21: e a resposta correta é...
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#coisachata
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Naquele momento, os feromônios de Jimin preenchiam o olfato de Jungkook, queimando por dentro, como se ambos estivessem presos em uma redoma de calor intenso, e a sensação era tão viciante, que o alfa precisou provar daquilo por apenas alguns minutos para saber que poderia morrer afogado nas águas do ômega.
Empurrando a porta da sala de ensaio, o estúdio onde estavam mais cedo, Jungkook não se lembrou de ligar as luzes, deixando a iluminação externa fazer aquele papel, ele respirou fundo enquanto puxava Jimin para dentro. Fraco, o loiro se agarrou a um dos braços de Jeon, sentindo uma fraqueza nas pernas, suando, quente, com aquela sensação molhada entre as pernas, o deixando constrangido e bagunçado.
Trancando a porta, Jungkook finalmente teve espaço para agir. Agarrando Jimin pela cintura, o puxou para seu colo, e foi abraçado pelo ômega, que gemeu em seu ouvido, finalmente recebendo o contato que precisava. Ali mesmo eles se beijaram, e foi como um grito de desespero, não havia gentileza, nem razão, apenas desejo e descontrole. Jimin implorava por ele em cada aperto, em cada lugar que tocava, em seu cheiro, nos sons que soltava, no olhar choroso, e quando disse: — Faz parar de doer, Jungkook, agora…
Jeon teve sim milhares de pensamentos depravados envolvendo Jimin, mas nada se comparava à realidade, ao que estava sentindo ali, ao que tinha em suas mãos, se espalhando por seu sistema. Se estivesse em seu juízo normal, sem os efeitos do cio de Jimin, ele levaria um bom tempo brincando com o menor, o deixando nas situações mais sexuais possíveis, mas agora… havia apenas instinto, e uma vontade incontrolável de tê-lo para si.
Empurrando a mesa de centro, ele deitou Park sobre o tapete no chão, deixando a luz de fora iluminar aquele rosto. Jimin estava vermelho, uma camada fina e brilhante de suor fazia suas bochechas saltarem, e seus olhos estavam escuros como a noite, refletindo a pouca luz como se o céu estrelado residisse em suas íris. Por um momento, apenas o admirou, enquanto aquele aroma floral e úmido o envolviam como vapor. Posicionado entre suas pernas, o vendo lhe implorar com o olhar, Jungkook deixou o próprio corpo liberar os hormônios que vinha segurando, e foi como se o fogo tivesse finalmente encontrado seu combustível. Jimin gemeu assim que foi atingido pela onda de calor do alfa, ficando com a visão turva, arfou e tateou o corpo do moreno, agarrando sua camisa, tentando trazê-lo para si. Precisava dele, e faria qualquer coisa que ele quisesse. Com uma voz chorosa, devido a dor que sentia na região íntima, pediu: — Por favor, Jungkook…
Se sentia outra pessoa, nada ali era como ele costumava ser, só havia uma única coisa familiar ali, algo que nunca seria desconhecido: Jungkook.
Por que estava tão rendido? Não era assim, não normalmente… Mas tudo sobre ele parecia tão fascinante naquele momento, e seu toque era tão quente e macio, que poderia morrer abraçado a ele. Seu cheiro, seu olhar, os lábios, as mãos, tudo que o envolvia. Poderia fazer o que ele quisesse, disposto a encarar qualquer consequência.
Respirando fundo, Jungkook puxou a camisa de Jimin, e desceu as mãos por seu corpo macio e esguio, antes de se curvar, levando a boca ao peitoral, intercalando entre os mamilos, os sentindo enrijecerem em sua língua, enquanto Park o segurava pelo cabelo, gemendo copiosamente, rebolando embaixo de si, procurando algum alívio. O alfa gostaria de dedicar todo o tempo do mundo a ele, mas claramente nenhum dos dois aguentaria segurar-se por um período muito longo. O saboreando ao máximo, abriu o botão da calça, a empurrando-a juntamente a boxer pelas pernas longas, o deixando completamente nu em um instante. Extasiado, passeou com as mãos pelo corpo delicado, apertando as coxas torneadas, antes de alcançar seu pau, lhe dando uma boa afagada, que fez Jimin uivar baixinho, jogando a cabeça para trás. Mordendo o lábio com desejo, Jungkook disse: — Está doendo? — perguntou, e o ômega assentiu, apertando os próprios mamilos com as mãos. — Muito? — continuou, e Jimin rebolou sob sua mão. — Quer que eu cuide disso? — perguntou, se aproximando do rosto dele, o observando de perto, beijou seu queixo, enquanto o masturbava devagar. — Quer que o seu alfa cuide disso?
