comprar algo decente, deixo esse presente como um pedido de desculpas e sua roupa para o baile" — Leu a mensagem deixada por Sasuke.
Sakura ficou radiante. Realmente ela tinha esquecido do baile. Sua empolgação passou um minuto depois quando ela se lembrou de Yahiko.
— Ai droga, esqueci do Yahiko! — rapidamente Sakura pegou seu celular e escreveu uma mensagem de texto pedindo para que a esperassem na entrada do baile.
Vendo as horas passarem rápido, Sakura voou para o banheiro. Tomou seu banho e fez suas higienes para então se vestir.
O vestido deixado por Sasuke era um tomara-que-caia cruzado nos peitos e justo na cintura, tinha cumprimento até o meio das coxas da Haruno e era volumoso após a cintura, seguido de uma cauda na parte de trás.
Os saltos eram de cor rosa claro também seguidos de fitas de seda que cobriam suas pernas. Os brincos eram em formatos de diamante juntamente com os acessórios, o que a mais a surpreendeu foi serem o conjunto de sua última coleção. Seus acessórios seguiam de uma presilha, pulseira e pescolete, todos de fitas da cor padrão e decorado com diamante.
— Minha nossa, combinou demais! — Sakura se olhava no espelho admirada com a roupa e o bom gosto de Sasuke.
Para o toque final, Sakura seguiu para seu closet numa área apropriada para perfumaria. Escolheu o Floratta Rose da O Boticário que sua madrinha havia lhe dado ao viajar a trabalho para o Brasil.
Em seu celular, Sakura chamou um uber que não demorou para chegar.
Após pagar o taxista, Sakura desceu do carro. Na entrada do baile, estavam Sasuke e Yahiko, ambos de preto.
Sakura prendeu o ar por alguns segundos para admirá-los. Ela achava que estava sendo louca, mas com toda certeza, eles ficavam lindos de ternos.
— Você não disse que viria ao baile comigo? — Yahiko perguntou calmo apesar de se sentir incomodado com a presença de Sasuke.
— Você não devia ter dispensado o Yahiko já que ia ao baile com seu namorado? — Diferente de Yahiko, Sasuke deixava claro como se incomodava com o ruivo.
— Bem, digamos que eu esqueci e agora vou ter que ir com os dois — Riu sem graça.
— Esqueça! — Sasuke já ia embora quando Sakura o agarrou pelo braço.
— Meus pais sabem que vim para o baile com meu namorado — Insinuou para não dizer claramente que ele devia ficar porque era seu "namorado".
Sasuke soprou o ar de lado e revirou os olhos.
— Quero ele longe de mim.
— Vocês nem vão se tocar! — Prometeu Sakura segurando um dos braços de cada um deles, se posicionando no meio e entrando no baile.
A entrada do trio acabou sendo comentada. Um grupo, pelo casal revelação estar com uma terceira pessoa e o outro, pelo cara mais antisocial estar ao lado do casal que mais chama atenção.
Eles apenas ignoraram, olhos comentários e pessoas que procuravam fuçar suas vidas.
Revoltado por ter que dividir sua parceira durante a noite, quando se deu o trabalho de arrumar, Sasuke decidiu dançar com todas as garotas do salão exceto Sakura.
Yahiko sabia que a reação do Uchiha era por conta dele e que de certo modo incomodava Sakura, estava escrito na testa dela.
Em um canto afastado do som alto e dos olhos sedentos por qualquer deslize que eles pudessem dar, Sakura e Yahiko se abrigaram em um canto de pouca luz.
— Desculpa por irritar seu "namorado" — Yahiko ironizou a última palavra tirando um pequeno sorriso da Haruno.
— Não é como se a gente tivesse alguma coisa — Sorriu fraco lembrando de tudo que já ouviu Sasuke dizer e esclarecer.
— Então não tem chances de vocês virarem um casal de verdade? — Os olhos do ruivo estavam curiosos e ansiosos em Sakura.
