Capítulo 01: Terra

"Eu cavo até que minha pá conte um segredo,

Juro para a terra que eu vou guardá-lo,

Limpar a sujeira

E deixar a mudança ocorrer em meu coração."
Earth - Sleeping At Last

Se você der uma rápida busca no Google pela palavra universo, provavelmente o primeiro link a aparecer será o do Wikipédia e apesar de muitas pessoas não confiarem em seu conteúdo, eu até que gosto dele, mas para te poupar tempo eu irei explicar resumidamente.

Universo é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e as mais variadas formas de matéria, como planetas, estrelas, galáxias e os componentes do espaço intergaláctico. É um local imenso e para muitos, infinito. Caso você não saiba, do latim, a palavra universum significa "todo infinito" ou "tudo em um lugar só".

A teoria e o modelo científico e cosmológico mais aceito sobre a origem do universo é a chamada "Teoria do Big Bang". É, igual a série de televisão da blusa que Owen está vestindo.

— Na quarta usamos blusa de star Wars, o que está fazendo com essa? — Pergunto para ele ao sentar-se em minha frente.

— Eu dormi com ela. Além disso, não é como se fôssemos as meninas malvadas e por não usar a blusa de star Wars não posso me sentar com você.

— Se fôssemos, você não poderia. É como aquela cena em que a Regina está gorda e a única coisa que cabe nela é um moletom e Gretchen a expulsa da mesa.

— Se fizer isso, sabe que ficará sozinho — ele fala com a boca cheia de pão e geleia. — Além do mais, esse filme é um saco, não acredito que a Emilly nos fez assistir aquilo.

Você já deve ter ouvido a expressão "Universo paralelo". Não, não é nenhuma referência ao mundo invertido de Stranger Things ou de Coraline e sim a um conceito de física quântica relacionado à existência de outras realidades e universos ainda desconhecidos.

Owen e eu, por exemplo, vivíamos em nosso próprio universo, regido por vídeo games, séries, nossa playlist de Sleeping At Last e estudos científicos. Claro que não éramos os maiores e melhores astrônomos do mundo, mas pelo menos tínhamos nosso próprio observatório.

Infelizmente, em nosso universo também tínhamos uma espécie de Regina George.

— Ora, ora. Os cientistas malucos não estão usando seus uniformes nerds. O que aconteceu, Firefox?

James Beaver é o mal em figura de gente. Ele parece um garotinho egoísta, traiçoeiro e descarado, mas na verdade ele é muito, muito mais do que isso. Ele é o Darth Vader, uma estrela, os outros dois são o exército de Stormtroopers dele. James, Ryan e Calvin fazem parte do time de baseball da escola e quando não estão treinamento, passam seu tempo livre enchendo nosso saco.

— O que acham de cantarmos a música do Fox? — James fala alto, chamando a atenção dos outros estudantes que estão no refeitório. — O cachorro faz au. O gato faz miau. O pássaro faz piu. E o rato faz squick. Ryan, continua.

— A vaca faz mu. O sapo faz croak. E o elefante faz fuuuu.

— O pato diz quack. E o peixe faz glub. E a foca faz ow ow ow — Calvin canta chegando próximo a Owen que permanece de cabeça baixa.

— Mas há um som. Que ninguém sabe. O que a raposa diz?

Ring-ding-ding-ding-dingeringeding! Gering-ding-ding-ding-dingeringeding! Gering-ding ding-ding-dingeringeding! O que a raposa diz? — Todos cantam juntos, James bagunçando os cabelos de Owen e os outros batucando na mesa.

— A raposa diz para vocês irem para a sala, andem logo — o inspetor Michael aparece, fazendo-os parar. — Vocês também — se dirige a nós.

Nunca entendi o sentido de James zoar Owen pelo seu sobrenome ser Fox e por ironia do destino, ele ter nascido ruivo, já que o seu, Beaver, significava castor. E ele até que se parece com um.

— Não ligue para eles, são só os babacas do time de baseball de todo clichê adolescente. Mais tarde você se tornará uma celebridade no mundo astronômico e ele ficará velho, solteirão e com barriga de chopp — falo, colocando meu braço ao redor de seus ombros enquanto caminhamos para a sua sala. — E para falar a verdade, você está parecendo mais um leão com essa juba enorme do que uma raposa.

— Você é um babaca igual a eles — Fox ri, alisando seu cabelo para a frente na vã tentativa de arruma-lo. — E fala isso porque não é você que é chamado pelo nome de um navegador de internet.

— Pode ser, mas sou um babaca inteligente e que entende referências. E, também, sou seu melhor amigo.

— E único — acrescenta com um tímido sorriso, entrando na sala que começa a ficar cheia. — Nos vemos mais tarde, no observatório.

O universo também é repleto de mistérios perguntas feitas há milhões de anos antes e que até agora permanecem sem respostas, como: Qual a idade exata dele? O que existia antes do Big Bang? Como as galáxias se formam? A vida se originou na terra? Qual a origem da vida?Existe vida fora da terra? Em meu universo também havia um aglomerado de segredos ainda não descobertos, um deles, era o fato de eu gostar de Owen Fox, mais do que deveria.
















Nota

OI GENTE.

Esse é meu novo projeto, confesso que nunca pensei que escreveria uma ficção adolescente porque não é muito o meu gênero mas é aquela coisa, nunca diga nunca e para tudo se tem uma primeira vez.

A história é curta e os capítulos também. Espero que gostem!

Mas me digam, o que acharam desse capítulo? 💙

Ah, a música que cantam para o Fox é essa aqui:

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