Atingido pelas palavras, Jimin o segurou pelos ombros, apertando os músculos com força. — Por favor, Jeon… não demore mais… — pediu, enquanto era beijado no rosto. — Coloca dentro de mim…
Sentindo o pau bater, preso na calça, Jungkook o olhou, tomado por luxúria, sussurrou. — Eu vou te foder por dias, Jimin… — prometeu, lambendo a curva de seu maxilar. — E eu te juro… você nunca mais vai querer outro.
Sentindo o corpo liberar mais lubrificação, e o caminho anal se apertar, Jimin lhe roubou um beijo delicado e molhado. — Me encha inteiro.
Se afastando por um momento, Jungkook puxou a própria camisa, expondo seu corpo forte, passou a mão pelo cabelo, os penteando para trás, enquanto o peitoral subia e descia, ansioso pelo momento em que estaria traçando Jimin, em um último ato de autocontrole, se esticou e abriu a gaveta da mesa de centro, pegando um pacote de preservativos, material que passou a ser reabastecido com frequência desde que Hoseok virou pai. Com as mãos um pouco trêmulas, abriu o zíper da calça e deixou o pau endurecido descansar para fora, e enquanto se protegia, pegou Jimin o observando, os olhos cerrados e a boca levemente aberta.
Mesmo zonzo, Park conseguia ver que o membro de Jungkook era… pesado. Mesmo para um alfa. Inconscientemente, abriu mais as pernas, levando o indicador à boca, mordendo a pele, afogado em desejo, sentindo um tesão que precisava ser massacrado. Levado pela excitação, tocou o pênis dele com a mão livre, sentindo a espessura, e sorrindo, com a voz embargada, disse: — É tudo pra mim…?
Jungkook riu baixinho, cheio de tesão, puxou uma das pernas de Jimin e colocou em seu ombro, esfregando o rosto em seu tornozelo, lamentou: — Eu não consigo segurar mais, hyung… — e fechou os olhos, e com uma das mãos, tateou até a entrada do ômega, gemendo ao sentir a região completamente molhada, pulsando, o esperando. — Caralho… — soltou, e sem mais se segurar, colou o corpo no dele, afundando-se lentamente dentro daquele canal. Quantas vezes não fantasiou aquela sensação? — Ah, merda…
Gradativamente abrindo os olhos, em um breve estado de choque, Jimin grunhiu de dor e prazer, cerrando os punhos sobre o peitoral, sendo arrebatado pela sensação de preenchimento. Estava duro e se acomodou com imponência em seu interior, como se fosse o dono daquele lugar. Gemendo fino, Jimin sentiu o corpo todo ficar tenso, os músculos eletrizados pela invasão repentina. Fazia tanto tempo que não vivia o cio, que não abria seu corpo, que aquilo era quase demais, não fosse pelo desejo de receber ainda mais. — Ah… g-grande…
Mordendo o lábio inferior, Jungkook admirou a figura do loiro na pouca luz, agarrado às suas pernas, tomando um tempo para senti-lo internamente, sentindo a região de colisão ficar mais e mais molhada, o apertando, o puxando para dentro, mesmo que mal aguentasse. Aquilo era prazer em sua matéria prima. — Hyung… — chamou, o vendo se contrair. Ele era obviamente afetado por sua voz também. — Hyung… — chamou mais um vez, para vê-lo se contorcer. E então se curvou sobre ele, segurando seu rosto com uma das mãos, beijou seus lábios, notando como que naquela situação não havia nada a ser domado, Jimin já estava em completo estado de obediência, entregue sem hesitação alguma, vulnerável e a sua disposição. Falando baixo, confessou: — Você tem razão em se esconder… isso não é algo que pode ser visto por qualquer alfa.
Ele era bom demais pra ser tocado por qualquer um.
Na verdade, Jungkook não queria que ninguém mais o visse assim. Nunca mais.
Aquele poderia ser o seu espetáculo particular… não poderia?