— Não mesmo. Ele tem alguém no coração que já ocupa todo espaço para um romance. Não me cabe ali — Observava Sasuke na pista acompanhado de uma garota.
— E o que você quer no momento?
— Quero algo de verdade que me faça feliz — Seu antigo relacionamento veio à mente e principalmente, seu último sonho, se era que era um sonho — E que faça eu me sentir segura.
— Poderia ser eu?
Sakura parou de acompanhar Sasuke com os olhos.
— Eu poderia ser a pessoa que te faz feliz e te faz sentir segura, Sakura, se você quiser.
Ela simplesmente não sabia como reagir, não sabia se o que estava ouvindo queria dizer exatamente o que ela interpretou.
Yahiko sempre foi bom pra ela desde que o conheceu. Ele conquistou sua confiança e estava ao seu lado quando precisou.
— Yahiko... Eu...
Rejeitar era uma boa ideia ou não? Se não tivesse chances com Sasuke, não seria bom tentar algo de verdade com Yahiko?
— Shhh — Yahiko levou seu indicador aos lábios rosados de Sakura — Não precisa me dizer nada agora, só não me veja com os mesmos olhos, está bem?
Doce. Era exatamente assim que Yahiko era. Quem via de fora, mal conseguia se aproximar dele. Yahiko era cauteloso com as pessoas e só se abria quando se sentia à vontade.
O ruivo deixou Sakura indo até a mesa de bebidas. Sakura o encarava de longe, Yahiko era tão amável, como ela não tinha notado isso antes?
Sasuke deu uma pausa na pista de dança e decidiu beber também. Não deixou de notar os olhos de Sakura em Yahiko e isso claramente o incomodou.
— Que troca de olhares são essas? — Comentou procurando uma deixa.
Yahiko olhou para Sakura vendo que ela ainda o olhava. Ele sorriu.
— Ela olha agora assim pra mim, mas o dobro de sua atenção não sou eu — Yahiko sabia os sentimentos da Haruno.
— E quem seria então?
— Seja um pouco mais maduro Sasuke, o que tanto teme para não admitir seus sentimentos por ela? — Yahiko também tinha consciência do que Sasuke sentia e não dizia.
— Quem foi que te disse-
Yahiko lhe deu apenas um olhar e o fez entender que sabia de tudo e um pouco mais.
— Não sei se posso respondê-la da mesma forma — Virou uma taça de ponche.
— Então por isso estou em vantagem — Yahiko iniciou um novo jogo.
— Você está em vantagem? — Deu-lhe um olhar desconfiado.
— Eu confessei meus sentimentos para Sakura. Como ela sabe que não tem chances com você, me disse que ao menos tentaria — Mentiu tão bem que não foi notável — Deve terminar com você essa noite.
Agiu com tanta naturalidade que Sasuke caiu direitinho. O Uchiha virou mais um copo e seguiu em direção à Haruno, a tirando para dançar pelo pulso.
— O que deu em você? — Sakura reclamou de sua ação repentina.
— Você é tão lerda assim? — Sasuke a agarrou pela cintura juntando seus corpos.
— Do que você tá falando?
— Fique longe do Yahiko! Você não tem minha permissão pra ficar perto dele.
— Você enlouqueceu de vez?
— Sim, Sakura. Enlouqueci, você me deixa louco. Me faz gostar de você quando nem dei permissão pra você morar em meu coração! — Agitado, as palavras de Sasuke saiam de sua boca como bola de neve rolando.
— O que está querendo dizer?
— Quero dizer que eu gosto de você, e você não tem a minha permissão pra gostar de mais ninguém!
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Notas da Autora
Oi pessoal, como estão? Beberam água hoje? O que acharam no capítulo? Comentem seus surtos durante o capítulo e me digam qual a opinião de vocês! Deixem seu voto nesse capítulo e ajudem essa humilde história a crescer. Estão ansiosos pra o próximo capítulo?
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