E aquele desejo de obtê-lo se espalhou por seu corpo, o fazendo voltar a se mover, lentamente o penetrando, indo e vindo por seu interior, empurrando o pau pelo caminho quente, o assistindo gemer e revirar os olhos, tomado pelo prazer, entregue a vontade de ser consumido. Juntando suas testas, Jungkook aumentou a quantidade de investidas, sentindo a visão ficar nublada pela luxúria, sentindo em si o fogo crescer, sua vitalidade engrossando à medida em que tomava ritmo por dentro dele, o abrindo com seu tamanho, sentindo o corpo delicado se encarar embaixo de si, reagindo sem hesitação, completamente disponível. Jimin chorou baixinho, dizendo entre gemidos: — Mais… mais forte…
Não havia autocontrole em nenhum dos dois, então seus corpos apenas fizeram o que seus donos queriam. Mais forte, mais rápido, mais quente, mais fundo, o quanto pudessem aguentar.
Trabalhando em um ritmo constante, compartilhando do mesmo ar, da mesma saliva, dos mesmos fluídos, tão colados que suas peles sentiam-se como uma só, Jungkook gemeu para o ômega, tomado pela sensação gostosa, manteve-se em movimento, negando-se a deixar Jimin sem o que queria, em meio a embriaguez do cio, pediu: — Seja meu, Jimin… meu…
Completamente fora de si, sentindo todos os sentidos do corpo descontrolados, Jimin fechou os olhos, gemendo mais alto à medida em que o osgasmo se aproximava. Sentindo o corpo balançar, e aquele pau se afundar em seu interior, o consumindo, suando e tremendo, ele abraçou Jungkook com força, puxando seu cabelo. — Me fode, fode… — pediu, afundando-se naquela sensação de prazer intenso. — Não para… não p… — e sequer conseguiu terminar a frase, gozando no meio da sentença. — Ah, céus… ah…
Sentindo a espirrada quente entre seus corpos, Jungkook sorriu, sem parar de meter. — Isso, meu bem… é bom, não é? — lhe disse, beijando seu rosto, o vendo se contorcer, suspirando, lhe arranhando, balbuciando palavras com pouco sentido. Enfim, permitindo-se finalizar também, ele continuou a investir, deixando o corpo sentir todo prazer que lhe era proporcionado, até que aquele espaço quente e apertado lhe fizesse gozar também, e ele gemeu, inalando o cheiro de Jimin, desejando poder se fundir a ele, e nunca mais deixar aquela cena. — Ah, hyung… porra.
Aos poucos os sons obscenos de corpos batendo cessou, e restaram apenas os suspiros e respirações altas, ofegantes e entregues. Jungkook deixou o próprio corpo descansar por cima de Jimin, lhe cobrindo com seu peso, sentindo suas mãos trêmulas pousarem em suas costas. Com o rosto afundado no pescoço macio dele, Jungkook fechou os olhos e tentou se acalmar.
Naquele silêncio, ouviu Jimin com a voz fraca: — Mais… — e então levantou a cabeça para olhá-lo. Ele continuou, com um sorriso ingênuo, pedindo: — Eu quero fazer um bebê com você, Jeon…
Jungkook levou um susto no primeiro momento, antes de lhe dar um sorriso compreensivo. Aquilo era algo que qualquer alfa gostaria de ouvir, claro. Mas era só o cio. — Uhum… — o beijou. — Nós vamos fazer um…
Jimin ainda era um ômega no cio, apesar de tudo.
Rindo delicadamente, ele disse: — Você… me encha com sua porra, Jeon…
Jungkook engoliu em seco. Mesmo que fosse tudo culpa do cio, Jimin ainda era bem lascivo, ah.
— Você é bem… depravado, Park Jimin. — lhe disse, olhando nos olhos. — Isso é só o cio?
Jimin sorriu, cambaleando entre a consciência e o estado de luxúria. — Você é tão lindo… eu quero ficar assim pra sempre.
Será que ele sabia do impacto de suas palavras no coração do alfa?
Mudando de assunto, Jungkook se levantou devagar, o trazendo junto. — Acho que agora você pode esperar um pouquinho mais, não é? Vamos tomar um banho…
Notando a fraqueza nas pernas de Jimin, Jeon o pegou no colo, como um noivo, e este o abraçou, sem hesitar ao gesto, como provavelmente faria se estivesse são. Entrando no banheiro pequeno do estúdio, Jungkook o colocou no chão com gentileza, o sustentando com um abraço, deixando ele se escorar em si, e abriu o registro do chuveiro, e a água caiu sobre ambos.
— Ah, gelado! — Jimin reclamou, agarrado ao alfa, escondendo o rosto em seu peitoral. — Gelado, Jeon…
— Eu sei — o maior disse, passando a mão por seu corpo, ajudando a água a lavar a sujeira. — É bom porque te acalma.
Acostumando-se a temperatura contra sua vontade, Jimin fechou os olhos, deixando seu peso sob a responsabilidade de Jeon, abraçado a ele, que não o soltou em nenhum momento. Assim que a temperatura de seu corpo abaixou um pouco, o ômega recobrou um pouco da razão por um momento, e disse: — Obrigado…
Surpreso com a honestidade no tom da voz, Jungkook desligou o chuveiro e o olhou, enquanto a água escorria por seus corpos. — Hm?
Jimin respirou fundo, levantando a cabeça para vê-lo. — Obrigado, Jeon…
— Pelo que, lindo? — perguntou, passando a mão por seu rosto, afastando o cabelo molhado.
Park piscou os olhos lentamente, voltando a se perder. — Eu quero mais… — pediu, e sentiu aquele líquido viscoso voltar a vazar por entre suas pernas. — Mais…
Jungkook sentiu o cheiro dele, o calor voltando devagar. Abrindo um sorriso, beijou sua cabeça. — Você vai me dar trabalho, ah…
Jimin era naturalmente quente, mas neste estado, ele poderia queimar qualquer um. Belo e vulnerável, seu sabor era incomparável, Jungkook descobriu após provar de sua loção natural uma primeira vez, passando a repetir tal ato, obsceno e descarado, diversas vezes se alocou dentro do ômega e não saiu. O abriu, o virou, beijou, mordeu e chupou, o fazendo chorar e pedir mais. Ambos amavam a sensação.
No final de dois dias e meio, Jimin acordou de um cochilo no sofá, coberto por uma manta fina, abriu os olhos de forma receosa, evitando a luz do sol que lhe atingia. Era o final do dia mais uma vez, e dali, tinha uma bela visão do pôr do Sol. Lúcido, ele observou as partes do corpo que conseguia ver, notando manchas vermelhas e arroxeadas, na região do tórax, virilhas, interior das coxas. Seus ossos doíam, em especial os joelhos e cotovelos, seguidos da curva da coluna e ombros. Sem mencionar a região sexual.
Fechando os olhos e relaxando a cabeça sobre uma almofada, concluiu: Acabou.
E ele estava acabado.
Ouvindo um barulho na porta, ele se sentou mais rápido do que devia, gemendo baixinho devido a dor. Jungkook entrou, carregando uma sacola e uma mochila, ele demorou um segundo para notar que Jimin estava acordado, e quando o viu, sorriu: — Oh. Bom dia.
Há apenas algumas horas atrás, estavam atracados naquele mesmo sofá, fodendo sem pudor. Jimin agora estava consciente o suficiente para se envergonhar. Mesmo em silêncio, era um pouco nítido que ele estava de volta ao normal, nem mesmo seu corpo cheirava tão forte. O alfa notou, e deixou a sacola sobre a mesa de centro. — Se sentindo bem? Posso esperar aqui com você, pra termos certeza que… foi suficiente.
Sentindo o rosto queimar, Jimin puxou a manta para se cobrir melhor. — Hm. Estou bem.
O tom zangado de sua voz havia voltado, como de costume. Não estava bravo, longe disso, mas era só a sua forma inconsciente de não parecer tão frágil. Manias que ele nem mesmo percebia.
Jungkook tirou a mochila das costas, a abrindo. — Roupas. As suas sujaram em algum ponto… — mencionou, tirando de dentro uma muda de roupas. — São minhas, mas devem servir. — e desdobrou a camisa, lhe mostrando, e ela tinha estampada o logo da Rabbit Hole. — Ontem você me disse que era fã.
Desviando o olhar, constrangido, Jimin apanhou a camisa e a vestiu, antes de se levantar, grunhindo discretamente, vestiu também a calça moletom que ele trouxe. Tentando encobrir o desconforto, disse: — Tecido macio…
— Sua pele é mais macia — Jungkook respondeu, o observando por um longo momento, antes de pegar a sacola. — Comida e remédios. — trouxera comida nos dias anteriores também, mas ele não deu mais que algumas mordidas, devido ao cio intenso. — Pode comer agora, não é? Vai te ajudar a se recuperar dessa fraqueza. Depois você toma um analgésico e o anticoncepcional.
Jimin o olhou assustado. — Fizemos sem camisinha?
Jeon abriu a embalagem da torta salgada que comprou. — Não, Jimin… mas… — o olhou. — Fizemos tantas vezes que algo pode ter passado. Tudo bem se não quiser tomar, eu não me importaria.
O menor não respondeu absolutamente nada, tentando organizar a sentença em sua mente. Havia algo implícito ali?
— Eu vou tomar, é claro — respondeu, enfim, pegando a comida. Sentindo algum cheiro além de feromônios pela primeira vez, suspirou aliviado. — Ser pai do seu filho não está nos meus planos.
Jungkook se sentou, encostando a cabeça em uma das mãos. — Mas você implorou por isso tantas vezes, que eu quase acreditei que você queria um filho meu…
Colocando um pedaço grande de torta na boca, Jimin abaixou a cabeça, sem saber que mesmo que se escondesse, suas orelhas ainda estavam vermelhas e Jeon podia ver. Sorrindo, o alfa passou a mão pelas costas do menor, suavemente. Consigo, pensou: Se eu não for o pai dos seus filhos, quem mais poderá ser?
E aquele simples pensamento lhe fez cerrar os dentes por trás de um sorriso doce.
— Estava bem forte… não devia tomar tantos inibidores. Quantas vezes você tem o seu cio no ano? — perguntou, lhe assistindo comer, parecendo faminto.
Jimin engoliu a comida antes de dar de ombros. — Umas três vezes. Não faz diferença pra mim. Eu nunca deixo passar mesmo.
Mas deixou dessa vez. Deixou porque quis.
Um pouco preocupado, Jeon lhe disse: — Isso não é bom. Normalmente, se tem isso há cada dois meses, no mínimo… ômegas com a vida sexual ativa tem uma vez por mês até.
Jimin riu, de boca cheia. — Deve ser fácil falar… — soltou. — Deve ser bom olhar de fora.
Ali estava o seu Jimin, Jungkook percebeu. — Eu nem dormi, Jimin…
Se virando para olhá-lo, o loiro notou as olheiras sob seus olhos, e as marcas de arranhões em seus braços, sabendo que havia muito mais por baixo da roupa. De fato, todas as vezes que ele acordava, Jeon ainda estava desperto, lhe fazendo carinho, ou limpando o ambiente.
Jimin tinha que admitir, essa não era sua primeira vez com um alfa, mas ainda sentia-se completamente inexperiente comparado a ele.
Jeon levou a mão ao cabelo dele, afagando, enfiou os dedos por entre o cabelo, os puxando levemente, aliviando a tensão do ômega, o fazendo fechar os olhos com a breve massagem. — Eu sei que eu não pude te levar para um lugar melhor, espero que não esteja tão machucado. — e se aproximando, beijou a curva de seu pescoço. — Eu devia ter te levado para um hotel, mas aqui pareceu mais discreto… não está bravo, está?
Relaxado sobre os toques do maior, Jimin sentiu que poderia adormecer de novo, não fosse pelos arrepios passando por seu corpo com os beijos depositados em sua pele. Estar íntimo de Jungkook era bom, melhor do que sequer imaginava. Devia admitir? — Eu gosto… daqui.
Jungkook continuou lhe beijando e massageando seu couro cabeludo, prendendo os fios do cabelo entre seus dedos, vagarosamente puxando a cabeça de Jimin, expondo seu pescoço. Quantas vezes não quis mordê-lo nos últimos dias? Não conseguia contar.
Notando que estava cedendo e sua comida estava quase caindo, o ômega despertou da breve hipnose, e limpou a garganta. — Pode me levar embora depois que eu comer?
Ir embora. Aquele momento estava realmente chegando, ah. Jungkook não queria.
No entanto, assentiu. — É óbvio. — e se levantou. — Coma e tome os remédios, eu vou fechar o lixo e avisar o prédio para mandarem alguém limpar tudo.
Jimin fez uma careta, pensando: deve ter porra em todo lugar.
Tentando não ter pensamentos nojentos, limpou a mente e continuou a se alimentar. Algum tempo depois, depois de finalizar o que precisava fazer, ele se levantou e ajeitou o sofá, antes de calçar as meias e apanhar a sacola onde estavam suas roupas. Jungkook voltou para o estúdio, depois de sair para falar com os funcionários do prédio.
— Está pronto? — ele perguntou, e Jimin assentiu. — Hm… você tem meu cheiro no corpo. Tudo bem? Não vai ser um problema?
Poderia ser, mas Jimin surpreendentemente não se importava. Foi justamente esse cheiro que foi capaz de acalmá-lo durante esse tempo todo.
Pensando nisso, enquanto via Jeon pegar as chaves e mochila, ele respirou fundo algumas vezes, o observando, tentando decidir o que devia fazer, já que sua mente não parava de girar. O alfa o olhou: — Vamos?
Jimin não saiu do lugar, e o maior até farejou, tentando notar qualquer mudança no ambiente, nada. — Jimin?
Com os olhos fixos no moreno, ele engoliu a saliva acumulada na boca, antes de dizer: — Posso… posso contar com você?
Jungkook descansou a mochila no braço do sofá, levando um tempo para responder. — Fale mais…
Piscando os olhos pela primeira vez em algum tempo, Park tentou não ficar tenso, apesar da ansiedade estar lhe consumindo. — Eu… eu quero saber se você pode me ajudar de novo no futuro.
— Você quer passar o cio comigo de novo? — Jungkook traduziu a fala.
A versão não-censurada do pedido parecia bem mais desavergonhada. Jimin abaixou o olhar por um breve momento. — Você pode?
Jungkook não disse nada, e sequer esboçou qualquer reação.
O ômega foi pego de surpresa, na verdade. Estava seguro demais quando supôs que ele aceitaria? Qual o problema? Não queria? Não gostou? Estava zombando de Jimin? Ele não entendia.
— Responde — Jimin pediu, impaciente.
E se ele não quisesse? A possibilidade encheu Park de uma ansiedade desconhecida. O fim? O fim daquilo tudo? Mas eles esperaram tanto tempo. O que faria sem ele?
“Sem ele”. Por que estava pensando nisso dessa forma?
Jeon o arrancou de seus pensamentos. — Você realmente quer que façamos isso?
Jimin não conseguiu hesitar, respondendo prontamente. — Sim.
O mais alto assentiu, compreensivo, e deu alguns passos na direção dele. — Eu posso fazer isso, com uma condição.
— Condição? — Jimin esboçou uma careta irritada. — Fala.
Jungkook o olhou nos olhos. — Você precisa ser meu.
Meu. Seu.
O ômega não pensou que ouviria aquilo, em nenhum dos seus cenários imaginativos. Não tinha nada preparado para aquele momento, e consequentemente, não respondeu.
— Seja meu. — o mais novo continuou. — Eu posso passar seus cios com você, posso te ajudar, posso estar com você, posso fazer o que você quiser. Contanto que eu seja o único pra você.
Sentindo o sangue circular de forma acelerada pelas veias, Jimin estava quase tropeçando ao respirar. — Isso… isso não é… isso é… você sabe o que está falando?
Ele confiantemente assentiu. — Absolutamente. Eu não quero te ver com mais ninguém, não quero que ninguém se sinta livre de se aproximar de você porque você não tem o cheiro de um alfa. Eu não quero ter você apenas quando for necessário. Eu quero você sempre que tivermos vontade.
Cada palavra parecia mais pesada à medida que elas caíam sobre Jimin, o afundando em um mar desconhecido de sentimentos. Nunca sentiu algo tão intenso. O que Jungkook queria dele? Que porra era aquela?
— Do que você tá falando, garoto? — questionou, estressado no tom da voz. — Você devia tomar cuidado com…
— Jimin. — ele o interrompeu, mais sério do que nunca. — Eu te esperei por muito tempo. Por que você acha que eu esperei todo esse tempo? Pra te provar algumas vezes, como se o que nós sentimos fosse mero tesão? Você me esperou por tanto tempo por causa disso? Sexo? Nós dois sabemos que você conseguiria isso de qualquer um. Não é só sexo.
Engolindo em seco, tentando controlar o ritmo acelerado da respiração, Jimin apertou a sacola com mais força, sem conseguir tirar os olhos dele. O que diria? Como refutar aquilo? De fato, sim, não esteve pensando nele por meses porque simplesmente o queria sexualmente. Mais uma vez, não sabia explicar o que os atraía, mas não era só isso. Quando Jungkook pensou naquilo? Quantas vezes pensou naquilo? Desde quando? O que Jimin faria agora?
Jungkook levantou a cabeça, o olhando de cima. — Não vou te dar mais nada se não formos um do outro. Não é esse o tipo de coisa que eu quero de você. Se eu não puder ter tudo, não quero me magoar com migalhas, esperando você perceber o que sentimos.
Entre todas as diferenças do antigo Jungkook e do novo Jungkook, essa era a mais notável. Ele não estava apenas sendo um alfa agora, estava sendo homem. Havia tanta segurança e certeza em tudo que ele dizia, que Jimin sentiu o coração bater até doer em seu peito. O que era aquilo?
— Jungkook, eu… — não conseguiu terminar de falar.
O alfa lhe disse. — Eu estou pronto pra cuidar de você, Jimin. — e se segurou para não tocá-lo, comovido pelo olhar perdido do menor. — Se decida, agora, aqui.
— Agora? — Jimin soltou, surpreso.
— Se você quer, não precisa pensar. Já se passou tempo o suficiente. A única coisa que você precisa se perguntar é: eu posso dizer não e não me arrepender?
Eu posso? Posso dizer não, sem me arrepender? — o loiro automaticamente pensou.
— Porque eu não tenho dúvidas, Jimin. — disse ele.
— Você… — Park tentou falar. — Minha vida é complicada, minha mãe, ela não…
Jungkook cruzou os braços. — Então você vai colocar as objeções da sua mãe na frente. Isso é um “não”?
Estava sendo muito incisivo, sabia disso, mas Jimin era assim e precisava ser lidado dessa maneira, como um ratinho entre a parede e a armadilha. Se ele pensasse demais, jamais tomaria as decisões que realmente queria tomar. Continuaria a se tratar como coadjuvante na própria vida.
— Responde, Jimin. Se é um "não", então acabamos aqui, não posso mais me magoar. Se for um “sim”… eu sou seu.
Meu? Seu?
Jimin sentiu que iria explodir devido a pressão em sua cabeça e em seu coração. Como poderia aceitar? Não faziam sentido juntos, não parecia estar certo. Sua mãe odiaria, e a família de Jungkook era milionária, rigorosa, até mesmo perigosa. O que as pessoas pensariam? Jimin era um estudante de classe baixa, e Jungkook era conhecido em diversos lugares no país, era um herdeiro popular. Não iria funcionar. Não podia aceitar. Mas… isso significava não vê-lo mais. Significava perdê-lo. Completamente?
Aceitar significava ser dele? E tê-lo em troca?
Jungkook sentiu que perderia a pose a qualquer momento, tinha uma sensação tão ruim no peito, que não sentia nenhum bom pressentimento quanto aquilo, quanto a aguardada resposta. Havia estragado tudo? Entendeu alguma coisa errada? Mas… gostava tanto dele.
Gostava tanto dele.
Perdido nas próprias dúvidas, foi surpreendido quando Jimin o puxou pela gola da camisa, perguntando: — Você me ouviu?
Quando ele o respondeu?!
Negando com incerteza, Jungkook o olhou ansiosamente, tentando decifrar qual havia sido a resposta que não ouviu. Jimin fez uma careta, antes de repetir: — Eu disse “sim”.
Como?
Em estado de choque, Jeon piscou os olhos lentamente, processando a palavra que havia acabado de ouvir. — Jimin…
O loiro o soltou, recompondo-se. — O que? Não era a resposta que você queria? Idiota.
Gradativamente abrindo um sorriso, Jungkook o encarou como se estivesse de frente para um ser místico, um sonho de criança. — Nós… estamos juntos?
Jimin o olhou, visivelmente irritado, franzindo o nariz, e respondeu: — Sim. Sem mais condições. Me leve pra casa.
Mordendo o sorriso, Jungkook o puxou para um beijo, o tomando em seus braços com facilidade, envolveu seu lábios em um selar intenso e sentimental, que durou um bom tempo, até que o ômega precisasse respirar. — Por que… aceitou? — lhe perguntou, notando seu rosto vermelho. — Você… você não quer ficar sem mim?
Jimin obviamente não era bom com sentimentos, então, tentou falar do jeito que conseguia: — Eu… seu cheiro me… acalma.
Sorrindo sinceramente, Jeon beijou o topo de sua cabeça. — Não pode voltar atrás, coisinha chata.
— Eu não vou. Não seja irritante.
//i rather be lost in the lights lost in the lights 🧚🏻♀️
ah, hoje eu tô animada, falem comigo, contem o que estão achando!
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